terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Lance Armstrong: A queda de um mito



Lance Armstrong


Lance Armstrong terá reconhecido que se dopou para competir ao mais alto nível, tendo conseguido diversas vitórias na volta à França. O ciclista americano,  porventura mais famoso de sempre, acaba derrotado por tudo quanto fez em prol do desporto, em especial do ciclismo. Um mito dos últimos tempos sai de cena, com o carimbo de desonesto no mundo do desporto. Ter-se-á arrependido e confessado o seu crime. Crime, sim, porque enganou, para não utilizar outro termo mais duro, meio mundo, desde colegas a dirigentes, desde técnicos a simples apaixonados pelo ciclismo. 
Prova-se, à evidência, que a mentira vem sempre à tona, se a entrevista que virá para a ribalta um dia destes  for conclusiva. Os especialistas do doping já garantiram que ele usou drogas e os tribunais também já o condenaram. Os amantes do desporto ficarão tristes e desiludidos. A queda de um ídolo deixa marcas tristes em todo o lado. 

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sábado, 12 de janeiro de 2013

A fé em Deus regressa docemente


Que futuro para Deus?
Anselmo Borges

Anselmo Borges

É sobre o tema em epígrafe que Marie Drucker publicou uma entrevista com Frédéric Lenoir, da École des Hautes Études en Sciences Sociales, Paris. Faz parte do livro Dieu (Deus).
Alguns indicadores estatísticos. Actualmente, dois terços da população mundial confessam acreditar em Deus. O outro terço reparte-se entre as religiões sem Deus (religiões chinesas, budismo, animismo, xamanismo...) e uma pequena parte que se declara sem pertença religiosa (menos de 10% da população mundial, principalmente na China e nos países europeus descristianizados).
Mesmo se a fé está a diminuir progressivamente desde há várias décadas, cerca de 90% dos americanos e dois terços dos europeus acreditam em Deus. A França e a República Checa constituem excepção, pois são os países que contam hoje com a taxa mais elevada de ateus na Europa. De qualquer modo, mesmo na França, a fé em Deus resiste melhor do que a pertença religiosa e permanece estável: 52%.

A festa do baptismo de Jesus é a festa do nosso baptismo.

JESUS, A TERNURA DE DEUS PAI
Georgino Rocha

Batismo (rede global)

O baptismo de Jesus oferece-nos uma bela e cativante mensagem. Após o rito das águas no Jordão, uma série de ocorrências manifestam o alcance dos gestos e, sobretudo, a “categoria” do baptizado. Abre-se o Céu, desce o Espírito, ouve-se uma voz que diz: “Tu és o meu Filho muito amado: em Ti pus a minha complacência”. Entretanto, Jesus permanece em oração.
A conjunção destes sinais evidencia a realidade profunda do que acontecia: Deus, trindade de pessoas, esta presente e actuante no início da “vida pública” de Jesus de Nazaré, envolve-se na sua missão, compraz-se nas suas opções e credencia o seu estilo de vida. Deixa-se ver e ouvir de forma eloquente e envolvente. Mais tarde, voltará a manifestar-se no silêncio confiante do agonizar no Calvário: “Pai, nas tuas mãos, entrego o meu Espírito”. Silêncio e palavra, ocultamento e manifestação, constituem modos humanos de comunicação divina e convidam-nos a mergulhar nos ensinamentos que a mensagem comporta: A ternura do Pai que se compraz no Filho, bem-amado, a atitude filial de Jesus que se recolhe em oração, a suavidade da presença do Espírito que desce em forma corporal, como uma pomba. A voz que proclama, o silêncio que escuta, a mansidão que acolhe.

É verdade que todos os paraísos são paraísos perdidos?

A esperança ativa
José Tolentino Mendonça

Tolentino Mendonça

É verdade que todos os paraísos são paraísos perdidos? A julgar pela aparência todas as histórias, até a história bíblica, nos garante que sim. De facto, no livro do Génesis, o primeiro casal humano acaba lançado para fora do paraíso, depois de uma breve e atrapalhada permanência. E as portas do paraíso ficam interditas aos humanos. Contudo, a linguagem simbólica e a natureza teológica daquele relato exigem uma atenção a investimentos de sentido que se podem sintetizar assim: o tempo da salvação não é narrado como nostalgia de uma época de ouro passada, mas, o que se procura afirmar é que, através de vicissitudes e contradições, o tempo não deixa de avançar para uma plenitude. De certa forma, o homem descobre que está fora do paraíso para que possa encaminhar-se para ele. A expulsão bíblica não é, portanto, uma perda, mas o primeiro, e misterioso, passo para o caminho da promessa. O que não se escamoteiam são as tensões e desvios que o homem vai introduzindo. Reconhecer, porém, que mundo e a história não são propriamente lugares paradisíacos não nos deve fazer cair os braços, nem desesperar.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

O filho pródigo


Um conto de Maria Donzília Almeida

O Scott


Apareceu abatido, escanzelado, cabisbaixo. Esta atitude de prostração, contrastava com a sua natural energia, diria até, uma euforia que marcava a sua personalidade. Era um jovem cidadão, neste mundo cão, em que nos encontramos, no nosso dia-a-dia. 
Metia dó contemplar o aspeto de alguém que sofrera os reveses da vida! 
Da vergonha resultante do destino que lhe fora traiçoeiro, nem sequer ousava enfrentar a família e olhar os seus entes queridos, de cara a cara. As forças e a humilhação pela derrota sofrida, retiravam-lhe a coragem e a firmeza do olhar. 
Partira, na véspera de ano novo, enfeitiçado pelo barulho das luzes e pelo estrondo dos foguetes! Deixara para trás o lar acolhedor que o adotara como filho legítimo e partiu à procura da aventura, do desconhecido. Vagueara, sem rumo certo, por ruas e becos esconsos, aproximara-se de restaurantes de luxo, onde saciava a sua fome de imprevisto e...deambulara-se, por uns intermináveis quatro dias, sem rei, nem roque! 
A família de acolhimento, já chorava a perda e desaparecimento do seu ente querido e contactara as forças de segurança, para se porem no encalço do foragido. 
Apareceu, encaminhado por outra criança, que ouvira o apelo lancinante da sua teacher....que perdera o seu cãopanheiro. Sensíveis que são a estes problemas, rapidamente se puseram em campo e eis que o Scott se reencontrou com a dona, no seu jardim das delícias! 
De tão maltratado, exibia, no dorso um enorme ferimento, em carne viva, resultado das lutas que travou, com qualquer assaltante de estrada! 
Mas...não ouviu ralhetes, imprecações, censuras! O coração da família, ali estava aberto, recetivo, cheio de perdão e de amor para compensar a dor da derrota, da vergonha, da transgressão. 
O melhor manjar foi dispensado a “Mr Scott”, que não se fez rogado e uma semana após o bem-aventurado regresso, readquiriu toda a sua energia incontida, bem manifesta nos despojos do seu velho edredão de penas!!! 
Até um casaquinho, de tecido tigrado, saltou da gaveta onde se guarda o enxoval canino e foi vestido a sua eminência, o lorde cá de casa! 
Saber perdoar...é a virtude, que a dona demonstrou, para com os atos irrefletidos desta criança imatura! 
E...a parábola do filho pródigo, agora em contexto canino, repetiu-se, sempre nova, sempre atual! 

10.01.2013 


Dia do Grito

Vinte mil gritaram a paz na diocese de Aveiro




Perto de vinte mil pessoas espalhadas por toda a diocese de Aveiro gritaram a Paz. A iniciativa designada “Dia do Grito” congregou nos dez concelhos do território da diocese crianças, jovens e adultos, crentes e não crentes, numa concentração pela Paz. Uma coreografia e um manifesto realizados à mesma hora constituiu a ação do mês de Janeiro da Missão Jubilar dos 75 anos da Restauração da Diocese de Aveiro.
Em Águeda, Albergaria-a-Velha, Anadia, Aveiro, Estarreja, Ílhavo, Murtosa, Oliveira do Bairro, Sever do Vouga e Vagos, ao som dos Beatles (Give a peace a change), todos os participantes executaram uma coreografia e gritaram a paz a uma só voz, enquanto elevavam as velas da campanha “10 milhões de estrelas” da Cáritas Portuguesa.
Na concentração que decorreu na cidade de Aveiro, D. António Francisco, depois de agradecer a mobilização generalizada em toda a diocese, afirmou que a paz é “fruto do amor, luz para o mundo e berço de uma humanidade nova”.

Fonte: Diocese de Aveiro

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A beleza do deserto


"É isso que faz a beleza do deserto: saber que existe um oásis e que estamos caminhando em sua direção."

Antoine de Saint-Exupéry,
 (1900 - 1944)



NOTA: Antoine de Saint-Exupéry consegue, com este pensamento riquíssimo, dizer-nos o que nem sempre conseguimos descortinar: o belo que existe, muitas vezes, nas dificuldades da vida, as quais podem conduzir-nos à descoberta de recantos do bem e de um futuro muito melhor.

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