terça-feira, 21 de junho de 2005

Um artigo de Sarsfield Cabral, no DN

UE barata
Em vez de debater a crise política da UE, o último Conselho Europeu concentrou-se nos dinheiros para 2007-13. Falhou porque Blair não aceitou a armadilha de Chirac quanto ao reembolso britânico - reduzi-lo, sem tocar na "vaca sagrada" da Política Agrícola Comum. Blair quis mostrar que Chirac e Schroeder já não comandam a UE. E que há outras maneiras de olhar a integração europeia vem aí a presidência britânica.
Antes, seis países tinham exigido que o orçamento comunitário não fosse superior a 1% do PIB da UE. Ora esta insistência numa Europa barata, mesmo alargada a 25, indicia fraco empenho numa integração bem sucedida de países mais pobres. O princípio da coesão económica e social, consagrado quando Portugal e Espanha aderiram à CEE, fica assim sem grande conteúdo prático. Os principais sacrificados da ausência de solidariedade europeia serão os novos Estados membros. E já ninguém se atreve a falar em federalismo fiscal, que tão útil seria para o bom funcionamento da zona euro. É que um maior orçamento comunitário deveria levar a compensar automaticamente, com menores impostos (por diminuírem os rendimentos) e maiores despesas (subsídios de desemprego, por exemplo), os países em crise, que não podem desvalorizar por estarem na moeda única.
Quanto a Portugal, receber menos fundos de Bruxelas não parece dramático. Os fundos foram úteis quando financiaram necessidades evidentes. Hoje, as vantagens deste dinheiro fácil já talvez não compensem os seus efeitos perversos investimentos feitos só para aproveitar fundos, promoção de uma atitude subsídiodependente, corrupção, etc. Aliás, investimos mais do que a média europeia. O nosso problema é a fraca qualidade desse investimento. E os juros até estão baixos - o crédito é acessível para quem quiser investir.

Museu de Aveiro

Posted by Hello
No dia 21 de Junho de 1912, foi instalada a comissão organizadora e administrativa do Museu de Aveiro, nomeada pelo Ministério do Interior sob proposta do Conselho de Arte e Arqueologia da 2ª Circunscrição, de Coimbra; esta comissão escolheu para presidente o dr. Jaime de Magalhães Lima e para secretário João Augusto Marques Gomes.
Quem me ler, se nunca foi ao Museu de Aveiro, onde está o belíssimo túmulo de Santa Joana, padroeira da cidade e diocese de Aveiro, pode muito bem aproveitar esta efeméride para o visitar hoje ou um dia destes, porque vale a pena.
Fonte: Calendário Histórico de Aveiro

segunda-feira, 20 de junho de 2005

PORTUGAL: Listas de espera continuam

Posted by Hello Os mais débeis têm sempre de esperar
O último relatório sobre a Saúde, apresentado pelo Observatório Português dos Sistemas de Saúde, garante que as listas de espera continuam a crescer, apontando-se para 224 mil os doentes que estão a aguardar, há muito, por uma operação. Em média, diz o documento, as pessoas têm de esperar cerca de um ano. Os especialistas que se pronunciaram sobre o assunto adiantam que o ex-ministro Luís Filipe Pereira conseguiu, com indiscutível “liderança política”, adoptar uma agenda alternativa para o sector, aumentando a participação dos privados nos serviços de Saúde e promovendo o consumo de genéricos, mas a verdade é que não fez descer o número dos que esperam por uma intervenção cirúrgica. Em 2002, o ministro Luís Filipe Pereira prometeu resolver em dois anos os problemas das listas de espera, que incluíam 123 mil doentes, mas até hoje tudo se agravou. O relatório alerta, no fundo, para a urgência de se procurarem soluções capazes de resolver, de uma vez por todas, esta situação, que prejudica, sobretudo, os mais pobres. Os que estão bem na vida, esses têm sempre possibilidades de recorrer ao sistema privado, para ultrapassarem os seus problemas de falta de saúde. Os outros, os mais débeis da sociedade, têm sempre de esperar, se não morrerem antes. F.M.

Institutos Religiosos Portugueses condenam manifestação da Frente Nacional

A Comissão Justiça e Paz dos Institutos Religiosos Portugueses condenou a manifestação da Frente Nacional, que teve lugar este sábado em Lisboa, considerando que os organizadores pecam por uma “visão racista e xenófoba”.“Consideramos legítimo e necessário que os cidadãos manifestem as suas posições e também a sua indignação perante actos e situações que consideram ofensivas do projecto pessoal e colectivo garantido pela lei fundamental do país, mas demarcamo-nos radicalmente dos promotores da manifestação tanto na análise das causas dos problemas, como nas propostas da sua superação”, escrevem os Religiosos e Religiosas.
Apontado o dedo a propostas que vão na linha da “limpeza étnica”, a mensagem explica que “não podemos continuar a chamar estrangeiros a quem já tem a nacionalidade portuguesa, ou a quem nasceu e sempre viveu em Portugal, ou ainda a quem com toda a probabilidade aqui terá o futuro”.
A respeito dos recentes acontecimentos na praia de Carcavelos, os Religiosos entendem que esse facto “não passa de um sinal do mal-estar presente na sociedade portuguesa e que tende a agravar-se”.
“Desejamos que os governantes tenham a lucidez e a coragem para não escutarem somente aqueles que têm poder reivindicativo, mas que se preocupem por criar condições para que a nossa sociedade não se transforme numa selva onde o que tem garras maiores com maior quinhão vai ficar”, alertam.
Em conclusão, a Comissão Justiça e Paz dos Religiosos manifesta a sua “indignação” com “tudo o que constitui negação da cidadania, não respeitando os direitos e não cumprindo os deveres correspondentes”.
“Estamos convencidos de que se todos nós e aqueles que mandatamos para a condução do país estivéssemos informados e interessados em criar um país que não nos envergonhasse pelos desequilíbrios existentes, seguramente não contemplaríamos cenas como as que agora nos preocupam”, sublinha o documento.
Fonte: ECCLESIA

Um artigo de Sarsfield Cabral, no DN

A PAUSA
Quando franceses e holandeses rejeitaram expressivamente nas urnas o tratado constitucional da UE, Chirac e Schroeder, logo seguidos por Barroso e Juncker (primeiro- -ministro luxemburguês na presidência da UE) apelaram à continuação do processo de ratificações, como se nada tivesse acontecido. Esse absurdo apelo encontrou ampla aceitação entre os nossos dirigentes políticos. Pelo contrário, logo após o "não" holandês, Cavaco Silva sugeriu uma pausa para pensar, assim mostrando a sua diferença face a políticos de vistas curtas. Quinze dias depois, assustados com o "não" a crescer em vários países, todos os que queriam continuar as ratificações deram uma volta de 180 graus e acordaram em parar um ano.
Mas para que será a pausa? Renegociar o tratado está fora de questão, diz Durão Barroso. Não repetiremos o referendo, garante o primeiro-ministro holandês. Então, depois da pausa, as eventuais ratificações de outros Estados membros para nada servirão. É um beco sem saída. Em Bruxelas ignorou-se o "não" francês e holandês, como se apenas de um pequeno incidente de percurso se tratasse, um incómodo da democracia. Em vez disso, falou-se de dinheiro, numa oportuna manobra de diversão para Chirac, que assim não teve de explicar como se ultrapassará o "não" francês. Entretanto, como era previsível, o alargamento da UE foi posto no congelador e falhou o acordo financeiro.
A pausa terá sentido se levar a reflectir sobre as causas do crescente alheamento dos cidadãos em relação à integração europeia. Mas não é para aí que os dirigentes europeus estão virados. Assim, a pausa será apenas uma maneira airosa de disfarçar o óbvio o tratado está morto e a opinião pública afasta-se do projecto europeu. É o faz de conta. Só com outros dirigentes a UE sairá desta crise, se sair.

Bispos Portugueses em reflexão, em Fátima

"OS LEIGOS NA MISSÃO DA IGREJA E DO MUNDO"
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A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) promove, entre hoje, 20, e 22 de Junho, quarta-feira, as Jornadas Pastorais do Episcopado, que este ano serão dedicadas ao tema “Os leigos na missão da Igreja e do mundo”.
Jornalistas, empresários, académicos e especialistas de movimentos e comunidades eclesiais são convidados pela CEP para proferirem várias conferências e participarem em painéis de debate.Os problemas da Igreja e da sociedade portuguesa dos nossos dias estarão em cima da mesa.
A presença e acção dos leigos nos campos da família e da educação, na actividade política e no mundo dos negócios, na comunicação social e na vida da Igreja marcam estes dias de reflexão em Fátima.
Antes destas Jornadas, na manhã de segunda-feira, o Conselho permanente da CEP reúne-se com as novas presidências das nove comissões episcopais e no dia 23 de Junho tem lugar uma Assembleia Plenária extraordinária, na qual as Comissões Episcopais, entretanto formadas, serão apresentadas e iniciarão funções após homologação.
A CEP escolheu novos presidentes para as suas comissões episcopais durante a Assembleia plenária do organismo, que se realizou no passado mês de Abril.
Em Março deste ano, a CEP procedeu a uma reformulação nas comissões episcopais, que, de treze, passaram para nove, com o objectivo de oferecer uma maior operacionalidade das estruturas e respostas mais actuais a novos problemas.
A lista dos novos presidentes é a seguinte:
Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais: D. Manuel Clemente, Bispo Auxiliar de LisboaDoutrina da Fé e Ecumenismo: D. António Marto, Bispo de ViseuEducação Cristã: D. Tomaz Silva Nunes, Bispo Auxiliar de LisboaLaicado e Família: D. António Carrilho, Bispo Auxiliar do PortoLiturgia: D. António Bessa Taipa, Bispo Auxiliar do PortoMissões: D. Manuel Quintas, Bispo do AlgarveMobilidade Humana: D. António Vitalino, Bispo de BejaPastoral Social: D. José Alves, Bispo de Portalegre–Castelo BrancoVocações e Ministérios: D. António Francisco dos Santos, Bispo Auxiliar de Braga.
Fonte: ECCLESIA
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ENTRETANTO...
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D. Carlos Azevedo, Bispo Auxiliar de Lisboa e secretário da CEP, garantiu à Rádio Renascença que, durante esta semana, será publicada uma Nota Pastoral sobre a situação económica do País. As medidas que estão a ser tomadas [pelo Governo] são exigentes e queremos apoiá-las, disse D. Carlos, enquanto defende uma democracia com "autoridade", para que as medidas de austeridade sejam tomadas com "muita determinação", doa a quem doer. Outro dos objectivos da Nota Pastoral é, no dizer de D. Carlos Azevedo, apelar a todos os católicos e a todos os portugueses para que ajudem a "construir um Portugal justo e um Portugal que seja digno".

AVEIRO: Feira das Velharias

Posted by Hello FEIRA DAS VELARIAS pode oferecer antiguidades
No próximo dia 26 de Junho, a Feira das Velharias vai voltar à cidade. Mais concretamente, às Praças Melo Freitas, do Peixe, 14 de Julho e Rua Tenente Resende. Será entre as 8 e as 18 horas, oferecendo aos amantes de velharias e antiguidades, decerto, algumas preciosidades. Digo antiguidades, porque nem sempre é fácil separar as velharias, muitas vezes sem qualquer interesse, das antiguidades, estas, sim, de real valor. Aproveite, escolha bem e compre melhor

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