Os meus leitores e amigos devem notar que de vez em quando até parece que ando longe do mundo. Eu próprio reconheço isso, mas nem sempre tenho coragem de assumir um certo cansaço que me exige parar um pouco. Penso que não estou a chocar qualquer incómodo de saúde, mas tão-só a acusar o peso dos anos, embora haja muitíssima gente mais velha do que eu com genica para correr na vida.
Nesta minha tebaida virtual, que são os meus blogues, costumo usufruir o prazer de partilhar opiniões e retalhos de vida, dando ainda guarida ao que gosto de ler e de ver. Daí que, dia após dia de alguma sonolência, o bichinho de saltar para o mundo começa a picar-me na consciência, ao mesmo tempo que me desperta para voltar à caminhada. Faço planos, busco ideias inovadoras, apelo à coragem para não me acomodar num sofá, assumo, enfim, que parar é morrer. É isso. E se prego essa verdade, aqui ou noutras circunstâncias e lugares, então tenho de ser coerente comigo mesmo, voltando à liça. É o que quero fazer.
Fernando Martins