quinta-feira, 9 de junho de 2011

Violência juvenil

Os mais velhos, como eu, sabem que violência sempre houve entre crianças,  adolescentes e  jovens. Há quem pense que tal só acontece agora, mas não é verdade. Quando eu era menino, assisti a alguma violência, só que não havia telemóveis nem câmaras digitais para gravar. Muito menos havia a possibilidade de publicar o que quer que fosse. 
Quando jovem, presenciei uma cena horrível. Um pobre de pedir, daqueles que andavam de porta em porta, descansava num passeio, comendo um bocado de boroa que alguém lhe havia dado. De repente, e sem qualquer explicação,   os alunos que tinham saído de uma escola iniciaram uma estúpida sessão de pedrada contra o pobre velho. Ainda perguntei porquê e para quê, mas ninguém me ouvia. Protestei e recebi ameaças. Teimei, mas ele continuaram. Uns adultos que passavam resolveram intervir para pôr termo àquele apedrejamento sem qualquer sentido. 
Quando o Padre Américo pregou que não havia rapazes maus, alguém comentou essa proposição, sublinhando que, no fundo, todos possuímos o genes da violência, que somente a educação poderá atenuar.   Concordo com isto, obviamente. Não há gente com aspeto de boa que, inesperadamente, provoca, agride e mata por  ódios escondidos?

Túmulo nos Jerónimos não conterá as ossadas de Camões



«O túmulo referente a Luís de Camões existente no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, tem grande probabilidade de não conter os restos mortais do poeta, afirmou um especialista em estudos camonianos.»


Ler no DN

AVEIRO: Casa Sacerdotal


Casa Sacerdotal (foto Ana Paula Sarabando)



«Sei que este projecto, que é de todos e para todos, se fez caminho de comunhão e de unidade no Presbitério e na Diocese. Assim, depressa esta iniciativa se tornou um belo sinal de amor de Deus pelo seu povo e uma serena certeza de bênção para os sacerdotes. 
Esta é agora a hora de começar. O projecto está elaborado e aprovado, nas suas mais diversas vertentes, cumprindo as exigências legais, acolhendo as normas das várias instâncias e obedecendo a todos os requisitos, inclusivamente para que no futuro se possa diligenciar no sentido de celebração de acordos sociais de cooperação. Construído em propriedade do Seminário de Santa Joana Princesa, será o Seminário o Dono de Obra e ao Seminário pertencerá o novo edifício construído, assim como a sua direcção e orientação no futuro.» 

António Francisco dos Santos,
Bispo de Aveiro


Ler Nota Pastoral aqui

Aveiro na História



«Oxalá que estas despretensiosas páginas, agora [maio de 1997] revistas, corrigidas e ampliadas, sirvam para ajudar os homens e as mulheres de Aveiro a serem mais aveirenses, no carinho pela sua terra, no amor pela sua tradição, no respeito pelos seus antepassados, no interesse pelo seu progresso, no rumo pela sua liberdade. Estou convencido de que, para não se perder a identidade própria, não é possível construir-se o futuro sem se ir às raízes do passado.» 

João Gonçalves Gaspar, 
em “Explicação”, a abrir o seu trabalho

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Arquivo Secreto do Vaticano abre uma nova janela



Descobrimentos: 
Trilogia revela arquivo secreto do Vaticano

 Maria João Costa

Abre-se uma nova janela sobre o arquivo secreto do Vaticano, com o lançamento, para breve, em Portugal, de três livros que revelam o que está guardado sobre os Descobrimentos portugueses naquele arquivo. A recolha foi feita por duas dezenas de investigadores, ao longo de vários anos. São mais de três mil páginas, em três volumes, que reflectem 15 anos de trabalho de 20 investigadores que mergulharam no arquivo secreto do Vaticano. O fundo da Nunciatura de Lisboa foi alvo de pesquisa. “É um arquivo como outro qualquer, de qualquer Estado, que vai guardando a documentação de carácter administrativo referente à governação de um determinado Estado”, explica o coordenador da investigação, José Eduardo Franco. O investigador acrescenta que, “neste caso, trata-se do Vaticano e da Igreja e as implicações que a governação da Igreja tem”.
O olhar dos investigadores recaiu sobre milhares de documentos em diversas línguas, que falam sobre a construção da Igreja no tempo dos Descobrimentos. “Esta obra veio revelar o mundo extraordinário que, entretanto, se abria aos olhos europeus pelas navegações portuguesas e que permitiu, também, desenvolver de uma forma exponencial o ideário de universalização do cristianismo, através da construção da Igreja ultramarina, extra-europeia”, sublinhou José Eduardo Franco. Mas, além de “todas as dificuldades”, esta obra mostra também “os sucessos, os avanços, os progressos desse mesmo processo de construção [da Igreja extra europeia]”. A obra, editada pela Esfera do Caos, teve a colaboração das universidades de Lisboa e Católica.

"Poesia, saudade da prosa": Uma antologia pessoal de Manuel António Pina

Manuel António Pina


A um jovem poeta

Procura a rosa.
Onde ela estiver
estás tu fora
de ti. Procura-a em prosa, pode ser

que em prosa ela floresça
ainda, sob tanta
metáfora; pode ser, e que quando
nela te vires te reconheças

como diante de uma infância
inicial não embaciada
de nenhuma palavra
e nenhuma lembrança.

Talvez possas então
escrever sem porquê.
evidência de novo da Razão
e passagem para o que não se vê.

Manuel António Pina

Ler mais aqui

Cedências ao supérfluo são provocadoras e escandalosas



Tiques de riquismo 
com a pobreza em pano de fundo

 António Marcelino

«Os tiques de riquismo são ofensivos, as cedências ao supérfluo são provocadoras e escandalosas. Todos são chamados, à medida de cada um, a entrar no processo da recuperação necessária e urgente do país. Não é trabalho apenas dos governantes. Pouco ou nada se conseguirá se cada um não se impuser a si próprio, atitudes de austeridade e gestos de partilha e a quem governa decisões certas e exemplo convincente. Urge que todos digamos, de modo consequente, que somos pessoas responsáveis e solidárias, irmãos e cidadãos com iguais direitos e deveres»

terça-feira, 7 de junho de 2011

Recordando um amigo com natural emoção

Flor do meu jardim para o José Carlos


Participei hoje, em Braga, no funeral de um amigo, que conheci desde tenra idade. José Carlos Chaves Fernandes, 45 anos, cardiologista, faleceu vítima de um acidente de viação. As causas do acidente estão por esclarecer. Casado com a Paula, com dois filhos, a Rita e o Francisco, foi um marido exemplar e pai amoroso, filho e irmão dedicado. Os seus pais, Nazaré Chaves e António Fernandes, e demais familiares, tal como os amigos de sempre, marcaram presença emocionada junto dos seus restos mortais, nas cerimónias religiosas e no momento da descida à terra do repouso final neste mundo. A sua alma, de homem generoso e sensível, está no seio de Deus.
Recordo-o com saudade, animado pela certeza de que ele continuará connosco, nos seus familiares e amigos, mas em especial nos seus filhos, que ele tanto amava. Animado, ainda, pela convicção de que o seu exemplo de amor acrisolado à família e de espontânea amizade fraterna para com os amigos hão de permanecer connosco.
Como poderei esquecer a sua natural alegria de viver, inúmeras vezes manifestada junto dos que o rodeavam? Como poderei olvidar o sentido profissional de proximidade com os seus doentes, que o levava a uma atualização permanente para mais e melhor ajudar quem sofre? Como poderei permitir que da minha memória fujam os cuidados que o José Carlos tinha em saber do meu estado de saúde, em momentos menos bons?
Recuando no tempo, estou a vê-lo a brincar com os meus filhos, a estudar com gosto pelo saber, a singrar na carreira profissional que escolheu, a especializar-se em cardiologia, área que abraçou com paixão.
Há poucas semanas, em Braga, tivemos, com minha esposa e um filho, sem o podermos imaginar, o último encontro. Lanche em casa dos seus pais e jantar em sua casa, com toda a família a trabalhar na cozinha. Foi muito bonito e muito saboroso. Jamais esquecerei esse como outros momentos semelhantes, de abertura à manutenção da amizade de décadas, de convívio franco e amigo, de recordações de vivências que perduram no tempo. Paz à sua alma.

Fernando Martins

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Eleições indicam novo rumo

O ruído ensurdecedor provocado por algumas intervenções na campanha eleitoral, e mesmo antes dela, esvaiu-se como nuvem de fumo brando. Ouvi de muita gente, preocupada com a situação política, social e económica do país, perguntas inquietantes sobre o que poderia acontecer depois da escolha dos portugueses. E afinal os portugueses escolheram e quando hoje acordei percebi que o clima estava sereno. Nada de grave aconteceu e a vida, quer queiramos ou não, prossegue com os ânimos agora renovados e esperançosos. O dia seguinte, como normalmente acontece, não passa de um dia normalíssimo, com os responsáveis políticos, vencedores e vencidos, a esforçarem-se por arrumar as suas casas, rumo ao futuro. 
Os novos governantes já sabem a verdade do que os espera nos próximos quatro anos: ou governam com sabedoria, prudência e sentido das responsabilidades, ou sofrem as consequências, porque o povo, soberano e inteligente, saberá impor a sua vontade e marcar o compasso. 
Estamos, realmente, numa democracia representativa, que não se esgota nos partidos políticos nem tão-pouco nas eleições legislativas ou outras. O povo descontente reagirá sempre em conformidade, e a sabedoria e sensibilidade de quem governa estarão na forma como se ouve ou se ignora  o povo. E se não o quiser ouvir, nem sentir os seus dramas e inquietações, então que espere pela resposta. 

FM

EXPRESSO: O silêncio não se deixou transformar por horas

Monge na Cartuxa

A vocação do silêncio:

José Luís Peixoto na Cartuxa de Évora 



José Luís Peixoto penetrou no praticamente inacessível mundo de contemplação do Convento da Cartuxa. Ali, dez monges vivem em isolamento total, movidos pela fé.




Caminhava com o prior ao longo dos claustros quando os sinos começaram a tocar. A dissolverem-se no céu ou a retinirem nas paredes de pedra, chamavam para as vésperas e, longamente, acompanharam-nos até à entrada da igreja. A tarde dobrava o ponto em que o calor se transformava em calma, primavera de Deus. No interior da igreja, era fresco o eco da lonjura. Quase indistinto dos objetos e das imagens, imóvel, sentado, com o capuz a cobrir-lhe a cabeça, estava um monge velho, curvado. O prior apontou-me um lugar, fez-me gesto para esperar ali e saiu. O monge e eu ficámos a respirar. Foi então que o silêncio começou. 
Calcular a passagem do tempo dentro do silêncio é comparável a contar segundos pela chama de uma vela ou por um abraço. Semelhante a estes dois exemplos, também o silêncio transporta um sentido imperturbável que é maior do que o tempo que pode ser medido. Como se acontecesse noutro lugar, como se ignorasse os minutos e, assim, lhes subtraísse toda a força da sua importância. O silêncio não se deixa transformar por horas, dias ou séculos. Aquilo que o silêncio era em 1084, quando São Bruno fundou a Ordem da Cartuxa, continua a ser, hoje, o silêncio.

Ler mais aqui


domingo, 5 de junho de 2011

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues

(Clicar na imagem para ampliar)

Mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial das Comunicações Sociais


Verdade, anúncio e autenticidade de vida, 
na era digital

«A presença nestes espaços virtuais pode ser o sinal de uma busca autêntica de encontro pessoal com o outro, se se estiver atento para evitar os seus perigos, como refugiar-se numa espécie de mundo paralelo ou expor-se excessivamente ao mundo virtual. Na busca de partilha, de «amizades», confrontamo-nos com o desafio de ser autênticos, fiéis a si mesmos, sem ceder à ilusão de construir artificialmente o próprio «perfil» público.»

Ler toda a mensagem aqui



Os inícios da República em Aveiro




As primeiras frases:

«É por demais conhecido o pendor liberal das gentes de Aveiro evidenciado em factos históricos significativos que importa enunciar.
Como sempre acontece em questões desta natureza, “trata-se de fenómeno não simples nem unívoco, mas complexo, multifacético, em que diversas vias se entrecruzam e reciprocamente se influenciam, em diferentes planos ritmos e tempos”.»

Elaborado por Flávio Sardo e António Neto Brandão, dois conhecidos causídicos aveirenses, “Aveiro — Roteiros Republicanos” bem merece uma leitura atenta, para um melhor conhecimento dos inícios da República na nossa região.

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 240


DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM - 23



AS NOSSAS BICICLETAS - IV 

Caríssima/o:

Pode ser que esta lembrança de meu irmão Artur nos faça, pelo menos, acenar a cabeça e a remoer imagens que teimam em se afastar cada vez mais do nosso quotidiano: 

«O FUNERAL E A BICICLETA 

Nos tempos da minha infância, os funerais saíam da casa do falecido e todos os acompanhantes iam a pé, com o tempo que estivesse nesse dia, ou chuva ou vento. 
Assisti a muitos funerais; este foi no Farol da Barra e, como sempre, a garotada acompanhava estes actos para levar as bicicletas. 
Mas havia dois problemas: os que não sabiam andar com as mesmas não tinham sorte; ou então tinham que mentir porque o que eles queriam era aprender a andar! 
Este funeral era de um senhor que tinha uma loja, era muito conhecido e foi muita gente. 
Quanto a mim tive a sorte de levar a bicicleta dum senhor conhecido, sargento da Marinha: era uma bicicleta nova de marca estrangeira! 
Chegou-se ao pé de mim e disse-me: «Vais levar a minha bicicleta, porque sei que sabes andar! Tem muito cuidado com ela!» 
Quando ouvi aquelas palavras, fiquei um pouco admirado e quando ma entregou parece que nem acreditava. De facto, fui muito cuidadoso para que não houvesse nenhum problema. 
Quando o funeral acabou, cada garoto estava junto da respectiva bicicleta. Se virmos bem a coisa, dava a impressão que havia compra e venda de bicicletas, pois cada garoto esperava a recompensa. 
Ao chegar junto da bicicleta, o senhor sargento, a primeira coisa que fez, foi dar uma vista de olhos e como estava tudo normal, tirou do bolso 2$50 (vinte e cinco tostões!) e deu-mos. Fiquei radiante e disse-lhe «muito obrigado». (Ele podia fazer isso porque ganhava bem naquela altura.) 
E foi assim que aconteceu nesse funeral, porque quanto a outros não tinha sorte de me darem nada. Mas já era um grande prazer andar de bicicleta! 
Quando em certos dias só se viam garotos de bicicleta na estrada, logo se sabia que havia um funeral.» 

Pela cópia Manuel

sábado, 4 de junho de 2011

Meninos da Obra da Criança agradecem...

Trabalho elaborado pelos meninos da Obra da Criança


Meninos da Obra da Criança expressam a sua gratidão ao Rotary Club de Ílhavo por todo o apoio que este clube tem dado àquela instituição. Do mesmo modo, o Rotary de Ílhavo manifesta o seu profundo reconhecimento a todos os participantes, patrocinadores, voluntários, associações e clubes, bem como a todos os que, de uma forma mais ou menos anónima, deram o seu contributo para a realização da Rota do Bacalhau, em favor da Obra da Criança. 

"Nós, os meninos da Obra
Queremos agradecer 
Tudo o que fizeram por nós 
E que a nós nos faz renascer 
E aumentou nosso desejo de viver... 

É bom saber que alguém nos quer ver rir 
Felizes e com esperança, 
E sentir... 
Que há quem se interesse por nós 
Crianças...

Sem mais a acrescentar, 
Um grande obrigado vem a calhar 
Por tudo o que nos têm dado!"

Ares de Tete - Moçambique

Paisagem: embondeiro

Aldeia

Paisagem: Ao fundo, a laguna

Embondeiro

Fotos gentilmente enviadas pelo Jorge Ribau

Cada vez mais adultos procuram catequese


«Há muitos adultos a frequentar a catequese, movidos pela procura de bem-estar espiritual ou para a realização de sacramentos nunca iniciados ou interrompidos.»

Texto e vídeo aqui

Poesia para este tempo




“Tenho que escolher o que detesto —
ou o sonho, que a minha inteligência odeia,
ou a acção, que a minha sensibilidade repugna;
ou a acção, para que não nasci,
ou o sonho, para que ninguém nasceu.
Resulta que, como detesto ambos,
não escolho nenhum;
mas, como hei-de, em certa ocasião,
ou sonhar, ou agir,
misturo uma coisa com outra.

Bernardo Soares (Fernando Pessoa)
“Livro do Desassossego”

Publicado no caderno Economia do EXPRESSO

O ser humano é o ser da pergunta



A dúvida, a pergunta, 
o transcendente

Anselmo Borges

Há um texto de Joseph Ratzinger, em 1968, ainda só professor, que dá que pensar. "Não há fuga possível ao dilema do ser humano. Quem quiser escapar à incerteza da fé terá de experienciar a incerteza da descrença, que, por sua vez, nunca pode dizer com certeza definitiva se não é a fé que é a verdade. Ninguém pode tornar Deus e o seu Reino evidentes aos outros nem a si mesmo. Tanto o crente como o não crente, se não se ocultarem a si próprios e à verdade do seu ser, participam, cada um à sua maneira, na dúvida e na fé. Nenhum deles pode escapar completamente à dúvida, nenhum pode escapar completamente à fé; para um a fé torna-se presente contra a dúvida, para o outro mediante a dúvida e sob a forma da dúvida. É a figura fundamental do destino humano: só poder encontrar a definitividade da sua existência nesta rivalidade sem fim de dúvida e fé, perplexidade e certeza. Talvez assim precisamente, a dúvida, que impede um e outro de se fecharem em si mesmos, possa tornar-se o lugar da comunicação. Ela impede-os de se encerrarem totalmente em si próprios, abre o crente ao que duvida e o que duvida ao que tem fé; para um é a sua participação no destino do descrente, para o outro a forma como a fé, apesar de tudo, permanece um desafio."

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Comissão Europeia: É assim que se ensina a poupar?




«Enquanto exige aos países da zona euro mais austeridade para reduzir o défice, a Comissão Europeia (CE) não tem refreado os seus próprios gastos. De acordo com uma investigação jornalística, os comissários europeus gastaram cerca de oito milhões de euros em jactos privados, festas e férias luxuosas.»

Ler mais aqui


NOTA: Não vejo mal nenhum em aconselhar os Estados a poupar. Em tempo de crise e até de fartura. Poupar, como me ensinaram, tem de ser cultura diária para toda a gente. Mas já viram quanto gasta e em quê a Comissão Europeia? Não seria melhor dar o exemplo de vida sóbria, sem gastos supérfluos? 


ÍLHAVO: Vigilância e Segurança nas Praias

Praia da Barra

O Executivo Municipal  aprovar o Protocolo de Cooperação a estabelecer entre a Câmara Municipal de Ílhavo (CMI), a Administração do Porto de Aveiro (APA), a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ílhavo (AHBVI) e a Associação de Concessionários de Praia da Beira Litoral, para a vigilância e segurança balnear no ano de 2011 nas Praias da Barra e da Costa Nova e para a gestão, manutenção e exploração do Bar de apoio ao Núcleo de Educação Ambiental (NEA) da Costa Nova.

Ler mais aqui

A natureza fez de mim um jardim


Sátira

A natureza se enganou
E fez de mim um jardim,
Pois, "cravos" em mim, plantou
E tão bem os adubou
Que eles crescem ‘inda assim!

Flores nas jarras gosto,
Ou no jardim a crescer
Mas juro e até aposto
Que ninguém tem esse gosto
Tão bizarro a meu ver!

Alguns maus tratos lhes dou
E ácido até lhes ponho
Mas o cravo que vingou,
Como remédio o tomou
E alimentou o seu sonho.

E, as mãos tão veneradas
Numa anterior situação
De novo são solicitadas
E decerto apreciadas
Nesta botânica operação!

Que os cravos decapite
Atenda esta prece minha!
E o Doutor não hesite
Que eu vou tendo o palpite
Que lhos deixo numa jarrinha!

Mª Donzília Almeida
Junho de 2000

Leonard Cohen vence Prémio Príncipe das Astúrias




quarta-feira, 1 de junho de 2011

Ares de Maputo



Maputo, com a Costa do Sol bem à vista


O meu amigo e conterrâneo Jorge Ribau, algures em Moçambique, onde respira outros ares e trabalha no seu ofício, teve a gentileza de me enviar fotos que registou à chegada. Longe da Gafanha da Nazaré, marca, desta forma, a sua presença entre nós. Daqui o saúdo, com votos dos melhores êxitos profissionais.

Regresso ao passado — Senti-me recuada no tempo

Escola primária do centro

Dizem as más-línguas, é bom… ser aluno!

Maria Donzília Almeida

Por contingências da profissão docente, senti-me recuada no tempo, cerca de meio século e colocada na Escola Primária onde aprendi as primeiras letras. As primeiras e as últimas, já que foi desta escola, que preparada pela D.ª Arminda Moreira, na 4ª classe, parti... à descoberta do mundo. Aqui fica o meu agradecimento a esta senhora que tão bem me preparou para o prosseguimento de estudos. Ainda, há pouco, me cruzei com ela e regozijei-me com o seu bom aspeto, que elogiei. Acusou-me de miopia, causa da minha visão desfocada da sua imagem!!! 
— Ah, mas eu já uso óculos desde os meus 17 anos, pelo que o defeito já deve estar corrigido, há muito tempo! — Retruquei, na ânsia de dar consistência ao elogio que fizera. 
Foi num misto de nostalgia e revivalismo, que calcorreei os corredores da escola carcomidos pelo caruncho e pelas marcas do tempo Os pezinhos das crianças a correr e a saltar evocam em nós os tempos em que também fazíamos parte do grande bando de passarinhos à procura de alimento para a alma. 
Se agora todos os alunos chegam à escola calçados, com sapatos ou sapatilhas de marca, rivalizando uns com os outros, eram raros, naquele tempo, aqueles que usavam calçado, sendo os tamancos e as chancas, os precursores do moderno e diversificado calçado da nossa época.

Etiquetas

A Alegria do Amor A. M. Pires Cabral Abbé Pierre Abel Resende Abraham Lincoln Abu Dhabi Acácio Catarino Adelino Aires Adérito Tomé Adília Lopes Adolfo Roque Adolfo Suárez Adriano Miranda Adriano Moreira Afonso Henrique Afonso Lopes Vieira Afonso Reis Cabral Afonso Rocha Agostinho da Silva Agustina Bessa-Luís Aida Martins Aida Viegas Aires do Nascimento Alan McFadyen Albert Camus Albert Einstein Albert Schweitzer Alberto Caeiro Alberto Martins Alberto Souto Albufeira Alçada Baptista Alcobaça Alda Casqueira Aldeia da Luz Aldeia Global Alentejo Alexander Bell Alexander Von Humboldt Alexandra Lucas Coelho Alexandre Cruz Alexandre Dumas Alexandre Herculano Alexandre Mello Alexandre Nascimento Alexandre O'Neill Alexandre O’Neill Alexandrina Cordeiro Alfred de Vigny Alfredo Ferreira da Silva Algarve Almada Negreiros Almeida Garrett Álvaro de Campos Álvaro Garrido Álvaro Guimarães Álvaro Teixeira Lopes Alves Barbosa Alves Redol Amadeu de Sousa Amadeu Souza Cardoso Amália Rodrigues Amarante Amaro Neves Amazónia Amélia Fernandes América Latina Amorosa Oliveira Ana Arneira Ana Dulce Ana Luísa Amaral Ana Maria Lopes Ana Paula Vitorino Ana Rita Ribau Ana Sullivan Ana Vicente Ana Vidovic Anabela Capucho André Vieira Andrea Riccardi Andrea Wulf Andreia Hall Andrés Torres Queiruga Ângelo Ribau Ângelo Valente Angola Angra de Heroísmo Angra do Heroísmo Aníbal Sarabando Bola Anselmo Borges Antero de Quental Anthony Bourdin Antoni Gaudí Antónia Rodrigues António Francisco António Marcelino António Moiteiro António Alçada Baptista António Aleixo António Amador António Araújo António Arnaut António Arroio António Augusto Afonso António Barreto António Campos Graça António Capão António Carneiro António Christo António Cirino António Colaço António Conceição António Correia d’Oliveira António Correia de Oliveira António Costa António Couto António Damásio António Feijó António Feio António Fernandes António Ferreira Gomes António Francisco António Francisco dos Santos António Franco Alexandre António Gandarinho António Gedeão António Guerreiro António Guterres António José Seguro António Lau António Lobo Antunes António Manuel Couto Viana António Marcelino António Marques da Silva António Marto António Marujo António Mega Ferreira António Moiteiro António Morais António Neves António Nobre António Pascoal António Pinho António Ramos Rosa António Rego António Rodrigues António Santos Antonio Tabucchi António Vieira António Vítor Carvalho António Vitorino Aquilino Ribeiro Arada Ares da Gafanha Ares da Primavera Ares de Festa Ares de Inverno Ares de Moçambique Ares de Outono Ares de Primavera Ares de verão ARES DO INVERNO ARES DO OUTONO Ares do Verão Arestal Arganil Argentina Argus Ariel Álvarez Aristides Sousa Mendes Aristóteles Armando Cravo Armando Ferraz Armando França Armando Grilo Armando Lourenço Martins Armando Regala Armando Tavares da Silva Arménio Pires Dias Arminda Ribau Arrais Ançã Artur Agostinho Artur Ferreira Sardo Artur Portela Ary dos Santos Ascêncio de Freitas Augusto Gil Augusto Lopes Augusto Santos Silva Augusto Semedo Austen Ivereigh Av. José Estêvão Avanca Aveiro B.B. King Babe Babel Baltasar Casqueira Bárbara Cartagena Bárbara Reis Barra Barra de Aveiro Barra de Mira Bartolomeu dos Mártires Basílio de Oliveira Beatriz Martins Beatriz R. Antunes Beijamim Mónica Beira-Mar Belinha Belmiro de Azevedo Belmiro Fernandes Pereira Belmonte Benjamin Franklin Bento Domingues Bento XVI Bernardo Domingues Bernardo Santareno Bertrand Bertrand Russell Bestida Betânia Betty Friedan Bin Laden Bismarck Boassas Boavista Boca da Barra Bocaccio Bocage Braga da Cruz Bragança-Miranda Bratislava Bruce Springsteen Bruto da Costa Bunheiro Bussaco Butão Cabral do Nascimento Camilo Castelo Branco Cândido Teles Cardeal Cardijn Cardoso Ferreira Carla Hilário de Almeida Quevedo Carlos Alberto Pereira Carlos Anastácio Carlos Azevedo Carlos Borrego Carlos Candal Carlos Coelho Carlos Daniel Carlos Drummond de Andrade Carlos Duarte Carlos Fiolhais Carlos Isabel Carlos João Correia Carlos Matos Carlos Mester Carlos Nascimento Carlos Nunes Carlos Paião Carlos Pinto Coelho Carlos Rocha Carlos Roeder Carlos Sarabando Bola Carlos Teixeira Carmelitas Carmelo de Aveiro Carreira da Neves Casimiro Madaíl Castelo da Gafanha Castelo de Pombal Castro de Carvalhelhos Catalunha Catitinha Cavaco Silva Caves Aliança Cecília Sacramento Celso Santos César Fernandes Cesário Verde Chaimite Charles de Gaulle Charles Dickens Charlie Hebdo Charlot Chave Chaves Claudete Albino Cláudia Ribau Conceição Serrão Confraria do Bacalhau Confraria dos Ovos Moles Confraria Gastronómica do Bacalhau Confúcio Congar Conímbriga Coreia do Norte Coreia do Sul Corvo Costa Nova Couto Esteves Cristianísmo Cristiano Ronaldo Cristina Lopes Cristo Cristo Negro Cristo Rei Cristo Ressuscitado D. Afonso Henriques D. António Couto D. António Francisco D. António Francisco dos Santos D. António Marcelino D. António Moiteiro D. Carlos Azevedo D. Carlos I D. Dinis D. Duarte D. Eurico Dias Nogueira D. Hélder Câmara D. João Evangelista D. José Policarpo D. Júlio Tavares Rebimbas D. Manuel Clemente D. Manuel de Almeida Trindade D. Manuel II D. Nuno D. Trump D.Nuno Álvares Pereira Dalai Lama Dalila Balekjian Daniel Faria Daniel Gonçalves Daniel Jonas Daniel Ortega Daniel Rodrigues Daniel Ruivo Daniel Serrão Daniela Leitão Darwin David Lopes Ramos David Marçal David Mourão-Ferreira David Quammen Del Bosque Delacroix Delmar Conde Demóstenes

Arquivo do blogue