sexta-feira, 22 de maio de 2009

Sorriso de Deus

Este sorriso de Deus foi-me enviado, gentilmente, pelo meu amigo e leitor frequente do meu blogue João Marçal. Claro que há muitos sorrisos de Deus, que podemos vislumbrar nos caminhos da vida. Quem me oferece mais sorrisos de Deus? Aqui fica o desafio.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Dia da Marinha 2009

Fragata Álvares Cabral
O Dia da Marinha, que este ano se celebra em Aveiro, no âmbito da evocação dos seus 250 anos de cidade, também envolve o concelho de Ílhavo, concretamente a Gafanha da Nazaré, que acolhe, no Terminal Norte do Porto de Aveiro, os Navios que participam neste evento. Os referidos Navios da Marinha Portuguesa estão até ao dia 24 abertos ao público, sendo o acesso feito pelo Terminal Ro-Ro. O Paredão Central da Praia da Barra será o local ideal para assistir ao Desfile Naval que, no dia 24, pelas 15.30 horas, encerra as comemorações.

Morreu João Bénard da Costa

Morreu João Bénard da Costa, li hoje na comunicação social. Um homem brilhante do cinema e da cultura em geral. Gostava de o ler e de o ouvir nos seus discursos bem elaborados, com o seu quê de poesia e de profundos conhecimentos da história e do mundo. Foi católico assumido. Depois, desiludido, passou ao grupo dos vencidos do catolicismo. Mas nem por isso deixou de abordar imensas facetas do cristianismo, sobretudo as ligadas às diversas artes. Falava e escrevia sobre cinema e sobre artes como poucos.
FM
O PÚBLICO diz assim:
Divulgador de cinema, director da Cinemateca Portuguesa desde 1991, Bénard da Costa nasceu a 7 de Fevereiro de 1935.
A Cinemateca Portuguesa anunciou em comunicado que o corpo do seu director, João Bénard da Costa, estará na Igreja de S. Sebastião da Pedreira, em Lisboa, ao final da tarde de hoje. Numa última homenagem ao cinéfilo que dirigiu a instituição desde 1991 (e que era membro da direcção desde 1980), a Cinemateca – que suspende hoje as suas sessões – vai projectar, em data e hora a anunciar, o filme da vida de Bénard: Johnny Guitar, de Nicholas Ray. Num inquérito de jornal em que lhe pediam para dizer qual o seu filme preferido, Bénard respondia: Johnny Guitar, de Nicholas Ray; porque era ele; porque era eu”.
“Os filmes da sua vida e o seu filme da vida não se distinguiam, e traziam sempre ecos afectivos, memórias culturais, reflexos dos debates que também viveu”, escreve a direcção da Cinemateca no comunicado. “João Bénard da Costa viu muitos filmes, todos os filmes, uma vida inteira de filmes, mas também via sempre filmes que mais ninguém via, porque neles descrevia o que lá estava e não estava, isto é, aquilo que não era aparente e óbvio antes de o lermos nos seus textos”.
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ACONTECIMENTOS CLAROS E JUÍZOS COMPLEXOS

Há manifestações frequentes, pessoais e colectivas, que são de leitura difícil, se não mesmo impossível, quando faltam a quem julga, critérios adequados à sua total compreensão. São as assim as manifestações religiosas de fé, mormente quando envolvem multidões de crentes, por vezes gente humilde e simples, mas com convicções profundas e consequentes e coragem para as afirmar. Esta leitura, já de si complexa, aparece muitas vezes deformada pelos críticos e pela comunicação social que não vai além das aparências e se prende em aspectos limitados. Assim é com os peregrinos de Fátima, cumpridores ou não de promessas, chegados ao Santuário a pé ou de outro modo, vindos de norte e sul e dos quatro cantos do mundo. A expressão religiosa da fé traduz-se sempre de um modo cultural e, deste modo, é uma representação limitada, provisória e relativizada. Dela emergem, porém, sentimentos respeitáveis, capazes de convocar e unir pessoas, derrubar muros interiores, abrir horizontes novos, quebrar rotinas e acordar esperanças. Não é fácil a coragem de se afirmar hoje, publicamente, como cristão numa sociedade cada vez mais secularizada, religiosamente indiferente, que foi cortando as referências vitais com o transcendente. Pese, embora, o incómodo de alguns, a verdade é que não falta gente a afirmar a dimensão religiosa e evangélica da sua vida, e a dar razão da sua esperança com palavras convincentes, certas e sábias. E fá-lo de modo livre. Com o propósito de ver para além do que os olhos vêem, quando tal se proporciona, gosto de caminhar por entre estes cristãos corajosos, quedo-me a admirar e a perscrutar o seu mundo interior e a tentar adivinhar o que os leva a exprimir assim a sua fé. As peregrinações são ocasião privilegiada para tal propósito. Foi assim, há dias, com perto de vinte mil peregrinos emigrantes que trabalham em diversos países da Europa e se deslocaram a Mont-Roland, em França. De igual modo, dois dias depois, em Fátima, deixando-me envolver, silenciosamente, e contemplando a multidão que desafia, com um rosto sereno e confiante, o rigor do tempo, o cansaço da caminhada, o incómodo das cerimónias longas, a incompreensão dos críticos fáceis As expressões populares de fé não são apenas de pessoas simples e iletradas. Também as manifestam gente culta, que guarda a fé bebida com o leite da sua mãe ou fez alguma experiência de Deus, em momento tão decisivo da vida, que não mais pode esquecer. Dizem alguns, mesmo da Igreja, que muita gente generosa numa peregrinação, não exprime total coerência de fé na sua terra e no seu dia a dia. A coerência da fé adquire-se ao longo da vida, ante os desafios que a mesma vai pondo. A força unificadora do que se acredita e do que se vive não é obra de um momento, mas sim de uma decisão interior que se vai tornando vida no meio de incómodos e obstáculos. Neste esforço de procura de coerência e de unidade na vida, misturado de êxitos e de fracassos, vai a força que não deixa desistir, a gratidão pelo que já se conseguiu, a aceitação das contrariedades inevitáveis, o gesto discreto de solidariedade, as expressões de amor, os propósitos de bem fazer, a coragem para permanecer na comunhão eclesial. O maior desafio que hoje se põe aos cristãos e às comunidades é o da formação que enraíza e esclarece a fé e o do testemunho que dá sentido e abertura missionária às suas vidas. É esta uma responsabilidade permanente de quem serve. Servindo, se encontra maneira de interessar quem nisso precisa de ser servido e de que vai tendo consciência. No tempo do peregrinar na vida, Deus não é o juiz que contabiliza os resultados obtidos. É o Pai atento que incita a ir mais longe, dando a mão aos caídos, o colo aos cansados, a palavra estimulante aos que caminham sempre, levando uma cruz pesada. A gente, iletrada ou culta, com fé evangélica, desperta adormecidos e desatentos e denuncia teóricos, tardios em oferecer o seu ombro para ajudar os inúmeros feridos da vida. António Marcelino

Educação sexual nas escolas?

Não há educação e ensino que resistam
enquanto famílias e escolas viverem divorciadas
umas das outras
O caso da professora de uma escola de Espinho, que, ao que parece, resolveu esquecer-se da aula de história para falar de sexo, que não da educação para uma sexualidade saudável e responsável, veio acordar o País para uma realidade, que muitos conhecem. Há, de facto, professores conscientes, bem formados e informados, com capacidade para ensinar e educar, mas também há outros que andam pelas escolas para não fazerem nada de jeito. Nem sabem ensinar, nem informar convenientemente, muito menos formar para uma vida com princípios, com regras, com valores. A questão está mesmo nisto: formar para os valores que enobrecem a pessoa e a sociedade e não para o caos moral e social, tão ligado ao sexo livre. Há quem defenda a liberdade sexual sem regras, para além de se alertar para a transmissão de doenças. Para isso, propõem a oferta de preservativos nas escolas, ao jeito de quem quer dizer: tenham por aí relações sexuais a eito, com este e com aquele, com esta e com aquela. Isto agora é assim, cada um que se safe. E chamam a isto educação sexual, que não passa de devassidão, de embrutecimento dos sentidos. Claro que há muita gente que ainda não se habituou à ideia de que a educação não se faz em massa, numa aula ou em grupo alargado, confundindo-se educação sexual com informação sexual. A educação faz-se de pessoa a pessoa, com intimidade, coração a coração. Em família e com a família. A escola que ensine o que tem a ensinar, tendo em conta os valores da comunidade em que está inserida. A família que eduque, de acordo com os seus princípios de vida. Mas também é bom que se diga que há muitos e complexos problemas nas escolas porque as famílias se divorciam das suas obrigações e das suas responsabilidades educativas. Importa, por isso, alertar as famílias para a obrigação que têm de assumir o seu papel na comunidade educativa. As escolas não podem viver alheios às famílias; as famílias não podem alhear-se das escolas. Enquanto familílias e escolas viverem divorciadas umas das outras, não há educação e ensino que resistam. Fernando Martins

Património, Herança e Memória - A cultura como criação

A cultura ganha uma nova importância na vida política e económica contemporânea. O desenvolvimento humano não é compreensível nem realizável sem o reconhecimento do papel da criação cultural, em ligação estreita com a educação e a formação, com a investigação e a ciência. O que distingue o desenvolvimento e o atraso é a cultura, a qualidade, a exigência - numa palavra, a capacidade de aprender. Deixou de fazer sentido a oposição entre políticas públicas centradas no Património histórico, por contraponto à criação contemporânea. A complementaridade é óbvia e necessária. Basta olharmos os grandes marcos da presença humana ao longo do tempo para percebermos que há sempre uma simbiose de diversas influências, de diversas épocas, ligando Património material e imaterial, herança e criação. A nova Convenção-Quadro do Conselho da Europa sobre o Património cultural, assinada em Faro em Outubro de 2005 e já ratificada por Portugal, é um instrumento inovador da maior importância, onde pela primeira vez se reconhece que o Património cultural é uma realidade dinâmica, envolvendo monumentos, tradições e criação contemporânea. Segundo este documento, a diversidade cultural e o pluralismo têm de ser preservados contra a homogeneização e a harmonização. E se falamos de um «património comum europeu», como realidade a preservar, a verdade também é que estamos perante uma construção inédita e original baseada na extensão da dimensão tradicional do Estado de direito, no apelo à diversidade das culturas, no aprofundamento da soberania originária dos Estados-nações, na legitimidade dos Estados e dos povos, na criação de um espaço de segurança e de paz com repercussões culturais e numa maior partilha de responsabilidades nos domínios económico e do desenvolvimento durável. Guilherme d’Oliveira Martins,
Leia mais aqui Presidente do Centro Nacional de Cultura In Património, Herança e Memória. A cultura como criação. Ed. Gradiva

Aventuras de um boxer…

Dedicação O fato de bailarina Fica-me mesmo a matar, Quando a dona desatina E se põe comigo a dançar! Olá, Amigos!
Se pensam que morri e já estão a preparar-me o enterro, podem tirar o cavalinho da chuva, pois estou vivo e bem vivo! Ando um pouco “enfiado”, lá isso é verdade….até me “afunilaram” as ideias! As ideias e os movimentos! Estes humanos quando se lembram…quando têm ideias brilhantes, aplicam-nos a nós, caninos, que somos um campo fértil para estudos e experiências… Eu, que prezo a minha masculinidade, que sou cão e muito cão….sou um cão em toda a acepção da palavra, não me sinto bem no papel de cobaia! Por isso não entendi, lá muito bem, com os neurónios que Deus me deu, que me tenham metido um funil, na cabeça! P’ra quê? Pergunto eu, com o meu raciocínio de cão. Lá porque o Dr JP me deu uma anestesia, para andar a “escortaçar” o meu membro posterior direito, não vejo a correlação entre a costura feita na minha patinha e os movimentos da minha cabecinha pensadora! Que eu sou muito irrequieto e faço muitas mesuras à minha dona e seus amigos, toda a gente o sabe. Também o vêem os outros pets que pastoreiam em ambos os lados do meu espaço privado – o big garden! Mas daí até me terem limitado os gestos, a minha única forma de comunicação, há quem diga que o gesto é tudo, já que não fui dotado da linguagem verbal, como os humanos,……francamente! Será que existe algum conluio entre o Dr Vet e a minha dona, para me porem a dormir, durante um interminável dia, na sua clínica pediátrica? Eu, que nunca tinha entrado numa “estalagem” dessas, ouvi dizer que ia ficar internado para uma intervenção cirúrgica! A minha dona, ao verificar que me nascera uma excrescência, na patinha posterior direita, ficou alarmada! De início, pensou ser apenas uma forma de solidariedade, ao tentar copiar o joanete dela, por transferência afectiva…quiçá! Tratou de consultar um especialista que prognosticou, diagnosticou e prescreveu a excisão da protuberância; a minha dona levou-me à Clínica Veterinária da cidade próxima, onde tive uma amistosa recepção e onde me foi feita a preparação para a intervenção cirúrgica. Inocularam-me a anestesia, que provocou um entorpecimento que em nada se coaduna com todo o meu fulgor de canino fogoso hiperactivo! As patinhas começaram a afrouxar e daí a pouco senti-me ao colo do Dr JP que me transportou, com muito carinho, para o bloco operatório. Apesar das pálpebras semi-cerradas, ainda consegui descortinar uma lágrima furtiva a deslizar no rosto saudoso da minha dona. Ah! Nunca pensei que a dedicação dela atingisse este nível de emoção. E…até podia jurar, pondo as patinhas no fogo, que as lágrimas da minha dona não são lágrimas de crocodilo! É verdadeira, recíproca e intensa esta afeição entre humanos e caninos. Ao fim da tarde, quando me veio buscar, ambos rejubilámos de alegria, por podermos retribuir efusivamente o afecto que brota em cachões, qual lava em vulcão em actividade.
Quem tem uma dona, tem tudo Quem não a tem, não tem nada! Eu apesar de ser mudo Comunico, sobretudo De forma gesticulada!
M.ª Donzília Almeida 21 de Maio de 2009

quarta-feira, 20 de maio de 2009

AVEIRO: Fotografia no Salpoente

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Um poema de M.ª Donzília Almeida

“Tão tarde nesta vida e tão contente” Verdes anos! Eu sonhei, eu construí Castelos encantados, grandiosos. Com um sopro de vida, gloriosos, Momentos de fantasia eu vivi! Na senda desta vida, percorri Becos, veredas, largas avenidas Com vivências f’lizes ou sofridas Alegria, tormento, tudo eu sofri! Somei dias, tristezas, amargura, E também uma panóplia de ternura! Que da minh’alma emerge e se sente! E d’pois de um calvário percorrido, Com paz e harmonia tem sentido: - “Tão tarde nesta vida e tão contente”! M.ª Donzília Almeida
14.04.08

Caravela Vera Cruz no Porto de Aveiro



A caravela Vera Cruz está ancorada no Porto de Pesca Longínqua até 30 de Maio, por iniciativa da CIRA (Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro). Pretende-se com esta estadia da caravela no Porto de Aveiro contribuir para uma maior valorização da nossa cultura, assente, em grande parte, no Mar e na Ria. Também se deseja dar a conhecer aos mais novos “valores importantes da História de Portugal”, como sublinhou Ribau Esteves, presidente do Conselho Executivo da CIRA. 
A caravela Vera Cruz é propriedade da Aporvela, uma associação de treino de vela, de Lisboa, vocacionada, com este projecto, para a divulgação e sensibilização da gesta dos Descobrimentos Portugueses. 
Até ao fim do mês, escolas e demais interessados poderão visitá-la, fundamentalmente, para “imaginarem” como foi a vida dos nossos mareantes a bordo duma “casca de noz”, sobre as ondas alterosas. Mas, ainda, para se debruçarem sobre a evolução das navegações e do papel da caravela portuguesa nos Descobrimentos. 
A visita de ontem permitiu-nos assistir a uma encenação histórica por alunos, vestidos a rigor, de uma escola do concelho de Estarreja, bem compenetrados dos seus papéis, dos tempos da descoberta do Brasil, por Pedro Álvares Cabral. 
Para Ribau Esteves, que é também presidente da Câmara Municipal de Ílhavo, a CIRA está a implementar “acções da área da Educação e da Cultura”, apostando “na formação dos cidadãos mais novos e na promoção da nossa Região de Aveiro”. 
A Vera Cruz é uma réplica da Caravela Oceânica Portuguesa do Século XV e foi construída em Vila do Conde. Foi lançada à água em 28 de Abril de 1990. Tem 23,8 metros de comprimento e capacidade para alojamento de 22 pessoas.

Fernando Martins

terça-feira, 19 de maio de 2009

Município de Ílhavo com Bandeira de Ouro da Mobilidade

A Associação Portuguesa de Planeadores do Território (APPLA) atribuiu a Bandeira de Ouro da Mobilidade ao Município de Ílhavo. Este galardão surge na sequência do Relatório da 2ª Avaliação da Área de Adesão e é o corolário do cumprimento percentual da eliminação das barreiras urbanísticas na área de intervenção. A Área de Adesão de Ílhavo à Rede, a zona central da Cidade de Ílhavo, reúne as características de centralidade urbana, pela multiplicidade e diversidade de actividades e funções, abrangendo a área de comércio tradicional. No âmbito desta 2ª, e última, avaliação verificou-se que o Município procedeu a correcções que resultaram em francas melhorias quer do ponto de vista da mobilidade para todos como ao nível do espaço urbano e, consequentemente, na relação das pessoas com o espaço. Recorde-se que o Município de Ílhavo aderiu à Rede Nacional de Cidades e Vilas com Mobilidade para Todos, a 15 de Junho de 2004, tendo recebido a bandeira de Prata desta mesma Associação em 2007. A cerimónia da atribuição da Bandeira de Ouro da Mobilidade à Câmara Municipal de Ílhavo será oportunamente anunciada. Fonte: Município de Ílhavo

Universitários italianos conhecem a gastronomia regional na visita a Ílhavo

Após a visita às regiões do Minho, Trás-os-Montes e Douro, alunos da Universidade de Ciências Gastronómicas de Pollenzo, Itália, estiveram na região, em visita de estudo, com o patrocínio da Slow Food Internacional, com sede em Bra, Itália, e que tem mais de 90 000 associados espalhados pelo mundo. Esta universidade recebe alunos de diversos países e neste grupo estiveram jovens do Japão, Áustria, Quénia, Equador, Suíça e Itália. Esta foi a quinta vez que alunos daquela universidade visitaram Ílhavo, tendo estado no Museu Marítimo (instituição que, em 2006, recebeu, da Universidade Italiana, o título de “Sede Didáctica”), onde foram recebidos por dois funcionários do Museu e por uma delegação da Confraria Gastronómica do Bacalhau, com quem confraternizaram durante o dia, tendo-lhes sido oferecido, no bar Bela Ria, na Gafanha d’Aquém, um almoço da responsabilidade do cozinheiro Jorge Pinhão, que os brindou com bolos de bacalhau, carinhas fritas, pataniscas e Bacalhau à Confraria. Seguiu-se uma visita às instalações da empresa de pesca António Ribau, na Gafanha da Nazaré, onde os jovens Italianos puderam apreciar as diversas transformações por que passa o bacalhau, desde o desembarque dos navios para a seca até à distribuição. O navio Santo André e o Jardim Oudinot foram outros locais da visita, terminando o dia em Aveiro onde estiveram nas salinas e na Apoma (ovos moles), antes de seguirem viagem para a região da Bairrada. Carlos Duarte

PORTO DE AVEIRO: Comboios já operam na plataforma de Cacia

O Pólo de Cacia da Plataforma Logística Portuária de Aveiro recebeu ontem o primeiro comboio, tendo sido descarregados 34 contentores com destino ao Porto de Aveiro, para posterior exportação por via marítima. A CIMPOR (cliente) e a TAKARGO (operadora ferroviária), inscrevem assim o seu nome na história da ligação ferroviária da Linha do Norte ao Porto de Aveiro. Para as próximas semanas está prevista a operação de um comboio por dia. Representando um investimento público de 12 milhões de euros, a Plataforma Logística Portuária de Cacia visa assegurar o encaminhamento eficiente das mercadorias com origem e destino no porto de Aveiro, assim como contribuir para um alargamento do seu hinterland natural até à região de Castela e Leão.Tem uma área total de nove hectares, sendo seis destinados à fixação de actividades logísticas e à realização de operações ferroviárias de carga/descarga.
Fonte: Porto de Aveiro
Foto: RP/APA

Férias para mães de pessoas com deficiência

Santuário de Fátima retoma
pelo quarto ano esta iniciativa
Em Agosto e agora também em Setembro, pelo quarto ano consecutivo, o Santuário de Fátima, através do Serviço de Doentes (SEDO) e com apoio do Movimento da Mensagem de Fátima (MMF), proporcionará férias para mães de pessoas com deficiência que cuidam dos seus filhos em casa. Nesta iniciativa solidária, o Santuário cuida dos filhos deixados ao seu cuidado para que as mães possam ter um momento de descanso. As inscrições estão abertas, até 30 de Junho.
A actividade desenvolver-se-á em três períodos com a duração de uma semana. No primeiro poderão participar deficientes com idades compreendidas entre os 7 e os 20 anos. Na segunda e terceira semanas aqueles que têm entre 21 e 40 anos de idade.

Santa Teresa de Calcutá

Santa Com três riscas de azul em alvo manto, Face materna em figura minguada É assim que será sempre lembrada Aquela a quem o mundo deve tanto. Vidas famintas viram que era santo O pão, o gesto, a fala segregada, Matando a fome ou guiando essa jornada Para o mundo em que não existe o pranto. Mais alto que a voz gritam os exemplos, Mesmo por terra os homens valem templos E a caridade é mais do que se dá. Nesses humanos templos se vergou E por tudo o que não demos rezou Santa Madre Teresa de Calcutá! Domingos Cardoso

segunda-feira, 18 de maio de 2009

PROJECTO “TORGA EM SMS” DESENVOLVIDO NO INSTITUTO SUPERIOR MIGUEL TORGA

“DIÁRIO XII”, de Miguel Torga,
em versão integral para telemóvel ou Messenger
São 27.882 palavras, 114.796 caracteres que pretendem provocar a discussão em torno do futuro da Língua Portuguesa, numa época em que os jovens escrevem cada vez mais, mas talvez estejam a escrever cada vez pior
O “Diário XII”, de Miguel Torga, foi integralmente convertido para “linguagem SMS”. A “proeza” tem a autoria de duas alunas da Licenciatura em Comunicação Social do Instituto Superior Miguel Torga (ISMT), de Coimbra. Micaela Andreia Neves e Márcia Arzileiro, entretanto já licenciadas, não chegaram a converter a totalidade da obra, tendo a parte sobrante sido entregue a duas jovens de 14 anos, Mariana Alves e Laura Sobral, ao tempo frequentando o 8.º ano da Escola EB 2 3 Eugénio de Castro.
A conversão foi efectuada da 3.ª edição revista do Diário XII, composto e impresso nas oficinas da Gráfica de Coimbra em Julho de 1986. O Diário XII, com 204 páginas, inclui 251 entradas, de 17 de Maio de 1973 a 22 de Junho de 1977. 46 dessas entradas são constituídas por poemas.A versão em sms compreende 27.882 palavras, 114.796 caracteres (sem espaços), encontrando-se disponível, na íntegra, em http://diarioxii.blogspot.com/
Ao blog continente da versão integral do “Diário XII” em “linguagem SMS”, juntam-se outros três. Em http://torgaemsms.blogspot.com/ disponibilizam-se dezenas de notícias sobre o tema, do mixuguês à taquigrafia, dos etnolets às palavras em vias de extinção.
Por seu turno, o blog “Sítios” (http://mapastorga.blogspot.com/) georeferencia o itinerário do escritor na edição XII do seu “Diário”. São ao todo 62 mapas e fotos, publicação com recurso ao “Google Maps”. Por último, referência para o blog “TORGA EM SMS – OPINIÕES QUE CONTAM” (http://torgaemsms2.blogspot.com/).
A coordenação do projecto solicitou a vários especialistas opinião sobre a iniciativa, pedindo-lhes também que se pronunciem sobre os desafios que se colocam à Língua Portuguesa, tendo por base a generalização da "linguagem SMS" entre os jovens.
Fonte: Informações prestadas por Dinis Alves

5.ª Jornada da Pastoral da Cultura: «Elogio à liberdade»

Em Fátima, 5 de Junho
No grande debate teológico – e por maior razão! – cultural que São Paulo travou com os Gálatas, a liberdade emerge como chave da existência cristã: «Foi para a liberdade que Cristo nos libertou» (Gal 5,1)! O cristianismo das origens viveu de forma apaixonada essa reivindicação. Face às limitações que os particularismos de vária índole ditavam (fossem eles étnicos, sociais, económicos, religiosos...), o anúncio cristão expressa-se como uma inconformada aspiração de liberdade. Os textos do Novo Testamento são também um elogio à liberdade de pensamento e de palavra. O cristianismo começou inclusive por ser um delito de opinião, que custou aos seus protagonistas a prisão e a morte. Mas o “delito cristão” não cessou de ser, como sabemos, um extraordinário impulso para a libertação do Homem e da História. Na atenção que a Igreja dedica à Cultura (ela sabe que aí, de forma prática, se joga a construção do humano) pretende-se afirmar a liberdade como valor inegociável, mas necessariamente articulado com a Verdade, o Bem e a Beleza. Temos de perguntar: “que liberdade é que buscámos e vivemos?”; ou então: “para que serve, para que tem servido a nossa liberdade?”. A cem anos da Implantação da República (importante efeméride a que a Igreja se associa), reflectir sobre Portugal é olhar para a liberdade e averiguar o seu grau de pureza.

Dia Internacional dos Museus

Celebra-se hoje o Dia Internacional dos Museus. Por todo o País, vamos ter actividades sem conta, todas voltadas para as fontes de cultura que são os espaços museológicos. Quando se fala de museus, logo os associamos a coisas do passado, fora de uso. Mas não será assim, se quisermos. Podemos olhar para os museus como espaços de reencontro com as nossas raízes. Neles, se lá formos, há em permanentes exposições motivos para nos sintonizarmos com a nossa cultura ou com culturas de outros povos, a que podemos estar ligados, directa ou indirectamente. Os museus dos nossos dias, quando bem orientados, não são espaços estáticos, mortos, frios. São, isso sim, espaços vivos, dinâmicos, em constante actualização, com funções pedagógicas e culturais, fazendo uma excelente ligação entre o passado e o presente e projectando-nos para um futuro mais consistente, enquanto mantêm em nós os princípios essenciais das nossas raízes. Hoje, apesar de segunda-feira, os Museus Portugueses estão de portas escancaradas, para gratuitamente nos mostrarem as suas riquezas. Entremos, amigos, em qualquer um. Celebremos, assim, o Dia Internacional dos Museus. Fernando Martins

domingo, 17 de maio de 2009

Dia da Marinha celebrado em Aveiro

O Dia da Marinha está a ser celebrado em terras aveirenses, em homenagem aos 250 anos da elevação de Aveiro a cidade. Até ao dia 24 de Maio há uma oferta diversificada de eventos, desde exposições a desfile naval, este no canal da Barra. No dia 24, pelas 9.30 horas, na Igreja da Santa Casa da Misericórdia, será celebrada uma eucaristia em sufrágio dos militares, militarizados e civis da Marinha falecidos. Às 11 horas, junto ao Centro Cultural de Congressos, terá lugar uma cerimónia militar e às 15 uma demonstração naval, na Praia da Barra. Logo a seguir, e para finalizar, será a vez do desfile. Navios a Visitar: Navio-Escola “Sagres” Submarino “Barracuda” Lanchas de Fiscalização “Centauro” e “Pégaso” Patrulha “Cacine” Fragatas “Álvares Cabral” e “Bartolomeu Dias” Navio Reabastecedor “Bérrio” Corveta “Baptista de Andrade” Lancha de Desembarque “Bacamarte” Lancha Hidrográfica “Andrómeda”

Bento XVI deixa mensagem por ocasião dos 50 anos do Cristo Rei

Papa apela a um «Portugal melhor"
Bento XVI deixou este Domingo uma “súplica” ao Cristo Rei por “um Portugal melhor”, assinalando os 50 anos da inauguração do monumento, em Almada. O Papa, que falava depois da recitação da oração mariana do Regina Coeli, na Praça de São Pedro pediu que o nosso país seja “fiel na fé católica, fértil na santidade, próspero na economia, justo na partilha da riqueza, fraterno no desenvolvimento, alegre no serviço público”. “Quero saudar os cristãos de Portugal que neste dia se reúnem com todo o Episcopado para celebrar - sob a presidência do meu Enviado Especial, o Cardeal Dom José Saraiva Martins - o cinquentenário da inauguração do Santuário de Cristo Rei em Almada, na diocese de Setúbal”, disse, no Vaticano. Para Bento XVI, “lá erguido bem alto, bem visível, o Redentor divino com o coração e os braços abertos é oferta de paz à humanidade”. “Bem o sabe o povo português que, há cinquenta anos, se uniu para levantar aquele memorial da paz, por graça recebida em atenção à sua consagração ao Imaculado Coração de Maria”, acrescentou. Em conclusão, o Papa exortou “a perseverar na referida consagração à Virgem Mãe, que arrasta os corações, como ninguém mais sabe fazer, e lança-os nos braços da misericórdia do Senhor”. Bento XVI abordou, neste encontro com os peregrinos, a sua recente viagem à Terra Santa e a situação no Sri Lanka.

Avião "pousado" na Universidade de Aveiro

Espectacular fotografia de avião "pousado" na Universidade de Aveiro. Enviada, gentilmente, pelo João Marçal.

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS – 131

BACALHAU EM DATAS - 21


TOCA A MARCHAR!...

Caríssimo/a:

Seja-me permitido interromper a cronologia; curta pausa para recordações gratas e saudações um pouco desajeitadas a uns senhores que por estas águas têm navegado e, a propósito, trazer para junto de nós a nossa Aveiro e o caro Timoneiro. Estive para recortar o texto, mas ficaria como batatas sem sal!
Então no Timoneiro, de Setembro/90, na série dedicada a «ETNOGRAFIA & COOPERAÇAO» podemos ler:

 «TOCA A MARCHAR 

Conforme ficou prometido, continuamos neste número a republicar letras de marchas sanjoaninas da Gafanha da Nazaré. Desta feita, calha a vez a Cale da Vila. Parece o nome derivar do lugar estar situado junto a uma cale ou caminho de água, canal fundo, esteiro, que conduzia à vila, talvez a vila de Aveiro, elevada a cidade em 1759, no tempo do Marquês de Pombal, o que faz remontar as origens da Cale da Vila pelo menos no nome· a antes da segunda metade do século XVIII. São referidas habitações sazonais, isto é precárias ou apenas existentes em períodos de trabalho, como as fainas da recolha do sal ou da pesca de companha, desde o tempo de D. Dinis, havendo documento de seu filho Afonso IV, o do reconhecimento das Canárias, que refere construção de barcas, barinéis ou caravelas para a pesca e comércio. 
Também se sabe da importância de Aveiro e decerto das suas redondezas gafanhosas, mesmo "avant la lettre», resultantes da primeva exploração da TERRA NOVA DOS BACALHAOS, que se seguiu a descoberta dessa costa do nordeste americano. Mas o que já é menos discutível e confirmado por documentos e testemunhos de vivos de provecta idade é, por exemplo, a construção do navio ADÍLIA nos terrenos marginais da Cale da Vila pelo pai do celebrado Mestre Mónica, em 1890. 
Claro que nunca será demais realçar o facto de ser na Cale da Vila que existiram as primeiras indústrias, mesmo que algo artesanais, como era possível e costume na época, sobrelevando a todas a indústria da secagem de peixe, as famosas secas do bacalhau, bem como a construção de barcos de madeira do também famoso Estaleiro Mónica. 
O que já não será muito conhecido pela grande maioria dos leitores são alguns dos seguintes curiosos eventos: se na Cambeia havia um moinho de vento - o do Conde - para moer o milho dos lavradores, o que é certo é que Mestre Mónica também tinha nos seus estaleiros uma grande moagem, em que aproveitava a força motriz dos mesmos motores que ajeitavam a madeira para os seus lugres. Deve ser conhecido de alguns o facto de haver um senhor Chico que foi durante a sua vida o chefe da dita moagem, como prova de reconhecimento e pedido de desculpas do patrão. 
Também na Cale da Vila, depois do Casqueirita, nasce o teatro, o cinema mudo, depois o sonoro, algumas cegadas do senhor José Melro e de Júlio d'Aveiro, este um, autêntico poeta popular. É, aliás, de sua autoria a bonita letra da marcha hoje divulgada. E de recordar ainda uma certa vaidade, ou natural ou devida ao desenvolvimento económico,que muitos dos mais velhos recordam em relação aos do lugar de que estamos a falar. Parece que a Cale da Vila era a Gafanha por antonomásia, sendo os outros lugares da Gafanha simplesmente a Nazaré. 
Outros informadores têm-me dito que a Cale da Vila era mesmo a Cale da Vila e do resto pouco se falava, metendo-se todos os outros lugares no mesmo saco. O que é verdade é que aquando da elevação desta nossa Gafanha total à categoria de vila, em 1969, teria havido polémica sobre o que é que deveria ser vila e o que não, mas tudo se resolvera a contento de todos, podendo afirmar-se que mesmo autarcas desta freguesia que poderiam puxar a brasa à sardinha da VILA apenas na Cale ... lutaram para que a Gafanha da Nazaré fosse por inteiro considerada mais importante que aldeia.
Um dos vereadores da Gafanha que lutaram ao lado da Junta a favor desta solução era habitante desse importante lugar. Mas lutou por todos. Um outro do mesmo recanto chegou a fazer a oferta de 500 contos - ao tempo uma pequena fortuna ­ para a grande festa do acontecimento (pois tudo foi organizado) mas parece que a ordem de se fazer essa festa está ainda por chegar. Resta desejar a todos os daquele lugar da Gafanha as maiores felicidades e a continuação de grandes venturas na aventura do progresso económico. Mas não só. 
Para que o homem não «viva só de pão», mas se alimente também de outros valores é que publicamos estas marchas populares. A letra foi, como dissemos, feita por Júlio de Aveiro, sendo a música da autoria do senhor Dionísio Marta, tão de todos conhecido. Trata-se do ano .. folclórico de 1967. 
I S. Pedro S. João, lá das alturas Venham ver a Cale da Vila saltitar Esqueçam, como nós as amarguras Da nossa marcha venham partilhar A festa, só p'ra vós foi preparada Reparem como é bela a tradição Fogueiras e balões, festa animada Em honra de S. Pedro e S. João ESTRIBILHO Tudo cintila Com luz e cor A Cale da Vila, mostra todo o seu valor Com todo o ardor Só mais pedia PAZ E AMOR para a sua freguesia 
II As secas com o seu esplendor A Cale da Vila tem ao seu abrigo Onde os raios de sol, com o seu calor Preparam para nós FIEL AMIGO Se vissem, ó S. Pedro e S. João O quanto é bela a nossa marginal Veriam como aqui se ganha o pão Honrando o nosso querido Portugal! ESTRIBILHO Tudo cintila, etc. etc. 
III Fazem.-se os navios nos estaleiros Traineiras, Arrastões, sua beleza São nossos, muito nossos seus obreiros Orgulho desta faina Portuguesa S. Pedro, S. João abençoai O povo desta aldeia tão modesta Que sabe trabalhar, mas hoje vai Trazer a freguesia toda em festa ESTRIBILHO Tudo cintila etc. OLlVEIROS LOURO e MARCOS CIRINO» 

Aqui fica a minha homenagem e o meu abraço

Manuel

sábado, 16 de maio de 2009

Pintura a óleo na Galeria do Artesanato

Na Galeria do Artesanato, junto ao Café Calisto, na Gafanha da Nazaré, vai realizar-se um workshop de pintura a óleo, nos dias 13 e 14 de Junho, com a colaboração do pintor Levi Reis. A iniciativa é de Helena Ferreira, que participou, há tempos, numa experiência semelhante, de que gostou imenso. De tal forma, que decidiu avançar agora com esta oferta a todos os que gostam de artes decorativas, de colaboração com Madalena Ferreira, da Galeria do Artesanato, com quem mantém uma parceria saudável. 
O workshop vai funcionar com um mínimo de oito pessoas, pelo que os interessados devem inscrever-se quanto antes, na Avenida José Estêvão, n.º 243, Gafanha da Nazaré. 

CUFC - SOCIEDADE E DIREITOS HUMANOS

20 Maio, quarta-feira, 21 horas

Pessoas, problemáticas e respostas

Painel sobre Retrato de Problemáticas Sociais Moderação:Padre João Gonçalves, coordenador da Pastoral Social Diocesana e coordenador nacional da Pastoral das Prisões Intervenções: Belmiro Couto – Ceia com Calor: apoio aos sem-abrigo, das Florinhas do Vouga; Lyudmila Bila – Associação de Apoio ao Imigrante; Hélder Santos – Unidade de Desenvolvimento Social da Segurança Social Aveiro Organização: CUFC, Cáritas Diocesana de Aveiro e PANGEA ong

Crónica de um Professor...

Sentido de humor
Era uma aula de 90 minutos, uma óptima oportunidade de se fazer uma boa preparação para o teste próximo. Tinha planificado as actividades, minuciosamente, com o objectivo de uma boa “refrescadela” da matéria leccionada. Os trabalhos foram decorrendo com a espontaneidade e a irreverência próprias desta faixa etária - dez aninhos frescos e hiperactivos! A teacher rejubilava, quando por artes mágicas (!?) conseguia “ouvir” o silêncio... passe o paradoxo... É uma realidade que sabe a música, especialmente aos ouvidos torturados de um docente e que no seu ambiente de trabalho, é cada vez mais, algo de virtual, quase utópico! Mas, neste dia, a estas horas da matina, os ânimos estavam ainda entorpecidos pelo sono dilatado do fim-de-semana. Aproveitando esta pseudo apatia e para espevitar os sonolentos, a teacher inicia a aula com uma breve nota humorística. Também se insere na pedagogia, já que predispõe as mentes para um trabalho mais frutífero; descontrai, retempera e estimula. Assim pensa a mestra e foi neste pressuposto que se aventurou a iniciar aquela aula com uma “gracinha”. - O que faz um magalinha debaixo de uma janela? Claro que o vocabulário desta tirada, em Língua Materna, não integra o léxico destes moradores do século XXI. O magalinha que namora a sopeira, são arcaísmos que precisam de actualização na gíria estudantil que incorporou como linguagem corrente, boé, Ya... etc... A teacher ainda não domina este dialecto, apesar da sua atracção por línguas estrangeiras e do seu contacto permanente com os falantes do referido linguajar! A piada só foi entendida por alguns alunos com sentido de humor mais exacerbado e que já apreenderam as marcas do discurso humorístico. A elisão usada na dicção do falante, traz a ambiguidade do humor... que só alguns entenderam. Os trabalhos decorreram dentro da normalidade, tendo a teacher sido forçada a refrear alguns alunos vocacionados para futuros “entertainers” e concorrentes dos afamados Herman José, Mr Bean...etc Queriam estes contar também uma anedota, uma brincadeira, um dito jocoso! Ah! Que bom haver alguém que tem por vocação, alegrar, tirar do torpor depressivo em que está mergulhada esta sociedade hodierna! Com tanta miséria por aí a olho nu, com tanto desemprego a aumentar cada dia que passa, com a violência a recrudescer nos nossos meios urbanos, há que dar apoio e incentivo a quem quer ser humorista!!! Fazer rir um povo... que só tem motivos para chorar... é uma obra de misericórdia!!! Mestres do verdadeiro humor! E... se rir é a melhor terapia para a depressão... deixemos vir ao de cima, o sentido de humor! Foi neste contexto, que no fim da aula quando os alunos já tinham começado a sair, o RPT, não confundir com RTP, qualquer semelhança é pura coincidência, se abeirou sorrateiramente da teacher e lhe perguntou: - Sabe por que a água foi presa? A teacher estava boquiaberta e... aguardava, ansiosa, a emissão daquele “programa humorístico!” - Porque matou a sede! Ah! Viva o humor, viva a boa disposição, viva a genuína alegria e... viva eu... que tenho o privilégio de aprender com esta gente de palmo e meio! Cogita a teacher atirando uma estrepitosa gargalhada, como a súmula da sua boa disposição. E o recado que tencionara enviar, na caderneta do RPT, pelo seu humor... sempre à flor da pele... ficou no tinteiro... pois não queria coarctar a tendência inata dum humorista promissor !
Mª Donzília Almeida 11.05.09

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