sábado, 4 de abril de 2009

Acção Social do Município de Ílhavo

Atendimento Social Integrado na Câmara Municipal
O CLAS (Conselho Local de Acção Social do Município de Ílhavo), tendo reunido, recentemente, para análise da situação socioeconómica do concelho, resolveu, em síntese, promover a optimização dos programas e instrumentos de apoio social disponíveis; apoiar de forma integrada os cidadãos que verdadeiramente precisam de ajuda; aprofundar o trabalho do "Atendimento Social Integrado", implementando a relação entre as Entidades Parceiras e agindo pelo estabelecimento de compromissos com os cidadãos apoiados; evitar as acções desgarradas e pontuais, e combater os desperdícios e os apoios a quem não precisa. Mais deseja prestar informação aos cidadãos, de forma a que todos saibam da existência no Município de um serviço com a devida competência e capacidade técnica, denominado “Atendimento Social Integrado”, que tem sede na Câmara Municipal e que funciona também nas instalações das Entidades Parceiras. No comunicado entretanto emitido sublinha-se, ainda, que a intervenção social racional e eficiente, justa e preferencialmente geradora de estruturação da vida dos cidadãos necessitados, exige a atenção de toda a Comunidade, pelo que importa conhecer as características principais do “Atendimento Social Integrado”, para o qual devemos encaminhar as situações de carência social de que possamos ser conhecedores. Em fase de crise económico-social, será importante, pois, valorizar e aproveitar o que há nas quatro freguesias do Município, não significando isso que cada um de nós se possa divorciar da pobreza que afecta muitas famílias, por causa do desemprego e dos baixos rendimentos que auferem.

Negacionismo, excomunhão e preservativo

Há quem pergunte porque é que, nestes casos - levantamento da excomunhão ao bispo negacionista Williamson, excomunhão dos médicos e da mãe da menina brasileira, grávida aos nove anos do padrasto, que dela abusava desde os seis, declarações de Bento XVI sobre o preservativo -, criticam tanto a Igreja, se se trata de questões que só aos católicos dizem respeito. Respondo, dizendo que se trata de questões de humanidade e da Humanidade. Ora, em questões de humanidade e da Humanidade, todos podem e devem pronunciar-se criticamente. 1. Perante os protestos não só de bispos mas também de leigos e políticos, por causa do levantamento da excomunhão de Williamson, o Papa escreveu uma carta aos bispos do mundo inteiro, manifestando a sua profunda mágoa. Aliás desconhecia as declarações do bispo negacionista. Pergunta também se devia deixar ao abandono 491 sacerdotes, seis seminários, 88 escolas, dois institutos universitários, milhares de fiéis. Face à abertura de Bento XVI em relação à Fraternidade de São Pio X, há quem pergunte, com razão, por que é que não usa da mesma compreensão para com teólogos, bispos, leigos, comunidades de base, que procuram um diálogo vivo com o mundo actual e as diferentes culturas. E, se a Cúria lhe causa dificuldades, porque não a reforma? 2. Felizmente, o arcebispo R. Fisichella, Presidente da Pontifícia Academia para a Vida, veio em defesa da menina brasileira. Escreveu no L'Osservatore Romano, diário do Vaticano: a menina "deveria ser em primeiro lugar defendida, abraçada, acarinhada com ternura para lhe fazer sentir que todos estávamos com ela; todos, sem distinção alguma. Antes de pensar na excomunhão, era necessário e urgente salvaguardar a sua vida inocente e reconduzi-la a um nível de humanidade da qual nós, homens de Igreja, deveríamos ser peritos anunciadores e mestres. Infelizmente, não foi isto que aconteceu, foi danificada a credibilidade do nosso ensinamento, que aos olhos de muitos parece insensível, incompreensível e privado de misericórdia". Também o bispo de Nanterre, G. Daucourt, escreveu uma Carta Aberta ao bispo de Olinda-Recife: "nesta tragédia, você juntou dor à dor e provocou o sofrimento e o escândalo de muitos pelo mundo fora. Numa situação tão dramática, creio firmemente que nós, bispos, pastores na Igreja, temos, primeiro que tudo, de manifestar a bondade de Cristo Jesus, o único autêntico Bom Pastor. Não lhe oculto que me pergunto também como se pode dizer que a violação é menos grave do que o aborto. A vida não é apenas física, sabe-o bem". 3. As declarações de Bento XVI sobre o preservativo causaram uma tempestade. Nem sempre os média transcreveram na íntegra a sua declaração, pois disse que "este problema da sida não se pode superar só com dinheiro..., com a distribuição de preservativos": omitiu-se aquele "só", e quem põe em causa a necessidade de "uma humanização da sexualidade"? De qualquer modo, o L'Osservatore Romano veio depois admitir os preservativos e a sua eficácia, desde que associados a outros dois factores: a abstinência e a fidelidade. Jesus, o excluído, é aquele que não exclui, pelo contrário, inclui a todos no amor sem condições. A cruz de Cristo é a expressão máxima do amor incondicional do amor de Deus para com todos. Agora, ao entrar na chamada Semana Santa, na qual celebram o núcleo da mensagem cristã - paixão, morte e ressurreição de Jesus -, os cristãos e sobretudo a Igreja oficial deveriam meditar numa nota do filósofo agnóstico Max Horkheimer, um dos fundadores da Escola Crítica de Frankfurt, que dá que pensar: "Jesus morreu pelos homens, não podia guardar-se para si próprio avaramente e pertencia a tudo o que sofre. Os Padres da Igreja fizeram disso uma religião, isto é, fizeram uma religião que também para o mal era uma consolação. Desde então isso teve um êxito tal no mundo que pensar em Jesus nada tem a ver com a acção e ainda menos com os que sofrem. Quem lê o Evangelho e não vê que Jesus morreu contra os seus actuais representantes não sabe ler". Anselmo Borges

Um poema de M.ª Donzília Almeida

DIA DE VENTO
Dia de vento A rua varrida, A alma banida De qualquer alento. No jardim, um rebento, Uma rosa a abrir, Os espinhos ao ferir Um novo tormento. O trigo abanando As papoilas ondulando... As ruas desertas. Os caminhos de pedras Calvas, informes, incertas. As pombas arrulhando No pombal em frente. No coração, esta dor Pesar amargo, permanente Tão faminto de calor! Solitário viver Deste inquieto ser! A esperança? Me alimenta O sonho Me acalenta! Mª Donzília Almeida 1970.20 anos

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Semear a Não-violência

1. O mundo dos cinemas e dos noticiários são muitas vezes uma escola violenta. Vão proliferando algumas instâncias que procuram ser reguladoras dos níveis de violências mas que, efectivamente, poucos frutos parecem conseguir implementar. Há dias um pai de família com crianças de tenras idades manifestava uma profunda apreensão no facto de que a geração dos 10 anos, da geração de seu filho, comunicava entre si exuberantemente sobre os novos jogos informáticos cujos conteúdos são autêntica escola de crime, assalto, desregramento de vida. À insegurança social que se verifica cada dia junta-se uma lei do mais forte que parece imperar em tudo aquilo que são as formas mais fortes de comunicação actual.

Arquivo Histórico-Documental do Porto de Aveiro vai ser hoje apresentado

O Arquivo Histórico-Documental do Porto de Aveiro vai ser hoje apresentado. Hoje, 3 de Abril, Dia do Porto de Aveiro, data que assinala a abertura da Barra, no ano 1808. Dia de festa, portanto, bem digno das nossas homenagens, ou não fosse a Gafanha, e não só, fruto do Porto de Aveiro e de outras condições privilegiadas que podemos desfrutar.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Exposição Aveiro – Terra Milenária

Mastro do Milénio, na Ponte da Dobadoura, em Aveiro
No dia 11 de Abril, e inserida no contexto das comemorações dos 250 anos de elevação de Aveiro a cidade, o Arquivo Histórico Municipal inaugurará a Exposição Aveiro – Terra Milenária. Esta mostra, que se encontrará patente ao público na galeria do Edifício dos Paços do Concelho de Aveiro até 10 de Maio, reunirá documentação de arquivo alusiva à comemoração das festas do Milenário, realizadas em Aveiro, no ano 1959.
Nota: Eu assisti, naquela data, aos trabalhos da colocação do mastro de um navio na referida ponte. Dirigiu as operações o mestre Manuel Maria Bolais Mónica, célebre construtor naval.
FM

Voos rasteiros, pragmatismo com baias

O Papa não precisa de quem o defenda. Quem o conhece e está atento, sem preconceitos, ao seu modo de agir e de intervir, antes e depois de ser Papa, sabe que nunca deixou, nem deixará, de afirmar, na fidelidade ao seu magistério, o que considera essencial e, evangelicamente, mais certo. Não fala para plateia com intenção de agradar, nem foge às críticas, mesmo que injustas. É um homem de princípios, coerente com a sua fé, corajoso no enfrentar dos problemas, detentor de uma consciência que lhe mantém bem vivo o sentido do dever e da missão, frente à Igreja, a que preside, e à sociedade, para a qual ela deve ser uma consciência crítica, que denuncie, abra caminhos e colabore. Não tem a força mediática do seu antecessor, diz-se, mas faz da sua coragem e testemunho a mais válida mediação.
António Marcelino
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Risco de tensões sociais

O ministro das Finanças afirmou que o problema mais sério que temos pela frente pode ser o “risco de tensões sociais que podem ser geradas pela crise”. Mário Soares, há tempos, em crónica publicada no DN, disse o mesmo ou semelhante. As revoluções são sempre produzidas ou alimentadas pelas crises, pelas injustiças sociais, pela fome. Os políticos têm de estar atentos a isto, se é que aspiram a um ambiente de paz e de progresso. Se não aspiram, esperem, que a revolta das pessoas pode estar a caminho.

Será possível conciliar a a fé cristã e a Teoria da Evolução?

Em entrevista à «Folha de Domingo», o padre António Martins, docente da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa, explica porque participou no congresso que, de 3 a 7 de Março, reuniu em Roma cientistas, filósofos e teólogos para reflectir sobre a relação entre evolução e criação, no âmbito dos 200 anos depois do nascimento de Darwin e dos 150 anos após a sua mais famosa obra, a “Origem das espécies”. O teólogo algarvio clarifica o seu entendimento sobre o que significou o evento e as suas consequências futuras.

"Uma conclusão a salientar, e talvez a mais significativa, foi o consenso geral sobre a evolução. Podem-se discutir interpretações e teorias diversas e até contraditórias, mas o facto da evolução apresenta-se hoje como uma realidade aceite por todos (ao menos por aqueles que intervieram no Congresso). Ninguém pôs em causa o evento da evolução e, em concreto, da hominização. O que não significa que tudo esteja explicado do ponto de vista científico. De facto, há hiatos obscuros, sem provas científicas seguras, na construção da teoria da evolução, onde a verificação dá lugar à probabilidade. O processo da evolução não é uma absoluta evidência científica. Por exemplo, a especiação (ou seja, o aparecimento biológico e morfológico de uma espécie) permanece mistério por explicar para as ciências."

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quarta-feira, 1 de abril de 2009

Genéricos: expliquem-me, por favor

Há problemas simples que algumas pessoas gostam de complicar. Quando os genéricos surgiram no mercado, foi dito e redito que os referidos medicamentos eram absolutamente iguais aos de marca. Eram fabricados, foi sublinhado, com a mesma substância activa, não diferindo, em nada, dos outros medicamentos, sendo, no entanto, mais baratos. Dizia-se, então, que a diferença de preços era resultante das publicidades feitas pelos fabricantes e dos processos de produção levados a cabo pelas grandes indústrias. Outras razões estariam na base da produção e na ausência de concorrência. Ora, tanto quanto sei, os genéricos continuam a ser ignorados por muitos médicos, que também manifestam uma certa relutância em autorizar a substituição. Um dia destes aventou-se a hipótese de os farmacêuticos poderem trocar os medicamentos receitados pelos genéricos. Logo vieram alguns clínicos com os habituais alertas de que não se responsabilizam por eventuais danos para os doentes daí resultantes. Pergunto: - Os genéricos são ou não são fabricados com os mesmos elementos activos? - Os processos de fabrico são ou não são fiscalizados pelas entidades competentes? - Os farmacêuticos têm ou não têm competência técnico-científica para procederem à substituição do medicamento pelo respectivo genérico? - Os genéricos são ou não são mais baratos, tanto para o Estado como para o doente? - Por que razão não receitam os médicos, com toda a normalidade, os tais genéricos?
Fernando Martins

A cimeira da «Mudança»?

1. Uma carta aberta aos líderes europeus de um grupo de intelectuais e políticos do velho continente é mais uma forte achega para os compromissos e as responsabilidades indispensáveis a serem assumidos pelos primeiros responsáveis do G20, os vinte países mais industrializados e ricos do mundo, estes que se encontram reunidos em Londres. Decorrendo a cimeira na Europa, o conceituado analista «Timothy Garton Ash escreve na sua mais recente coluna do The Guardian que “a Europa será o grande ausente” da cimeira do G20.» (citado de Teresa de Sousa, Público 01-04-2009). A inquietude num mundo de crise em tempo mudança desafia todos a darem o melhor de si, os estados e os continentes regionais, como os trabalhadores, empresas, cidadãos.

Papa envia mensagem ao G20

Bento XVI enviou uma mensagem ao primeiro-ministro britânico Gordon Brown, em vésperas da Cimeira do G20, que decorre Quinta-feira, em Londres. O Papa defende a necessidade de “coordenar os esforços entre governos e organizações internacionais para sair da crise global, sem recorrer a nacionalismos ou proteccionismos”.
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Arquivo Histórico do Porto de Aveiro vai ficar na Internet

O Arquivo Histórico-Documental do Porto de Aveiro vai ficar disponível na Internet e aberto, por isso, a todos os interessados, investigadores ou simples curiosos. Trata-se de uma iniciativa pioneira, a apresentar no dia 3 de Abril, data da histórica abertura da Barra de Aveiro, no ano 1808. «As Comunidades Portuárias, portuguesas e estrangeiras, os cientistas e os cidadãos em geral passam, a partir de agora, a dispor de um instrumento de grande utilidade para consulta e apoio à investigação», refere a Administração do Porto de Aveiro(APA). Com a apresentação, a cargo de Dinis Alves, que decorrerá dia 3, na sede da APA, é disponibilizado online um primeiro lote dos milhares de documentos existentes, composto por oito núcleos, que se subdividem em 20 secções.

País Solidário

Como resposta, necessária e urgente, à crise que afeta as pessoas e famílias, grandes empresas acordaram agora, e bem, para dar uma ajuda. Fundação Gulbenkian, EDP, Millennium BCP, BPI e Caixa Geral de Depósitos, entre outras, apostam em dinamizar a sociedade para o apoio a quem mais precisa. Mas a verdade é que as instituições de caridade e de solidariedade social, a par do povo anónimo, há muito que lutam, diariamente, para matar a fome, de pão e de tudo, a quem foi apanhado pela crise, neste mundo de abundância para alguns. Há novos pobres, já se sabe. De qualquer forma, acho bem que aquelas empresas deem algo dos muitos lucros que costumam ter ao fim do ano.
Nota: Texto respeitador do Acordo Ortográfico

A moral ou o moral?

No PÚBLICO de hoje, na última página, lê-se: "Selecção nacional - Uma vitória frente à África do Sul para levantar a moral". Não concordo com esta afirmação. E não concordo porque, tanto quanto sei, os nossos jogadores são pessoas decentes. São homens cumpridores das regras morais que a sociedade estabeleceu. Já se sabe que um ou outro craque de quando em vez descarrila, mas isso é outra conversa. O que o jornalista queria dizer, julgo eu, é que esta vitória levantou o moral dos nossos jogadores. Na dúvida, esqueceu-se de consultar o dicionário. Fica para a próxima.

Dia Internacional do Homem

OS HOMENS TAMBÉM MERECEM UM DIA
Foi, há pouco tempo, festejada a efeméride do dia 8 de Março, Dia Internacional da Mulher. Nunca me arroguei o direito de lutar pela igualdade, e cheguei a afirmar, a plenos pulmões que não a desejava! Mas...acho que menti...ou melhor, omiti, sendo a omissão uma forma velada de mentira. Passo a explanar! Se as mulheres que viveram e vivem, as mais das vezes, na sombra, muitas vezes à sombra de homens altos (!?), têm um dia dedicado a elas, por que cargas d’ água, o homem que é o motor da humanidade, não merece também um dia só para ele? A cada passo ouvimos dizer que o progresso, nos mais variados sectores, é atribuído ao Homem! O Homem está na origem de todos os feitos heróicos, o Homem chegou à lua! O Homem destacou-se na política, na religião, nas artes! Há muitos santos e raras santas (?)! Os topónimos são, maioritariamente, masculinos! As escolas têm patronos masculinos! Assisti a uma excepção, na Cidade Invicta, onde uma mulher, distinta nas Letras, deu nome a uma Escola Preparatória! Maria Lamas! Estava já na fase final da sua longeva existência, mas ainda manteve correspondência com alunos nossos, no ano da Graça de 1982/83. A excepção para confirmar a regra de que só os homens têm visibilidade, na cena pública? Talvez! Esporadicamente, vem-me à memória algum nome sonante como Marie Curie, cujo marido, também um físico de craveira, se celebrizou, por arrastamento! Mas, meus caros senhores, sois vós que arrostais com a glória do progresso, do... ”Sempre que o Homem sonha... o mundo pula e avança!” Diz o grande Gedeão! Por tudo o que acabei de referir, acho, na minha modesta opinião de mulher que nunca pugnou pela igualdade das mulheres, mas que se bate, agora pela igualdade dos homens, que eles também merecem um dia, c’os diabos! Não podem ficar atrás de nós! Por tudo isto, resolvi congregar os esforços de um grupo de mulheres activistas, que como eu lutam pela igualdade dos cavalheiros! São criaturas tão valiosas para o equilíbrio da sociedade, tão empenhadas na ecologia, na defesa dos dotes femininos, etc, etc, que por uma questão de equidade, merecem aquilo que lhes é devido por direito. Assim, resolvemos fazer um abaixo-assinado, que conta já com inúmeras assinaturas, para circular na net, no sentido de angariar elementos necessários e suficientes, para ter força de petição, na Assembleia da República. Contamos com a adesão de um nº significativo do elemento feminino, pois nos desgosta sobremaneira que os homens sejam discriminados de forma tão gritante! Eles que vão à frente das mulheres, em tudo (!?), ficarem atrás, em termos de comemoração? É injusto, incorrecto e imprudente! E... se eles resolvem juntar-se numa insurreição masculina e destronam as mulheres, das suas tarefas domésticas, que elas tão “ciosamente” açambarcam? Ah... mulheres de todos os quadrantes! Lutemos pelo direito dos homens à igualdade! Não os subestimemos, pois... é tão bom ver uns braços musculosos... a mudar o pneu ao nosso automóvel!!!!!! Mª Donzília Almeida 19 de Março de 2009

terça-feira, 31 de março de 2009

A Questão de Deus (II)


1. Não se pense que a «questão de Deus» é indiferente como se de um “tanto faz” se tratasse. Talvez este seja o primeiro obstáculo a superar, na busca de fazer sentir que o indiferentismo alastrante (nestes assuntos do sentido da vida e de Deus) não será uma moda bem-vinda… esse futuro ilusório de autonomia humana, mas um pobre retrocesso na “resposta mais profunda ao sentido de viver” que as religiões representam, como sublinha o reconhecido ensaísta Eduardo Lourenço. Reparemos na fonte das sabedorias da Ásia…Compreende-se a necessária e saudável laicidade dos Estados (que volta e meia na Europa absolutizadora da razão de Estado resulta numa liberdade religiosa de fronteiras dúbias…), a apreensão de um conjunto de valores que alimentam as éticas e dão razões à existência, dados que não se poderão dissociar do espaço público…

António Barreto apresenta livro de D. Manuel Clemente

"D. Manuel Clemente não é o primeiro cujas homilias são editadas. Há antigas tradições de que António Vieira é seguramente um dos principais patronos. E aqui no Porto, também não é uma novidade absoluta: basta lembrar D. António Ferreira Gomes. Por que razão então sublinho este gesto? Porque não é comum, como já disse. Mas sobretudo porque revela uma maneira diferente de exercer as suas funções.
Quem publica, quer ser lido. Quem lê, reflete e pensa. Quem pensa, verifica o pensamento dos outros, dos autores. Quem comenta, acrescenta qualquer coisa. Por outras palavras, quem edita, submete-se ao julgamento dos leitores, quer dialogar com eles, dispõe-se à discussão e expõe-se ao escrutínio. Não se satisfaz com a palavra catedrática, não pretende que acreditem apenas na autoridade do magistério."

Ler todo o texto aqui

Antes da glória

"Contrariamente ao que acontece com outro tipo de festas religiosas, as que recordam os passos do Calvário estão dominadas pelo sofrimento. E são esses quadros os que se apresentam à sociedade de hoje, aparentemente divorciada de qualquer sombra de dor e empenhada em conquistar apenas momentos de júbilo. Paradoxalmente, acolhe a memória da Cruz do Redentor, incapaz de permanecer indiferente ao que se passa de único nessas procissões de passos irrepetíveis na História da Humanidade."
Paulo Rocha
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segunda-feira, 30 de março de 2009

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1) Identifique-se com o seu verdadeiro nome. 2) Seja respeitoso e cordial, ainda que crítico. Argumente e pense com profundidade e seriedade e não como quem manda bocas. 3) São bem-vindas objecções, correcções factuais, contra-exemplos e discordâncias. In Rerum Natura

Povoamento da Gafanha: História ou lenda?

O povoamento da Gafanha continua envolto em muitos mistérios. Já tenho ouvido várias versões, mas certeza, certezinha, ainda não encontrei. Vou tentar arranjar tempo para mais leituras. Vou à cata de mais verdades. Será que encontro? Quem dá uma ajuda?

A Questão de Deus (I)

Sartre
1. Especialmente desde os tempos do chamado positivismo, criado por Augusto Comte (1798-1857), daí para cá, os argumentos da razão humana se esforçaram mais em provar a ausência de Deus que a sua significativa existência como dadora de sentido à vida. Na filosofia anterior, mesmo com a dúvida simbolizada em Descartes (1596-1650), o pai da filosofia moderna, há lugar para ver além dos cálculos visíveis. O positivismo de meados do séc. XIX (o acreditar unicamente naquilo que se pode ver, experimentar, medir, calcular, dando a entender que tudo tem fórmulas…!) rapidamente cresceu, buscando o ser humano uma autonomia tal a ponto de julgar-se não precisar de ninguém. Neste encadeamento, após a designada filosófica «morte de Deus» pelo niilismo de Nietzshe (1844-1900), considerar-se-á que os outros são uma atrapalhação («o inferno são os outros», dirá o existencialista Sartre (1905-1980). Leia mais em Alexandre Cruz

GAFANHA DA NAZARÉ: Devoções pelas Almas do Purgatório

TRADIÇÃO REVIVIDA NO SALÃO DA IGREJA MATRIZ
A antiga tradição do Cantar das Almas, uma devoção pelas Almas do Purgatório, foi revivida no salão paroquial da Gafanha da Nazaré, no passado sábado, com o rigor possível e fruto de investigação. Participei fazendo a introdução, antes das actuações do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré e do Grupo Folclórico de Portomar, Mira. Esta devoção caiu em desuso há anos. Os tempos de hoje já não permitem nem suscitam interesse por este culto, que outros tomaram o lugar dele. Não podemos levar a mal, porque a vida é assim mesmo. Contudo, podemos e devemos, de vez em quando, lembrar aos mais novos como era a vida dos nossos avós. Permitam-me que louve o nosso Grupo Etnográfico pelo seu trabalho em prol da cultura das nossas gentes.
Fotos: Grupo de Portomar sobe ao palco do salão; O Grupo Etnográfico mostra a entrega de esmolas para mandar celebrar missas pelas Almas do Purgatório.

AVEIRO com mais uma livraria

Praça Marquês de Pombal (Foto do meu arquivo)
A Buchholz inaugura a sua terceira livraria
A Buchholz inaugurou a sua terceira livraria. Aconteceu no passado sábado, para alegria dos amantes dos livros e da leitura. Situado na Praça Marquês de Pombal, em Aveiro, apresenta-se, para já, com 20 mil livros, espalhados por uma área de 120 metros quadrados. Espero, sinceramente, que tenha os maiores êxitos. E que saiba enfrentar as dificuldades, explorando a arte de atrair clientes. Hei-de passar por lá um dia destes, para ver como se apresenta.

ACORDO ORTOGRÁFICO ENTRA EM VIGOR EM 5 DE MAIO

Segundo o Ministério da Cultura, no próximo dia 5 de Maio entrará em vigor o Acordo Ortográfico em Portugal. Ao mesmo tempo, o Ministério da Educação admitiu que não estão reunidas as condições para aplicar o Acordo no próximo ano letivo. Apesar desta contradição, espero que, desta vez, será de vez. Protestos? Há muitos, graças a Deus. Mas isso não impede que o Acordo avance. O mesmo aconteceu com o euro. Houve quem protestasse, e muito, mas dias depois, já toda a gente o usava, com a maior das facilidades.
NOTA: Já apliquei, neste texto, o Acordo Ortográfico.

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