segunda-feira, 23 de março de 2009

Tradições da Gafanha da Nazaré: Cantar das Almas

Para recordar tradições das Gafanhas, do tempo dos nossos avós, o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré vai apresentar, no salão da igreja matriz, no próximo sábado, 28, pelas 21.30 horas, o Cantar das Almas, que mostrava as devoções que os gafanhões, como outros, nutriam pelas almas do Purgatório. Para além do grupo anfitrião, participa ainda o Grupo Folclórico de Portomar, Mira. A entrada é livre. Trata-se de uma boa oportunidade para reviver uma antiga tradição.

Bispo de Viseu admite preservativo contra a SIDA

D. Ilídio Leandro apoia Bento XVI, mas diz que há casos em que existe «obrigação moral» de não provocar a doença Causou algum escândalo a afirmação do Papa, várias vezes repetida como tese da Igreja, de que o preservativo não é a solução para o combate ao vírus da SIDA. Que queriam que ele dissesse? Afirmando que sim, banalizava o valor, o sentido e a vivência da sexualidade, enquanto dimensão do ser humano, centro, símbolo e expressão das relações profundas da pessoa, a viver no amor, na fidelidade (confiança recíproca), na estabilidade e na responsabilidade. O Papa, quando fala da SIDA ou de outros aspectos da vida humana, não pode fazer doutrina para situações individuais e casos concretos. Neste caso, para relações entre uma pessoa infectada e outra que pode ser afectada com a doença. Nestes casos, quando a pessoa infectada não prescinde das relações e induz o(a) parceiro(a) (conhecedor ou não da doença) à relação, há obrigação moral de se prevenir e de não provocar a doença na outra pessoa. Aqui, o preservativo não somente é aconselhável como poderá ser eticamente obrigatório. E não tenhamos medo ou reserva mental ou hipocrisia de admitir esta doutrina! Não usamos tantos “auxiliares” artificiais para promover a vida e defender a saúde? As intervenções cirúrgicas, os fármacos, as próteses e tantas outras técnicas ao serviço da pessoa, em situação de doença, não são formas de ‘preservar’, defender e promover a saúde?... Ler mais aqui

O FIO DO TEMPO

Tudo é composto de continuação
1. O poeta, no seu desejo de mudança de tempos e vontades, diz que “tudo é composto de mudança”. Mas, na verdade mais profunda da condição humana, agora mais que nunca planetária, as coisas pouco mudam na essência. Podendo parecer mentalmente este um tempo social de rupturas abruptas, talvez o que mais falte sejam os “fios” de ligação de tudo, também no ajudar a entender a causalidade que encadeia todos os dados em jogo… Todos, inevitavelmente, somos continuadores da história que nos precede e, na profundidade do ser, somos também continuadores de nós próprios. Ninguém que se conheça a si mesmo e que queira conhecer e dar ânimo à realidade que tem à sua frente, pode afirmar-se isoladamente como inaugurador. 2. A ideia de que se pode “partir do zero” é aniquiladora da memória e restringe a universalidade dos problemas e esperanças do mundo concreto. O filho tem na raiz o pai, o aluno tem o professor, o educando o educador. Como recorda Paulo de Tarso nos seus 2000 anos de vida, “ninguém é por si mesmo”. É tanto mais pertinente esta reflexão comum-unitária quanto os isolacionismos da solução unilateral ganham terreno. Quantas vezes mesmo nos próprios cenários políticos, por falta da construção razoável de consensos generosos que fomentem pontes sustentáveis para o futuro…volta-se ao eterno retorno do princípio. Os desígnios determinantes das estabilidades sociais e humanas obrigarão ao reconhecimento da alteridade do outro como algo de decisivo. Somos com os outros, eis um valor transversal a destacar, nas coisas diárias mais simples. 3. Na continuação afirmada dos mesmos valores, também nós retomamos a colaboração semanal diária. Com o início da envolvente frescura primaveril, iniciamos o sétimo ano de ideias em comum (o primeiro texto publicado no Diário foi em 23-03-2003). Sete, o número perfeito; não que as ideias o sejam…, elas são a continuação simples, errante e peregrina… Alexandre Cruz

domingo, 22 de março de 2009

Mar de peregrinos inundou Luanda

Bento XVI fala nas «trevas» em África
e apela à reconciliação entre os angolanos
Um mar de peregrinos, que as autoridades estimam em mais de 2 milhões de pessoas, inundou este Domingo os 20 hectares da esplanada da Cimangola, nos arredores de Luanda, capital de Angola. Bento XVI presidiu à Eucaristia, no Dia nacional de oração e reconciliação. Este é o maior banho de multidão da primeira viagem do Papa a África, que se iniciou nos Camarões, a 17 de Março, e um dos maiores do pontificado. “Não posso esconder a alegria que sinto por estar hoje convosco, nesta bela e sofrida terra que é Angola, terra da Mamã Muxima, terra de tantos filhos da Igreja. Abraço-vos de todo o coração”, começou por dizer o Papa. Bento XVI incluiu nas suas intenções para esta celebração os dois jovens que ontem perderam a vida na entrada para o Estádio dos Coqueiros, deixando a sua “solidariedade” e “mais vivo pesar” aos seus familiares e amigos, “até porque vieram para me encontrar”. O Papa lembrou ainda os feridos do incidente de Sábado, rezando pelo seu rápido restabelecimento. Com o Papa estão a concelebrar os Bispos da Conferência Inter-Regional da África Austral. "A Igreja em Angola e na África inteira está destinada a ser, perante o mundo, um sinal da unidade a que é chamada toda a família humana mediante a fé em Cristo Redentor", declarou. O Papa dirigiu uma saudação "com grande afecto no Senhor", às comunidades católicas angolandas "de Luanda, Bengo, Cabinda, Benguela, Huambo, Huíla, Kuando Kubango, Cunene, Kwanza Norte, Kwanza Sul, Lunda Norte, Lunda Sul, Malanje, Namibe, Moxico, Uíge e Zaire". Leia mais aqui

A crise no L’Osservatore Romano

Ficou célebre A fábula das abelhas, de B. Mandeville, em 1714, uma obra inteligente e cínica. Havia uma colmeia semelhante à sociedade humana, concretamente nos seus vícios. Cada abelha procurava o seu interesse. Não faltavam as preguiçosas, as gananciosas, as exploradoras. A fraude e a corrupção também abundavam. A própria justiça era corrupta. Evidentemente, a abelha-mestra não fugia à regra. E, paradoxalmente, a colmeia era próspera.
Um dia, porém, operou-se uma viragem, de tal modo que cada abelha, daí para diante, se deixou guiar apenas pela honradez e virtude. Então, eliminados os vícios e excessos, já não eram necessários os médicos, as farmácias e os hospitais. Terminadas as contendas, desapareceram os polícias, os advogados, os juízes. Uma vez que todos se guiavam pelo princípio da moderação, acabou o luxo, a arte, o comércio e tudo aquilo que a eles está ligado. E o colapso foi geral.
L. González-Carvajal comenta, concluindo: “Fraude, luxo e orgulho devem viver, se quisermos fruir dos seus doces benefícios”. A conclusão já está no próprio título da obra: A fábula das abelhas ou os vícios privados fazem a prosperidade pública. O paradoxo de que o bem comum resultaria da convergência dos egoísmos foi expresso também pelo conceito de “astúcia da razão”, de Hegel, e pela teoria da “mão invisível”, de Adam Smith. Os homens, egoístas, procurando o seu interesse individual, acabam, mesmo sem a sua vontade e até contra ela, por promover o progresso e o bem-estar geral; os vícios dos indivíduos contribuem para a felicidade pública e a prosperidade das nações e da Humanidade.
A razão moderna instituiu a ideia de progresso ilimitado como artigo de fé. Essa crença, que é a secularização da salvação escatológica cristã, resistia à própria prova do egoísmo e mal em geral. Apesar de tudo o que de bom devemos à modernidade, não somos hoje tão optimistas. A razão moderna não trouxe a libertação e a salvação prometidas e colocou até nas mãos da Humanidade a possibilidade da sua autodestruição – pense-se no armamento nuclear e na questão ecológica.
Face à presente crise devastadora, percebemos que não basta corrigir o sistema. Afinal, a crise financeira é, como diz o famoso sociólogo belga François Houtart, fundador do Centro Tricontinental da Universidade Católica de Lovaina, manifestação de uma crise mais vasta: alimentar, energética, climática, humanitária, ecológica...
Para ele, a sociedade do futuro tem de construir-se à volta de quatro eixos. O primeiro obriga a uma nova relação de respeito e não de exploração com a natureza. “Na prática, significa declarar a água e as sementes património universal e não permitir a sua privatização”. O segundo eixo é privilegiar o valor de uso e não o valor de troca, o que significa que os produtos e os serviços têm de ser desenvolvidos em função das necessidades e não, em primeiro lugar, do lucro. Para superar esta “situação absurda”: nunca houve tanta riqueza e tantos pobres. O terceiro eixo é a “democratização da sociedade”, não só no campo político, mas em todas as relações sociais: na economia, saúde, educação, desporto, religião, entre homens e mulheres. O quarto eixo é a multiculturalidade, no sentido da “possibilidade de que todos os saberes, filosofias e religiões contribuam para a construção social colectiva”.
Para uma crise global a resposta tem de ser global. Inesperadamente, desta vez, a proposta simples e revolucionária, que lembra o famoso Plano Marshall, foi lançada no L’Osservatore Romano, diário do Vaticano. Primeiro, no dia 30 de Janeiro, por Ettore Gotti Tedeschi, banqueiro e professor de economia na Universidade Católica de Milão, e, depois, em 19 de Fevereiro, pelo primeiro-ministro britânico, Gordon Brown. O projecto que vai ser posto à consideração da cimeira do G20 consiste num investimento gigantesco a favor dos países pobres, com o fim de estes se tornarem protagonistas de um boom económico para seu benefício e, com o tempo, para ulterior bem-estar e riqueza de todos. Uma versão outra da fábula das abelhas? Escreveu Tedeschi: “Isto não é moral, é economia”.
Anselmo Borges

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS – 123

BACALHAU EM DATAS - 13
SÉC. XVII- INGLESES E FRANCESES TOMAM POSIÇÕES
Caríssimo/a:
1601 - SÉC: XVII E XVIII - « ... [I]ntensa actividade piscatória por parte das frotas de Inglaterra e da França, impediu o regresso dos portugueses aos bancos da Terra Nova no decurso dos séculos XVII e XVIII, remetendo Portugal ao papel de importador de bacalhau, que se tinha imposto como elemento integrante da dieta alimentar nacional.» [Creoula, 09] 1607 - «Em 1607 foi criada a primeira colónia inglesa na América, em Jamestown, na Virgínia.» [Oc45, 68] 1608 - «O francês Samuel de Champlain ergueu um forte no Quebec, iniciando a colonização francesa da região que viria a ser o Canadá.» [Oc45, 68] 1609 - «O inglês Henry Hudson, ao serviço da Holanda, descobriu o rio que ficou com o seu nome, justificando assim o direito que os holandeses reclamam para se fixarem nalguns pontos da América do Norte. No entanto, esta presença holandesa não se manteve por muito tempo, ficando a América do Norte dividida entre ingleses e franceses.» [Oc45,68] 1619 - [1619-1646] - «Os termos de visita aos navios estrangeiros, franceses, ingleses e holandeses (flamengos), entrados pela barra de Aveiro, desde 26 de Junho de 1619 a 27 de Maio de 1646, mostram que o bacalhau passa a ser importado.» [Oc45, 78] 1624 - «Como é sabido o desmantelamento da Armada Invencível pelos ingleses e pelo mau tempo acabou por reduzir o número de embarcações portuguesas, de forma que, pelo menos em 1624, ainda não havia nenhum barco nos portos de Aveiro e Viana que pescassem na Terra Nova.» [HPB, 22] “Em 1624 não havia qualquer navio de Aveiro na pesca do bacalhau, o mesmo se tendo verificado em todo o século XVIII. (As lutas travadas pelos franceses e ingleses para ocuparem a Terra Nova tornou aquela região perigosa, impedindo os portugueses e não só, de naqueles mares se dedicarem à pesca do «fiel amigo» durante cerca de dois séculos. Esta ausência dos portugueses nos mares da Terra Nova foi ainda motivada pelo assoreamento de alguns portos, nomeadamente o de Aveiro.)» [BGEGN, 1991, 6] 1684 - «Um documento de 1684 confirma expressamente que os ingleses haviam tomado o “trato da Terra Nova” e que as lojas estavam “cheias de bacalhau que trazem os Ingleses”. Os ingleses cuidaram de proteger a pesca do bacalhau através de sucessivos tratados.» [Oc45,78]
Mesmo aqui, no “reino do bacalhau”, passo a passo, século a século, vai-se desenhando uma certa “história” que nos leva a desabafar: “mas onde é que já li/ouvi esta cena?...”
Manuel

sábado, 21 de março de 2009

Papa em Angola: D. Januário denuncia "leitura reducionista"

D. Januário Torgal Ferreira diz-se, no entanto, muito chocado "pela leitura reducionista" e com a obsessão da comunicação social por alguns temas. "Expliquem-me, por exemplo, porque é que os senhores jornalistas não deram destaque ao apelo do Papa contra a corrupção, lavagens de dinheiro, guerra e outras poucas-vergonhas em África?", questionou, salientando o destaque que os órgãos de comunicação social deram à proibição do uso do preservativo pelo Papa ao chegar a África, enquanto que os jornais de hoje falam da denúncia que Bento XVI fez acerca da corrupção no continente "apenas em duas ou três linhas". O Bispo considerou que os jornalistas não souberam aproveitar "o poder que o Papa tem para falar de temas como a corrupção, interesses das grandes potências, esclavagismo, guerra e neocapitalismo de chefes de Estado".
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Faz hoje 19 anos que faleceu o Padre Rubens

Faz hoje 19 anos que faleceu o Padre Rubens. Sobre a sua morte, escrevi um texto no Timoneiro de Abril de 1990, que em parte aqui transcrevo.

FIGUEIRA DA FOZ: Homenagem à Primavera

(clicar nas imagens para ampliar)
Hoje, na Figueira da Foz, houve festa em honra da Primavera. Também da Poesia e da Árvore. O dia acordou tristonho, com o Sol sem aparecer, como era sua obrigação. Ameaças de mais inverno, mas depressa houve o desmentido. O rei surgiu em cima de todos, para animar quem participava e quem assistia. Centenas de crianças e jovens competiram, durante uma manhã bem preenchida. O Parque das Abadias, preparado para receber condignamente os que quiseram associar-se, proporcionava uma manhã de luxo. Houve música bem ritmada, provas de atletismo e convívio entre os participantes, vindos de diversas terras do País. Não faltaram os aplausos e os prémios para os vencedores. Mas aqui, como vi, a alegria estendeu-se a todos.

Ares da Primavera

Primeiro alento Renascimento! Imensa cor. Miríades de flores Animam Vivificam Emolduram, Recitam um hino Ao Criador!
M.ª Donzília Almeida 21.03.09

sexta-feira, 20 de março de 2009

Bento XVI em Angola

HÁ TANTOS POBRES QUE RECLAMAM
PELO RESPEITO DOS SEUS DIREITOS
"Bento XVI e José Eduardo dos Santos discursaram em seguida, tendo o papa apelado à pacificação e afirmado que os angolanos "não se devem render à lei dos mais fortes", e à união de esforços da sociedade civil e Governo no combate à pobreza. "Infelizmente, dentro das vossas fronteiras angolanas ainda há tantos pobres que reclamam pelo respeito dos seus direitos. Não se pode esquecer a multidão de angolanos que vive abaixo da linha de pobreza", disse o Papa. Bento XVI, após o discurso de boas vindas do Presidente José Eduardo dos Santos, disse que é preciso a participação de todos no auxílio aos mais desfavorecidos. "É necessário envolver a sociedade civil angolana inteira, mais forte e articulada e em diálogo com o Governo para dar vida a uma sociedade atenta ao bem comum", defendeu. No discurso de boas-vindas, José Eduardo dos Santos agradeceu a intervenção da Igreja na conquista da paz."
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Aveiro de luto

Quem somos nós para condenar quem quer que seja?
A notícia correu célere e muitos opinaram com desnorte. Criança morreu esquecida no carro do pai. Todos ficámos tristes. E mesmo sem conhecermos os pais da criança, cumprimos a nossa obrigação de estar com eles, não fisicamente, mas em espírito solidário. Mas não queremos nem podemos condenar ninguém, muito menos o pai. Quem somos nós para condenar quem quer que seja?
Sabemos que o Ministério Público já tomou conta do caso, na perspectiva de julgar o pai. Não creio que ele venha a ser condenado, pela simples razão de que não é um criminoso. Talvez obcecado pelo trabalho, tão normal nesta sociedade competitiva, pressionado por deveres profissionais, cansado de uma vida desgastante, que exige pressa e mais pressa, e fixado até à exaustão nas obrigações do quotidiano, entre outras razões, decerto determinarão a sua absolvição.
Todos estamos convencidos de que a sua pena está desde esse triste momento a marcar o pai para toda a vida. Não podemos, portanto, ocupar o lugar de carrascos, que mata de olhos vendados. Temos, isso sim, a obrigação de o ajudar a carregar, ao longo do tempo, este pesadelo que ninguém saberá explicar. Daqui, deste meu recanto, associo-me à dor desta família, manifestando a minha mais sincera solidariedade cristã.
FM Leia mais aqui sobre este assunto

Ares da Primavera

A FONTE
Com voz nascente a fonte nos convida A renascermos incessantemente Na luz do antigo sol nu e recente E no sussurro da noite primitiva.
Sophia de Mello Breyner

FAZ NASCER EM TI UM NOVO SER

A noite tem um secreto encanto portador de um enorme desafio, como se pode ver no episódio de Nicodemos com Jesus. Ajuda-nos a mergulhar na face oculta da vida, abre-nos aos segredos mais íntimos, coloca-nos perante as interrogações maiores do espírito, leva--nos a assumir os apelos mais sérios da consciência. Traz-nos, de facto, uma excelente oportunidade para nos encontrarmos connosco mesmos na autenticidade mais genuína do nosso ser integral.
Assim aconteceu com Nicodemos, o judeu importante de Jerusalém que escolhe a noite para visitar Jesus e abrir o coração preocupado com problemas existenciais. Há coisas que não entende, apesar da sua reconhecida e brilhante cultura. É mestre e membro do grande conselho, simpatiza com a causa de Jesus e procura ajuda espiritual, quer clarificar a questão fundamental que o preocupa: Como pode alguém fazer-se um novo ser?
Jesus, que havia suscitado a pergunta, acolhe-a na sua intensidade e dá-lhe uma resposta cheia de sentido que desvenda horizontes completamente novos: A fé em Deus faz-nos ver com outro olhar, ter outra compreensão, abarcar outras dimensões, amar outras realidades, ser de outro modo, nascer a partir de dentro.
E a razão é simples, continua Jesus na versão de São João: O amor de Deus ao mundo, à humanidade desejosa de viver a autenticidade do seu ser original, a cada pessoa chamada à plena e equilibrada realização das suas legítimas aspirações. A prova indesmentível deste amor é a cruz – sinal da ignomínia dos criminosos condenados -, mas expressão máxima de quem enfrenta todas as hostilidades porque acredita no amor – fonte original de um mundo novo que urge recriar constantemente.
O crucificado revela este amor gratuito e “põe a nu” o que pode a injustiça humana, a força dos preconceitos e das manipulações, a aliança de interesses, a rede de influências, a facilidade em mudar de opinião, segundo as conveniências, o recurso a atitudes que desdizem da dignidade natural de todo o ser humano.
Em Jesus ressuscitado, o amor lúcido, fiel, altruísta, universal, misericordioso, terno, radical, apresenta o modo mais humano de ser pessoa e de conviver em sociedade, de descobrir o projecto de Deus e de viver ao “seu jeito”.
Georgino Rocha

AVEIRO: Se esta praça tivesse... 250 anos

Praça Joaquim Melo Freitas
É já no próximo sábado, 21 de Março, pelas 15h, que na Praça Melo Freitas, em Aveiro, se vai realizar a primeira iniciativa do projecto "Se esta praça tivesse... 250 anos". Este projecto é dinamizado pelos Amigosd'Avenida e desenvolve-se no âmbito das comemorações dos 250 anos da cidade de Aveiro. Pretende-se, deste modo, criar eventos de animação cultural, todos os sábados à tarde , das 15 às 17h, do início da Primavera ao fim do Verão. Entende-se que esta iniciativa pode ser uma oportunidade para ajudar a criar novos hábitos e práticas culturais e uma forma de mostrar a qualidade e diversidade de recursos culturais e artísticos que a cidade dispõe. O programa da primeira sessão será dinamizado pela Oficina de Música de Aveiro e pelo CETA. O projecto conta com o apoio da CMA (http://aveiro250anos.com) e foi incluido na programação nacional do Ano Europeu da Criatividade e Inovação (http://criar2009.gov.pt/calendario-oficial/projecto-se-esta-praca-tivesse-250-anos/).

quinta-feira, 19 de março de 2009

Notas do meu Diário: Dia do Pai



Armando Grilo

ASSOCIO MUITO O MEU PAI A S. JOSÉ


Celebra-se hoje o Dia do Pai. Também a Igreja celebra S. José. Associo muito o meu pai a S. José. Ambos trabalhadores com responsabilidades familiares. Ambos humildes e dados a um certo e normal silêncio. Ambos conscientes dos seus deveres sociais e religiosos. Ambos crentes num Deus Criador. Ambos disponíveis para enfrentarem dificuldades. Ambos com grande capacidade de sacrifício. E ambos sabiam amar muito.
 O meu pai faleceu há bastantes anos. Foi nos idos de 75 do século passado. Inesperadamente. De forma apressada e sem hipótese de cura. Nunca o tinha visto doente. Nunca se queixava de qualquer incómodo que nos levasse a pensar num possível enfarte. Era um homem saudável e até brincava com as nossas fraquezas. Mas a primeira doença que teve foi fatal.
O meu pai foi desde menino um homem de mar, mas não foi um pai ausente. A mãe, que dele nos falava todos os dias, enaltecia os seus sacrifícios e a sua bondade, tornando-o presente em todos os momentos das nossas vidas.
A partida para o mar era muito dolorosa. Quando o dia se aproximava, o silêncio instalava-se em casa. Olhávamos uns para os outros sem palavras. E na hora de nos deixar por uns meses, o embaraço entre todos acentuava-se. Recordo, como se fosse hoje, esse dia triste. Nos meus ouvidos ainda moram os momentos da despedida. Com beijos e palavras de consolação que ele nos oferecia. Eu nunca conseguia articular qualquer frase. Fui nessa altura, como hoje, de emoções que me bloqueavam e bloqueiam a fala.
Assistia, à porta de casa, à partida do autocarro que recolhia pela freguesia os tripulantes. E retenho nos tímpanos, com compreensível vivacidade, o roncar do motor da camioneta. Mesmo depois dela desaparecer dos meus horizontes físicos, aquele som permanecia comigo. Até hoje. Mas no regresso voltava a alegria. Havia prendas canadianas para todos. Abraços, beijos, perguntas, muitas perguntas, e a certeza de que o pai ficaria uns tempos em casa. Punha-se a conversa em dia. Não faltava a visita ao Prior Guerra.
O meu pai oferecia-lhe um pacote de tabaco, daquele que era distribuído pelos pescadores. O Prior Guerra fumava muito e fazia os cigarros com as mortalhas, embrulhando-os, cuidadosamente, para ficarem bem cilíndricos e apertados. Quando o meu pai chegava da visita, dizia: - O senhor Prior agradeceu-me o tabaco e aproveitou para conversarmos um bocado; e no fim até me disse que eu já estava confessado.
Recordo que meu pai costumava sentar-se nas traseiras da casa, em horas de descanso ou de pura contemplação. Eu brincava com o meu único irmão, o Armando, que já foi para junto dele. Tinham o mesmo nome e eram conhecidos pelo mesmo apelido de família: Grilo. Nessas brincadeiras mostrávamos as nossas habilidades, perante o sorriso permanente do pai. De vez em quando lá vinha uma gargalhada que reflectia a sua felicidade de nos ver e de estar connosco. Quando algum se magoava, com um ou outro gesto menos calculado, o meu pai levantava-se pressuroso para lhe acudir. E a brincadeira, sob a alegria do meu pai, continuava. Até à exaustão. E ele então dizia: - Chega por hoje!

Fernando Martins

Reflexão serena sobre a mulher com as luzes e sombras

Há poucos dias celebrou-se o Dia Mundial da Mulher. Multiplicaram-se as entrevistas e reportagens nos meios de comunicação social, não faltaram artigos a falar do tema, ouviram-se opiniões de psicanalistas, sociólogos e juristas, mulheres das mais diversas condições foram ouvidas, tanto na rua, como nos estúdios, outras escreveram sobre as suas vidas.
Nunca se diz tudo, é certo. Mas, quando se segue, com alguma atenção, um acontecimento como este, e se analisam ecos vindos de todo o lado, fica-se com a sensação fria de que se falou muito, mas se disse pouco, e se passou ao lado de problemas sérios e importantes, perdendo-se, talvez, a ocasião de reflectir com a preocupação de ver na globalidade e de tocar o essencial do tema em causa.
Também na Igreja, embora esta tenha sido e seja, historicamente, o espaço onde a mulher mais tem sido defendida e dignificada, o problema não está por completo resolvido, se é que há problemas humanos com resolução definitiva. Não se trata apenas de ver o que falta outorgar-lhes como serviço ou tarefa e, de fora, se atirar pedras, por razões que nem sempre se explicam por uma verdadeira compreensão do que é a Igreja e a sua missão nas diversas culturas onde se professa a mesma fé. Também, por esta razão, o problema não se resolve uma vez por todas, nem à base de leis ou de opiniões superiores, muito menos de grupos de pressão. Já é bom que se aceite que o problema da mulher não está por completo resolvido, embora o tempo não aceite muitas delongas.
Porém, o problema da mulher é mais grave na sociedade ocidental e em diversas culturas do mundo, suficientemente conhecidas. Como nos toca mais o que melhor conhecemos, olhemos para o nosso espaço geográfico e reflictamos a partir daí.
Ninguém pode negar que muitos passos se deram e estão dando a favor de um estatuto mais humano e justo da mulher. Estão à vista, se confrontados com séculos atrás. Porém, a visão redutora de uns, a pressão ideológica de outros, a deficiente leitura dos fenómenos sociais, a emancipação sociológica sem limites humanos, naturais e sociais, vêm provocando novos problemas e não ajudando a uma equilibrada solução dos antigos. Hoje, para os que se julgam pioneiros da inovação social, há duas classes de mulheres: as que deitam abaixo todas a barreiras, e essas são louvadas e apoiadas, e as que mantêm princípios e valores, teimam em ser interiormente livres ante as pressões de uma sociedade acrítica, e essas são julgadas como retrógradas e consideradas obstáculo à modernidade e seus postulados.
Não vi ninguém falar das esposas e mães que não abdicam de ser uma coisa e outra; das mulheres fecundas, espiritual e socialmente, dedicadas a causas a que dão vida; das jovens que, para viverem um ideal em que acreditam e poderem dar sentido à sua vida, têm de entrar na clandestinidade pessoal, porque, neste país democrático, professores, colegas e até familiares, põem a ridículo as suas legítimas opções e fazem tudo para desvirtuar os seus propósitos; das mulheres, transformadas em objectos diários de prazer de um machismo irresponsável, de gente importante ou que se julga tal; das que deixam tudo e partem para serem mães e irmãs em terras e missões difíceis onde o amor escasseia; das vítimas de leis que lhes tiram a palavra para a darem a prepotentes, que fazem da sua influência e dos seus interesses pessoais a sua força; das que são, pela sua oração e radicalidade de entrega a valores permanentes que não perdem cotação, os permanentes pára-raios de uma sociedade progressivamente extraviada…
E todas estas são mulheres. O Dia Mundial também lhes dizia respeito. Se as mulheres perdem a dimensão e a referência espiritual das suas vidas, a sociedade fica mais pobre, na família, no trabalho, na convivência… Quem as ajuda a ser mulheres, sempre e só mulheres.
António Marcelino

COMO OS HOMENS "VERTICAIS"


Cai não cai é o que muitos pensam. Até agora não caiu e já a conheço há muito. Não cai porque tem as raízes bem presas à terra. É como os homens "verticais". A idade e o cansaço da vida podem obrigá-los a ficar inclinados, mas mantêm-se sempre de pé, como as árvores!

Dia do Pai

Homenagem
“As árvores morrem de pé!” Poder-se-ia aplicar com toda a propriedade a esta criatura, pela sua postura, pelo seu modelo de vida,! O seu porte erecto, a sua verticalidade em todos os campos de actuação, a sua dignidade, não envelhecida pelo contágio das cãs que lhe emolduram o rosto, despertam a admiração que nutre por este homem, a sua orgulhosa descendente. Reúne toda a sabedoria que as suas quase nove décadas de existência, atravessando dois séculos, lhe consentem. Detentor de uma cultura e intelectualidade anacrónicas na época em que nasceu e cresceu, passeia-se na vida com a mesma frontalidade, com que sempre viveu. Soube respeitar os seus semelhantes, cumpriu até à exaustão os deveres familiares, sociais e políticos de que foi acometido. Pontualidade, dignidade, integridade, constituíram um valioso património humano que legou à sua prole. Recordo ainda, com muita vivacidade, a forma sábia, pragmática, com que resolvia problemas do quotidiano, que se lhe deparavam e que atestam os seus profundos conhecimentos de psicologia. De formação académica, possui apenas (!?) o exame da 4ª classe feito com distinção e rivalizava, em competência e aplicação, com a sua malograda companheira, que assinaladamente o abandonou, a 11 de Setembro do ano que ora terminou. O seu maior sonho fora o prosseguimento de estudos, numa instituição de ensino técnico, para alargar os horizontes e pôr a render os talentos com que a Providência o dotou. E… foram tantos! As suas responsabilidades laborais, desempenhadas por turnos, a sua jovem família rapidamente acrescida e o desejo veemente de que nada lhe faltasse impediram-no de concretizar esse sonho. Ostenta, ainda hoje, na panóplia de documentos que preenche a sua carteira, um cartão de matrícula na E. Comercial e I. de Aveiro, que exibe, num misto de nostalgia e orgulho. Tivesse Salazar dado a oportunidade, nos tempos que já lá vão, a algumas cabeças dotadas e outro galo cantaria! Se, na altura, existisse já a escolaridade obrigatória dos nossos dias, esta criatura teria ido longe. Foi-o mesmo assim, nos valores, na formação humana que transmitiu aos seus descendentes, aliados à oportunidade que lhes deu de singrar na vida, cada qual, à sua maneira. Todos venceram, para gáudio do progenitor! Recordo, ainda, a forma sábia, inteligente, como reagia e dava resposta a quem o interpelava. Quando me debatia com dificuldades e o desânimo se apoderava de mim, e devo confessar que muitas vezes esse violador de donzelas incautas, me possuiu... o pai, serenamente, numa atitude inteligente de dissuasão, respondeu imperturbável: - Deixa lá, minha filha! Não ficas sem trabalho! Tenho muitas terras para cavar! Nos estudos, que fazia na Faculdade de Letras, sentia esse desânimo quando me obrigavam a “imiscuir-me”, naquele maldito Fausto… em que a figura do Mefistófeles me dava voltas à cabeça. Aí, apetecia-me mesmo pôr-me a cavar e ir ter com o meu pai, à terra do tio Sam! Agora, à distância, tenho que agradecer, a Goethe, o seu precioso contributo, na decisão de acabar o curso! Tinha chegado a manifestar a intenção de desistir! Uff! Ouvi, engoli em seco e hoje, quem quer ver-me a cavar, no sentido literal do termo, é pelo amor à terra, à Natureza, ao bucolismo que a vida do campo me proporciona! Deambular pela horta, passear-me pelo ar quente e simultaneamente fresco e limpo, do pinhal adjacente, são a melhor terapia que posso ter encontrado para refrigério do meu cansaço intelectual... vulgo, stress!
Mexer nas plantas, na terra É p’ra mim um doce alívio! E com a verdade se encerra Eu gosto deste convívio!
E… o meu pai… não pretendeu mostrar a ninguém, muito menos à filha universitária, que era latifundiário!!! Na Gafanha, não os há! É uma realidade alheia ao povo das gafanhas!
M.ª Donzília Almeida

quarta-feira, 18 de março de 2009

Forte da Barra não está esquecido

Porto de Aveiro e Câmara de Ílhavo apostam em recuperar o Forte de Barra
O antigo Forte da Barra, edifício de interesse público em estado bastante degradado, vai ser recuperado no âmbito de um protocolo assinado entre o Porto de Aveiro e a Câmara Municipal de Ílhavo (CMI). Tratando-se de uma propriedade do Estado, aqueles duas entidades souberam dar as mãos para lhe devolver a dignidade a que tem direito. Dentro de um ano, reza o acordo, o estudo para a requalificação ficará concluído, definindo-se, simultaneamente, o programa da implementação do que for viável e necessário. Para o presidente da CMI, Ribau Esteves, já existem “três ou quatro privados interessados” em aderir ao projecto de restauro, pelo que é de prever que tudo decorra com a celeridade possível. Entretanto, aquelas entidades também formalizaram um conjunto de intervenções em cooperação, algumas das quais já aplicadas, nomeadamente, a requalificação do Jardim Oudinot, as obras de ligação da ferrovia e a execução da terceira via de cintura portuária. José Luís Cacho, director da APA (Administração do Porto de Aveiro) adianta que “a Câmara de Ílhavo é nossa parceria estratégica, com quem temos uma excelente cooperação”, lamentando apenas que o grande investimento actualmente em curso no crescimento portuário não permita usar mais recursos financeiros, no “cumprimento de responsabilidades sociais”.

O Alentejo na Memória de Júlio Resende

Centro Cultural de Ílhavo: terça-feira, 24, 18 horas
No dia em que o Centro Cultural de Ílhavo comemora o seu primeiro aniversário, terça-feira, 24 de Fevereiro, é inaugurada, pelas 18 horas, uma bela exposição do mestre Júlio Resende, com obras do espólio do "Lugar do Desenho - Fundação Júlio Resende". Deu-se preferência à fase alentejana do artista, explorando as temáticas e técnicas do desenho, desenvolvidas durante este período de produção do pintor.

ARTES de João Ricardo e José Luís Ribeiro no CAE

(Clicar para ampliar)
Arte para recordar e para meditar
Na Sala Zé Penicheiro, no CAE (Centro de Artes e Espectáculos) da Figueira da Foz, está patente ao público uma exposição conjunta de João Ricardo e José Luís Ribeiro, até 5 de Abril. Pintura do primeiro artista e escultura do segundo mostram bom gosto e sensibilidade que merecem uma visita atenta. João Ricardo de Carvalho Pinho da Cruz expôs pela primeira vez em 1975, em Maputo, cidade onde nasceu. Presentemente, está representado em Lisboa, Porto, Aveiro, Coimbra, Setúbal, Viseu e Figueira da Foz, entre outras localidades do nosso País e do estrangeiro. Recebeu o 1.º Prémio do Concurso de Pintura ao Ar Livre da Câmara Municipal de Vouzela. Gostei dos quadros que apresentou, ontem, na Figueira da Foz, com reflexos de recantos que nos são familiares e que ocupam um lugar especial nas nossas memórias. José Luís Gomes dos Santos Ribeiro apresenta escultura em madeira e cerâmica. Natural de Angola, expôs pela primeira vez em 1984. Nos primeiros anos, explorou a madeira como suporte de múltiplos entrançados de algas, cartilagens, pedras e sementes. Posteriormente envereda para o barro. Por último, tem procurado interpretar contextos de culturas envelhecidas, que procuram lançar raízes na modernidade. Os meus olhares fixaram-se, para reflectir, sobre trabalhos que desafiam o nosso o imaginário. Vale a pena uma visita. FM

Com a Poesia por tema

21 de Março - um dia com o Grupo Poético de Aveiro

O objectivo destas actividades consiste em intervir com a palavra dita em vários espaços, procurando chegar a um maior número possível de pessoas.

Aveiro - Inauguração da Livraria Buchholz - Praça Marquês de Pombal - 16h00 Ílhavo - Colaboração com a Confraria Camoniana - 15h30m - Biblioteca Municipal de Ílhavo Comboio Urbano - Aveiro/Estarreja- Estarreja/Aveiro Partida de Aveiro às 15h19 Partida de Estarreja às 15h58
Biblioteca Municipal de Aveiro -17h00 Aveiro - Café Cafeína - 18h00 Todos podem participar. Venha ler o seu poema preferido com o Grupo Poético de Aveiro.

Ares da Primavera

Prelúdio...
Florinhas Miudinhas, De repente...... Apareceram Naquela árvore Em frente! Encheram De Alegria A aula, Na manhã Fria..... E toda a classe Reparou....... Que a Primavera Chegou!
Mª Donzília Almeida Maia 1995

terça-feira, 17 de março de 2009

Para estimular o gosto da leitura entre os jovens

A jornalista de assuntos científicos, Ana Gerschenfeld, diz hoje no Público, num pequeno texto do 2.º Caderno, que “Uma boa maneira de estimular o gosto da leitura entre os jovens poderá ser … pagar-lhes para fazerem a leitura em voz alta a pessoas idosas. Essa foi pelo menos a ideia que levou dois irmãos, os britânicos Heneage e William Stevenson, a criar o site eldertainment.co.uk. Para distrair as pessoas mais velhas; promover a transferência de saber e a interacção entre gerações; e para dar aos estudantes o apoio financeiro de que tanto precisam”. Ainda sublinha que “Há quem ache (…) que é triste ter-se chegado ao ponto em que as pessoas idosas têm de pagar para isso. Mas o esquema pode ter varias declinações: que tal um novo serviço público?" A ideia aqui fica. Não há nada como experimentar. FM

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