sábado, 11 de março de 2006

Desemprego não pode deixar-nos tranquilos

Consciências não podem sossegar perante a falta de emprego
O presidente da Comissão Coordenadora das Semanas Sociais Portugueses considera que as consciências não podem ficar sossegadas perante o drama do desemprego, que afecta pessoas de todas as idades.«Por respeito para quem está em situações dramáticas de falta de colocação, não é sério ficarmos agarrados a ideias feitas ou atribuindo responsabilidades a quem, com realismo, não pode resolver todos ou a maior parte dos problemas», afirmou Manuel Porto.
Este responsável manifestou algumas inquietações, ao falar do «orgulho » com que os europeus falam do seu modelo social. «Temos o direito de o manter sem nenhuma alteração quando as estatísticas mostram que na “eurolândia” a taxa de desemprego é de 8,3 por cento, com uma taxa de crescimento que se queda por 1,6 por cento? », interrogou.
Em contraponto, apontou o bloco norte- -americano «criticável a muitos propósitos, “desconhecendo” incompreensivelmente carências básicas de tantos cidadãos, mas com índices de crescimento anual muito mais elevados – 3,6 por cento – e uma taxa de desemprego de 4,9 por cento, quase metade da “eurolândia”». «Talvez o caminho correcto esteja de permeio, numa sociedade com uma ampla cobertura social que permita, por isso mesmo, uma flexibilidade e uma participação maiores», afirma.
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Fonte Ecclesia

A foto do dia

Praia da Barra
O mar é sempre reconfortante. Quando o stresse nos invade, com o corre-corre da vida, vale sempre a pena deixar tudo, por uns simples momentos, e procurar a paisagem marítima que nos leva, quantas vezes em sonhos, para paraísos tranquilizantes. Neste fim-de-semana sugiro esta experiência, que não custa dinheiro.

sexta-feira, 10 de março de 2006

4º Lugar para padres futebolistas portugueses

2.º Liga Europeia de Padres Católicos em Futsal Sacerdotes futebolistas oferecem troféu
ao Santuário de Fátima A selecção portuguesa de sacerdotes futebolistas ofereceu ontem, 9 de Março, ao Santuário de Fátima o troféu obtido pela participação no campeonato europeu de padres futebolistas, realizado em Zabreb, na Croácia, a 7 e 8 de Fevereiro. Recorde-se que a selecção portuguesa trouxe de Zagreb um honroso 4.º lugar, após uma competição entre dez países europeu, e com o troféu a ficar em casa, para a equipa croata. A taça e um quadro com uma fotografia da equipa portuguesa foram entregues ontem ao Reitor do Santuário de Fátima, Mons. Luciano Guerra, na presença do Bispo de Diocese de Leiria-Fátima, D. Serafim de Sousa Ferreira e Silva, após um almoço/convívio oferecido pelo Santuário aos sacerdotes futebolistas. Durante a tarde, os sacerdotes visitaram a exposição “Fátima Luz e Paz”, mostra representativa das ofertas feitas ao Santuário ou a Nossa Senhora de Fátima. No local, puderam apreciar outras ofertas de devotos desportistas, como as camisolas do futebolista Romário e do campeão de ciclismo Joaquim Agostinho. O grupo dirigiu-se depois à Capelinha das Aparições, para uma oração individual, e visitou o local onde estão sepultados dos três Videntes de Fátima, na Basílica do Santuário.
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Fonte: Santuário de Fátima

Enciclopédia de Fátima

Mais de cem artigos na Enciclopédia sobre Fátima
O próximo volume da Documentação Crítica de Fátima sairá no próximo mês de Maio. Em declarações à Agência ECCLESIA, D. Carlos Azevedo, presidente da Comissão Científica para a Documentação Crítica de Fátima, referiu também que em relação à Enciclopédia sobre Fátima “os artigos estão todos entregues e metade da colaboração já chegou”. Ao todo esta obra terá mais de uma centena de artigos.
Em 2007, publicar-se-á também uma bibliografia e cronologia de Fátima.Com muita documentação, o próximo volume abrange cinco anos (1922-27): “do processo canónico até à criação da capelania” – realçou. O primeiro tomo do volume abrange de 4 de Maio de 1922 até 12 de Outubro de 1922. “Há muita documentação nesta fase porque há a primeira grande peregrinação onde vão cerca de 40 mil pessoas e dá muito brado na imprensa” – disse D. Carlos Azevedo.
Na reunião da Comissão Científica para a Documentação Crítica de Fátima ficou também decidido que o Santuário iria contratar um técnico superior de arquivo para ajudar na preparação do trabalho para a beatificação da Irmã Lúcia. “Recolher todas as cartas e catalogá-las para ser mais fácil o acesso aos documentos” – salientou.
Como serão digitalizados os primeiros mil números do jornal a «Voz da Fátima», no próximo dia 22 de Março haverá uma reunião com a participação da Biblioteca Nacional (BN), o Santuário de Fátima e a empresa responsável pela digitalização.
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Fonte: Ecclesia

Citação

"Os ventos não parecem favoráveis, mas o novo Presidente vislumbra 'brisas propícias', como Cabral quando partiu para o Brasil num mesmo dia de Março."
António José Teixeira, no "Diário de Notícias" de hoje
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(Para ler todo o editorial do director do DN, clique aqui)

As minhas escolhas

No DN, pode ler um artigo de Maria José Nogueira Pinto, intitulado "De ser mulher". No semanário Voz Portucalense, há uma boa entrevista ao padre Victor Melícias, intitulada "Multiculturalidade, unidade nas diferenças", na secção Especial.

ROTA DA LUZ CONSOME-SE A SI PRÓPRIA

Sede da Rota da Luz

Novo presidente da Rota da Luz, em entrevista ao Diário de Aveiro "A Rota da Luz tem um lado
autofágico e consome-se a ela própria"
Sente que é presidente de uma instituição fragilizada, já que os municípios têm dado sinais de descontentamento com o funcionamento da Rota da Luz e falam até na necessidade de criar outra entidade?
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Este é o momento em que os municípios, as administrações regionais e a administração central estão a pensar na reformulação do modo de encarar o turismo. Não é um exclusivo das autarquias – todos estamos a pensar quais os novos modelos adequados. É um momento importante porque os modelos se estão a definir. As regiões de turismo, por força de novas entidades que surgem mas também por causa dos novos paradigmas, têm de repensar a sua maneira de intervir. Estamos todos de acordo quanto a isso. O turismo é cada vez mais uma componente importante do PIB e percebemos que este modo de agir tem de ser muito mais bem organizado do que o foi até hoje.
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(Para ler toda a entrevista, clique aqui)

quinta-feira, 9 de março de 2006

CAVACO SILVA toma posse como Presidente da República

Presidente da República reafirma disponibilidade para cooperar com o Governo
O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, reafirmou hoje, durante a cerimónia de tomada de posse, que está a decorrer no Parlamento, a sua total disponibilidade para cooperar com o Governo de José Sócrates. Cavaco Silva propôs cinco desafios à sociedade portuguesa. O primeiro é a criação de condições para o crescimento mais rápido da economia, com o objectivo de proporcionar mais emprego aos portugueses e aproximar Portugal dos parceiros europeus.
O segundo desafio compreende a qualificação dos recursos humanos, tanto ao nível da educação dos jovens como da qualificação dos trabalhadores.
A terceira proposta feita por Cavaco Silva reside no reforço da credibilidade do sistema de justiça, com o intuito de criar um sistema de justiça "mais eficaz, credível e responsável".
O quarto ponto é a sustentabilidade do sistema social e a necessidade de se encontrar uma fórmula que permita manter o actual apoio social aos mais desfavorecidos, aos desempregos e aos reformados.
Por último, Cavaco Silva apontou a credibilização do sistema político como o quinto desafio a que Portugal tem de responder. "Os agentes políticos têm de ser um exemplo de cultura da honestidade, de transparência, de responsabilidade, de rigor na utilização dos recursos do Estado, de ética do serviço público, de respeito pela dignidade das pessoas, de cumprimento de promessas feitas", sublinhou.
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(Para ler mais, clique PÚBLICO)

Um artigo de Bagão Félix, no Correio do Vouga

SER E TER
Fazem parte dos verbos fundamentais da nossa existência. Andam de mãos dadas e de pés atados: o ser e o ter. Às vezes sós, muitas vezes acompanhados do saber, do fazer, do dar, do amar. O nosso viver confronta-se invariavelmente entre a liberdade de se ser, a necessidade de se ter, a responsabilidade de se dar, a capacidade de se fazer, a exigência de se saber, o impulso de se amar. Mas, num tempo impulsionado cada vez mais pelas tecnologias poderosas e pela obsessão da circunstância, é entre o ser e o ter que nos vemos constantemente desafiados. É de tal modo assim, que na linguagem corrente nos deixamos aliciar pela hegemonia do ter, mesmo se com isso apenas estamos a ser. Usa-se e abusa-se do ter, para se expressar uma acção, um movimento, um processo, um estado de alma até. Já não sói dizer-se “penso”, mas “tenho uma ideia”, “quero” mas “tenho vontade”; ou um “tenho um desejo”, quando nos bastaria tão simplesmente a conjugação do verbo desejar. E, não raro, até nos damos conta de que, em vez de “sermos”, dizemos que “temos uma vida”… Este tipo de linguagem denuncia a supremacia quase inconsciente e perigosamente alienante do ter sobre o ser, no nosso quotidiano. Até os problemas que nos consomem em cada dia já não são do domínio do ser mas do ter. Por isso, dizemos “Eu tenho um problema” o que significa que transformamos a percepção do problema em qualquer coisa que passamos a possuir: o próprio problema!... E este vinga-se passando de possuído a possuidor. :
(Para ler mais, clique aqui)

ROTA DA LUZ VAI MUDAR DE NOME

A Região de Turismo da Rota da Luz deverá mudar a sua designação, revelou o novo presidente da instituição, Pedro Silva. Em entrevista ao Diário de Aveiro, a publicar nos próximos dias, o responsável adiantou que está em marcha um projecto de renovação da imagem institucional do organismo, de que faz parte a alteração do nome. «As regiões de turismo no país foram mudando o seu nome para que pudesse haver uma maior identificação geográfica», afirmou, acrescentando: «Qualquer pessoa em Espanha ou França percebe onde está Leiria-Fátima, ou o Alto Tâmega, ou a Serra da Estrela... São referências geográficas». «A Rota da Luz deve ser a única no país que não tem uma referência geográfica específica. Para melhor identificar a região, temos de mudar», salientou ao Diário de Aveiro, advertindo que a alteração da designação carece de aprovação da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro. O novo nome – que Pedro Silva não revela – será encontrado em conjunto com as autarquias que integram a Região de Turismo da Rota da Luz, de quem terá partido a ideia de alterar a designação da instituição. «Estamos a fazer contactos com as câmaras municipais e tenho encontrado muita sensibilidade», finalizou. Águeda, Albergaria-a-Velha, Arouca, Aveiro, Castelo de Paiva, Estarreja, Ílhavo, Murtosa, Oliveira de Azeméis, Oliveira do Bairro, Ovar, Sever do Vouga, Vagos, Vale de Cambra e São João da Madeira são os municípios que integram a Rota da Luz.

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Fonte: Um texto de Rui Cunha, no Diário de Aveiro

Um artigo de D. António Marcelino

COMPAIXÃO,
GRANDEZA
DE UM SENTIMENTO
FRATERNO Aqui há uns anos, quando disse, perante uma situação, então ainda dolorosa e difícil de compreender e de aceitar, que o sentimento mais respeitador e estimulante era a compaixão, rasgaram-se as vestes pelo escândalo de uma tal opinião. Tratava-se de um programa de televisão, preparado com grande publicidade, na qual não faltava pimenta suficiente para estimular, convidar a ver e a não perder. A compaixão não é nem dó nem pena, mas sintonia interior com a situação e os sentimentos do outro ou dos outros, que leva ao gesto fraterno de fazer o que é possível para ajudar, a fim de que a pessoa não se sinta só e perceba que há sempre um ombro amigo que se pode encostar ao seu, dividir o peso da sua cruz e convidar a prosseguir. O Deus de Israel teve compaixão do povo, escravizado no Egipto. Jesus Cristo mostrou a sua compaixão para com a multidão que, no deserto, estava esvaída de cansaço e de fome, sem meios para responder à sua necessidade. Este sentimento divino encontrou resposta para um e outro caso. A mensagem quaresmal do Papa fala deste sentimento de compaixão, porque, no mundo de hoje, há multidões famintas de pão, de saúde, de alegria, de paz, de amor, de respeito, de justiça, de apreço. Onde não houver atenção a esta realidade e consideração pelo que ela tem de doloroso, nada muda, a não ser para pior, no sentimento e na dor de quem se sente marginalizado, desatendido, não amado nem respeitado. Um irmão sente a dor do irmão e partilha-a, é cireneu de quem se verga ao peso da cruz e, como o samaritano da parábola, muda projectos pessoais para ser alívio consolador e eficaz. Um irmão não passa ao lado de quem sofre, nem é indiferente aos esforços de quem vai avançando na vida com confiança e esforço Um irmão não julga nem condena, antes compreende e ama. É esta a grandeza e a beleza da compaixão fraterna, da solidariedade aberta para com aquele, de perto ou de longe, que precisa de estima e de apoio. A pobreza da nossa sociedade está no egoísmo que torna estéril o espaço das relações pessoais, mata os sentimentos nobres, capazes de compaixão e de partilha, e estabelece, a partir de critérios pouco honestos e falíveis, que não reconhecem dignidade, nem direitos e deveres, a todos por igual. O calor da fraternidade, afectiva e efectiva, humaniza a sociedade. A frieza egoística que só tem lugar para os interesses pessoais, satisfeitos a qualquer preço, é um vendaval selvagem que destrói a justiça, mina a verdade, levanta muros de divisão e discórdia, torna impossível os sentimentos gratuitos. O amor compassivo traduz a procura serena do bem do outro, mormente quando ele já o não consegue por si ou encontra fechadas todas as portas de acesso para o poder alcançar e desfrutar. Para um crente, o projecto de Deus, revelado em Jesus Cristo, é um desafio que o leva a pôr os pés na terra de todos os que sofrem e a cultivar um coração fraterno. Ao crente, verdadeiro e sincero, amarga o pão da abundância, quando cruza os seus olhos com os olhos incómodos e o rosto desfigurado do faminto. A compaixão, expressão de amor e de caridade efectiva, não dispensa nem ilude a justiça. Porém, a vida do dia a dia vai-nos mostrando como é difícil a justiça para um coração que não sente a dor do próximo e é incapaz de compaixão e de sintonia com quem quer que seja, tanto nos momentos de sofrimento, como das pequenas alegrias. A Quaresma, bem compreendida e vivida, molda o coração ao bem, um coração de carne não de pedra. No respeito sem condições e na partilha generosa, permite e alimenta relações fraternas, as únicas que humanizam o mundo das pessoas e dão gosto à nossa vida em sociedade.

quarta-feira, 8 de março de 2006

SEMANA SOCIAL, EM BRAGA, de 9 a 12 de Março

Carta Aberta aos cristãos e «a todos os homens de boa vontade» a propósito das Semanas Sociais Portuguesas
"Uma Sociedade
Criadora
de Emprego"
Vai realizar-se em Braga, de 9 a 12 de Março, nova edição das Semanas Sociais Portuguesas, uma iniciativa da Conferência Episcopal Portuguesa, através da sua Comissão do Laicado e Família.
Em boa hora, a organização decidiu debater nesta edição o problema do emprego - um tema da maior importância e da maior actualidade, particularmente para Portugal. A este propósito, tenham-se em presença, pela preocupação que provocam, as mais recentes estatísticas publicadas por diversos organismos públicos nacionais e internacionais.
Na senda da inspiração do Papa João XXIII, este fórum destina-se certamente aos cristão e «a todos os homens de boa vontade» que, por exigência de consciência, estão preocupados com as implicações éticas, políticas e sociais do problema em causa no cumprimento da missão do Homem.
Estimula-se, pois, a viva participação de todos! Esta participação concretiza-se certamente pela presença nas sete sessões programadas, que contam com reflexões de várias personalidades com mérito reconhecido nacional e internacionalmente. Entre elas estão Renato Cardeal Martino, Jacques Delors, António Guterres, António Borges, Victor Constâncio, Jorge Braga de Macedo, Augusto Mateus, Daniel Bessa, Manuel Braga da Cruz, Eduardo Marçal Grilo e Roberto Carneiro. Concretiza-se, também, pelo posterior testemunho vivo da participação, nos diversos contextos da realidade social e da realidade eclesial.
Para esse efeito, mais que a discussão no âmbito das análises puramente científicas, instrumentos sempre exigíveis para o esboço de soluções possíveis, o fórum procurará criar, também, espaço para uma dinâmica de responsabilidade e de iniciativa, podendo cada um dar contributo relevante - pelo menos motivar os demais.Portanto, para além do convite que vos é dirigido, solicita-se que divulguem esta iniciativa e seus resultados nos contextos das vossas vivências, motivando as pessoas das vossas relações a participar no desenvolvimento e divulgação das soluções que aí se gizem para a questão do emprego, para bem de todos.
Com o maior empenho e que haja uma grande participação do vosso meio, junto os meus melhores cumprimentos,
Braga, 8 de Março de 2006
Pedro da Cunha-Sottomayor
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Um artigo de José Tolentino Mendonça

Bíblia, literatura e beleza
Quando Santo Agostinho, no seu De Doctrina Christiana, escrevia que quem folhear a Bíblia «encontrará muitos géneros de locução de tanta beleza», ousava temerari-amente equiparar os Livros Sagrados à excelência literária dos textos clássicos, reconhecendo que a qualidade espiritual é também enunciada por uma qualidade estética. Para Agostinho, a Bíblia era, claro, fonte de experiência religiosa, mas também, e de um modo irresistível, uma escola de escrita e de leitura. O seu século, porém, estava encravado num estreito cânone de beleza: se um jovem quisesse aprender a surpresa e perfeição do estilo devia unicamente beber na tradição retórica ou poética tradicional, que é como quem diz greco-latina. A Bíblia era apenas um suporte religioso. Uma língua de trapos acusada de ‘rusticitas’. As coisas que contava tinham um sentido, mas descritas de um modo irrelevante numa sociedade que se amotinava em torno aos filósofos, aos dramaturgos ou aos tribunos. As palavras de Agostinho falando de «tanta beleza» a propósito da Bíblia representariam, aos ouvidos do seu tempo, não um juízo, mas uma provocação. Hoje não sei bem o que são.
O entendimento da Bíblia, como repertório avulso de verdades, leva a que ainda um grande número de abordagens ao texto bíblico se interesse mais pelas ideias de homem, de alma ou de escatologia, negligenciando as ditas ‘palavras’, isto é, os dados da expressão, muitas vezes considerados como aspectos menores ou estranhos ao estudo de um documento essencialmente religioso. Embora, nos últimos anos, se vá consolidando a verificação de que a verdade bíblica é solidária com o seu suporte estético expressivo, pois fé e linguagem intrinsecamente se reclamam. E esteja a alterar-se uma certa conjuntura intelectual que remetia a Bíblia para o restrito domínio do religioso, esquecendo que a condição teológica da Bíblia é inseparável da sua natureza propriamente literária.
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(Para ler todo o artigo, clique aqui)

Dia Internacional da Mulher

Já não é sem tempo... em dois mil anos de civilização cristã
Em princípio, nada tenho contra os Dias Mundiais ou Internacionais. No mínimo, eles servem para chamar a atenção, levando-nos a reflectir, para a importância de pessoas, factos, propostas e projectos universais, ideias e sonhos, desafios e efemérides. O Dia Internacional da Mulher, contudo, revela, à saciedade, que as mulheres continuam, nas civilizações conhecidas destes tempos, numa situação de menoridade social, profissional, religiosa e cívica. Por mais que lutem, por mais que mostrem, claramente, que em nada são inferiores aos homens, em qualquer campo, elas sofrem, na grande maioria dos casos, uma discriminação ridícula e injusta. É certo que as mulheres já ocupam cargos e funções onde a condição do género não encontra obstáculos. Mas também é verdade que aos lugares de topo, sobretudo nas actividades privadas, raramente conseguem chegar. Os homens, por norma, não encontram essas dificuldades, em confronto com as mulheres. As mulheres estão em maioria nas universidades, nas escolas, nos serviços de enfermagem. As mulheres estão em maioria nas Igrejas, nas missões, no voluntariado social e nos trabalhos que exigem habilidade manual. As mulheres, que mantêm, no dia-a-dia, duas profissões, a que lhes paga um ordenado e a que elas têm de desenvolver na educação dos filhos e na lida da casa, nem sempre são remuneradas, no meio empresarial privado, em pé de igualdade com os homens. As mulheres, que são a maioria nas Igrejas, também merecem mais responsabilidades. E nessa linha, o Papa Bento XVI já prometeu, há dias, debruçar-se sobre o assunto, esperando-se alguns avanços no seio da Igreja Católica. As mulheres não estão na política em número suficiente para humanizarem, com a sua sensibilidade, as leis que nos governam. Mas estão nas artes, na cultura, na educação dos filhos, na solidariedade e na disponibilidade, onde mostram a riqueza do seu sexto sentido e a importância de ocuparem o lugar a que têm direito nas sociedades contemporâneas. Já não é sem tempo, em dois mil anos de civilização cristã.
: Fernando Martins

Um artigo de António Rego

Reinventar fogueiras
As ideias não nascem do chão. Nem do abstracto. Surgem – supõe-se – da cabeça das pessoas. Que está no corpo, que tem uma história, que passa pelo circuito do coração e, como hera teimosa, envolve o todo a partir da experiência acumulada no tempo. Quem diz ideias, diz ideologia ou mesmo crença. Obviamente que o ser ou não ser crente tem tudo a ver com Deus e tudo a ver com o homem.
Os crentes vivem a fé como dom e herança. Há ateus que, bem espremidas as razões, se afastaram da Igreja por motivos mais paroquiais que filosóficos ou teológicos. Nada em nós se explica sem o enquadramento ground, ou do contexto, que compõe todos os nossos discursos e sustenta muitas das nossas decisões.
Claro que voltamos ao tema da liberdade e da forma como esta aborda o sagrado que para os crentes está acima de tudo, inclusive da liberdade… sacralizada. A homilia de Cinzas do Cardeal Patriarca não podia ser mais límpida nesta matéria, revelando um respeito profundo pelos não crentes (a sua não crença é quase religiosa) e pedindo apenas que o mesmo respeito seja compartilhado pelo sagrado dos que acreditam. E, sobretudo, na convicção de que Deus continua imperturbável, seja qual for a sanha do pensar ou dizer do homem. Não estou a citar, e certamente nesta referência envolvo o meu todo de ser crente com o meu sacerdócio, profundamente marcado pelo mundo hodierno, na procura perseverante de sinais de Deus no universo dos crentes e descrentes.
Distinguindo a blasfémia da heterodoxia, a procura sincera da arrogância dogmática em qualquer direcção. Como aprendi do Concílio. O debate detonado pela bomba dos cartoons não deixa de ter utilidade, ao trazer para a ribalta um tema que tinha, como falta maior, o esquecimento ou aniquilação de Deus por via da indiferença.Mas preocupa que algumas opiniões exaltadas tenham por base uma ignorância supina (sem distinguir, por exemplo, o Carnaval das Cinzas) o que leva a crer que outra coisa está latente nesta questão: ir atrás dum carro que dá créditos no ringue dos intelectuais urbanos e azedos, e das minorias iluminadas que só mergulham no povo quando a temperatura das águas lhes convém.
Os intelectuais são a indispensável vanguarda duma sociedade e duma civilização. Mas não pensam apenas com a cabeça. Estão limitados também pela teia dos conceitos e preconceitos que os seus percursos pessoais acumularam. E muito do que dizem é mais fruto de sentimentos e ressentimentos que de brilhantes ideias que se acenderam numa noite escura visitada por minúsculos pirilampos. Não vale, por isso, a pena, reinventar fogueiras.

Os meus destaques

Hoje, pode ler a entrevista que o ainda Presidente da República, Jorge Sampaio, deu ao Diário de Notícias.
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Jorge Sampaio
Nasceu em Lisboa há 66 anos
Licenciado em Direito pela Faculdade
de Direito da Universidade de Lisboa
É Presidente da República desde Março de 1996

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A 48 horas de deixar o Palácio de Belém, o Presidente da República aceitou ter uma conversa com o DN, ao pequeno-almoço, no meio da preenchida agenda com que ocupou os últimos dias do seu mandato.
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O cargo de Presidente correspondeu ao que esperava?
Isto foi mais difícil do que eu supunha. Mas acho que as minhas qualidades se adaptam a este cargo. Exerci-o sem nenhum esforço particular. Acho que interpretei o regime semipresidencialista correctamente. Diz-se que houve instabilidade, mas fui forçado ela. Pela minha parte introduzi estabilidade e governabilidade no sistema. Foi um tempo de mudanças: os pais da pátria terminaram. Tenho pena de não ter havido, na geração dos 40/50 anos, ninguém que se tenha candidatado. Acho que era fundamental essa disponibilidade para e renovação.

terça-feira, 7 de março de 2006

Um artigo de Alexandre Cruz

Educar pelo
sentido artístico 1. Tem havido no seio da comunicação e educação uma certa aposta crescente na dimensão lúdica, artística, por forma ao “rótulo” ser mais motivador. Trata-se do esforço de criar pontes para com o destinatário (que também deve ser emissor) da mensagem, procurando despertar a motivação agarrando por dentro a pessoa naquilo que se pretende transmitir. Mas, com tantos factores de dispersão para a geração dos morangos com telemóvel, quer de entretenimento social quer pessoal, é cada vez mais difícil um envolvimento coerente de toda a pessoa numa certa mensagem, conteúdo, causa. Embora os nossos tempos sejam de sublinhada inovação tecnológica, o certo é que a criatividade, como habilidade pessoal, gosto criativo, não abunda muito pela nossa sociedade fora. É, por isso, essencial uma redescoberta da educação pelo sentido artístico mas que não deixe de fora a cultura, a identidade, o envolvimento de toda a pessoa. Caso não, as pessoas do futuro tornam-se cada vez mais estranhas à própria vida colectiva… Estas são algumas das conclusões fundamentais da Conferência Mundial de Educação Artística que por estes dias recorre em Lisboa, da organização da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), iniciativa que trouxe à nossa capital centenas de cientistas, professores e artistas. 2. Nesta nossa era de globalização acelerada, com tentações de igualitarismos e unicidades que desvirtuariam a riqueza tão diversificada da Humanidade, torna-se cabalmente importante o reconhecer para preservar as tradições, culturas, símbolos, até as próprias línguas. Como é maravilhoso sabermos que existem no mundo seis mil línguas e que, por si, são instrumento artístico e cultural, com as suas danças, cantares, cerimónias! Que secura, tão diferente e monótono, seria um mundo que anulasse a diversidade num “tudo igual” sem as cores da diferença! Estes nossos tempos, e ainda mais os tempos do futuro, de vidas e pessoas agarradas à máquina informática, precisam de valorizar em proporção toda a componente humana, personalizada, de habilidade manual, de invenção a partir do nada, num despertar dos sentidos logo a partir da mais tenra idade. O director-geral da UNESCO, que defende uma educação para todos (no âmbito da Declaração do Milénio), aposta decisivamente na qualidade, o que implica a noção artística da vida como caminho de criatividade. Koichiro Matsuura, dá o seu próprio testemunho a partir do Japão, sua terra natal: “No Japão, onde nasci e cresci, há educação artística. Aí, sempre teve muita importância, o que permite às crianças e aos jovens desenvolver uma forte compreensão do que é a arte. A educação artística – desenhar, pintar, fazer escultura, cantar, … - deve estar inserida no curriculum escolar e os professores devem ter formação para a leccionar.” 3. Certamente que a arte, pelo seu poder de sensibilização e interioridade, será um caminho capaz de criar pontes de vida relacional (uns com os outros), como dimensões essenciais de profundidade. Se as pessoas fossem máquinas não faria sentido esta aposta da UNESCO; mas como à dimensão pessoal pertence a abertura à admiração, sonho, poesia, profundidade de sentido e de paz, então, nos tempos tecnológicos, esta será uma aposta decisiva em formar para a vida com valores a própria pessoa. O testemunho, entre tantos outros especialistas na área do desenvolvimento da consciência humana na sua integralidade, vem também do nosso cientista António Damásio, para quem a imaginação e criatividade implicam uma obrigatoriedade em dar mais lugar à componente artística na própria formação, logo começando pelas idades mais novas. Ainda que a ciência exacta fascine todo o cientista na conjugação de factores em ordem à experiência científica concreta, todavia, como claramente já testemunhou a Conferência Mundial, na componente do cidadão situado na pluralidade de mundo, culturas, sensibilidades e sentidos de vida, “o ensino artístico é importante para criar cidadãos responsáveis”, numa abertura da arte à ética pessoal e social. 4. Que lugar temos para esta vivência e proposta? A tecnologia, por muito importante que seja, não passa de um instrumento; o essencial serão sempre as pessoas na sua abertura ao outro, na sua consciência de ser cidadão. São, a este respeito, muitos os caminhos andados entre nós; mas são muitos mais os percursos a sabiamente construir nesta nova era da comunicação. Pelo menos o importante é manter a distância crítica em relação ao próprio ideal. Como estaremos a este respeito de criatividade e responsabilidade daqui a uns 20 anos?... Veremos o fruto criativo ou a desilusão seca e desumana do que agora semeamos. (Já agora, por vezes é muito preocupante a forma como algumas crianças ou adolescentes de telemóvel tratam seus humildes e lutadores pais…). Talvez até mesmo a própria Europa inclusiva precise de se redescobrir a partir da sua inspiradora arte… Vamos apostar mais no património da qualidade (de sentir) humana, pois com pessoas renovadas não há missões impossíveis e todas as distâncias passam a sensibilizante proximidade!

Anuário Católico de Portugal

Há quebra progressiva nos baptizados
O “guia” da Igreja Católica de Portugal confirma, na sua edição de 2006, a quebra progressiva do número de Baptismos e de ordenações sacerdotais, no nosso país.
Sendo verdade que a vida da Igreja não se limita a números, as estatísticas dos últimos anos podem ser um convite à reflexão, sobre as dificuldades, os equilíbrios necessários, as sementes de renovação e os sinais do presente e do futuro para a Igreja Católica no nosso país.
O “Anuário Católico de Portugal” chega, em 2006, à sua 20ª edição, reunindo e apresentando um amplo conjunto de dados sobre a Igreja em Portugal. “Essa Igreja, que peregrina pela história, é uma realidade em permanente transformação”, alerta o Pe. Joaquim Garrido, director do Secretariado Geral da CEP, responsável por esta edição.
Os dados apresentados referem-se a 2003, retomando o trabalho da Secretaria de Estado do Vaticano, através do seu Departamento Central de Estatística. Em Portugal, segundo o Anuário, 91,52% da população professa a fé católica.De 2000 a 2003, o número de sacerdotes diocesanos baixou de 3.159 para 3.029 (menos 130), enquanto que o clero religioso manteve praticamente o mesmo número. A situação de 2003 mostra que por cada dois padres que morrem (nesse ano foram 80), apenas um é ordenado (37 novos sacerdotes).
Apesar desta quebra no número de padres, a maioria das mais de 4 mil paróquias estão confiadas à administração sacerdotal (99,15%) e apenas 37 paróquias são administradas pastoralmente por diáconos, religiosas e leigos.
Os seminaristas de filosofia e teologia também são menos, segundo os últimos dados disponíveis: de 547, entre diocesanos e religiosos, em 2000 passou-se para 471 em 2003.
O número de Baptismo mostra uma redução de quase 10 mil pessoas, mas esse dado deve ser lido à luz da variação do número de nascimentos em cada ano. Em 2000 foram baptizadas mais de 92 mil crianças com menos de 7 anos, e em 2003 esse número ficou-se pelos 82.640. O número de Baptismos depois dos 7 anos representa, actualmente, cerca de 6% do total e chegou, em 2003, aos 5.516 (5.938 em 2000).
As estatísticas, contudo, não são mais do que uma pequena parte do que é apresentado no Anuário Católico, que oferece informações sobre o Papa, a Santa Sé, a Conferência Episcopal Portuguesa, as Diocese do país, os Institutos de Vida Consagrada, movimentos e obras.
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Fonte: Ecclesia

Um poema de João de Barros

João de Barros

Invocação à terra 

Oh! terra! Oh! terra sã da minha Pátria! 
Eu ouço 
No peito, a crepitar, teu riso fresco e moço, 
No meu corpo a canção dos teus ritmos leais. 
Tudo o que em ti é vida e juventude eterna, 
Sinto-o na minha carne e em meu sangue mortais. 
Tua seiva amorosa e tua força terna 
Traz quimeras à alma e rosas aos rosais … 
Aprendi a chorar com o teu chorar de fontes, 
Aprendi a ambição olhando os horizontes 
E escutando o fragor do teu mar de epopeia! 
E, na volúpia ardente ou na divina ideia, 
No orgulho que exaspera ou na glória que vence, 
Sei que nada, afinal, criei ou me pertence: 
– Sei que triunfa em mim somente essa energia 
Que é pomar, é vergel, é canto matinal, 
É onda que palpita, é sol que me alumia, 
É brisa da manhã, é doçura e alegria 
É tudo o que tu és, terra de Portugal! : 

João da Barros (1881 – 1960), 
in “Oração à Pátria”

Os meus destaques

No DN, pode ler "Responsabilidade partilhada", um artigo do Prof. Adriano Moreira. No mesmo jornal, vale a pena ler, também, "Jorge Sampaio, o Presidente-cidadão", do Prof. José Medeiros Ferreira.

Um artigo de Francisco Perestrello, na Ecclesia

Los Angeles,
o Retrato
de uma Cidade O thriller, filme de acção e contexto geralmente policial, é hoje um dos géneros mais frequentes no cinema americano. Quando possível procura-se fugir às linhas mais batidas, de forma a que o espectador não seja levado a sentir-se a rever obras anteriores. «Colisão» é, sob este aspecto, um caso muito particular. O filme contém todos os elementos para se incluir no género referido. Tem acção, muita polícia e muitos criminosos, e vê-se bem a luta entre as duas frentes. Mas, habilidosamente, o realizador Paul Haggis evita qualquer situação de violência gratuita e limita a acção ao que se torna necessário em termos da narrativa.
Não há excessos, não há uma concentração excessiva sobre qualquer das personagens, diversificando-se a acção por múltiplas pequenas histórias que se cruzam entre si.
O que se obtém é o retrato de Los Angeles e da sua população, dos choques sociais em que se realça o racismo, seja ele da maioria sobre as minorias seja a inversa, também ela bem viva na população.
Para defesa do povo há a polícia, mas também esta tem elementos de carácter mais que duvidoso, o que torna difícil a sobrevivência dos mais fracos.Dentro de um contexto bastante sombrio o filme deixa saída para algum optimismo, mostrando inclusivamente a possibilidade de regeneração quando obtidas as condições adequadas. Aprofunda o estudo do carácter de alguns intervenientes, mesmo quando estes passam no filme em sequências relativamente breves, mas que não deixam por isso de ser muito expressivas.
«Colisão» distingue-se assim pela originalidade e eficiência na forma de tratamento e, sobretudo, por um conteúdo temático muito equilibrado, que nos dá o retrato vivo da cidade, dos seus problemas raciais e dos processos de actuação policial, que variam entre a dedicação exemplar e a defesa de interesses pessoais em prejuízo de terceiros.

Quaresma: Mensagem do Bispo de Aveiro

Levanta-te e anda!... Longo caminho te resta para andar
"É meu dever denunciar a presença, triste e ruinosa, do pecado em nós e no nosso mundo e anunciar, ao mesmo tempo, o mistério do amor misericordioso de Deus Pai, manifestado e realizado em seu Filho Jesus, para a salvação de todos. Apelar, por fim, à esperança, que é a luz que comanda a vida do espírito, neste mundo onde escasseia o amor e a paz."
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(Para ler toda a mensagem, clique aqui)

segunda-feira, 6 de março de 2006

D. José Policarpo: Nem tudo o que é legal é moral

Cardeal-Patriarca de Lisboa apela à objecção de consciência contra leis imorais

O Cardeal-Patriarca de Lisboa abordou ontem a relação da Fé com a legislação civil, criticando “uma tendência facilitante” que considera que é moral tudo aquilo que é legal.“Nem tudo o que é legal é moral. Esta é uma tendência facilitante, a de considerar que o que é legal é moral. E pode haver leis civis, que se os cristãos as aplicarem a si mesmos, pecam, ofendendo gravemente a Deus. Em certas circunstâncias devem mesmo recusar-se, através do estatuto de ‘objectores de consciência’, a participar na sua aplicação”, explicou.

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(Para ler mais, clique aqui)

Os meus destaques

No Diário de Aveiro, pode ler "Perda de regalias sociais e fiscais inviabilizam casamento católico", um texto de Eduardo Jaques.
No Diário de Notícias, vale a pena ler "A arte como ferramenta essencial da educação", um texto de Maria João Caetano Paulo Thai.

domingo, 5 de março de 2006

As minhas escolhas

1 - Um artigo de Anselmo Borges no DN Poder dominar ou criar?
"O poder pode corromper. O poder absoluto corrompe absoluta-mente. Daí, a necessidade da divisão e separação dos poderes."
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2 - Um artigo de Luís Queiró, no DN
"Há momentos em que a defesa dos nossos interesses, em particular da língua portuguesa, é simples de concretizar. Basta decidir."

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