O presidente da Comissão Coordenadora das Semanas Sociais Portugueses considera que as consciências não podem ficar sossegadas perante o drama do desemprego, que afecta pessoas de todas as idades.«Por respeito para quem está em situações dramáticas de falta de colocação, não é sério ficarmos agarrados a ideias feitas ou atribuindo responsabilidades a quem, com realismo, não pode resolver todos ou a maior parte dos problemas», afirmou Manuel Porto.
Este responsável manifestou algumas inquietações, ao falar do «orgulho » com que os europeus falam do seu modelo social. «Temos o direito de o manter sem nenhuma alteração quando as estatísticas mostram que na “eurolândia” a taxa de desemprego é de 8,3 por cento, com uma taxa de crescimento que se queda por 1,6 por cento? », interrogou.
Em contraponto, apontou o bloco norte- -americano «criticável a muitos propósitos, “desconhecendo” incompreensivelmente carências básicas de tantos cidadãos, mas com índices de crescimento anual muito mais elevados – 3,6 por cento – e uma taxa de desemprego de 4,9 por cento, quase metade da “eurolândia”». «Talvez o caminho correcto esteja de permeio, numa sociedade com uma ampla cobertura social que permita, por isso mesmo, uma flexibilidade e uma participação maiores», afirma.
:
Fonte Ecclesia