Anselmo Borges
no Diário de Notícias
1 Penso que para ninguém faz sentido casar-se por um período determinado de tempo. É perfeitamente claro que não há casamentos a prazo, ele é para a vida toda: “Até que a morte nos separe.” O que se passa é que a vida é o que é e pode acontecer que, de facto, tenha um termo, podendo mesmo chegar a um ponto em que a separação pode ser até obrigatória - quando há violência, por exemplo, e a educação dos filhos está em perigo.
Nestas circunstâncias, como aliás tinha escrito Bento XVI quando era apenas o professor Joseph Ratzinger, desde que tenham sido satisfeitos todos os deveres de Justiça em relação com o primeiro casamento, por exemplo, no caso de haver filhos, e se há um novo amor, com verdadeiro compromisso na dignidade e na fidelidade cristãs, e se os filhos são educados na fé cristã, já me aconteceu dar uma bênção e admitir esses casais à comunhão. Aliás, Francisco já deu orientações para estes casos.