domingo, 3 de dezembro de 2023

UM CONTO DE NATAL

O REGRESSO DO IRMÃO PRÓDIGO

Nas vésperas da noite de consoada falta sempre qualquer coisa mais ou menos importante para a festa da família, associada, há muito, ao nascimento de Jesus. Prendas, sobretudo. Porque não se contava com a visita de um familiar, porque as destinadas ao filho mais velho ou mais novo não se coadunavam, afinal, com os seus desejos ditos em jeito de brincadeira, porque a filha precisava de algo diferente para decorar a sala.
Não cultivo muito o gosto de fazer compras, exceto de livros, mas acompanhei uma familiar pelas lojas mais na moda ou mais agressivas na publicidade aos seus produtos. Essa minha pouca apetência pelas compras não foi fruto de uma qualquer catequese mal alinhavada, que leva à conta de puro consumismo tudo o que diz respeito a dar lembranças em datas marcantes das nossas vidas, mas, sim, a uma inexplicável falta de jeito. As prendas, no fundo, e em especial as de Natal e Páscoa, são normalmente sinais dos nossos afetos e do nosso amor para quantos nos rodeiam. Por isso, até foi com satisfação que acompanhei, também com a minha opinião, as últimas aquisições para a noite de consoada.

A Imaculada Conceição, o pecado original e o sexo

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias

Volto ao tema, pois não sei se a maioria dos portugueses sabe a razão do feriado de 8 de Dezembro. Os católicos saberão que se trata de uma festa ligada a Nossa Senhora e, se interrogados, talvez respondessem, na quase totalidade, que tem a ver com a virgindade de Maria. Para dizer o quê, celebrando o quê? Volto ao tema, porque pode ser ou tornar-se uma festa com muitos equívocos.
Logo à partida, que pode significar Imaculada Conceição? De facto, não se refere directamente à virgindade, mas não lhe é completamente alheia. Do que se trata, na realidade, é da afirmação de que Maria, a Mãe de Jesus, foi concebida sem pecado. Mas, aqui, sem hermenêutica, isto é, sem interpretação, pode albergar-se uma série de confusões, profundamente ofensivas sobretudo para as mulheres, minando, desgraçadamente, a mensagem do Evangelho enquanto notícia boa e felicitante também para elas.

sábado, 2 de dezembro de 2023

FEIRA DO LIVRO NA ESGN

Cartaz da autoria de Tiago Louro Vilarinho, aluno do 12.º C. , que aderiu ao convite da biblioteca.

sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

PARA RECORDAR - 1


Em momentos de alguma solidão que me levam a recordar tempos que não voltam, vou dando por mim a pensar na vida agitada que levei durante anos e anos. Esta foto trouxe-me à memória os trabalhos jornalísticos com prazos marcados com rigor matemático. O PC era peça indispensável e o cérebro não tinha tempo para dormir a sesta. Textos escritos e revistos, era necessário correr para a Biblioteca da Figueira da Foz, onde havia NET para enviar a minha colaboração para os jornais. Bons tempos.

PORTUGAL RETOMA A INDEPENDÊNCIA


O dia 1.º de dezembro de 1640 ficou na história como data simbólica e real da nossa libertação do jugo da monarquia do país vizinho. O rei era o mesmo, Filipe de Espanha e de Portugal, mas o descontentamento generalizou-se com a carestia de vida e o desânimo pátrio. Os conjurados, depressa e com eficácia,  assumiram a luta. Foram, ao paço, onde vivia a representante do Rei de Espanha, Duquesa de Mântua, com o seu secretário, Miguel de Vasconcelos. Este foi liquidado como traidor e lançado pela janela para a rua, onde os populares descarregaram a sua ira. Um arauto, cavalgando pela cidade de Lisboa, anunciou, alto e bom som, que Portugal era, de novo, independente. Assim aprendi, mais ou menos, quando era menino.

RIA DE AVEIRO - BARCO MOLICEIRO


RIA DE AVEIRO

Na ria de Aveiro
Quero um pequenino
Barco moliceiro.
Também sou menino.

Na ria de Aveiro
Podeis vir comigo,
Barco moliceiro
Nunca tem perigo.

Nunca se naufraga
Na ria inocente:
Da crista da vaga
Vêm braços à gente.

Quer vão ao moliço,
Quer soltem as redes,
O mar é submisso
Aos barcos que vedes.

Brancas, amarelas,
Na ria de Aveiro
Se espalham as velas:
Brinquedo ligeiro.

Também sou menino,
Ó moças de Aveiro!
Dai-me um pequenino
Barco moliceiro

RIBEIRO COUTO
1944

Ribeiro Couto (1898-1963)
 terá passado por Aveiro em 1944 
– pelo menos é essa a data do seu poema –,
onde se deixou cativar pela graça 
quase alada dos barcos moliceiros. 
Caso Curioso, na mesma época
estabeleceria relações de Índole literária 
com Mário Sacramento.

“Aveiro e o seu Distrito”, 
n.º 20, Dezembro de 1975

quinta-feira, 30 de novembro de 2023

Dia de Santo André

O Dia de Santo André celebra-se no dia 30 de novembro. Santo André, o irmão mais velho de São Pedro, foi um dos 12 apóstolos de Jesus Cristo. Era pescador como o seu irmão e com ele abandonou tudo para seguir Jesus. A história regista o seu martírio e morte no dia 30 de novembro do ano 63.

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