domingo, 22 de março de 2020

DIA MUNDIAL DA ÁGUA - ASSUNTO PARA REFLETIR

Bica de água em São Pedro do Sul

O Dia Mundial da Água celebra-se neste dia, 22 de março, com um desafio fundamental: preservar e poupar este recurso natural. A celebração desta data nasceu no âmbito da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento e Ambiente, que decorreu no Rio de Janeiro, em 1992. Nessa altura, como presentemente, os países foram convidados a implementar medidas, tendo em vista a poupança deste recurso natural, promovendo a sua sustentabilidade. 
Todos sabemos que se têm multiplicado os alertas sobre a importância da água na vida de toda a gente, sendo certo que, em diversas zonas do mundo, a água começa a escassear. Luta-se e sofre-se para conseguir um jarro de água pura em regiões áridas, quando noutras se esbanja este precioso líquido. Ao mesmo tempo,  por todos os cantos, nos rios e fontes, mares e lagos, não falta quem contamine a água com lixos e outras substâncias tóxicas, provenientes de indústrias e comércios dirigidos por pessoas sem escrúpulos. Daí a necessidade de estarmos atentos para denunciar os infratores às autoridades competentes. 
Urge, também, sensibilizar toda a gente, a começar pelos alunos dos diversos graus de ensino, para a premência de nos tornamos vigilantes ativos na defesa da água.

Fernando Martins

Ética samaritana

Crónica de Bento Domingues no PÚBLICO

No âmbito religioso, a imaginação não pode ficar paralisada pela restrição imposta às grandes manifestações.

1. Há quem se aventure a calcular as consequências previsíveis e imprevisíveis da guerra imposta pela covid-19 a curto, a médio e a longo prazo, em vidas humanas e na reinvenção de novos estilos de vida colectiva, a nível local e global. Não disponho nem dessa ciência nem desses poderes de adivinhação. Todos devemos ir aprendendo com quem sabe e a obedecer a quem legitimamente manda. Ninguém está dispensado de procurar aprender a descobrir novos modos de responder à pergunta fundamental da condição humana: em que posso e como posso ajudar?
Na comunicação que o primeiro-ministro fez ao país, além das medidas que tomou, em consonância com todos os partidos, tocou no essencial: “O primeiro dever de cada uma e de cada um de nós é cuidar do próximo. É o de evitar que, por negligência, por desconhecimento, ponhamos em risco a saúde do outro. Cada um de nós julga estar numa situação saudável, mas a verdade é que nenhum de nós sabe se não é portador de um vírus que, involuntariamente, está a passar a outro.”
Na situação presente, em muitos casos, a boa proximidade é a de encontrar modos e meios de proximidade sem o contacto físico. É um desafio à imaginação solidária que já teve e tem manifestações admiráveis. Os caprichos individuais, ou de grupo, que não têm em conta os avisos e as normas das autoridades legítimas são criminosos.

Coronavírus Covid-19: Saúde, Ciência, Religião, um Retiro

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias

Ao contrário do que normalmente se pensa, não controlamos totalmente a nossa vida. Uma pequena prova disso está neste texto: eu tinha prometido continuar a crónica da semana passada, mas solicitaram-me um texto urgente sobre o coronavírus covid-19, adiando o prometido para mais tarde. E é o que vou tentar, com alguns apontamentos. 

1. Para nós, vivendo na normalidade, tudo nos parece claro e evidente. Só quando perdemos algo ou estamos na ameaça de perdê-lo é que damos pela sua importância, que pode ser decisiva, essencial. 
É o que acontece com a saúde. Haverá bem maior, mais importante do que a saúde? Reparo que em todas as línguas que conheço, quando as pessoas se encontram ou, sobretudo, se reencontram, se cumprimentam perguntando pela saúde: “Como estás?, Como vais?, Como tens passado?” E, na despedida: “Passa bem, cuida de ti e dos teus. Passai bem”. E “saudamo-nos” (saudar: vem do latim: salutem dare, dar saúde, desejar saúde) e temos “saudades”, com o mesmo étimo, e escrevemos a alguém, terminando: “Saudades”. 
“Vale!”: esta era a saudação romana, com o sentido de “passa bem”, e, por outra via, reencontramos de novo a saúde. É de “vale” que vem “valor e valores”. E qual é o valor da saúde? Valor essencial, porque com saúde vamos para a vida e com esforço faremos algo, conquistaremos a nossa vida e a nossa realização com outros. Porque a saúde não é só física, implica também uma dimensão psicológica (se não me der bem comigo, sinto-me mal, sem saúde), a relação com o outro, dar-se bem com o outro (se eu só de ver alguém com quem não posso fico doente, é prova de que não estou com boa saúde), uma boa relação com a natureza, uma relação boa com a transcendência... 

sábado, 21 de março de 2020

Universidade Sénior celebra aniversário num espaço humanizado






O envelhecimento é um processo natural no ciclo da vida, com mudanças na estrutura física, psicológica e social da pessoa. 
No sentido de atrasar ou minimizar o declínio das capacidades física e cognitiva, a sociedade civil foi-se organizando, para dar resposta a esses problemas. Nasceram assim as universidades seniores que proliferam um pouco por todo o país. 
No concelho de Ílhavo, temos a Universidade Sénior da Gafanha da Nazaré (USGN) que completa este ano, uma década de existência. Tendo passado por várias vicissitudes, tem-se mantido, apesar das dificuldades no que concerne às instalações. 
No seu 10.º aniversário mudou-se, para um espaço amplo, com condições excelentes para acolher a instituição. A transição para a nova sede foi gradual, mas resultou com valor acrescentado. Para isso foi inestimável o contributo dos utentes, nomeadamente o núcleo das artes. Hoje, é um regalo para a vista, contemplar as árvores vestidas com cachecóis coloridos e ajardinamento original. O toque estético de mãos meticulosas transformaram o Centro de Recursos Mãe do Redentor (CRMR) num espaço humanizado. um lugar aprazível, acolhedor, localizado em plena natureza que dispõe de condições físicas excelentes, para a prática de atividades lúdicas e cognitivas. Respira-se ar puro com cheirinho a pinheiros e quando o sol está de bom humor, é ver os seniores a caminhar, correr ou saltar agradecendo à vida o dom de a saborear em comunidade. Socializar é um dos benefícios da frequência de uma US. Na nossa, não faltam os pretextos para o concretizar. Sinto-me aqui, como peixe na água, tal como os peixinhos que habitam no lago. 
A ponte dos laços que abraça o laguinho é o culminar da celebração da vida! 

MaDonA

Dia Mundial da Poesia




Poesia depois da chuva

Depois da chuva o Sol - a raça.
Oh! a terra molhada iluminada!
E os regos de água atravessando a praça
- luz a fluir, num fluir imperceptível quase.

Canta, contente, um pássaro qualquer.
Logo a seguir, nos ramos nus, esvoaça.
O fundo é branco - cai fresquinha no casario da praça.
Guizos, rodas rodando, vozes claras no ar.

Tão alegre este Sol! Há Deus. (Tivera-O eu negado
antes do Sol, não duvidava agora.)
Ó Tarde virgem, Senhora Aparecida! Ó Tarde igual
às manhãs do princípio!

E tu passaste, flor dos olhos pretos que eu admiro.
Grácil, tão grácil!... Pura imagem da tarde...
Flor levada nas águas, mansamente...

(Fluida a luz, num fluir imperceptível quase...)

Sebastião da Gama


Um livro para este tempo - Uma beleza que nos pertence



Nestes dias de isolamento e recolhimento, não faltarão momentos de silêncios reconfortantes e estimulantes para um dia destes voltarmos à vida normal. José Tolentino Mendonça, poeta e cardeal, abre-nos a porta a novos desafios.

"O silêncio é um caminho. Não basta, por exemplo, estarmos calados para estar em silêncio. Podemos estar calados e o rumor ser ensurdecedor. Há uma qualidade de silêncio que é uma conquista, que é um processo em que nós entramos."

sexta-feira, 20 de março de 2020

A PRIMAVERA ESTÁ DE VOLTA



Por estranho que possa parecer, a primavera chegou. Melhor dizendo, bateu à porta, mas não teve coragem de entrar por causa da chuva. Ou foi o coronavírus que a proibiu de se manifestar ou fomos nós que, a pensar nas consequências do “bicho”, fatais para muitos, nos escondemos em casa. Também admito a hipótese do isolamento a que fomos aconselhados ou obrigados por determinação legal ou por medo de contágio. Ou por tudo o que está a acontecer a nível global com mortes e números aterradores. 
A primavera virá, disso estou certo, mas a alegria não será como dantes, para já. Contudo, ficamos com a certeza de que, mais tarde ou mais cedo, o Covid-19 será vencido.

Etiquetas

A Alegria do Amor A. M. Pires Cabral Abbé Pierre Abel Resende Abraham Lincoln Abu Dhabi Acácio Catarino Adelino Aires Adérito Tomé Adília Lopes Adolfo Roque Adolfo Suárez Adriano Miranda Adriano Moreira Afonso Henrique Afonso Lopes Vieira Afonso Reis Cabral Afonso Rocha Agostinho da Silva Agustina Bessa-Luís Aida Martins Aida Viegas Aires do Nascimento Alan McFadyen Albert Camus Albert Einstein Albert Schweitzer Alberto Caeiro Alberto Martins Alberto Souto Albufeira Alçada Baptista Alcobaça Alda Casqueira Aldeia da Luz Aldeia Global Alentejo Alexander Bell Alexander Von Humboldt Alexandra Lucas Coelho Alexandre Cruz Alexandre Dumas Alexandre Herculano Alexandre Mello Alexandre Nascimento Alexandre O'Neill Alexandre O’Neill Alexandrina Cordeiro Alfred de Vigny Alfredo Ferreira da Silva Algarve Almada Negreiros Almeida Garrett Álvaro de Campos Álvaro Garrido Álvaro Guimarães Álvaro Teixeira Lopes Alves Barbosa Alves Redol Amadeu de Sousa Amadeu Souza Cardoso Amália Rodrigues Amarante Amaro Neves Amazónia Amélia Fernandes América Latina Amorosa Oliveira Ana Arneira Ana Dulce Ana Luísa Amaral Ana Maria Lopes Ana Paula Vitorino Ana Rita Ribau Ana Sullivan Ana Vicente Ana Vidovic Anabela Capucho André Vieira Andrea Riccardi Andrea Wulf Andreia Hall Andrés Torres Queiruga Ângelo Ribau Ângelo Valente Angola Angra de Heroísmo Angra do Heroísmo Aníbal Sarabando Bola Anselmo Borges Antero de Quental Anthony Bourdin Antoni Gaudí Antónia Rodrigues António Francisco António Marcelino António Moiteiro António Alçada Baptista António Aleixo António Amador António Araújo António Arnaut António Arroio António Augusto Afonso António Barreto António Campos Graça António Capão António Carneiro António Christo António Cirino António Colaço António Conceição António Correia d’Oliveira António Correia de Oliveira António Costa António Couto António Damásio António Feijó António Feio António Fernandes António Ferreira Gomes António Francisco António Francisco dos Santos António Franco Alexandre António Gandarinho António Gedeão António Guerreiro António Guterres António José Seguro António Lau António Lobo Antunes António Manuel Couto Viana António Marcelino António Marques da Silva António Marto António Marujo António Mega Ferreira António Moiteiro António Morais António Neves António Nobre António Pascoal António Pinho António Ramos Rosa António Rego António Rodrigues António Santos Antonio Tabucchi António Vieira António Vítor Carvalho António Vitorino Aquilino Ribeiro Arada Ares da Gafanha Ares da Primavera Ares de Festa Ares de Inverno Ares de Moçambique Ares de Outono Ares de Primavera Ares de verão ARES DO INVERNO ARES DO OUTONO Ares do Verão Arestal Arganil Argentina Argus Ariel Álvarez Aristides Sousa Mendes Aristóteles Armando Cravo Armando Ferraz Armando França Armando Grilo Armando Lourenço Martins Armando Regala Armando Tavares da Silva Arménio Pires Dias Arminda Ribau Arrais Ançã Artur Agostinho Artur Ferreira Sardo Artur Portela Ary dos Santos Ascêncio de Freitas Augusto Gil Augusto Lopes Augusto Santos Silva Augusto Semedo Austen Ivereigh Av. José Estêvão Avanca Aveiro B.B. King Babe Babel Baltasar Casqueira Bárbara Cartagena Bárbara Reis Barra Barra de Aveiro Barra de Mira Bartolomeu dos Mártires Basílio de Oliveira Beatriz Martins Beatriz R. Antunes Beijamim Mónica Beira-Mar Belinha Belmiro de Azevedo Belmiro Fernandes Pereira Belmonte Benjamin Franklin Bento Domingues Bento XVI Bernardo Domingues Bernardo Santareno Bertrand Bertrand Russell Bestida Betânia Betty Friedan Bin Laden Bismarck Boassas Boavista Boca da Barra Bocaccio Bocage Braga da Cruz Bragança-Miranda Bratislava Bruce Springsteen Bruto da Costa Bunheiro Bussaco Butão Cabral do Nascimento Camilo Castelo Branco Cândido Teles Cardeal Cardijn Cardoso Ferreira Carla Hilário de Almeida Quevedo Carlos Alberto Pereira Carlos Anastácio Carlos Azevedo Carlos Borrego Carlos Candal Carlos Coelho Carlos Daniel Carlos Drummond de Andrade Carlos Duarte Carlos Fiolhais Carlos Isabel Carlos João Correia Carlos Matos Carlos Mester Carlos Nascimento Carlos Nunes Carlos Paião Carlos Pinto Coelho Carlos Rocha Carlos Roeder Carlos Sarabando Bola Carlos Teixeira Carmelitas Carmelo de Aveiro Carreira da Neves Casimiro Madaíl Castelo da Gafanha Castelo de Pombal Castro de Carvalhelhos Catalunha Catitinha Cavaco Silva Caves Aliança Cecília Sacramento Celso Santos César Fernandes Cesário Verde Chaimite Charles de Gaulle Charles Dickens Charlie Hebdo Charlot Chave Chaves Claudete Albino Cláudia Ribau Conceição Serrão Confraria do Bacalhau Confraria dos Ovos Moles Confraria Gastronómica do Bacalhau Confúcio Congar Conímbriga Coreia do Norte Coreia do Sul Corvo Costa Nova Couto Esteves Cristianísmo Cristiano Ronaldo Cristina Lopes Cristo Cristo Negro Cristo Rei Cristo Ressuscitado D. Afonso Henriques D. António Couto D. António Francisco D. António Francisco dos Santos D. António Marcelino D. António Moiteiro D. Carlos Azevedo D. Carlos I D. Dinis D. Duarte D. Eurico Dias Nogueira D. Hélder Câmara D. João Evangelista D. José Policarpo D. Júlio Tavares Rebimbas D. Manuel Clemente D. Manuel de Almeida Trindade D. Manuel II D. Nuno D. Trump D.Nuno Álvares Pereira Dalai Lama Dalila Balekjian Daniel Faria Daniel Gonçalves Daniel Jonas Daniel Ortega Daniel Rodrigues Daniel Ruivo Daniel Serrão Daniela Leitão Darwin David Lopes Ramos David Marçal David Mourão-Ferreira David Quammen Del Bosque Delacroix Delmar Conde Demóstenes

Arquivo do blogue

Arquivo do blogue