terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Mensagem do Papa para o 46.º Dia Mundial da Paz: 1 de janeiro de 2013

Bem-aventurados os obreiros da paz


«Há necessidade de propor e promover uma pedagogia da paz. Esta requer uma vida interior rica, referências morais claras e válidas, atitudes e estilos de vida adequados. Com efeito, as obras de paz concorrem para realizar o bem comum e criam o interesse pela paz, educando para ela. Pensamentos, palavras e gestos de paz criam uma mentalidade e uma cultura da paz, uma atmos¬fera de respeito, honestidade e cordialidade. Por isso, é necessário ensinar os homens a amarem-se e educarem-se para a paz, a viverem mais de benevolência que de mera tolerância. Incentivo fundamental será « dizer não à vingança, reconhecer os próprios erros, aceitar as desculpas sem as buscar e, finalmente, perdoar »,[7] de modo que os erros e as ofensas possam ser verdadeiramente reconhecidos a fim de caminhar juntos para a reconciliação. Isto requer a difusão duma pedagogia do perdão. Na realidade, o mal vence-se com o bem, e a justiça deve ser procurada imitando a Deus Pai que ama todos os seus filhos (cf. Mt 5, 21-48). É um trabalho lento, porque supõe uma evolução espiritual, uma educação para os valores mais altos, uma visão nova da história humana. É preciso renunciar à paz falsa, que prometem os ídolos deste mundo, e aos perigos que a acompanham; refiro-me à paz que torna as consciências cada vez mais insensíveis, que leva a fechar-se em si mesmo, a uma existência atrofiada vivida na indiferença. Ao contrário, a pedagogia da paz implica serviço, compaixão, solidariedade, coragem e perseverança.»

Ler mensagem aqui 

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Cortejo dos Reis na Gafanha da Nazaré — 6 de janeiro


Nova Luz da Humanidade 

Reis de 2012

O Cortejo dos Reis, mais que centenária festa popular da paróquia de Nossa Senhora da Nazaré, vai animar a nossa terra no próximo dia 6 de janeiro. Dissemos mais que centenária, pois a sua origem remonta a tempos anteriores à criação da freguesia, que ocorreu em 1910. Sabe-se que nos primórdios não se realizava o cortejo tal como hoje, já que as pessoas, pessoalmente ou em grupo, se encaminhavam no dia aprazado para junto da antiga capela, existente na Chave, que serviu de matriz até à abertura ao culto da nossa atual igreja, o que aconteceu a 14 de janeiro de 1912. Aí havia cerimónias próprias da época litúrgica, enquadrando-se nelas, segundo relatos orais dos nossos avós, algumas cenas de teatro religioso, posteriormente ampliadas e melhoradas. 
Os tempos e hábitos evoluíram e com eles foi-se alicerçando o Cortejo dos Reis, integrando-se no trajeto os autos natalícios bem conhecidos e muito apreciados pelo povo, ano após ano, sem cansaço nem desinteresse. Em cada cena de cada auto, não falta quem assista, e os mais velhos, de tanto verem e ouvirem o que dizem os atores, conseguem saber de cor algo do que se faz e se proclama.

José Maria Serafim (ver nota ao fundo)    
 
É certo e sabido que os habituais participantes continuarão a marcar presença, expressiva e significativa, não vá dar-se o caso de esmorecer o entusiasmo que os nossos antepassados nos deixaram! E com o seu exemplo, familiares, conhecidos, amigos e vizinhos hão de incorporar-se no cortejo, não apenas para participar pelo participar, mas sobretudo para ficarem a saber como é, o que se sente e vive, porque importa receber e interiorizar o espírito da festa, para o poder legar aos vindouros. 
Como manda a tradição, a estrela de Belém indicará o caminho a partir de Remelha até à nossa igreja. É certo que ela desaparece quase no fim do cortejo, mas todos acabarão por descobri-la pouco depois, ou não seja ela a Nova Luz da Humanidade, o próprio Deus-Menino.

Uma rainha no meio dos presentes

O povo, com os seus presentes, vai entrando na festa durante o percurso. Vive os autos natalícios, pede contributos para o Menino Jesus, canta e dança, e, no final, depois de registar e recusar as manhas do Rei Herodes, que queria, traiçoeiramente, liquidar o filho da Virgem Maria, tido por muitos como Rei dos Judeus, entra na igreja matriz para beijar a Nova Luz do Mundo, o Deus-Menino, entoando os cânticos mais belos, sempre enternecedores.

Fernando Martins

Nota: O José Maria Serafim Lourenço, amigo de sempre, tem sido um assíduo animador do nosso Cortejo dos Reis. No ano passado ainda participou, mas as pernas já não lhe permitiam grandes caminhadas, tal como me confessou. Participava sempre com seu irmão Manuel Serafim, também um amigo que muito estimo. O José Maria confessou-me há dias que este ano não poderá marcar presença com o seu banjo. As pernas não lhe poderão dar esse prazer. Por isso, pelo seu esforço e exemplo de tantos anos, aqui fica a minha homenagem. E se ele me desmentisse?

F. M.

Votos de Bom Ano do Google


Faço meus os votos do Google, na preparação para a chegado do novo ano, anunciado há muito como um ano para esquecer. Apetece-me dizer para longe vá o agoiro, porque a esperança não pode morrer. Importa, isso sim, lutar com garra para que tal não aconteça. Com garra, mas também com o sentido do discernimento e da ousadia, necessários na hora das dificuldades. E se for mesmo  mau, ao menos que se vislumbrem sinais de vitória à custa da nossa vontade de levantarmos Portugal do atoleiro em que o meteram. Que no mínimo saibamos aprender a lição de que não se pode gastar mais do que se tem.
Já agora, que ainda saibamos olhar e ajudar quem nada tem, neste século de tantos progressos científicos e tecnológicos. 

sábado, 29 de dezembro de 2012

Praia da Barra em dia sol...

Ontem estava um lindo dia de sol. Dir-se-ia que estávamos em plena primavera, tal era a luminosidade que nos envolvia e nos atraía para o mar. No inverno, quando assim acontece, sentimo-nos outros e até agradecemos o dom da vida que nos permite saborear momentos tão agradáveis, desprendidos de ganâncias e de problemas.
Pela praia andámos, eu e a minha Lita, como tantos outros, olhando o mar, fixando as marcas de gente que está e passa, contemplando as dunas, conversando sem tema, apreciando pescadores de cana, admirando o engenho do homem a querer domar as correntes marinhas. Foi assim. Deus queira que em 2013, de  inverno e inferno para muitos portugueses, possamos ao menos usufruir da beleza da natureza. Penso que ainda, neste âmbito,  não haverá impostos a pagar.
Bom ano para todos.

FM


À espera do verão?

Marco geodésico entre as dunas

Entrada da barra, com molhe norte a crescer

Molhe sul  bem frequentado


Felizes as famílias que se esforçam por ser sementes de novas famílias

BEM-AVENTURANÇAS DA FAMÍLIA
Georgino Rocha

Sagrada Família

A família de Jesus, Maria e José, inspira um modo de vida onde brilham valores altamente humanizantes para todos os tempos. Enuncio, apenas, alguns em jeito de bem-aventuranças e faço votos para que a família estruturada e feliz continue a atrair e a mobilizar as energias de quem se dispõe a promover o bem integral da humanidade.

Feliz a família que se preocupa mais em ser um lar do que em ter uma casa, em dialogar a sério do que em falar simplesmente de algo que ocorre, em partilhar o que possui e tem do que em dar uma esmola ou fazer um empréstimo beneficente, em viver a fé cristã do que em recorrer a orações devotas e a ritos religiosos, em cultivar o amor oblativo sobrepondo-o a tudo do que em ter gestos ocasionais de tolerância e desculpa, em confiar nos filhos e honrar os anciãos, em cuidar dos mais frágeis e incluir os marginalizados, em construir progressivamente uma sociedade melhor do que em apreciar os bens acima das pessoas, em alimentar receios e preconceitos, isolar-se no egoísmo do “salve-se quem puder” e temer o futuro enegrecido pela insegurança.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Escutar as crianças

"Quando os sábios chegam no limite da sua sabedoria, 
convém escutar as crianças"

George Bernanos (1888–1948)

Pessoa dizia, com todo o seu saber e poesia, que o melhor do mundo são as crianças. George Bernanos vai mais longe ao afirmar que, depois do saber dos sábios, resta-nos escutar as crianças. Um bom pensamento, este, para o fim de semana.




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