FMI
M. Oliveira de Sousa
A nau portuguesa, balanceada por vagas tumultuosas do mercado (financeiro) revolto, já está a ser conduzida para terra pelo Contratorpedeiro FMI.
De facto, esta aventura ultramarina dos portugueses tem qualquer coisa de misterioso, são capazes do impossível, de grandes feitos, mas, no que é fácil… facilitam!
Mais um naufrágio!
A Nau Lusitana navegava há muito à bolina mas apenas porque os ventos estavam de feição sobre a Vela Latina. Porém, com o lastro desequilibrado, o porão em péssimo estado, a vela de popa toda esfarrapada, caiu num banco de nevoeiro que aumentou a discussão, o ruído e a inoperância. E como ia (a nau) toda emproada, com o casco praticamente destruído, entreteve-se na cosmética e com alguns pormenores na Quilha! A tripulação não reagiu a tempo de colocar a guarnição em sentido, de fazer trabalhar como deve ser para transformar a nau para aquilo que foi criada!
E, com tanto ruído, já ninguém se ouvia. Até as mensagens de outras embarcações foram mal compreendidas.
No meio de gritos desesperado de alguns marujos, dos sinais da Fragata Europeia, que também navega nas mesmas águas, apenas se percepcionou: “Foram Malandros e Incapazes”! FMI.