Quem ficou de fora
da multidão solidária?
Um mundo de gente sentiu, mais uma vez, o coração mais voltado para os outros no tempo de Natal. Um outro mundo de gente, diariamente esquecida, humilhada e sofredora, sentiu, mais uma vez, que, afinal, apesar de tudo ainda está viva, porque outros, que nem conhece, se lembraram dela e tiveram para com ela gestos de carinho, de amor e de partilha.
No fim, fez mais e maior bem a si próprio quem fez bem aos outros, deles se lembrou e com eles partilhou amor, tempo, pão e algo mais. E, quem sabe, se esta sensação de fazer bem não vai mesmo deixar o coração para aí inclinado e para prosseguir…Numa sociedade que parece e aparece cada dia mais interesseira e menos gratuita, é consolador e positivo verificar quanta gente, neste tempo de graça, se movimenta a favor dos outros. É verdade que ainda fica muita outra de fora e sem se aperceber do que perdeu. Uns acham que não têm obrigação, outros que o seu natal tem programas mais aliciantes, outros ainda porque ninguém os ajudou a olhar para dentro de si e para lugares e pessoas para os quais nunca olham.
No fundo, as omissões dos que fazem alguma coisa podem ter sido ocasião para que outros tenham ainda desta vez ficado fora da cadeia longa do bem-fazer.
Pode ser de interesse que cada um de nós se examine sobre o que fez ou não fez neste Natal. Pobre não é só aquele a que falta muita coisa. Pobre é, também, o que só se preocupa consigo e precisa de ser acordado e incomodado. Por fim até agradece.
Um mundo de gente sentiu, mais uma vez, o coração mais voltado para os outros no tempo de Natal. Um outro mundo de gente, diariamente esquecida, humilhada e sofredora, sentiu, mais uma vez, que, afinal, apesar de tudo ainda está viva, porque outros, que nem conhece, se lembraram dela e tiveram para com ela gestos de carinho, de amor e de partilha.
No fim, fez mais e maior bem a si próprio quem fez bem aos outros, deles se lembrou e com eles partilhou amor, tempo, pão e algo mais. E, quem sabe, se esta sensação de fazer bem não vai mesmo deixar o coração para aí inclinado e para prosseguir…Numa sociedade que parece e aparece cada dia mais interesseira e menos gratuita, é consolador e positivo verificar quanta gente, neste tempo de graça, se movimenta a favor dos outros. É verdade que ainda fica muita outra de fora e sem se aperceber do que perdeu. Uns acham que não têm obrigação, outros que o seu natal tem programas mais aliciantes, outros ainda porque ninguém os ajudou a olhar para dentro de si e para lugares e pessoas para os quais nunca olham.
No fundo, as omissões dos que fazem alguma coisa podem ter sido ocasião para que outros tenham ainda desta vez ficado fora da cadeia longa do bem-fazer.
Pode ser de interesse que cada um de nós se examine sobre o que fez ou não fez neste Natal. Pobre não é só aquele a que falta muita coisa. Pobre é, também, o que só se preocupa consigo e precisa de ser acordado e incomodado. Por fim até agradece.
António Marcelino
Fonte: Correio do Vouga