e Hóquei em Patins
COM QUE SAUDADES…
Na minha meninice e juventude, com que alegria e prazer ouvia os relatos, via rádio, dos jogos de Hóquei em Patins, em que a selecção portuguesa dava cartas ao mundo. Ainda tenho nos ouvidos e na alma o entusiasmo de Artur Agostinho e de Amadeu José de Freitas, relatores ímpares que nunca podemos esquecer. Éramos, com a Espanha e a Itália, e mais tarde com a Argentina, os donos deste desporto sobre rodas e de stick em punho. Não havia quem nos batesse e a comunicação social de então não se cansava de cantar loas aos nossos atletas, considerados dos melhores do mundo, se não foram mesmo os melhores, durante muitas épocas, como o provam os resultados.
Recordo, com tanta saudade, a célebre equipa constituída por Emídio Pinto, Raio, Edgar, Jesus Correia e Correia dos Santos, que dava baile nos ringues por esse mundo fora. Emídio era o guarda-redes que defendia o impossível, Raio e Edgar eram os que atrás davam inteira confiança à selecção e os primos Correias davam cabo das defesas adversárias. Para mim, o maior de todos era Jesus Correia. Internacional, simultaneamente durante muito tempo, tanto no Futebol como no Hóquei em Patins. No Futebol fazia parte da célebre equipa dos cinco violinos, do Sporting. Pegava na bola na ponta do stick e ninguém o segurava. Depois outros grandes jogadores continuaram a dar vida ao ego nacional. Livramento, Chana, Perdigão, Ramalhete, Rendeiro, Cipriano, Fernando Adrião e muitos outros que a memória ainda retém.
No último fim-de-semana foi a derrocada. Portugal ficou em 6º lugar no Campeonato do Mundo de Hóquei em Patins. Desportivamente, teve o que merece. Perdeu, escandalosamente, com equipas a quem antigamente dava cabazadas. Os outros, ao longo dos anos, organizaram-se e evoluíram. Nós, convencidos de que ninguém nos batia, parámos tristonhos no tempo, descansando à sombra da bananeira.
Recordo, com tanta saudade, a célebre equipa constituída por Emídio Pinto, Raio, Edgar, Jesus Correia e Correia dos Santos, que dava baile nos ringues por esse mundo fora. Emídio era o guarda-redes que defendia o impossível, Raio e Edgar eram os que atrás davam inteira confiança à selecção e os primos Correias davam cabo das defesas adversárias. Para mim, o maior de todos era Jesus Correia. Internacional, simultaneamente durante muito tempo, tanto no Futebol como no Hóquei em Patins. No Futebol fazia parte da célebre equipa dos cinco violinos, do Sporting. Pegava na bola na ponta do stick e ninguém o segurava. Depois outros grandes jogadores continuaram a dar vida ao ego nacional. Livramento, Chana, Perdigão, Ramalhete, Rendeiro, Cipriano, Fernando Adrião e muitos outros que a memória ainda retém.
No último fim-de-semana foi a derrocada. Portugal ficou em 6º lugar no Campeonato do Mundo de Hóquei em Patins. Desportivamente, teve o que merece. Perdeu, escandalosamente, com equipas a quem antigamente dava cabazadas. Os outros, ao longo dos anos, organizaram-se e evoluíram. Nós, convencidos de que ninguém nos batia, parámos tristonhos no tempo, descansando à sombra da bananeira.
Éramos mestres e agora passámos a alunos e maus alunos. Até a comunicação social, que há décadas apoiava o Hóquei em Patins, se vai esquecendo de promover este desporto em que fomos reis. Agora, há que recomeçar tudo de novo, para ocuparmos o lugar cimeiro a que temos direito. E havemos de conseguir, se olharmos com olhos de ver para o futuro, alimentando a mística dos heróis de outras eras.
Fernando Martins
Fernando Martins