quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

“Crescer na Fé e Anunciar a Alegria do Evangelho”

Um livro de Georgino Rocha

Georgino Rocha


No próximo dia 20, 3.ª feira, pelas 21 horas, no CUFC (Centro Universitário Fé e Cultura), junto à Universidade de Aveiro, vai ser feita a apresentação do mais recente livro do Padre Georgino Rocha, que insere reflexões dominicais e festivas dos Anos Litúrgicos A, B e C. A apresentação conta com intervenções de D. António Moiteiro, Bispo de Aveiro, Eduardo Conde, Pastor da Igreja Metodista, e Oliveira de Sousa, presidente da Comissão Diocesana Justiça e Paz.
Este livro do Padre Georgino reveste-se de grande importância para quem participa nas eucaristias dominicais e festivas, pela preciosa ajuda que presta a quem gosta de se debruçar antecipadamente sobre a Palavra de Deus que vai ser proclamada, mas não só. Também representa uma mais-valia para quem tem de preparar homilias, sem perturbar o cunho pessoal de cada um.
O lançamento da obra “Crescer na Fé e anunciar a Alegria do Evangelho” vai acontecer precisamente na Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos (18 a 25 de janeiro), não sendo por acaso a participação do Pastor Eduardo Conde, que abordará o tema «a Palavra [de Deus] na dimensão ecuménica», como referiu Georgino Rocha em entrevista que concedeu ao Correio do Vouga. D. António Moiteiro falará de «a Palavra como ela é» e Oliveira de Sousa debruçar-se-á sobre «as incidências sociais da Palavra a partir do que está escrito no livro».
Na mesma entrevista, o autor afirma que não vê a Palavra de Deus «afunilada, mas encarnada nas situações concretas, nos desafios que nos vão surgindo na forma dos sinais dos tempos, sejam germinais, sejam na sua exuberância…»

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Lourdes Almeida em entrevista ao Timoneiro

Um catequista que não se alimente da Palavra de Deus 
não será certamente um bom catequista

Lourdes Almeida

Lourdes Almeida, professora aposentada do 1.º Ciclo do Ensino Básico, casada com Joaquim Almeida, três filhos e três netos, de Lisboa mas com raízes em Leiria, vive há 17 anos na Gafanha da Nazaré por questões familiares. Trata-se de uma família católica, comprometida na comunidade eclesial, assumindo uma militância ativa.
Lourdes Almeida começou a colaborar na catequese aos 15 anos na paróquia de Benfica e garante que a missão de educadora da fé surgiu no seu espírito por influência de uma catequista que muito a marcou pela forma como catequizava, testemunhando na vida o que transmitia às crianças.
A viver em Algueirão, Sintra, depois de casada, suspendeu por uns tempos aquelas tarefas e quando sua filha Neide ingressou na catequese paroquial, soube que não havia catequista para o grupo. Ofereceu-se então para colaborar, agora com redobrado entusiasmo, por motivos compreensíveis. «Não foi uma novidade, mas uma continuação do que vinha fazendo há anos», com um gosto que nunca mais perdeu. Até hoje. E sua filha Neide seguiu-lhe o exemplo.
Para além do prazer que sente como educadora da fé, Lourdes Almeida reconhece que ser catequista é também uma necessidade que experimenta no dia a dia, como batizada, o que a leva a transmitir aos outros «o amor que sente por Deus». E acrescenta: «Só podemos transmitir as verdades em que acreditamos quando nos sentimos próximos de Deus; não podemos ficar com essa riqueza só para nós.» 
Lourdes Almeida diz que gosta mais de dar catequese aos primeiros anos talvez pela profissão docente que teve ao longo de tantos anos. E sobre a formação dos catequistas, importante para desempenharem com autenticidade a sua missão, frisa que tem de ser permanente. 
Adianta que, para além dessa formação, «é preciso viver, é preciso acreditar», porque, sem essa realidade, «ninguém consegue transmitir a mensagem com verdade». Sublinha a mais-valia que representa a leitura da Bíblia», porque «um catequista que não se alimente da Palavra de Deus não será certamente um bom catequista».

Joana Pontes apoia instituições

Um exemplo 
a seguir e a apoiar

A Joana continua, com toda a generosidade, na sua caminhada solidária. A recolha das tampinhas é tarefa que leva à prática no seu dia a dia, mas não se fica por aí. Estimula as pessoas que se cruzam com ela, desafia outras e tem pena das que falam e falam, mas nada fazem pelos que precisam.
Desta feita, com a sua campanha, beneficiou o CASCI, a Fundação Prior Sardo, a Santa Casa da Misericórdia de Ílhavo, o Lar de São José, o Lar Nossa Senhora da Nazaré, o Lar da Gafanha do Carmo e, ainda, uma Escola da Gafanha da Nazaré e outra da Gafanha do Carmo. 
Os meus parabéns para a Joana Pontes, com votos de que não lhe faltem apoios e colaboradores para prosseguir na sua vida de bem-fazer.

Cooperativa Cultural da Gafanha da Nazaré

Oliveiros Louro


LUA(R) DE MEL

Era uma vez uma menina branquinha,
de luz vestida, de rosto iluminado,
que entrou em festa na nossa casinha
e fez guardar o candeeiro enfarruscado.

Bateu à porta fazendo truz, truz
e entrou por recantos, salas e cozinhas.
Em qualquer sítio se pôs a dar à luz
iluminando presépios  e palhinhas.

Mas eis que agora, mais altiva,
essa menina casou e é senhora
vai a teatros, concertos, é doutora…

Cultural mas também recreativa,
é dinâmica, rica, acolhedora,
e da luz de pensamento promotora.

Oliveiros Louro

No Boletim Cultural da Gafanha da Nazaré,
Ano 1, N.º 1


 NOTA: Em janeiro de 1939, tinha eu dois meses de vida, realizou-se a primeira Assembleia  Geral da Cooperativa Eléctrica da Gafanha da Nazaré (CEGN). Mais tarde, já depois do 25 de Abril e na sequência da revolução dos cravos, a Cooperativa Eléctrica foi extinta, dando lugar à Cooperativa Cultural e Recreativa da Gafanha da Nazaré. Esta Cooperativa, onde nasceu a Rádio Terra Nova, como que desapareceu do mapa, por força de circunstâncias várias, que não queremos escalpelizar hoje e aqui. Mas ainda editou um Boletim Cultural de que saíram apenas três números. No primeiro, dedicado um pouco à história da CEGN, está o poema de Oliveiros Louro, que aqui reproduzo. O Oliveiros é um amigo que revejo esporadicamente. É uma pessoa muito sensível e culta. É um poeta também. Um pouco reservado, o Oliveiros merece ser referenciado porque, julgo eu, pode dar muito de si às nossas Gafanhas. 

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Padre Miguel faleceu há um ano

Padre Miguel (Foto do meu arquivo)

Faz hoje, 13 de janeiro, um ano que recebi a notícia do falecimento do nosso Padre Miguel Lencastre no Brasil, onde desejou ficar sepultado. Recordo-o agora por imperativo de saudade do seu exemplo de presbítero e amigo de tantas momentos de trabalhos eclesiais e outros.
Há pessoas que nos marcam indelevelmente pela sua postura e  serviço aos outros, através de gestos de caridade e bondade. Com ele, veio também, em grande medida, a espiritualidade de Schoenstatt, movimento que assentou raízes profundas entre nós. 
De espírito aberto, generoso e simples, com todos soube dialogar, independentemente das convicções religiosas, políticas, culturais e sociais de cada um. E na Gafanha da Nazaré, onde foi coadjutor e pároco, fez obra que a história da nossa terra não poderá olvidar.
Paz à sua alma.

Aniversário do Aquário dos Bacalhaus



No dia 17 de janeiro de 2015, sábado, assinala-se o segundo aniversário do Aquário dos Bacalhaus do Museu Marítimo de Ílhavo. O edifício, da autoria do Gabinete de Arquitetura ARX, dos irmãos Nuno e José Mateus, inaugurado a 13 de janeiro de 2013, foi recentemente nomeado para o conceituado prémio de arquitectura europeu Mies Van Der Rohe.

Fonte: MMI

Ver Programa 

De cada popa se vê um Portugal diferente

Ver transformar em húmus 
as dunas da Gafanha




«É certo que de cada popa se vê um Portugal diferente, conforme a latitude: verde e gaiteiro em cima, salino e moliceiro no meio, maneirinho e a rilhar alfarroba no fundo. Camponeses de branqueta e soeste a apanhar sargaço na Apúlia, marnotos a arquitectar brancura em Aveiro, saloios a hortelar em Caneças, ganhões de pelico a lavrar em Odemira, árabes a apanhar figos em Loulé. Metendo o barco pela terra dentro, é mesmo possível ir mais além. Assistir, em Gaia, à chegada do suor do Doiro, ver transformar em húmus as dunas da Gafanha, ter miragens nos campos de Coimbra, quando a cheia afoga os choupos, fotografar as tercenas abandonadas do Lis, contemplar, no cenário da Arrábida, a face mística da nossa poesia, ou cansar os olhos na tristeza dos sobreirais do Sado. Mas são vistas… Imagens variegadas dum caleidoscópio que vai mudando no fundo da mesma luneta de observação.»

Miguel Torga
In "PORTUGAL"

Mentira e Verdade

"Uma mentira dá uma volta inteira ao mundo 
antes mesmo de a verdade ter oportunidade de se vestir."

Winston  Churchill


 Nota: Talvez seja por isso que os mentirosos teimam em mentir, mas às vezes sai-lhes o tiro pela culatra  e são apanhados com a boca na botija. 

Bairro do Alboi

Efeméride — 13 de janeiro

Bairro do Alboi

1933 — Faleceu Domingos João dos Reis que, apesar de oriundo de família humilde, conseguiu meios de fortuna e tornou-se notável em obras altruístas. Fundou o bairro do Albói, fazendo edificar aí sessenta moradias, que arrendou a casais de modesta economia, apenas pelo prazo de vinte anos; findo este prazo, eles ficariam proprietários dos edifícios. Também concorreu para a transformação do bairro do Rossio, adquirindo os barracões da Companhia do Braçal (O Debate, 19-1-1933) – J.

No "Calendário Histórico de Aveiro",
 de António  Christo e João Gaspar


segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

O tempo da falta de tempo

Crónica de Anselmo Borges 
no DN de sábado

Anselmo Borges


Como é que ganhamos cada vez mais tempo e todos se queixam de terem cada vez menos tempo? Recentemente, a revista DerSpiegel dedicou um interessante estudo precisamente a este paradoxo, e é nele que me inspiro.
Claro que nos tempos que correm se poupa imenso tempo. Por exemplo, desde o século XIX, foram tiradas, em média, duas horas ao tempo do sono. Dada a velocidade crescente dos meios de transporte, deslocamo-nos mais rapidamente. Poupa-se tempo na criação de animais. Poupa-se tempo na aprendizagem. Também na comida, que já se compra feita, e nos encontros, que se dão cada vez mais através das novas tecnologias, e, mesmo aí, por abreviaturas na escrita (por exemplo, K (que), PF (por favor). Espantosa a diminuição do tempo de trabalho: o que são as actuais 35 ou 40 horas teoricamente dedicadas ao trabalho por semana comparadas com as 57 a mourejar, há cem anos, e 82, em 1825? Até para a morte já se pensa, para poupar tempo, em serviços de funeral a acompanhar pela internet.

domingo, 11 de janeiro de 2015

Desadaptar a Igreja

Crónica de Frei Bento Domingues 

«Quem desejar conhecer o que foram as relações da hierarquia da Igreja com o mundo moderno dispõe hoje de testemunhos e investigações históricas alérgicas às habituais e cómodas explicações piedosas.»


1. Este Papa anda a desadaptar a Igreja. Pode parecer estranho, mas já deu muitos sinais de que é isso mesmo que pretende. Importa saber em que sentido. Parece-me algo diferente da “revolução” temida pelos conservadores e desejada pelos progressistas. É algo de mais radical.
Quando se falava de adaptação da Igreja ao mundo moderno pensava-se sobretudo na sua descolagem do “antigo regime”, do seu imaginário e privilégios. Daí o repetido toque a finados do chamado “constantinismo” e da cristandade medieval, às vezes, de forma anacrónica. Saber adaptar-se aos novos regimes políticos era uma questão de sobrevivência, procurando salvar o que era possível proteger, em contextos turbulentos. Mas o mundo moderno da criatividade cultural, do pensamento crítico, das descobertas científicas, dos novos movimentos sociais e políticos era coisa bem diferente e implicava discernimentos mais subtis.

sábado, 10 de janeiro de 2015

O tempo da falta de tempo

Crónica de Anselmo Borges 
no DN de hoje

Como é que ganhamos cada vez mais tempo e todos se queixam de terem cada vez menos tempo? Recentemente, a revista Der Spiegel dedicou um interessante estudo precisamente a este paradoxo, e é nele que me inspiro.
Claro que nos tempos que correm se poupa imenso tempo. Por exemplo, desde o século XIX, foram tiradas, em média, duas horas ao tempo do sono. Dada a velocidade crescente dos meios de transporte, deslocamo-nos mais rapidamente. Poupa-se tempo na criação de animais. Poupa-se tempo na aprendizagem. Também na comida, que já se compra feita, e nos encontros, que se dão cada vez mais através das novas tecnologias, e, mesmo aí, por abreviaturas na escrita (por exemplo, K (que), PF ( por favor).

Ler na íntegra na próxima segunda-feira

BAPTISMO DE JESUS, INÍCIO DE VIDA NOVA


Reflexão de Georgino Rocha

Rio Jordão

Chegado ao Jordão, vindo da Galileia, Jesus põe-se na fila dos pecadores e aguarda a sua vez de ser baptizado. Esta atitude parece normal a toda a gente, menos a João que reage com surpresa. Jesus mantém firme a sua decisão.
Realizado o rito baptismal, ocorre a grande revelação: Jesus vê os céus abertos e o Espírito descer sobre ele, enquanto surge a declaração solene: “Tu és o Meu Filho amado; em Ti encontro o Meu agrado.”. Mc 1, 7-11. Jesus é assim “empossado” na missão que lhe é confiada e na qual o Pai se compraz. O baptismo constitui “o acto” oficial do seu início e o Espírito a força impulsionadora da sua realização. 

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Agricultura biológica

Crónica de Maria Donzília Almeida

Maçãs 



“Na natureza nada se cria, 
nada se perde, tudo se transforma”

Antoine Laurent Lavoisier 
(1743-1794). 

Há um número crescente de pessoas que abandonam a cidade, na procura de um ambiente tranquilo e apaziguador, em contacto com a natureza. Após a aposentação há uma viragem na vida de muita gente, que sentindo ainda saúde e energia, se dedica a um tipo de vida bucólica e contemplativa, na sua aldeia natal. Até os estrangeiros se têm fixado no nosso país, atraídos pelo clima ameno e pelo mito de Anteu, a força energizante e reprodutora da terra.
Assim, a agricultura biológica, como variante da agricultura tradicional ganha cada vez mais adeptos e sequazes. Para além de ser praticada por um setor da população, é também um hobby para quem desempenha/ou uma atividade intelectual que envolve muito stress. Pessoas que desempenharam cargos de alta responsabilidade social, no mercado do trabalho, optam por uma vida tranquila, em contacto direto com a terra.
Muitos intelectuais regressam às suas quintinhas, na província, onde retomam a agricultura iniciada pelos pais, numa terapêutica manipulação da terra. O apelo telúrico tão presente na vida e na obra literária de Miguel Torga, vem ao de cima e absorve as energias numa envolvência transcendental.

Grupo Etnográfico canta as Janeiras




Hoje, na sequência de outros anos, o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré veio cantar as Janeiras à nossa casa. Faz isto, porque pretende preservar esta tradição já perdida no tempo. Fazem bem, porque alguns símbolos da nossa identidade começam a diluir-se no caldo de culturas que nos envolve. 
Não é por acaso que me identifico com o Grupo Etnográfico, já com décadas de existência ao serviço da cultura desta terra que nos irmana em torno de memórias legadas pelos nossos antepassados. E é curioso verificar como o grupo se vai renovando com a presença de gente jovem.
Na despedida recomendaram-me, se é que era preciso fazê-lo, que desejasse a todos os emigrantes da nossa terra os votos do Grupo Etnográfico de um 2015 cheio de venturas, onde a alegria, a saúde e o otimismo estejam sempre presentes.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Semanário Ecclesia online



A Agência Ecclesia, ligada ao Secretariado Nacional das Comunicações Sociais, passa a facultar ao público em geral o Semanário Ecclesia, uma revista repleta de informação sobre a Igreja  Católica e não só, valorizando ainda espaços de opinião. Trata-se de um semanário muito bem ilustrado, com grafisco atraente e com vídeos oportunos, garantindo diversificados temas formativos, agora ao alcance de toda a gente.

Pode ver aqui 

ESPANTO


"Aquele que já não consegue sentir espanto nem surpresa 
está, por assim dizer, morto; os seus olhos estão apagados." 

Albert Einstein (1879-1955)

Atentado ao Charlie Hebdo

A nossa solidariedade 
com todos os que lutam 
por uma sociedade livre, 
tolerante e fraterna

O mundo ficou sem palavras para classificar um crime hediondo contra um jornal satírico, atingindo mortalmente diretores e jornalistas. Foi um brutal atentado à civilização ocidental e seus valores de liberdade de expressão e à sua capacidade de acolhimento de gentes de vários quadrantes geográficos, ideológicos e religiosos. Uma civilização que trata como suas as pessoas que na Europa se instalam e onde podem professar a sua fé livremente, mesmo sabendo que em alguns países muçulmanos os cristão estão proibidos de viver os cultos ligados ao cristianismo. 
Sabemos que fiéis de Alá, os verdadeiramente crentes, também repudiam atos de violência, terrorismos e perseguições sanguinárias, mas também sabemos que os fanáticos, que deixaram o mundo livre de luto, não merecem tolerância, antes têm de ser perseguidos e castigados, com as armas da justiça ocidental, onde eles vivem, assentes no julgamento e na prisão.
A nossa solidariedade com todos os que lutam por uma sociedade livre, tolerante e fraterna.

Fernando Martins



"Mar — a Terra prometida"

Economia do Mar da Região 
em destaque na SIC Notícias, 
10 de janeiro, 9.45 horas 

Arte da Xávega

«A Economia do Mar na Região de Aveiro é o tema do episódio da série documental «Mar – a Terra prometida» a exibir na SIC Notícias, no dia 10 de janeiro, pelas 9h45, com repetições na terça-feira, pelas 15h45, e sexta-feira, pelas 20h30.
 O programa será inteiramente dedicado à Região de Aveiro, um território caracterizado por uma forte tradição e vocação marítimas, com entrevistas ao Presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro, Ribau Esteves, e ao Diretor do Museu Marítimo de Ílhavo, Álvaro Garrido, entre outros.
Durante cerca de 10 minutos, serão apresentadas as atividades mais importantes da cultura e da economia marítima da região, com referências à Arte Xávega, à pesca do bacalhau é ao setor empresarial a ela associada.
A série documental «Mar – a Terra prometida», com 13 episódios, foi produzida pela POCC – Produção de Conteúdos Científicos, com o apoio da Oceano XXI – Cluster do Conhecimento e da Economia do Mar.»

Fonte:  CI da Região de Aveiro; Foto da Rede Global

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Crescer na Fé






Posted using BlogPress from my iPad

“Deus ainda tem futuro?”

Um livro coordenado 
por Anselmo Borges




“Deus ainda tem futuro?” é um livro coordenado por Anselmo Borges, padre e docente da Universidade Coimbra, que vem a lume com edição da Gradiva. Trata-se de uma obra que reflete o colóquio internacional Igreja em Diálogo, que se realizou em Valadares, Gaia, em outubro de 2013. 
Li o livro na sequência de outros de Anselmo Borges, tal como leio, com muito gosto, semanalmente, as suas crónicas que saem no Diário de Notícias, aos sábados, e que transcrevo no meu blogue Pela Positiva. E se essas leituras me agradam, seria egoísmo de minha parte não as partilhar e recomendar aos habituais visitantes e leitores da área que ocupo no ciberespaço.
Quando a obra foi anunciada nos mais diversos meios da comunicação social, devo confessar que o título, com interrogação, — “Deus ainda tem futuro?” — seria  uma “provocação”, no sentido editorial do termo, pois não podia deixar de despertar curiosidade e, logicamente, interesse, tanto junto dos crentes como dos que gostariam de encontrar razões para as suas descrenças. Eu, porém, que leio há muito o coordenador do livro, mantive-me tranquilo. E dos capítulos, quase todos, que já digeri, posso afiançar que se trata de uma obra que merece leitura atenta e meditada.

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Beata Joana pode chegar à canonização

Diocese vai reabrir processo 
para canonização da Beata Joana, 
princesa de Portugal


Santa Joana (estátua de Hélder Bandarra)
«O bispo de Aveiro anunciou a decisão de promover a reabertura do processo de canonização da Beata Joana, padroeira da diocese e da cidade, e destacou hoje à Agência ECCLESIA o exemplo e testemunho da princesa.
D. António Moiteiro revelou que quando entrou para a Diocese de Aveiro, em setembro de 2014, “logo no dia seguinte e nos outros meses” sentiu por parte das autoridades civis e do povo cristão – “organismos religiosos da cidade e da diocese - que a santificação da beata Joana “era um tema pendente”.»

Li aqui

NOTA: Congratulo-me com a ideia da reabertura do processo de canonização da Beata Joana, padroeira da diocese e cidade de Aveiro. D. António Monteiro manifestou, desde a sua entrada na Diocese de Aveiro, a sua devoção pela nossa padroeira, pelo que não é de admirar que se empenhe na abertura do processo, sobretudo nesta nesta fase da vida da Igreja em que têm sido proclamados tantos santos. 
É certo que os aveirenses há muito a canonizaram com devoções seculares, mas sempre será melhor que a nossa Santa Joana passe a ser reconhecida oficialmente pelas instâncias superiores da Santa Sé. Vamos todos, de mãos dadas, lutar por isso. 


A nossa gente: Carlos Sarabando Bola

Carlos Sarabando


Neste mês de janeiro, em que se comemora o 2.º Aniversário do Fórum Municipal da Maior Idade, dedicamos a rubrica a “nossa gente” a Carlos Sarabando Bola, um Maior do nosso Município com uma vida de 75 anos verdadeiramente preenchida.
Carlos Sarabando nasceu a 20 de julho de 1939 na Gafanha da Nazaré. Oriundo de uma família numerosa, Carlos Sarabando concluiu o ensino básico e, com apenas dez anos foi trabalhar para uma marcenaria para ajudar os pais no sustento da família. Seguiu-se um trabalho nas obras, mas por pouco tempo.
Naquela altura, o sonho de Carlos Sarabando era ser mecânico. Em 1952, com apenas 13 anos de idade, foi trabalhar para a Metalomecânica, Lda., em Aveiro, desempenhando vários ofícios, desde a limpeza de peças vindas da fundição, até ao trabalho nos tornos mecânicos, como ajudante de torneiro. No início de 1954, Carlos Sarabando passou para o escritório da referida firma, onde iniciou a sua atividade de escriturário. Em agosto desse ano, foi transferido para a empresa de João Maria Vilarinho, onde ocupou a categoria de Chefe de Escritório estando ao serviço da empresa de pesca até 1980. 
Decidido a aprender ainda mais, Carlos Sarabando voltou aos estudos. Em 1956, já com 17 anos matriculou-se na Escola Comercial e Industrial de Aveiro e tirou o Curso Geral de Comércio. Em dezembro 1965 inscreveu-se como Técnico Oficial de Contas e exerceu a sua atividade em várias empresas da Região até 2012.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

O tempo do essencial

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias de sábado





1 Já Santo Agostinho se queixava: "Se ninguém me perguntar o que é o tempo, eu sei o que é, mas, se me perguntarem e eu quiser explicar, já não sei.” O tempo é um enigma. Se soubéssemos o que é, talvez tivéssemos resposta para a pergunta pelo que somos. Mas realmente, o passado já não é, o futuro ainda não é. E o presente? Quando queremos captá-lo, verdadeiramente ainda não é ou já não é, porque o presente passa, não dura. No entanto, é no presente que vivemos e somos. Só? Não. Porque somos a partir do que fomos, do passado, e na expectativa do futuro, de projectos. Há por vezes a ideia de que o tempo é uma espécie de corredor que se vai percorrendo. Mas não. O tempo é o modo como o ser finito, concretamente o ser humano, se vai realizando.
Qual é então a dimensão mais importante do tempo? Diríamos que é o passado, pois ninguém no-lo pode tirar: ninguém pode anular o ter sido. Dir-se-á que é o futuro, porque ainda não somos o que havemos de ser e é animados pela esperança que vivemos. Mas, afinal, é sempre no presente que vamos sendo. Temos, porém, dificuldade em viver no presente, como já Pascal se lamentava: "Nunca nos agarramos ao tempo presente", preocupados com o futuro ou dispersos com lembranças do passado; embora só o presente nos pertença verdadeiramente, "andamos erráticos por tempos que não são os nossos", passando o tempo na dispersão, o famoso divertissement pascaliano.

domingo, 4 de janeiro de 2015

Cortejo dos Reis, a festa de sempre

A nossa igreja passou a ser a Gruta de Belém

Abram-se as portas da igreja
Querem os pastores entrar
Para beijar o Menino
Qu’é Ele quem nos vem salvar

Virgem  Maria, Menino Jesus e S. José

Ao som do cântico “Abram-se as portas da igreja”, pastores, os primeiros a adorar o Menino na gruta de Belém, Reis Magos e seus séquitos, cantores, músicos e povo enchem a centenária igreja da Gafanha da Nazaré para beijar e adorar o filho da Virgem Maria, o nosso Salvador.
Há presentes para Nossa Senhora, que um pastor proclama como rainha. «A pequenez dos nossos dons é suprida pela boa vontade com que os trazemos», diz ele. E a pastora, dirigindo-se a Maria, oferece-lhe um cordeirinho de olhos doces, puro como o sorriso dos lábios da Virgem. E os Reis ofertam Oiro, Mirra e Incenso, próprio de um Príncipe, de um Homem e de Deus.
Nossa Senhora aceita em nome de seu filho adorado, com lágrimas de gratidão, os presentes que depuseram no seu regaço. E afirma: «Deus, que vos olha e lê nos vossos corações a fé que vos guiou, vos premiará como mereceis.»
O nosso prior, Padre Francisco Melo, frisou que Jesus é «a verdadeira estrela que nos ilumina e guia, que veio ao nosso encontro para ser a nossa paz». «A nossa igreja passou a ser para todos a gruta de Belém, onde podemos adorar o Deus-Menino; um Deus que se deixa tocar pelos nossos lábios e pelo nosso coração». E acrescentou: «É este Deus em que nós acreditamos que queremos dar ao mundo; um Deus que não é de guerras, nem de violências, nem de divisões.»

Postal Ilustrado — Boca da Barra

Miradouro e Boca da Barra

Este postal exibe a beleza da Boca da Barra de Aveiro vista do Forte da Barra, bem emoldurada pela paisagem circundante. Farol ao fundo, Canal de Mira por onde passou em 1920 o Desertas, que encalhou no mar da Costa Nova em 1918, Jardim Oudinot com tudo quanto tem de bom, e Porto de Pesca Costeira. E porventura, como homenagem à abertura da barra, que ocorreu em 3 de abril de 1808, este miradouro, que  ostenta um chafariz do cimo do qual, quando ligado a qualquer fonte, escorre água a que o sol e o vento emprestam tonalidade variegadas.
Em dias de entrada e saída de navios, não falta quem desfrute um panorama em permanente mutação, a que se associam turistas de perto e de longe que registam imagens do que os seus olhos podem contemplar.
Somos dos que com frequência visitam este miradouro, porque o que dali se vê anda sempre ao sabor da maré, com tudo o que isso implica.
Por vezes, há pescadores conhecedores das marés e das artes de ludibriar peixe do nosso mar. que é considerado do melhor do mundo. Daqui pode apreciar-se uma ilhota que separa as águas que vêm do mar e ao mar voltam, na enchente e na vazante, dando acesso à Ria de Aveiro, que se estende por vasta área, dando pão por várias formas a gentes de diversos concelhos, enquanto alimenta os setores turísticos, industriais e comerciais, ainda e constantemente à espera de empreendedores criativos e inovadores.


Fernando Martins

Velhas e novas escravaturas

Crónica de Frei Bento Domingues 

Frei Bento Domingues


«Bergoglio não esquece a teologia do Antigo (AT) e do Novo Testamento (NT) que fundamenta a defesa da pessoa, que tem valor, mas não tem preço. Mas não repousa nessa memória. Pensa nos trabalhadores e trabalhadoras, mesmo menores, escravizados nos mais diversos sectores, a nível formal e informal, desde o trabalho doméstico aos trabalhos agrícolas e industriais, tanto nos países em que não há legislação segundo os padrões internacionais, como naqueles em que há e não é cumprida.»

sábado, 3 de janeiro de 2015

O sobressalto de Herodes

Reflexão de Georgino Rocha


«Os magos visionários seriam hoje esta multidão de “peregrinos” que, no seu deambular, ainda têm forças para sonhar, pôr-se a caminho, correr riscos, ver naufragar expectativas, aguentar enganos, reanimar-se até alcançar o bem desejado. Mostram assim o valor da humanidade que os habita e da esperança confiante que a tudo se aventura e suporta.»

Cortejo dos Reis

Amanhã, domingo

Cena do Cortejo (foto do meu arquivo)


A Gafanha da Nazaré vai viver amanhã o Cortejo dos Reis, uma tradição secular que tem merecido a adesão do povo, crente e até não crente ou indiferente às questões da fé. É curioso este fenómeno que bem conheço e que está enraizado no coração de todos os gafanhões e ainda dos que adotaram esta terra como sua. Talvez os sociólogos e outros analistas sociais possam explicar tudo isto.
No fundo, o Cortejo, organizado desde sempre pela comunidade católica, representa a caminhada dos Reis Magos com seus séquitos, bem como dos pastores e do povo em geral, ao encontro do Deus-Menino acabado de nascer.
Durante o percurso, apresentam-se autos alusivos à natividade, nunca faltando a alegria de quantos acreditam no Menino que será, afinal, o Salvador anunciado pelos profetas, que quis dar um sinal de humanidade, humildade e  proximidade  a todos os homens e mulheres de boa vontade. Um Deus que se fez homem, que cresceu e viveu como qualquer um de nós e que morreu, crucificado, para nossa salvação.
No final do Cortejo, acontece o ansiado  encontro de todos os que, guiados pela estrela, desejaram beijar e adorar o Menino. Momento profundamente expressivo, direi mesmo marcante, para os que têm fé ou para os que, não a tendo, descobrem que o nascimento do Menino-Deus pode ser o primeiro passo para uma nova caminhada, para uma nova humanidade.

Fernando Martins


O tempo do essencial

Crónica de Anselmo Borges 
no DN de hoje

1 Já Santo Agostinho se queixava: "Se ninguém me perguntar o que é o tempo, eu sei o que é, mas, se me perguntarem e eu quiser explicar, já não sei." O tempo é um enigma. Se soubéssemos o que é, talvez tivéssemos resposta para a pergunta pelo que somos. Mas realmente, o passado já não é, o futuro ainda não é. E o presente? Quando queremos captá-lo, verdadeiramente ainda não é ou já não é, porque o presente passa, não dura. No entanto, é no presente que vivemos e somos.

Para ler segunda-feira no meu blogue

ATITUDE DOS MAGOS, EXEMPLO A SEGUIR

Reflexão de Georgino Rocha


O episódio dos Magos narrado por Mateus em estilo popular tem suporte histórico e alcance simbólico. Mt 2, 1-12. É uma maravilha! Apresenta o itinerário da fé cristã, recorrendo a personagens bíblicas e a citações conhecidas. Na pessoa dos Magos, destaca a importância da atenção à novidade dos sinais, a ousadia confiante de se pôr a caminho em busca do que o coração pressente, a coragem de suportar a dureza do percurso e de aguentar o peso das provações, a tenacidade de persistir pacientemente na viagem, apesar de não haver certezas do rumo tomado, por falta da estrela-guia, o entusiasmo discreto e alegre da chegada e do encontro.
A narração “lança mão” a uma série de verbos para realçar o mundo de emoções e de convicções surgidas nos cansados visitantes. A simplicidade e a pobreza não os desiludem. A sua atenção fixa-se no Menino e na sua Mãe. Por isso, entram, vêem, prostram-se e adoram, abrem os alforges e oferecem presentes, contemplam em silêncio e retiram-se discretamente, saboreando a serenidade e a alegria vivenciadas.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Doenças da Cúria, segundo o Papa Francisco

Vemos o argueiro no olho do vizinho, 
mas não vemos a trave que está no nosso





A doença da "patologia do poder" e do “sentir-se imortal”;
A doença do “trabalho excessivo, sem repouso para a meditação e interioridade”;
A doença da "fossilização mental e espiritual";
A doença do “excesso de planificação e do funcionalismo”;
A doença da “má coordenação”;
A doença do "Alzheimer espiritual”;
A doença da “rivalidade e da vanglória";
A doença da "esquizofrenia existencial";
A doença dos "rumores, mexericos, murmurações, má-língua";
A doença de "divinizar os chefes";
A doença da “indiferença para com os outros”;
A doença da “cara de enterro";
A doença da “acumulação de bens materiais”;
A doença dos "círculos fechados";
A doença do “mundanismo, do exibicionismo”.


Declaração de interesses: Aceito, humildemente, que também fui atingido pelas denúncias bombásticas do Papa Francisco. Não o reconhecer seria orgulho, no mínimo. Posto isto, vamos à reflexão. E a reflexão surge na sequência do que tenho lido e ouvido, isto é, ninguém se revê no grupo dos que na sala Clementina escutaram a mensagem natalícia do Papa, que era suposto ser uma mensagem cordial cheia de frases bonitas, semelhantes àquelas que todos (ou quase) trocámos nesta quadra.
Ora, o Papa, se falou diretamente para Cardeais, Arcebispos, Bispos e Monsenhores, entre outros dignitário, falou, também, indiretamente, para os cristão em geral, neles incluindo clérigos, consagrados e leigos, onde não faltam pecadores com aqueles atributos, que nem vale a pena repetir. 
Eu já li e reli a lista que o Papa Francisco elaborou na quadra natalícia, decerto com a intenção de chegar a toda a gente, porque sabia que a comunicação social não lhe ficaria indiferente.
Realmente, por aquilo que li e ouvi, o «Papa sem papas na língua», como lhe chamou Inês Pedrosa, tem andado na boca de todo o mundo, crente e não crente, com declarações de aplauso. Mais ténues, permitam-me que o diga, do lado dos católicos. E só referem, por sistema, o mau serviço da Cúria Romana, como fonte de todos os males. Dá a impressão que tudo está bem fora de Roma. Trata-se de ver o argueiro que está no olho do vizinho sem ver a trave que está no nosso.
É claro que o poder central, por mais visto, é tido como espelho de toda a Igreja Católica. E sendo assim, espera-se que o Papa consiga varrer o Vaticano da podridão que encontrou quando ali chegou, vindo do outro lado do mundo. Mas não será possível a conversão dos acusados? Não terão eles capacidade para se arrependerem? Ficamos à espera. 
Já agora, seria muito bom que a outros níveis se fizesse um exame de consciência profundo, na Igreja Católica e fora dela.

Fernando Martins

XLVIII DIA MUNDIAL DA PAZ – 1 de janeiro de 2015

Mensagem do Papa Francisco 



JÁ NÃO ESCRAVOS, MAS IRMÃOS

«Juntamente com esta causa ontológica – a rejeição da humanidade no outro –, há outras causas que concorrem para se explicar as formas actuais de escravatura. Entre elas, penso em primeiro lugar na pobreza, no subdesenvolvimento e na exclusão, especialmente quando os três se aliam com a falta de acesso à educação ou com uma realidade caracterizada por escassas, se não mesmo inexistentes, oportunidades de emprego. Não raro, as vítimas de tráfico e servidão são pessoas que procuravam uma forma de sair da condição de pobreza extrema e, dando crédito a falsas promessas de trabalho, caíram nas mãos das redes criminosas que gerem o tráfico de seres humanos. Estas redes utilizam habilmente as tecnologias informáticas modernas para atrair jovens e adolescentes de todos os cantos do mundo.
Entre as causas da escravatura, deve ser incluída também a corrupção daqueles que, para enriquecer, estão dispostos a tudo. Na realidade, a servidão e o tráfico das pessoas humanas requerem uma cumplicidade que muitas vezes passa através da corrupção dos intermediários, de alguns membros das forças da polícia, de outros actores do Estado ou de variadas instituições, civis e militares. «Isto acontece quando, no centro de um sistema económico, está o deus dinheiro, e não o homem, a pessoa humana. Sim, no centro de cada sistema social ou económico, deve estar a pessoa, imagem de Deus, criada para que fosse o dominador do universo. Quando a pessoa é deslocada e chega o deus dinheiro, dá-se esta inversão de valores».»

Ler toda a Mensagem aqui

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Terra Nova com novo rosto



A Rádio Terra Nova entra em 2015 com novo rosto e novas rubricas. As afinações estão a ser aplicadas, para melhor servir os ouvintes e visitantes, espalhados por todo o mundo. O grafismo, sóbrio e bem arrumado, desafia-nos a navegar por diversos espaços, sendo certo que, com atualizações permanentes, a Terra Nova se torna numa mais-valia a nível da informação e entretenimento para todos nós.
Damos os parabéns aos seus dirigentes, trabalhadores, ouvintes e visitantes, bem como aos que conceberam o novo grafismo da RádioTerra Nova

Um Ano Novo Muito Melhor



Um ano novo melhor do que o defunto 2014 é o meu desejo para todos quantos me rodeiam, incluindo amigos de perto e de longe com quem comungo amizades. Melhor que 2014, pois claro.
Cada ano que começa é sempre uma surpresa que nos envolve na vida como a lotaria, para quem joga. Os jogadores apostam, quantas vezes teimosamente, mas poucos  acertam. Começamos 2015 na esperança de que a vida nos sorria com paz e fraternidade, alegrias e saúde, mas raramente nos acontece em plenitude o que sonhamos. Urge, pois, aceitar o que a roda da vida nos dá no dia a dia, na certeza de que as adversidades darão lugar ao bem-estar, porque o desânimo não pode fazer parte dos nossos vocabulários.
Com estes propósitos, formulo votos de que todos nos estimulemos uns aos outros na luta contra eventuais pessimismos que nos possam atacar na caminhada rumo a futuros mais risonhos.
Bom Ano para todos.

Fernando Martins

    

A BÊNÇÃO DE DEUS QUE NOS FAÇA IRMÃOS

Reflexão de Georgino Rocha 
para a missa de Santa Maria, Mãe de Deus



Os pastores acorrem ao “portal de Belém”, o curral onde nasce Jesus, e encontram um cenário absolutamente normal para uma família “em trânsito”. - Lc 2, 16-21. Observam o recheio envolvente e o seu olhar concentra-se nas pessoas e nas atitudes. 
Em Jesus, Deus abençoa-nos, isto é, manifesta e diz o bem que nos quer, a vida que nos deseja, o tempo que nos oferece, o futuro que nos prepara, a aliança que connosco celebra. E quem acolhe esta bênção pode abençoar porque reconhece que Deus está na origem de todo o bem; que está presente nas pessoas e nas famílias; que destina a todos e a cada um os bens criados e transformados pela tecnologia. Abençoar alguém é desejar-lhe que tome consciência da presença de Deus na vida, na família, nos projectos, nos sonhos em realização.
No início do Ano Novo, que o bom Deus nos dê a sua bênção, olhe com bondade o nosso coração e lhe conceda sabedoria para entender a vida como doação confiante. Que este ano não nasça envelhecido, mas surja com gérmenes de esperança a brotar em todos e encontre pessoas à altura do tamanho dos desafios com que nos debatemos e reclamam solução urgente em nome da dignidade humana. A exemplo de Maria, a mãe de Jesus.
"Já não escravos, mas irmãos" - clama o Papa Francisco na sua mensagem para o Dia Mundial da Paz, 2015. E com ele, todos os que escutam as aspirações profundas do coração humano, sentem a beleza da dignidade e da autonomia e verificam "o flagelo generalizado da exploração do homem pelo homem, flagelo que "fere gravemente a vida de comunhão e a vocação a tecer relações interpessoais marcadas pelo respeito, a justiça e a caridade. Tal fenómeno abominável, que leva a espezinhar os direitos fundamentais do outro e a aniquilar a sua liberdade e dignidade... Já não escravos, mas livres".

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Catálogo das doenças da Cúria

Crónica de Anselmo Borges
no Diário de Notícias de sábado
  
Estou convencido de que nunca pensaram ter de ouvir o que ouviram. Estavam os cardeais, bispos, monsenhores na bela Sala Clementina, para a saudação natalícia papal. A Cúria — governo e administração central da Igreja — esperaria palavras diplomáticas, alusivas à data. Mas o Papa Francisco veio com o Evangelho, num discurso profético e arrasador.

A. Como seria belo, começou, "pensar que a Cúria romana é um pequeno modelo da Igreja". No entanto, "como todo o corpo humano, está exposta à doença, ao mau funcionamento". E enumerou, em tom duro, algumas destas doenças da Cúria. 
1. Tudo gira à volta da "patologia do poder". Assim, a primeira doença é a de "sentir-se imortal, indispensável", que leva ao narcisismo e a considerar-se superior a todos e não ao serviço de todos. Por isso, aconselhou uma cura de humildade: passar por um cemitério e ver os nomes de tantos que também pensaram que eram imortais e indispensáveis. "Uma Cúria que não se autocrítica, que não procura melhorar é um corpo doente". 
2. Outra doença é o "martismo". No Evangelho, há duas irmãs: Marta e Maria e, enquanto esta escuta Jesus, Marta corre e atarefa-se sem descanso. O martismo é, pois, o trabalho excessivo, no stress, na agitação, sem repouso para a meditação e interioridade. 
3. Há também a "fossilização mental e espiritual", que leva à perda da sensibilidade necessária para chorar com os que choram e alegrar-se com os que se alegram. 
4. Lá está ainda a doença do excesso de planificação e do funcionalismo, que conduz a posicionamentos estáticos e imutáveis, com a pretensão de domesticar o Espírito. 
5. A doença da má coordenação, perdendo o espírito de colaboração e equipa. 
6. A doença do "Alzheimer espiritual": perdeu-se a memória do encontro com Jesus e com Deus e vive-se então na dependência de concepções imaginárias, das próprias paixões, caprichos e manias. 
7. Lá estão "a rivalidade e a vanglória", transformando-se a aparência, as honras e as medalhas honoríficas no primeiro objectivo da vida. 
8. A doença da "esquizofrenia existencial", que é a de "quem vive uma vida dupla, fruto da hipocrisia típica do medíocre e do vazio espiritual que títulos académicos não podem preencher". Doença que afecta sobretudo quem se limita às coisas burocráticas e perde o contacto pastoral. 
9. A doença dos "rumores, mexericos, murmurações, má-língua", que pode levar ao "homicídio a sangue frio". Cuidado com "o terrorismo dos rumores, do diz-se!". 
10. A doença de "divinizar os chefes", própria de quem idolatra os superiores: "são vítimas do carreirismo e do oportunismo". 
11. A doença da indiferença para com os outros. 
12. A "doença da cara de funeral": são pessoas" bruscas e grosseiras", sem alegria nem delicadeza. 
13. A doença da acumulação de bens materiais, querendo assim preencher "um vazio existencial no coração". 
14. A doença dos "círculos fechados", com o perigo de cortar a relação com o Corpo da Igreja e até com o próprio Cristo. 15. A última é "a doença do mundanismo, do exibicionismo", transformando o serviço em poder. 



B. É claro que "estas doenças e tentações são naturalmente um perigo para cada cristão e para cada cúria (diocesana), comunidade, paróquia, movimento eclesial, e podem ferir tanto a nível individual como comunitário", concluiu. Aliás, podemos acrescentar que as tentações de sentimento de imortalidade, Alzheimer espiritual, esquizofrenia existencial, exibicionismo, materialismo, vaidade, nepotismo, martismo... são tentações de governantes e cidadãos em geral, em toda a parte. Mas, aqui, sem adoçar as palavras, Francisco dirigiu-se directamente à Cúria romana, que não quer como corte e que não reagiu entusiasta ao discurso, apenas com palmas tímidas e frouxas. Possivelmente, a Cúria ao longo dos tempos terá feito mais ateus e provocado mais abandonos da Igreja do que Marx, Nietzsche, Freud e outros pensadores ateus juntos. 

Recentemente, o historiador da Igreja, Andrea Riccardi, fundador da célebre Comunidade de Santo Egídio, ex-ministro da Itália e amigo de Francisco, advertiu que "o Papa tem muita oposição dentro e fora da Cúria, e sabe-o". Francisco está a operar uma revolução na Igreja e tem consciência de que há maquinações no sentido de um restauracionismo pré-conciliar. Mas também sabe, como acrescentou Riccardi, que, sem o Concílio Vaticano II, "a Igreja teria naufragado e seria uma pequena comunidade com um grande passado". "A Igreja errou ao apresentar-se como o partido dos valores tradicionais", e "aceitar o desafio de ser Igreja-povo é crucial".
Francisco é consciente de que, sem reformas estruturais na Igreja, corre o risco de, desaparecendo ele, o seu pontificado vir a ser considerado como um simples parêntesis. Por isso, invocou a urgência de conversão da Cúria. Fê-lo, à luz do Evangelho, frente à Cúria e sabendo que a maior parte da Igreja e da opinião pública mundial está do seu lado.

domingo, 28 de dezembro de 2014

Um milénio entre a excomunhão e a bênção

Crónica de Frei  Bento Domingues 



1. Segundo a cronologia, devia ter deixado para hoje o que escrevi no Domingo passado. Mas assim é melhor. Vamos, então, à fonte donde nasceram as questões que os jornalistas levantaram ao Papa, no voo de regresso da Turquia.

Foi uma peregrinação que durou três dias cheios de acontecimentos, cuja significação profunda e decisiva para o futuro passou quase despercebida. Começo pelo contraste complementar entre as declarações fervorosas sobre o Islão – a não confundir com as organizações que o invocam para matar em nome de Deus - e o apelo veemente aos dirigentes religiosos e políticos muçulmanos para que se unam na denúncia clara e pública desses crimes e ameaças.
A Turquia é a fronteira de muitas fronteiras políticas, religiosas e cristãs. Bergoglio não foi lá dar lições a ninguém. Foi encorajar os que procuram caminhos de paz no Medio Oriente, intensificar o diálogo inter-religioso e revigorar a proximidade católica com o mundo cristão da Ortodoxia.
Era conduzido pelo desejo de congregar as energias de todas as pessoas de boa vontade, daquelas que vêem o mundo a partir do rosto das vítimas da violência, dos pobres e dos excluídos e que não aceitam esta vergonha como uma fatalidade.

NOVA LUZ PARA A FAMÍLIA

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Domingo da Sagrada Família



Duas vezes, ouve José a voz do enviado de Deus que lhe diz: “Levanta-te, toma o Menino e sua Mãe”. Mt 2, 13-15. 19-23. Uma, para fugir para o Egipto. Outra, para regressar às terras de Israel. A primeira, porque o Menino corria perigo de vida. A segunda porque Herodes, o perseguidor, havia morrido. E José acolhe prontamente a ordem recebida e, com obediência confiante, dá-lhe seguimento.
A fuga e o regresso, facto com algum fundo histórico, mas sobretudo simbólico e teológico, são aproveitados por Mateus para fazer uma excelente catequese sobre Jesus e a sua família. José, o esposo de Maria; Maria, a Mãe do Menino; Jesus, o filho de Deus, todos unidos pelo mais fiel amor, pela mais profunda comunhão, pelo maior desejo de fazer o que o enviado de Deus havia anunciado como promessa e, agora, se realiza neles e por eles. 
Quem não admira estes valores?! São indispensáveis a qualquer família: ser berço da vida e escola da educação, espaço privilegiado de apoio mútuo e de crescimento de todos, lar de abrigo carinhoso e força motriz de sonhos sempre novos a realizar, unidade básica da vida em sociedade a humanizar e igreja doméstica a edificar, prenda "natalícia" com que Deus quer presentear-nos. E quem não se sente impelido a passar da admiração à imitação?! E a participar no debate em curso para preparar o Sínodo que o Papa Francisco convocou para Outubro de 2015 e que trata da família e das novas situações em que se encontra?!
José toma o Menino e sua Mãe. Bela realidade que nos deixa encantados. Toda a criança tem pais conhecidos, sobretudo tem mãe, a sua mãe. A sua e não outra. A experiência de relação e de pertença é estruturante do ser humano. Sem esta, por melhores que sejam as substituições, fica empobrecida a natureza filial e definhada a ternura materna. Feliz a família que sabe acolher os filhos, criar-lhes relações de apoio estabilizador, acompanhá-los no desabrochar da verdade e dar-lhes alento às “asas” da liberdade para voarem, mantendo acessível e encorajante o rumo da vida digna.

sábado, 27 de dezembro de 2014

Catálogo das doenças da Cúria

Crónica de Anselmo Borges no DN


«Estou convencido de que nunca pensaram ter de ouvir o que ouviram. Estavam os cardeais, bispos, monsenhores na bela Sala Clementina, para a saudação natalícia papal. A Cúria - governo e administração central da Igreja - esperaria palavras diplomáticas, alusivas à data. Mas o Papa Francisco veio com o Evangelho, num discurso profético e arrasador.

A. Como seria belo, começou, "pensar que a Cúria romana é um pequeno modelo da Igreja". No entanto, "como todo o corpo humano, está exposta à doença, ao mau funcionamento". E enumerou, em tom duro, algumas destas doenças da Cúria.»

Psrs ler na íntegra na segunda-feira

Votos de Boas Festas

Fernando e Lita


Graças às novas tecnologias da comunicação, ano a ano renovadas e multiplicadas, nunca recebi tantas e tão expressivas mensagens de Boas Festas como nesta quadra. A resposta personalizada a cada amigo, como seria justo e compreensível, tornou-se impossível. Ainda tentei mas desisti. Faço-o por esta forma, agradecendo a gentileza dos contactos e dos votos, na esperança de que todos possam usufruir de um 2015 muito melhor do que o triste 2014 que está prestes a passar à história. 

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Um Papa sem papas na língua

O discurso do Papa Francisco
foi o único projecto político forte
e desassombrado
que ouvi nos últimos anos

Inês Pedrosa




Publicado no semanário Sol

- Posted using BlogPress from my iPad

Etiquetas

A Alegria do Amor A. M. Pires Cabral Abbé Pierre Abel Resende Abraham Lincoln Abu Dhabi Acácio Catarino Adelino Aires Adérito Tomé Adília Lopes Adolfo Roque Adolfo Suárez Adriano Miranda Adriano Moreira Afonso Henrique Afonso Lopes Vieira Afonso Reis Cabral Afonso Rocha Agostinho da Silva Agustina Bessa-Luís Aida Martins Aida Viegas Aires do Nascimento Alan McFadyen Albert Camus Albert Einstein Albert Schweitzer Alberto Caeiro Alberto Martins Alberto Souto Albufeira Alçada Baptista Alcobaça Alda Casqueira Aldeia da Luz Aldeia Global Alentejo Alexander Bell Alexander Von Humboldt Alexandra Lucas Coelho Alexandre Cruz Alexandre Dumas Alexandre Herculano Alexandre Mello Alexandre Nascimento Alexandre O'Neill Alexandre O’Neill Alexandrina Cordeiro Alfred de Vigny Alfredo Ferreira da Silva Algarve Almada Negreiros Almeida Garrett Álvaro de Campos Álvaro Garrido Álvaro Guimarães Álvaro Teixeira Lopes Alves Barbosa Alves Redol Amadeu de Sousa Amadeu Souza Cardoso Amália Rodrigues Amarante Amaro Neves Amazónia Amélia Fernandes América Latina Amorosa Oliveira Ana Arneira Ana Dulce Ana Luísa Amaral Ana Maria Lopes Ana Paula Vitorino Ana Rita Ribau Ana Sullivan Ana Vicente Ana Vidovic Anabela Capucho André Vieira Andrea Riccardi Andrea Wulf Andreia Hall Andrés Torres Queiruga Ângelo Ribau Ângelo Valente Angola Angra de Heroísmo Angra do Heroísmo Aníbal Sarabando Bola Anselmo Borges Antero de Quental Anthony Bourdin Antoni Gaudí Antónia Rodrigues António Francisco António Marcelino António Moiteiro António Alçada Baptista António Aleixo António Amador António Araújo António Arnaut António Arroio António Augusto Afonso António Barreto António Campos Graça António Capão António Carneiro António Christo António Cirino António Colaço António Conceição António Correia d’Oliveira António Correia de Oliveira António Costa António Couto António Damásio António Feijó António Feio António Fernandes António Ferreira Gomes António Francisco António Francisco dos Santos António Franco Alexandre António Gandarinho António Gedeão António Guerreiro António Guterres António José Seguro António Lau António Lobo Antunes António Manuel Couto Viana António Marcelino António Marques da Silva António Marto António Marujo António Mega Ferreira António Moiteiro António Morais António Neves António Nobre António Pascoal António Pinho António Ramos Rosa António Rego António Rodrigues António Santos Antonio Tabucchi António Vieira António Vítor Carvalho António Vitorino Aquilino Ribeiro Arada Ares da Gafanha Ares da Primavera Ares de Festa Ares de Inverno Ares de Moçambique Ares de Outono Ares de Primavera Ares de verão ARES DO INVERNO ARES DO OUTONO Ares do Verão Arestal Arganil Argentina Argus Ariel Álvarez Aristides Sousa Mendes Aristóteles Armando Cravo Armando Ferraz Armando França Armando Grilo Armando Lourenço Martins Armando Regala Armando Tavares da Silva Arménio Pires Dias Arminda Ribau Arrais Ançã Artur Agostinho Artur Ferreira Sardo Artur Portela Ary dos Santos Ascêncio de Freitas Augusto Gil Augusto Lopes Augusto Santos Silva Augusto Semedo Austen Ivereigh Av. José Estêvão Avanca Aveiro B.B. King Babe Babel Baltasar Casqueira Bárbara Cartagena Bárbara Reis Barra Barra de Aveiro Barra de Mira Bartolomeu dos Mártires Basílio de Oliveira Beatriz Martins Beatriz R. Antunes Beijamim Mónica Beira-Mar Belinha Belmiro de Azevedo Belmiro Fernandes Pereira Belmonte Benjamin Franklin Bento Domingues Bento XVI Bernardo Domingues Bernardo Santareno Bertrand Bertrand Russell Bestida Betânia Betty Friedan Bin Laden Bismarck Boassas Boavista Boca da Barra Bocaccio Bocage Braga da Cruz Bragança-Miranda Bratislava Bruce Springsteen Bruto da Costa Bunheiro Bussaco Butão Cabral do Nascimento Camilo Castelo Branco Cândido Teles Cardeal Cardijn Cardoso Ferreira Carla Hilário de Almeida Quevedo Carlos Alberto Pereira Carlos Anastácio Carlos Azevedo Carlos Borrego Carlos Candal Carlos Coelho Carlos Daniel Carlos Drummond de Andrade Carlos Duarte Carlos Fiolhais Carlos Isabel Carlos João Correia Carlos Matos Carlos Mester Carlos Nascimento Carlos Nunes Carlos Paião Carlos Pinto Coelho Carlos Rocha Carlos Roeder Carlos Sarabando Bola Carlos Teixeira Carmelitas Carmelo de Aveiro Carreira da Neves Casimiro Madaíl Castelo da Gafanha Castelo de Pombal Castro de Carvalhelhos Catalunha Catitinha Cavaco Silva Caves Aliança Cecília Sacramento Celso Santos César Fernandes Cesário Verde Chaimite Charles de Gaulle Charles Dickens Charlie Hebdo Charlot Chave Chaves Claudete Albino Cláudia Ribau Conceição Serrão Confraria do Bacalhau Confraria dos Ovos Moles Confraria Gastronómica do Bacalhau Confúcio Congar Conímbriga Coreia do Norte Coreia do Sul Corvo Costa Nova Couto Esteves Cristianísmo Cristiano Ronaldo Cristina Lopes Cristo Cristo Negro Cristo Rei Cristo Ressuscitado D. Afonso Henriques D. António Couto D. António Francisco D. António Francisco dos Santos D. António Marcelino D. António Moiteiro D. Carlos Azevedo D. Carlos I D. Dinis D. Duarte D. Eurico Dias Nogueira D. Hélder Câmara D. João Evangelista D. José Policarpo D. Júlio Tavares Rebimbas D. Manuel Clemente D. Manuel de Almeida Trindade D. Manuel II D. Nuno D. Trump D.Nuno Álvares Pereira Dalai Lama Dalila Balekjian Daniel Faria Daniel Gonçalves Daniel Jonas Daniel Ortega Daniel Rodrigues Daniel Ruivo Daniel Serrão Daniela Leitão Darwin David Lopes Ramos David Marçal David Mourão-Ferreira David Quammen Del Bosque Delacroix Delmar Conde Demóstenes

Arquivo do blogue