quinta-feira, 8 de julho de 2010

Centro Cultural é obra bonita


O Centro Cultural da Gafanha da Nazaré é uma obra bonita e mais bonita se tornará quando começar a laborar em pleno, com espectáculos, exposições, tertúlias, conferências, teatro e encontros de convívio. A programação fica integrada no plano municipal e tudo se conjuga para que o Centro Cultural passe a ter vida nova. Assim será se os gafanhões souberem tirar partido desta estrutura, da responsabilidade da Câmara Municipal de Ílhavo.

Férias em tempo de crise


Ano do Centenário

Penso que todos os gafanhões já sabem que estamos a viver o ano do centenário. A nossa freguesia completa, portanto, 100 anos de vida. Uma vida cheia de realizações, projectos, anseios, sonhos. Mas quem sabe disso? Esta será uma excelente oportunidade para descobrirmos o nosso passado, para olharmos o presente e para projectarmos o futuro.
A nossa Paróquia, a nossa Junta de Freguesia e a Câmara Municipal de Ílhavo, numa parceria bem conseguida, conceberam uma programação a condizer com os festejos que todos devemos a nós próprios e a quem nos visita. As festas, os espectáculos, a arte, a cultura, a história e as estórias das nossas gentes vão estar à nossa disposição, sobretudo nestas férias.
E se é assim tão importante viver o centenário da nossa terra, então só temos uma coisa a fazer: ficar por cá, colher informações, participar no que nos vai ser oferecido e participar, com alegria e em solidariedade.



“O Português Egas Moniz” visto por Pacheco Pereira

Em Avanca, amanhã, às 21.30 horas

“O Português Egas Moniz” vai ser o tema da conversa informal em ambiente de café, com o deputado Pacheco Pereira, que irá decorrer no dia 9 de Julho, a partir das 21h30, na Sala do Prémio Nobel da Medicina, na Casa do Marinheiro / Casa Museu Egas Moniz, em Avanca, numa iniciativa do Espaço Ciência resultante da parceria entre a Câmara Municipal de Estarreja e a Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro.

Tudo descartável, tudo rápido, tudo sem incomodar



Trilogia dos tempos modernos

António Marcelino

«A educação, processo relacional, visa o crescimento harmónico da pessoa e capacita-a para a vida em sociedade. Se tal processo estiver viciado, nem teremos pessoas equilibradas e responsáveis, nem sociedade humana apetecível. Teremos uma geração de caídos nas valetas da vida e uma sociedade de inúteis perigosos, quando não de feras, que matam para poder roer o seu osso.»

Museu de Ílhavo: até 14 de Agosto


Sala de Exposições Temporárias, até 14 de Agosto

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Por um golo, solta-se o testo da panela


O QUE UM GOLO PODE REVELAR

Pronto. Lá terminou o sonho de ouro e recomeçou o pesadelo das desilusões. Parece que a vida tem a duração de noventa minutos, tantos quantos os de um desafio de futebol, ou que fica mais alto quem se habitua a andar no bico dos pés.
Por um golo, solta-se o testo da panela, a fervura da desilusão tanto queima como gela, os ódios ocultos vêm ao de cima, os sorrisos de conveniência esvaem-se com um sopro. Discute-se tudo, aventam-se profecias de desgraça, catalogam-se “criminosos”, cruzam-se os braços de desânimo e de revolta.
Ao que nós chegamos! Parece que, na vida, só têm lugar os vitoriosos e que perder é sinónimo de desgraça e morte antecipada.
Voltamos à barbárie romana: “Pão e jogos!” Custe o que custar. O resto não interessa.
Os homens do dinheiro desvalorizam quem não produz dinheiro. Os homens do circo só querem êxitos e vitórias, nem que tenha de se fazer das pessoas, animais submissos.
Porém, perder e ganhar é o ritmo de uma vida equilibrada, tal como a natureza nos ensina. A folha que cai ou a flor que murcha avivam sempre a esperança da primavera que chegará a seu tempo. A árvore com raízes vivas, ainda que descarnada e feia, está bem viva.
As pessoas não morrem com as derrotas, nem ficam eternos vencedores porque uma vez venceram. Rico não é o que tem muito dinheiro, mas o que tem dignidade e sabe comportar-se, como pessoa séria e sã, nos êxitos e nos fracassos que a vida traz.
O Mundial de Futebol é mais um livro aberto com páginas cheias de lições. Haja quem, sem preconceitos e sem cores de clubes rivais, as saiba ler e aplicar.
 
António Marcelino

Monumentos da Gafanha da Nazaré

Veja aqui um monumento da Gafanha da Nazaré.

Ria de Aveiro: Ainda há coisas maravilhosas para ver


António Vilarinho na primeira pessoa:

A MINHA VIDA É A RIA

 

«Gosto da ria, quer como distracção quer como pescador; a pesca distrai-me, lava-me a cabeça, esqueço-me de tudo, principalmente quando há peixe. E quando não há, rapidamente venho embora, em especial quando há nortadas.
Durante a minha vida profissional, a ria era para quando podia, e no Verão ia com a família, aos fins-de-semana,  e pescava quando dava para isso. Depois, quando passei à reforma, a minha vida é a ria…
Na ria, as paisagens são diferentes, principalmente na zona das ilhas e nos canais mais pequenos, muitos dos quais estão assoreados; mas é um passeio completamente diferente: saímos daqui, passamos por S. Jacinto, Carregal, Moranzel, Pousada da Ria... até à Torreira.
Ainda há coisas maravilhosas para ver, apesar dos assoreamentos: as ilhas, a água com tonalidades lindíssimas, quando está transparente, e a vegetação. Também se podem apanhar uns burriés, que começam a ser uma saudade aqui na zona, nos sítios onde eram habituais. Ainda as caniças, o moliço, os buracos das navalhas, tudo isso é um mundo; e só na ria esse mundo se vê.»


terça-feira, 6 de julho de 2010

Associação Náutica e Recreativa da Gafanha da Nazaré


A ria é um mundo 
e só na ria esse mundo se vê


A Associação Náutica e Recreativa da Gafanha da Nazaré (ANRGN), com vida activa desde a sua constituição, em 11 de Novembro de 1996, tem presentemente 162 associados, mas apenas 72 têm lugar na água e 74 em terra. Há, ainda, os que possuem barcos que guardam em suas casas e que utilizam na associação os seus direitos de sócios, quando desejam navegar na laguna.
Quem olha para o parqueamento dos barcos, na água e em terra, percebe facilmente que o espaço está completamente esgotado. «Não há hipótese de ampliar ou alargar as zonas de estacionamento; talvez debaixo da ponte, mas já pedimos à APA (Administração do Porto de Aveiro) para retirar o monte de terra que ali ficou com as obras, para podermos estacionar 30 ou 40 viaturas, levando ao desenvolvimento da associação, mas até hoje não sentimos o acolhimento dos responsáveis portuários, que superintendem neste sector», afirmou António Vilarinho, um dos fundadores e presidente a direcção da ANRGN.

Sabe-se como se lança um rastilho como meia notícia

«Também vos quereis ir embora?» (João 6,60)

António Rego

Sabe-se como se lança um rastilho como meia notícia que a pressa dos media engole de imediato e joga para o papel ou para a informação em linha, ou mesmo nas redes sociais para ser o primeiro a anunciar

Não estão fáceis os tempos para a Igreja. Todos os dias vão surgindo novas notícias de escândalos, processos, condenações, abusos. Caem precipitadamente nas agências e são por vezes claras, directas, apesar de desagradáveis para os católicos. Outras são falsas embrulhadas em meias verdades e com uma interpretação claramente enviesada, sempre com o dedo condenatório para membros do clero em diversos graus de responsabilidade na condução da Igreja a nível local ou universal. Nada nos espanta: nem os factos, nem a maneira como são descritos, distorcidos, dramatizados, sendo, quantas vezes, opinião antes de serem acontecimento. Isto não se passa apenas com a Igreja, mas com todos que estão alguns centímetros acima da grande multidão anónima e que, por via da visibilidade, colocados em cadafalso de julgamento e forca. Que um dia possivelmente foi trono de glória e ovação do mesmo povo anónimo e aparentemente inocente.

Escola de Música Gafanhense

Quer conhecer a Escola de Música Gafanhense? Pode ver aqui.

Rua Padre Américo na Gafanha da Nazaré

A Rua Padre Américo fica na Marinha Velha. Começa na rua Júlio Dinis e estende-se até à Mata da Gafanha, depois de atravessar várias ruas. Uma delas, a maior e mais antiga, é a São Francisco Xavier, que nos liga à Gafanha da Encarnação.
A Rua Padre Américo é a que serve a Escola da Marinha Velha e está ladeada de casas, umas antigas e outras mais modernas. Pelo casario, qualquer pessoa minimamente culta fica a poder comparar o nível de vida das pessoas de agora com o das de há meio século. É um belo exercício de imaginação e de história, pelas conclusões que podem ser tiradas.

Deus é feio ou é belo?

Deus é feio ou é belo?... Boa pergunta para um dia bonito como o de hoje. E já agora, antes de dar uma resposta, talvez valha a pena ler isto. Ou então fique simplesmente com a sua ideia.

domingo, 4 de julho de 2010

Férias em tempo de crise


As nossas praias asseadas


As praias da Costa Nova e da Barra, as nossas praias, são das melhores da região centro. Quiçá do país todo. Mas, apesar disso, não falta quem saia para umas praiazitas de areias negras, com meia dúzia de pessoas a ocuparem o espaço e onde não há nada de importante para usufruir.
As nossas não são assim. Há areais a perder de vista, infra-estruturas que nunca mais acabam, gente simpática que nos acolhe como familiares, jardins que nos dão o fresquinho dos verdes.
A Barra, com areais para jovens e para menos jovens, com barcos e barquinhos que entram e saem e nos levam a sonhar, estabelecimentos para todos os desejos, com o farol a oferecer-nos vistas deslumbrantes.
O mesmo se diga da Costa Nova. Para além do areal, para quem aprecia realmente o mar, tem uma marginal de que poucas estâncias balneares se podem orgulhar, ali com a ria a nossos pés. E os barquinhos à vela, e os pescadores com peixe fresco para as caldeiradas, e os campos de jogos. E que mais meu Deus! E tantos que viram as costas ao que é nosso e vão, ceguinhos, para outros sítios, só para poderem dizer que fizeram férias em tom diferente ou exótico.

FM

Maria José Santana escreve hoje no PÚBLICO sobre os OVOS-MOLES de Aveiro


A doce tentação de Aveiro já tem selo de qualidade

Os ovos-moles de Aveiro há muito que são a imagem de marca da cidade da ria e, agora, passaram a ser também o primeiro produto de doçaria a ser certificado em Portugal. Por Maria José Santana (texto) e Paulo Pimenta (foto)

Leia todo  o texto aqui

OÚBLICO: Bento Domingues escreve sobre as raízes imortais da alegria

PÚBLICO: Maria do Carmo Vieira traça um quadro negro do ensino do Português

Lembranças da Obra da Providência

Pode ler aqui a estória do bebé que nasceu no meu automóvel... já lá vão muitos anos! São estórias que não esquecem...

Férias: coreografia interior


A possibilidade de reencontrar a vida

José Tolentino Mendonça

Este vaivém que julho e agosto introduzem (com viagens mais próximas ou longas, tráfegos de vária ordem, alterações ao quadro de vida corrente…) constitui, para lá de tudo o mais, uma espécie de coreografia interior. Dir-se-ia que a própria vida solicita que a escutemos de outra forma. De facto é disso que se trata, mesmo que se não diga. É com esse imperativo que cada um de nós, mais explícita ou implicitamente, luta: a necessidade irresistível de reencontrar a vida na sua forma pura.
Se a linha azul do mar tanto nos seduz é também porque essa imensidão nos lembra o nosso verdadeiro horizonte. Se subimos aos altos montes é porque na visão clara que aí se alcança do real, nessa visão resplandecente e sem cesuras, reconhecemos parte importante de um apelo mais íntimo. Se buscamos outras cidades (e nessas cidades uma catedral, um museu, um testemunho de beleza, um não sei quê…) é também perseguindo uma geografia interior. Se simplesmente investimos numa dilatada experiência do tempo (refeições demoradas, conversas que se alongam, visitas e encontros) é porque a gratuidade, e só ela, nos dá o sabor adiado da própria existência.

Ler mais aqui


TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 191

PELO QUINTAL ALÉM – 28


 
A ROSA SILVESTRE

A
minha Madrinha Rosa e
Rosa Salsa

Caríssima/o:
a. É daquelas plantas a que não se dá importância a não ser quando flagelados pelos seus espinhos. Contudo, longe disso: as flores, na arcada do nosso quintal, pareciam agitadas com vontade de que nelas reparássemos. E que bonitas estavam! Mais à frente uma outra moita num cômoro também a desafiar-nos...

e. Pelos carreiros do nosso canto só dávamos por elas quando, dissimulando-nos no escondidoiro nos provocavam dores horríveis nos pés descalços... Como podíamos ficar amigos se, com os nossos gritos, nos localizavam e agarravam!

i. Planta curiosa conhecida por vários nomes: rosa-silvestre, rosa-brava, rosa-canina, rosa-de-cão, rosa-mosqueta, rosa-selvagem, rosa-primitiva, silva-macha, silvão.
É uma espécie de rosa selvagem, com poucas pétalas, muito resistente e exótica. Não tem aquela beleza característica da rosa tradicional, mas possui o vigor que só os seres selvagens apresentam. A rosa-silvestre é realmente silvestre...
As suas longas hastes, ora direitas ora ondulantes , são cobertas de picos recurvados. As flores (brancas, rosas ou rosadas), geralmente com cinco sépalas lobadas, chegam a ter um intenso perfume, doce e incomum.

o. Apesar de não mais nos recordarmos que dos seus aguçados picos, dizem que é uma óptima planta medicinal para tratar constipações, gripes e resfriados, devido ao seu alto teor de vitamina C. Mas não só: ainda para feridas, úlceras dérmicas, estomatite e faringite.
O chá de cinórrodo, fruto da silva-macha, esmagado e picado, é rico em vitamina C e diz-se que pode ajudar a evitar constipações e infecções. Se juntar a este chá umas gotas de sumo de limão ou um pedaço da casca de limão, realça o seu sabor suave.

Universidade Sénior: Jantar de encerramento






Hoje, no Hotel de Ílhavo, é que encerrou, verdadeiramente,  o ano académico da Universidade Sénior da Fundação Prior Sardo. Jantar com sabores conhecidos e agradáveis, onde dirigentes, docentes e discentes degustaram creme de legumes, bacalhau gratinado com brócolos e broa, lombo de porco assado com molho de cogumelos, mais doces e frutas, café e vinhos. Tudo muito bem acompanhado com alegria e convívio a condizer.
O encerramento do ano académico, à mesa, retrata,  sem dúvida, o que aconteceu durante o tempo de troca de saberes, com a partilha de ideias, experiências e vivências, mas também com a conquista e valorização de amizades. Uma Universidade Sénior é isso mesmo, já que não há nem pode haver avaliação de conhecimentos adquiridos e muito menos compromissos que exijam tarefas desgastantes e exigentes sob o ponto de vista físico ou mental. E se é verdade que costumamos dizer que a escola prepara para a vida, uma Universidade Sénior contribui, em grande parte, para que os menos jovens jamais desistam de prosseguir na caminhada de uma existência com qualidade.
Foram estes desafios que registámos ontem e hoje, no espetáculo e no jantar de encerramento. Nota dominante foi a certeza de que para o próximo ano há mais e melhor. Aliás, Hugo Coelho, presidente da Direção da Fundação Prior Sardo, já anunciou que tudo vai ser melhorado: salas mais amplas e com mais luz; uma sala de informática com computadores; outras áreas de troca de saberes; provavelmente mais alunos e mais professores; e, ainda, projetos inovadores. Tudo de forma a dar respostas mais conseguidas aos utentes da US.

FM

Acordo Ortográfico

sábado, 3 de julho de 2010

Em Portugal, não há muita tradição de pensar, sobretudo pensar criticamente

O que faz falta? Pensar

Anselmo Borges

Há na Lituânia - talvez também porque é um país com imenso sofrimento ao longo da história - umas estátuas, de tamanho diferente, do "Cristo pensador". É um Cristo sentado, com a cabeça levemente inclinada, de olhos fechados e com a mão encostada à face, precisamente na atitude própria do homem que pensa. Pensar vem do latim pensare, que significa pesar (razões), ponderar, examinar, avaliar, meditar e também pagar.
Em Portugal, não há muita tradição de pensar, sobretudo pensar criticamente. Talvez o clima nos arraste mais para o exterior. A própria Igreja pode ter responsabilidades, mesmo que indirectas, no facto: um pensamento dogmático, a doutrina transmitida por via autoritativa e sem necessidade de argumentação, não houve Reforma. Depois, nos últimos anos, a aparente situação de riqueza levou ao estonteamento e à fuga do pensar. Assim, de repente, vemo-nos num estado lastimoso e na incógnita asfixiante do futuro.

Festa de fim de ano da Universidade Sénior

Festa de fim de ano letivo da Universidade Sénior



Muita alegria na festa da Universidade Sénior da Fundação Prior Sardo foi nota dominante. Hoje à noite, no salão principal da igreja matriz da Gafanha da Nazaré, alunos e professores mostraram o que lhes vai na alma e como saíram enriquecidos após um ano de trabalho. De tal modo, que souberam mostrar vontade de continuar nesta caminhada de valorização pessoal e comunitária.
Músicas e canções que embalaram a nossa existência, tornando-se clássicas, com garantias de se perpetuaram no tempo, ou não fossem elas trauteadas pela assistência, encheram o palco. Quadros com alguma brejeirice, bem próprios duma terceira idade que acredita na probabilidade de passar à quarta, foram aplaudidos com gosto.
Também a poesia de poetas consagrados, como Pessoa, António Lopes Ribeiro e António Botto, mas ainda de alunos, alguns deles com a veia poética fechada na gaveta até agora, marcou presença significativa. É sempre hora de mostrar a arte que está em cada um de nós.
Gostei de ter participado nesta festa cheia de otimismo, onde não faltaram os diplomas para professores e alunos e a imortal canção do adeus, onde Coimbra deu lugar aos seniores.

FM


Acordo Ortográfico

sexta-feira, 2 de julho de 2010

A vinda do Papa, José Saramago e o Mundial de Futebol

O desmontar da festa e o depois dos acontecimentos

António Marcelino

Sobre o pano de fundo de uma crise que explodiu para continuar, acontecimentos importantes mexeram com o povo. Com intensidade variada, contagiando esperança, abafando desgostos, derrubando indiferenças, provocando sonhos. Foi a vinda do Papa, a morte de José Saramago e, agora, o Mundial de Futebol. Este ainda com tenda armada.
Os acontecimentos sociais ou deixam marcas nas pessoas ou depressa se desvanecem, como fumo levado pelo vento. O povo, para se consolar das suas amarguras e com o saber de experiência adquirida lá vai dizendo que “tudo passa e tudo esquece”. Já assim dizia Teresa de Ávila. Mas, por fim, acrescentava: “Só Deus basta!”
O desmontar da festa é sempre mais rápido que a sua montagem. Muitas vezes faz-se com pressa de mais e destroem-se, num ápice, as coisas mais belas que ainda restam, como as lindas e trabalhosas ornamentações. Em alguns casos, há legados que se acolhem ou dos quais mais tarde se deu conta. Há que tomar consciência deles para se avaliarem e conservarem vivos.
Neste caso está a visita de Bento XVI a Portugal, como peregrino de Fátima. O que ele disse está gravado na memória do coração de muitos e deixou-o escrito em letras acessíveis a todos. Multidões correram, livremente, ao seu encontro, em Lisboa, Fátima e Porto. Muitos confessaram-se conquistados à sua pessoa, à sua fé serena, ao seu sorriso límpido, mas discreto.

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