Um bispo "irmão dos pobres"
«“Se eu dou comida a um pobre, dizem que eu sou santo; mas se eu pergunto porque é que ele é pobre, dizem que sou comunista”. D. Hélder Câmara, que se fosse vivo teria completado 100 anos no passado sábado, várias vezes recebeu o epíteto de “comunista”. Era conhecido por “o bispo vermelho”. Mas nem sempre foi assim.
No início do seu ministério de padre esteve ligado do movimento integrista brasileiro, que tinha simpatias pelas ditaduras europeias, de direita. Décimo primeiro filho de um jornalista maçon e de uma professora primária, desde cedo quis ser padre. Cinco anos depois da ordenação, foi para o Rio de Janeiro e aí começou a luta pelos pobres.