Lita e Fernando |
Não sei se me fica bem estar a falar do Dia Internacional do Idoso, que hoje, 1 de outubro, se celebra. É que não gostaria que pensassem que estou a fazer um autoelogio. Não estou porque não sou dado a isso. Falo do tema simplesmente porque sei que nem todos os idosos são respeitados como eles merecem. Não é o meu caso nem o da minha Lita, que somos tratados com muito carinho, tanto por familiares como por amigos e conhecidos.
Neste dia e em todos os dias do ano, é importante que se diga, os idosos deviam ser ouvidos, apoiados e estimulados na vida que podem e devem viver, proporcionando-lhes condições de paz, de tranquilidade e de amor, sem descurarem os cuidados que lhes são devidos, nomeadamente, alimentação sadia, assistência e tratamentos médicos conformes às suas necessidades, ajuda na descoberta de momentos de lazer e convívio, e participação em passeios e espetáculos.
Os velhos não são trapos puídos pelo tempo e por trabalhos duros, muito menos pesos-mortos na sociedade que ajudaram a construir. Não são bonecos que se atiram para um canto nem sacos onde se despejam raivas, ódios, indiferenças e desprezos. São pessoas que geraram vidas, criaram riquezas, indicaram caminhos do bem e do belo e apoiaram filhos e netos nos primeiros passos e nas primeiras palavras. Foram solidários, amigos da partilha, generosos com os sofredores e arautos da paz.
Hoje, se puderem, ofereçam aos vossos idosos ao menos um sorriso, uma palavra de gratidão, um gesto de ternura.
Fernando Martins