segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Chaves: O meu amigo António Fernandes partiu para Deus


António Fernandes


Estive ontem em Chaves, terra que há muito me habituei a considerar como das minhas preferidas. Por lá passei férias tentando identificar-me com a cidade e arredores. Visitei aldeias mais ou menos badaladas e outras desconhecidas, li algumas obras etnográficas, visitei castelos, fortes e castros, provei águas termais (Chaves, Vidago, Pedras Salgadas e Carvalhelhos) e fui, com a família, vezes sem conta, a salto, por carreiros pouco visíveis, a Espanha, numa altura de contrabando semiautorizado. Saboreei o vinho dos mortos, em Boticas, assisti à chega de bois, em Montalegre, e associei-me a festas. Tudo isto porque conheci na Gafanha da Nazaré uma família amiga que me entusiasmou por aquelas paragens, quando me falava de Chaves, dos pastéis típicos, da bola de carne e outros acepipes, mas também das termas, que os romanos utilizaram com proveito e que eu experimentei, das paisagens tão diferentes do meu Litoral. Aliás, Chaves terá nascido com o beneplácito do Imperador Romano Flávio. 
Nazaré Chaves e António Fernandes acolheram a minha família como se fosse sua família. Daí a amizade que perdurou através de décadas, até hoje. Chegámos a trocar de casa durante as férias de agosto. Íamos para Chaves para usufruir dos ares do interior, e eles vinham para a Gafanha da Nazaré, decerto com saudades do nosso mar. 
Ontem, porém, não fomos para fazer turismo, mas por razões de coração e gratidão. As amizades a isso nos aconselham. António Fernandes faleceu, depois de doença grave. Sei que tudo foi feito para que não sofresse. Mas teve de nos deixar. Para os crentes, como eu, ele está agora no coração de Deus, com seu filho José Carlos que o antecedeu nesta viagem há poucos meses, na flor da vida, aos 45 anos. 
António Fernandes era um militar da Força Aérea e nessa qualidade teve de participar na guerra que Portugal travou com as ex-colónias, certamente com dor, por ter de deixar aqui, na Gafanha da Nazaré, esposa e três filhos. Quando me escrevia, revelava sempre as saudades que tinha dos seus entes queridos e a vontade de regressar em breve para junto deles. 
Com ele e sua família partilhámos férias e sonhos, alegrias e cumplicidades, anseios de um mundo melhor e vontade de que os nossos filhos soubessem construir futuros risonhos apoiados no trabalho, no estudo e na honestidade. 
O meu amigo António Fernandes fechou o ciclo da vida terrena para iniciar outro numa nova dimensão; mas a sua presença permanecerá connosco, através de sua esposa Nazaré, filhos e netos, memórias vivas do legado que dele receberam. 
Que Deus o tenha no seu regaço de amor e misericórdia e que conforte a família e os amigos neste momento de dor. 

Fernando Martins

Concurso "Portugal: múltiplas vivências de fé"



A Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial lançou a 16 de novembro, Dia Internacional da Tolerância, o concurso de fotografia “Portugal: Múltiplas vivências de fé”.
A iniciativa, que tem como objetivo «a promoção do diálogo inter-religioso», pretende «eleger fotografias que documentem qualquer prática da fé, símbolo, estrutura ou artefacto que ajude a ilustrar como os portugueses ou estrangeiros residentes em território nacional expressam as suas crenças religiosas».
Os trabalhos, que deverão ser apresentados até 10 de janeiro, serão avaliados segundo a sua originalidade, adequação à mensagem que se pretende transmitir e criatividade.
Os 10 finalistas serão revelados até 18 de janeiro e a entrega dos prémios ocorre a 23 do mesmo mês, integrados num seminário subordinado ao tema “O diálogo inter-religioso no combate à discriminação”, a realizar em Lisboa.

Fonte: ver aqui

Aveirenses Ilustres: homenagem aos marnotos

Marnoto

Os marnotos da Ria de Aveiro vão ser homenageados no auditório do Museu da Cidade, no dia 23 de novembro, pelas 18.30 horas. Trata-se de uma iniciativa integrada no ciclo designado por Aveirenses Ilustres.

Ver mais aqui

domingo, 20 de novembro de 2011

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues

(Clicar na imagem para ampliar)

Dia Internacional da Criança - 20 de novembro



O 1.º Dia Mundial da Criança foi comemorado a 20 de novembro de 1950, altura da minha entrada no mundo. A ONU reconhece-o como Dia Universal das Crianças por ser a data em que foi aprovada a Declaração dos Direitos da Criança. 

Após a 2.ª Guerra Mundial, em 1945, os países da Europa e Oriente , passaram muitas dificuldades económicas. As populações viviam, precariamente, em especial as crianças. Os adultos estavam mais preocupados em retornar à sua vida quotidiana, do que em preocupar-se com a educação dos seus filhos. Muitos ficaram órfãos, havia muita escassez de alimentos, e passaram por condições desumanas de sobrevivência. Aqueles que tinham, ainda, os seus pais vivos, tiveram de trabalhar para ajudar no orçamento doméstico. 

A UNICEF, organismo da Nações Unidas para a Infância tem-se batido muito pela defesa dos direitos da criança. 



Dádiva de Deus 
Iluminas os dias 
Alargas horizontes! 

Dom de vida 
Amanhecer de esperança! 

Criatura indefesa 
Reserva de energia 
Imaculada flor 
Apoio de meiguice 
Na velhice! 
aÇambarcadora de 
Afeto! 

Maria Donzília Almeida 

0.11.2011

Dia da Industrialização de África - 20 de novembro



As metas de redução da pobreza 
ainda não foram atingidas
Maria Donzília Almeida

O tema do Dia da Industrialização da África —“O desenvolvimento industrial sustentável, meio de luta contra a pobreza” – sublinha o papel que o desenvolvimento sustentável pode e deve ter na realização dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio e na promoção do progresso social e económico na África.



O desenvolvimento industrial sustentável parece ter dificuldade em tornar-se realidade neste continente, que fica atrás de todos os outros em matéria de crescimento industrial e de criação de emprego. Durante os últimos 15 anos, a parte da produção industrial mundial que corresponde a África tem-se mantido no mesmo nível    1%.

A glória do Pai brilha nos gestos de fraternidade



A MIM O FIZESTES
Georgino Rocha

Cenário majestoso realça a importância da figura central e contrasta com a simplicidade dos convocados, a sobriedade das alegações, a contundência da sentença. A solenidade da grande assembleia é patente: anjos rodeiam o homem que está sentado num trono de glória, nações inteiras aparecem dos cantos da terra, o universo converge no mesmo espaço e testemunha o acontecimento. A acção a realizar é extraordinariamente simples, semelhante à de um pastor que, ao cair da tarde ou ao chegar o tempo invernoso, recolhe o rebanho, separando as ovelhas dos cabritos.
A imagem pastoril ilustra, de forma acessível e eloquente, a mensagem que Jesus pretende “passar” aos discípulos de todos os tempos: a opção pelo futuro constrói-se no presente, a semente contém em gérmen a árvore, a relação solidária vive-se em atitudes concretas, a glória do Pai brilha nos gestos de fraternidade, a atenção aos “pequeninos” a quem a vida não sorriu por malvadez humana manifesta o reconhecimento de Quem se identifica com eles e por eles vela com a máxima consideração.

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