sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Bispo que aprovou a criação da paróquia


D. Manuel Correia de Bastos Pina, Bispo-Conde de Coimbra, diocese a que pertencia a Gafanha da Nazaré, foi o autor da erecção canónica da paróquia, em 31 de Agosto de 1910. 
Há dias, o prior da freguesia, Padre José Fidalgo, lembrou, numa celebração, que este bispo não tinha o seu nome perpetuado na cidade. Pediu, então, às autoridades, que diligenciassem nesse sentido. Concordo plenamente, até porque há pela cidade muitas ruas com nomes que nada nos dizem. 
D. Manuel de Bastos Pina nasceu no lugar da Costeira, freguesia de Carregosa, Oliveira de Azeméis, em 19 de Novembro de 1830. Começou os seus estudos em Ílhavo, com o Dr. José António Pereira Bilhano, que depois foi Arcebispo de Évora.
Foi confirmado Bispo de Coimbra a 22 de Dezembro de 1871. Foi Bispo-Conde de Coimbra mais de 40 anos. Faleceu na sua casa de Carregosa em 19 de Novembro de 1913, dia em que completava 83 anos de idade.

Paróquia de Nossa Senhora da Nazaré celebra aniversário


Em 31 de Agosto de 1910, D. Manuel Correia de Bastos Pina, Bispo-Conde de Coimbra, assinou a criação da paróquia da Gafanha da Nazaré. A freguesia havia sido criada por Decreto Real de D. Manuel II, com data de 23 de Junho do mesmo ano.

NOTAS:

- A Gafanha da Nazaré era, à data, um lugar de São Salvador, Ílhavo, Diocese de Coimbra. A Diocese de Aveiro seria restaurada em 1938;

- Tinha já gente em número suficiente para exercer de forma capaz os diferentes cargos paroquiais;

- Estava nas condições de exigidas por lei para poder ser erecta freguesia;

-Possuía uma capela, sob a invocação de Nossa Senhora da Nazaré, com capacidade, paramentos, vasos sagrados e alfaias necessárias para servir, provisoriamente, de igreja paroquial;

- Estava a construir uma nova igreja, já numa fase adiantada;

- Obrigava-se a pagar, anualmente, cem mil reis de côngrua ao pároco, que ficava ainda com as demais benesses e emolumentos que fossem de uso, direito e costume na freguesia de que era desanexada.

In Boletim Cultural da Gafanha da Nazaré, n.º 1

O AR QUE RESPIRAMOS



PÓ DO PORTO COMERCIAL
INVADE TUDO
NA GAFANHA DA NAZARÉ

É público que o Prof. Carlos Borrego, da Universidade de Aveiro, vai coordenar um estudo sobre o ar que se respira na Gafanha da Nazaré. Pela sua indiscutível competência, penso que todos vamos ficar a saber se podemos, ou não, andar descansados.
Ninguém ignora que uma zona industrial e portuária tem custos acrescidos na área do ambiente. Há produtos tóxicos e poluentes a serem armazenados e manipulados, o que não pode deixar de inquietar as populações, já que, com regularidade ou esporadicamente, há o perigo de derrame ou de fuga para o ambiente.
Há anos, e por mais do que uma vez, a Gafanha da Nazaré sofreu as consequências de situações dessas, com produtos químicos altamente perigosos a serem derramados para a atmosfera, na área do Porto Industrial. Na altura foi dito que a região das Gafanhas, e em especial a Gafanha da Nazaré, estava constantemente sob um “barril de pólvora”, prestes a rebentar a qualquer hora. Depois vieram os técnicos garantir que tudo estava controlado, não havendo perigo para ninguém.
Entretanto, a Gafanha da Nazaré começou a ser invadida por areias e pós que vinham do Porto Comercial. Incomodavam, obviamente, toda a gente, chegando a invadir as casas. O povo começou a protestas e desses protestos se fizeram eco os diversos órgãos de comunicação social.
Promessas e mais promessas de que tudo se iria resolver, tranquilizaram as pessoas. Mas a cena vai-se repetindo, ao ponto de os responsáveis resolverem avançar com o estudo entretanto anunciado.
É bom que ele seja feito, para tirar dúvidas e para ficarmos com certezas. Não é possível sentir o pó em tudo quanto é canto das nossas próprias casas. Mas o pior é que ele também vai ocupando um lugar garantido nos nossos pulmões. E isto não pode ser.

Fernando Martins

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Jardim Oudinot vai ter nova cara

Réplica da Guarita, já no espaço do jardim,
espera um enquadramento mais bonito

Jardim Oudinot
remodelado no próximo Verão

O projecto de qualificação urbana e ambiental do jardim Oudinot abre a concurso neste mês de Setembro. Se tudo correr como previsto, as obras estarão concluídas no Verão do próximo ano. Percursos pedonais, parques infantis, um ancoradouro de recreio e um pequeno hotel são apenas algumas das infra-estruturas a incluir neste espaço.
:
Leia mais no Diário de Aveiro

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Um artigo de D. António Marcelino



PESADELOS
DE UMA PROFECIA FALHADA


Foi muito curiosa, apesar de esperada, a reacção dos responsáveis do Ministério da Saúde em diversos graus e escalões, perante a primeira contagem dos abortos realizados, com um mês de vigência da lei. Só 300? Como é possível acontecer assim? Estamos perdidos! E multiplicaram-se as explicações para esta desgraça (!), para eles inesperada. Até que, dias depois, as vozes apareceram mais animadas. Já eram 526! Mas lamentava-se, em surdina, que sete ou oito mulheres, (que pobre gente!) depois das explicações regulamentares recebidas, tinham desistido de abortar. E lá se foi dizendo, como que a prevenir para evitar derrotas morais, que se esperavam 1600 abortos por mês… Só com estes se pode dar razão às razões e promessas do referendo…
Se não aumentarem os abortos a pedido, dizia-se nas entrelinhas, como se poderá chegar aos 30 mil clandestinos de que tanto se falou na campanha? O fantasma, porém, está aí de novo. O problema é preocupante, porque os do “não” continuam em campo e não vão desarmar, nem se vão calar… Que pesadelo! Como se não bastassem os números.
Para levantar os ânimos abatidos dos preocupados, o Director Geral, um técnico com tiques e reacções a pedir um estudo das profundidades, já vai ensaiando, segundo os jornais, dois cenários apaziguadores: aos três meses de contagem dos abortos, pedidos e realizados, é que se saberá o andamento, por isso há que esperar confiantes, até Outubro; se os abortos não aumentarem, na linha da profecia que afirmava os clandestinos a roçar os 30 mil por ano, então é porque, finalmente, (!) as grávidas portuguesas se dispuseram a participar na redução do número de abortos, de harmonia com os objectivos previstos pela lei…Nem mais.Toda esta conversa só se justifica porque no Verão pouca gente lê os jornais e depressa se passa a página. Também não é muita a gente que ouve os políticos, a não ser que haja sarilhos e “botas” desenquadradas. Por outro lado, com o futebol a entrar em cena, tudo o mais passa a secundário.
Os movimentos abortistas de há muito depuseram armas, uma vez que a sua batalha estava ganha. Voltam-se, por agora, para os transgénicos… As clínicas abortadoras legais estão em boa maré. Mais dez ou menos dez semanas, há sempre razão para acolher bem quem as procura para se aliviar de pesadelos e de fetos vivos. As não legais actuam sem temores e os juízes são agora mais benevolentes…Assim vai o país no que de mais sério se pode pedir a quem governa e aos cidadãos: defender a todo o custo a vida já gerada e promover a saúde própria e a de todos.
Entretanto, fecharam-se maternidades por razões técnicas e, também, porque davam prejuízo, mas há agora, em cada quartel de bombeiros, uma maternidade de quatro rodas, que vai fazendo partos pelas estradas, umas vezes bem sucedidos e outras não tanto. De quem é a culpa dos fracassos, quando ocorrem? Dos jornais, claro, que dizem tudo… Sempre houve fracassos nas maternidades normais e não se fazia tanto barulho. Tudo natural, a não ser que o escândalo fosse grande e a família não se conformasse…
A gente sensata previa tudo, até os confrontos escandalosos aí à vista. Já nada traz novidade. A descriminação entre uma parturiente normal, trabalhadora, e uma grávida que quer abortar é simplesmente inadmissível. Os muitos direitos desta fazem correr o ministério para que tudo se resolva sem encargos para ela, aqui, ali ou além. E no resto da saúde? Portas abertas para fazer abortos, portas fechadas para milhares de portugueses que esperam em vão por uma cirurgia urgente, que se resolve a conta gotas, pondo o Ministro a ser ridículo pelas explicações que dá ao país.
Sobra cada vez mais pano para fazer mangas. É preciso continuar. Que a gente que pensa, acorde e perceba, perante o que se vê, se vive e se legisla, que as soluções legais, nem sempre são justas, morais e éticas. E que as políticas, muitas vezes são um logro.


António Marcelino

Passeios baratos

Jorge Pires Ferreira sugere
no Correio do Vouga
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Trilho das Padeiras (Foto da Hera)

Passeios baratos,
saudáveis, ecológicos e culturais
:

O período de férias está a chegar ao fim. Mas ainda há tempo para sugerir alguns percursos pedestres. Caminhar nestes trilhos, além de barato, é saudável, ecológico e cultural, com a vantagem de esta prática poder ser levada a cabo em qualquer altura do ano.
:
O turismo ecológico (ou ecoturimo) está em alta. São cada vez mais as pessoas que procuram alternativas à praia, virando-se para o campo e a montanha. Entre as práticas do ecoturismo mais comuns estão as caminhadas.
Caminhar faz bem ao corpo e à mente. É uma necessidade cada vez maior, para contrapor aos estilos de vida actuais, maioritariamente sedentários. Daí que, respondendo à procura das pessoas, muitas câmaras municipais e freguesias marquem percursos no campo ou em meio urbano e editem folhetos sobre a história, cultura e natureza que esses trilhos permitem observar. Sem esgotar todos os percursos da região de Aveiro, deixamos aqui algumas sugestões em Sever do Vouga, Ílhavo e Estarreja.
:
Para mais sugestões, clique aqui


Exposição de Fotografia no Aveirense

Aurore de Sousa apresenta...

“A CIDADE AZUL, FRAGMENTOS
DE UMA REALIDADE INEFÁVEL”



Vai ser inaugurada amanhã, 30 de Agosto, pelas 18 horas, no Salão Nobre do Teatro Aveirense, uma Exposição de Fotografia, “A Cidade Azul, Fragmentos de uma Realidade Inefável”, da autoria de Aurore de Sousa.
Aurore de Sousa nasceu em Portugal e vive e trabalha actualmente em Grenoble, na França, onde tirou a sua licenciatura na Escola Superior de Artes de Grenoble.
Desde 1990, consagra-se à fotografia.
A exposição pode ser apreciada até 30 de Setembro.

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