quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Tolentino Mendonça de novo distinguido

José Tolentino Mendonça: 
Itália reconhece de novo o poeta lusitano e "pasoliniano"



«Depois da participação, em maio de 2006, na Feira do Livro de Turim, como um dos representantes de Portugal - no mesmo ano em que foi publicada em Itália a sua antologia poética, traduzida por Manuele Masini ("La notte apre i miei occhi", "A noite abre os meus olhos", Editora ETS, Pisa); depois de ter sido escolhido como a voz poética lusófona do Festival Mediterranea, que teve lugar em julho de 2010 na Ilha Tiberina [Roma] e, um ano depois, de ter sido o artista português, entre os sessenta escolhidos em todo o mundo, a participar na mostra "O esplendor da verdade, a beleza da caridade", que solenizava o 60.º aniversário da ordenação sacerdotal de Bento XVI; por fim, depois de em 2014 ter representado Portugal no Dia Mundial da Poesia, a grande festa das literaturas europeias realizada em Roma pela rede EUNIC, com o patrocínio da Comissão Nacional Italiana para a UNESCO, José Tolentino Mendonça regressa a Roma, na véspera do cumprimento do seu primeiro meio século de existência, para receber um outro reconhecimento literário da Itália.»

Ler mais aqui

Nota:Não será novidade para os meus leitores e amigos a admiração que nutro pelo padre, poeta, biblista e ensaísta José Tolentino Mendonça, cujos livros leio e releio ao sabor das minhas necessidades espirituais e culturais. Não posso, portanto, ficar indiferente ao reconhecimento público da sua obra e à justa e merecida distinção de que é alvo a vários níveis. Desta feita, Itália reconhece de novo o poeta lusitano. Os meus parabéns.

O Papa das surpresas

O Papa Francisco não para de surpreender, 
e desta vez o episódio aconteceu 
com uma bebé de Guimarães. 
Veja as imagens.


O Papa com a bebé de Guimarães
«O Papa Francisco não para de surpreender, e desta vez o episódio aconteceu com uma bebé de Guimarães. O líder da Igreja Católica estava a começar a tradicional volta papal pela Praça de São Pedro quando mandou parar o cortejo composto por mais de dez seguranças que o acompanhavam. O intento foi abençoar a pequena Maria Manuel, de três meses, no meio da multidão ao colo da mãe.»

Pode ler o relato e ver mais fotos  aqui

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Vasco Lourenço com medo?

Organizações ligadas às comemorações do 25 de Abril
reúnem quarta-feira para discutir
eventuais tomadas de posição



«O apelo, via redes sociais, para uma manifestação frente ao Parlamento contra as moções de rejeição do programa do governo PSD/CDS levou o presidente da Associação 25 de Abril (A25A) a convocar uma reunião para decidir possíveis tomadas de posição contra o que qualificou como a recriação da "maioria silenciosa" de 1974.»

Ler mais no DN

NOTA: Fiquei admirado com este sinal de medo de Vasco Lourenço. Medo de que a nossa democracia,  que ele ajudou a instaurar, já não tenha meios, nem força, nem coragem para se defender a si própria. Tenha calma, homem, deixe funcionar a democracia e deixe governar quem tem mais votos! O povo sabe o que faz. Não é tão analfabeto como alguns pensam!


A carne tratada é cancerígena?


Li no Observador que  «O cancro é uma doença muito séria. Tão séria que Manuel Sobrinho Simões, director do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto e um dos cientistas portugueses que mais se destacou nesta área, tem repetido que “daqui a dez anos, um em cada dois portugueses terá pelo menos um cancro”. Por isso compreende-se a comoção que rodeou a divulgação de um relatório da Organização Mundial de Saúde em que se considerava que as “carnes tratadas” são cancerígenas e as “carnes vermelhas” potencialmente cancerígenas. A pergunta que muitos fizeram de imediato – até porque houve quem fizesse a comparação – foi a se, um dia, não acabaríamos a tratar os presuntos, as salsichas, até os bifes grelhados como hoje tratamos o tabaco. Felizmente não é assim.» 

Ler todo o texto de José Manuel Fernandes aqui.

NOTA: Não sei se seria necessário assustar tanto o pessoal. Afinal, tal como vamos sabendo e percebendo, tudo pode fazer mal se não houver moderação. Não acredito que um simples cozido à portuguesa, umas vezes, poucas, por ano possa ser assim tão perigoso.

Grafíti com arte


A arte na rua torna o ambiente mais leve, mais suave. Sobretudo se há sinais de sensibilidade, graça ou humor. Gostei deste grafíti que apreciei, há dias, na Figueira da Foz, na parede de suporte dos acessos ao CAE (Centro de Artes e Espetáculos). É um pormenor que faz parte de um todo, variado e atraente, que o visitante não pode deixar de contemplar.

Viver feliz em comunidade

Júlio Pedrosa, professor catedrático 
e antigo Reitor da Universidade de Aveiro:

Viver feliz em comunidade 
— Questões que vou formulando 
sobre a ideia de ser feliz

Júlio Pedrosa 
«O que é a felicidade? O que é viver feliz? E onde, como e para quê? “A felicidade, a criação de condições para se ser feliz é uma questão pessoal, individual, social, das comunidades e política”. As perguntas e as respostas são de Júlio Pedrosa, professor catedrático e antigo Reitor da UA. Porque simplesmente hoje, como qualquer outro dia, é o dia ideal para se desejar que todos sejamos felizes.»

Ler tudo, porque vale a pena, aqui

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Honey

Crónica de Maria Donzília Almeida




Yes, Honey! – Foi a resposta de uma native speaker (1) num contexto de vida social a uma interpelação que lhe fora feita, ali na USGN(2).
A palavra honey para além do significado concreto de mel das abelhas, tem uma conotação muito específica, no tratamento interpares, no que concerne ao relacionamento humano.
A fluidez do significante, predominantemente vocálico, em língua inglesa, soa algo doce aos ouvidos e… ao coração do interlocutor. Assim aconteceu e imediatamente fez abrir a arca da memória e recordar um episódio da minha prática letiva.

Os Carolas da Bicicleta




Os Carolas da Bicicleta são um grupo de ciclistas amadores fundado em 2000, na Gafanha da Nazaré. São 22 desportistas seniores, a grande maioria com mais de 60 anos, embora, por vezes, se juntem outros pedalantes mais jovens. Trata-se de um grupo que cultiva o convívio e a sã camaradagem, «incentivando-se uns aos outros na prática de tão saudável desporto», garantiu-nos Humberto Rocha. 
Adiantou que «nem o vento, nem o frio os impedem de todas as terças, quintas e sextas-feiras fazerem o percurso entre a Gafanha da Nazaré e a Praia da Vagueira, ida e volta, num total de 30 quilómetros. Partem, religiosamente, ao bater das 9 horas no relógio da Igreja, de junto do Centro Cultural e do Centro de Saúde da Gafanha da Nazaré. Também promovem convívios entre os participantes e colaboram em iniciativas doutras instituições».
No almoço comemorativo do 15.º aniversário, que teve lugar no dia 16 de outubro, num restaurante da nossa terra, participou como convidada Joana Ramalheira, «que realizou um estudo sobre a “Importância do uso regular da bicicleta na qualidade de vida de pessoas com 55 ou mais anos — o caso de um grupo de Residentes na Gafanha da Nazaré", integrado num mestrado em Gerontologia da Universidade de Aveiro», informa Humberto Rocha.
Os interessados em aderir podem aparecer. 

domingo, 25 de outubro de 2015

Sínodo das Famílias ou dos Bispos? (2)

Crónica de Bento Domingues 


«O amor humano, dos seres humanos, 
precisa de sabedoria e de prudência 
para ser fiel a si mesmo»

1. Perguntaram-me, com razão, na sequência do texto do Domingo passado: O Sínodo das Famílias até pode ser uma boa ideia, mas que se entende, hoje, por Família?
O documento de trabalho para a preparação do Sínodo (2014) apresentou as situações inéditas que teriam estilhaçado, nas últimas décadas, a significação mais óbvia de família ou assim considerada.
O texto de O. Bonnewijn, reprodução de uma sua conferência em Cracóvia, tenta descrever e avaliar as chamadas famílias pós-modernas [1].
Estas seriam o resultado de uma desconstrução crítica e de uma reconstrução livre, com as peças desconjuntadas das concepções tradicionais dos agregados familiares.
Como é que isso foi acontecendo? Procurando, por um lado, reinventar - ao sabor e à medida de projectos individuais e sociais - a constituição e a articulação de laços, papéis, sexos e gerações; por outro, promovendo, ao máximo, os valores de autonomia criativa e optando - no sentido ultraliberal do termo – pelo desenvolvimento pessoal, pela qualidade relacional, pelo desabrochamento afectivo e sexual.

sábado, 24 de outubro de 2015

Família na preocupação da Igreja

Papa no encerramento 

Hora de inverno


Logo mais, pelas duas horas, não se esqueça de atrasar uma hora os seus relógios, para ficar em sintonia com o nosso mundo. A mudança de hora não é de agora. E para eu não perder mais tempo, que tempo é dinheiro, remeto-o para fonte limpa.Veja aqui.

Responsabilidade

«Não só somos responsáveis pelo que fazemos, 
mas também pelo que não fazemos»

Molière (1622-1673), ator, 
dramaturgo e compositor francês

Li no PÚBLICO de hoje

Cisma e debandada na Igreja

Crónica de Anselmo Borges 
no DN

"Pode haver mais amor cristão 
numa união canonicamente irregular 
do que num casal casado pela Igreja."

1. O Sínodo sobre a família termina amanhã em Roma, dividido, vindo talvez a propor uma comissão para estudos ulteriores e deixando ao Papa a última palavra. Há quem fale em cisma no sentido estrito da palavra, portanto, a separação de alguns, rompendo a unidade da Igreja. Não é impossível, mas não penso que isso venha a suceder. Porque Francisco é sábio e saberá lidar com as dificuldades, isto é, com o "cisma prático" na Igreja - a expressão é do cardeal Walter Kasper -, na medida em que grande maioria dos católicos vive separada da doutrina oficial, concretamente no domínio da sexualidade. Há, pois, expectativas legítimas neste campo.

Coragem! Ele está a chamar-te

Reflexão de Georgino Rocha


«A civilização do amor 
só será possível contigo 
como comunidade de vida 
em relação»

Esta exortação “faz a ponte” entre o grito confiante de Bartimeu e a atenção que Jesus lhe quer dispensar. Condensa e exprime o desejo recíproco do encontro, do diálogo pretendido, da compaixão suplicada. Mc 10, 46-52. Evidencia a situação de quem está retido à beira dos caminhos da vida e dos que, livremente, vão fazendo o seu percurso, integrando-se nas multidões ou acolhendo-se a grupos de preferência. Lança luz sobre a família na pluralidade das suas configurações, a atitude sábia a cultivar preconizada pelo Sínodo que, hoje, conclui os seus trabalhos, os belos testemunhos de quem vive e contempla o amor conjugal na sua luz irradiante, os pedidos sentidos e persistentes de tantos divorciados e recasados que esperam uma oportunidade para verem a sua dignidade e integração mais reconhecidas na Igreja.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Quando o casamento acaba...

Separação e comunhão. 
Quando o casamento acaba, 
mas a fé permanece



Trabalho de Matilde Torres Pereira na RR

As guerras são sempre mortíferas

Pacheco Pereira: 


«Em entrevista à Renascença, o social-democrata diz que "tudo aquilo que corra mal na economia portuguesa devido à instabilidade" passou a ser responsabilidade do Presidente e de Passos. Discurso de Cavaco está "no limite do legal" e une mais a esquerda.»


Por influência dos sonhos


«Cada vez que o meu propósito se ergueu, por influência dos meus sonhos, acima do nível quotidiano da minha vida, e um momento me senti alto, como a criança num balouço, cada vez dessas tive que descer como ela ao jardim municipal, e conhecer a minha derrota sem bandeiras levadas para a guerra nem espada que houvesse força para desembainhar.»

Fernando Pessoa no “Livro do Desassossego”

O poder

«Se queres conhecer realmente alguém, dá-lhe poder. Ou então tira-lho.»

«A seguir à comunicação ao país do Presidente da República fiz um radar rápido às opiniões verbalizadas em sites e redes sociais. Uns acharam péssimo, outros acharam extraordinário. Tudo normal, a esquerda ficou mais irritada, a direita ficou mais aliviada (e vice-versa também, por incrível que possa parecer). Política "as usual".»

Rute Sousa Vasco, no Sapo 24

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Etnográfico e Filarmónica vão ter sede própria

Promessa antiga 
vai agora ser cumprida

Uma sede para o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré (GEGN) e para a Filarmónica Gafanhense (FG) vai ser uma realidade. A garantia vem da Câmara Municipal de Ílhavo que «deliberou aprovar a minuta de Acordo de Permuta a estabelecer com a Cooperativa de Consumo Gafanhense (CCG)», de forma a libertar um prédio urbano existente  na Rua da Cooperativa Humanitária para facultar «o seu uso gratuito ao GEGN e à FG, mediante protocolo a estabelecer». Isto significa que aquelas instituições vão concretizar um sonho há muito aguardado, depois das necessárias obras de adaptação e beneficiação.
O Acordo de Permuta consiste na cedência à CCG de «um prédio urbano, situado na mesma rua, composto por uma casa de rés do chão, destinada a habitação, com sala comum, cozinha, quarto de banho, lavabo, dois quartos, sala de costura e hall».



quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Rolas em descanso

Rolas. Foto de Carlos Duarte

Pelo jeito, é um casal de rolas. Macho, mais emproado, e fêmea, mais tímida. O que os prende ali? Hora de descanso em tarde invernosa? Pensativos quanto ao futuro? Filhos que desapareceram? Temerosos pelas tempestades anunciadas? Fome? Sonhos de uma primavera que se foi há muito? Terão avistado caçadores? Algum milhafre à vista? Que será? Quem dá uma ajuda?

Nota: Gosto de repescar escritos antigos. Desta feita, tendo como motivo uma foto do Carlos Duarte.

Bibliotecas da Gafanha da Nazaré com vida

Sebastião da Gama, Professor e Poeta 


Nasci para ser ignorante...

Nasci para ser ignorante
mas os parentes teimaram
(e dali não arrancaram)
em fazer de mim estudante.

Que remédio? Obedeci.
Há já três lustros que estudo.
Aprender, aprendi tudo,
mas tudo desaprendi.

Perdi o nome às Estrelas,
aos nossos rios e aos de fora.
Confundo fauna com flora.
Atrapalham-me as parcelas.

XV Concurso Literário Jovem

Uma boa iniciativa da CMI


Tendo por base o papel fundamental que a leitura e a escrita assumem na formação de todos, nomeadamente dos mais jovens, bem como a necessidade de criar estímulos, fomentando tais hábitos, o Executivo Municipal deliberou aprovar as normas de participação no XV Concurso Literário Jovem.
O Concurso destina-se aos jovens dos 1.º, 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico, assim como do Ensino Secundário, podendo participar alunos de qualquer estabelecimento de ensino público do Município de Ílhavo. 
O prazo de entrega dos trabalhos decorre a partir do próximo dia 26 de outubro até ao dia 24 de março de 2016, devendo os mesmos ser entregues por mão própria ou enviados por correio para a Câmara Municipal de Ílhavo.
Para mais informações, consultar a CMI.

Fonte: CMI


terça-feira, 20 de outubro de 2015

Tolentino Mendonça vence Prémio Literário

«A Mística do Instante» 
recebe prémio ‘Res Magnae 2015’





“É impossível pensar um caminho de fé que não tenha a ver com o que ouvimos, o que vemos, o que tateamos, o que nos chega através do odor, muitas vezes invisível, ou então do sabor de Deus”, afirmou o sacerdote e poeta madeirense, em entrevista à Agência ECCLESIA, aquando da publicação da obra.

NOTA: Felicito o padre, poeta, ensaísta e biblista  José Tolentino  Mendonça por mais esta distinção, que eu, modesto leitor do que ele escreve, bastante aprecio e sigo regularmente. Os meus sinceros parabéns. 

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Pintura no Centro Cultural

Pintura sobre vidro no Centro Cultural
Passei hoje pelo Jardim 31 de Agosto e não resisti ao colorido que sobressai na parede envidraçada do Centro Cultural da Gafanha da Nazaré. Aquele envidraçado, que minuto a minuto vai alterando o seu aspeto, qual espelho em permanente função, é um chamariz autêntico que ilumina os nossos olhares ávidos de luz e cor. Mas, curiosamente, também nos leva à reflexão, sobretudo quando nos exibe com as suas sombras o espaço do sono eterno de muitos dos nossos antepassados e amigos, com quem tantas vezes nos cruzámos sob o olhar paternal do nosso primeiro prior, Padre João Ferreira Sardo. Dele falarei um dia destes.

Servir com alegria

Reflexão de Georgino Rocha

«Seguir Jesus é ser o primeiro 
na disponibilidade para servir»


Jesus aproveita um episódio familiar para fazer o seu ensinamento sobre o exercício do poder. Fá-lo em dois momentos, profundamente relacionados. “Nada disso entre vós” – diz aos discípulos ciumentos por verem a pretensão de Tiago e de João. Jesus referia-se ao modo como os reis da terra, os homens do poder dominam os súbditos, escravizam os concidadãos, dispõem dos sem protecção nem recurso. É uma lição da história que mantém toda a actualidade. Mesmo nas ditas democracias em que a manipulação da vontade popular se torna patente ou anula. Quanto mais nas ditaduras de todo o tipo.
Os irmãos Tiago e João têm pretensões ousadas. O seu sonho é ocupar um lugar no trono de Jesus, imaginando-o à maneira do messianismo judaico, temporal, libertador da opressão dos romanos e, consequentemente, sem entraves para o exercício do poder. Sonho arrojado que desperta a inveja dos companheiros e origina uma situação em que o Mestre vai manifestar o próximo futuro que vislumbra. Recorre a duas metáforas conhecidas: beber o cálice e receber o baptismo que ele próprio assumiria. Abre a ponta do véu da amargura da paixão, do sangue da crucifixão, da experiência da solidão na agonia e morte. “Podemos” – respondem cheios de coragem e determinação. E de facto, assim acontece. Passados poucos anos, Tiago é mandado matar por Herodes e João sofre o exílio e tudo o que o acompanha.

domingo, 18 de outubro de 2015

Ares de Outono: arbustos secos


Não pude fotografar a trovoada que se abateu sobre nós esta tarde. Com chuva forte a incomodar quem ousou sair de casa, que não a mim, que fiquei no quentinho da minha tebaida. Sem protestos, que o outono é isto mesmo, quer queiramos quer não. E com esperança de que esta estação do ano, por natureza mais cinzenta, traga a chuva que faz falta, para a nossa agricultura e para os nossos agricultores que teimam em desafiar as políticas da UE, Dispensamos, claramente, as trovoadas, os relâmpagos e as ventanias. 

Sínodo das Famílias ou dos Bispos? (1)

Crónica de Frei Bento Domingues no PÚBLICO

 «... mas não serão as famílias 
que vivem experiências de êxitos 
e fracassos matrimoniais 
a poderem apontar caminhos possíveis 
para a felicidade familiar?»

1. Há dias, um amigo dizia-me, com ar sentencioso: a vida de uma pessoa, comparada com a duração do mundo, não é apenas breve, é insignificante. Vós, os católicos, tendes a mania de negar a evidência, inventando a ideia de vida eterna quando, de facto, não passa de um fruto enganador da megalomania do desejo. Para não entrar numa discussão estéril, citei-lhe uma frase de Manuel da Fonseca, mais radical e evidente: isto de estar vivo, ainda vai acabar mal!
A conversa tinha começado pelos rumores em torno do Sínodo dos Bispos. Segundo este amigo, está a preparar-se a primeira grande derrota do Papa Francisco. O seu raciocínio era simples: os bispos de todo o mundo dispõem de um passado e do Direito Canónico que lhes oferece a ilusão - assim como à Cúria vaticana - de mandar no imaginário de uma realidade universal, com uma longa história de muitas configurações culturais e religiosas: a Família. Para eles, as normas contam mais do que a felicidade ou infelicidade das pessoas e dos casais. O Papa Francisco, pelo contrário, acordou para as exigências do humanismo cristão, mas não conseguiu acordar os outros bispos do sono dogmático.

sábado, 17 de outubro de 2015

Os nossos fados

"Dizem que temos valor (os portugueses), mas que nos falta dinheiro e união; e todos nos prognosticam os fados que naturalmente se seguem destas infelizes premissas"

António Vieira (1608-1697), padre e escritor português

Li no PÚBLICO


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Religião, política e saúde

Crónica de Anselmo Borges 

«Há expressões religiosas
Anselmo Borges
 que podem ser prejudiciais: 
aquelas que levam a sentimentos 
de impotência, culpa, vergonha.»


O filósofo Immanuel Kant formulou as tarefas essenciais da filosofia nestas perguntas: "O que posso saber?", "O que devo fazer?", "O que é que me é permitido esperar?" Acrescentou, depois, que estas três perguntas remetem para e reduzem-se a esta quarta: "O que é o Homem?"
Significativamente, Kant escreve que à terceira pergunta responde a religião, melhor, ela é do domínio da religião, porque tem que ver com a esperança da salvação, da felicidade, do sentido último. Deus é um postulado da razão prática, isto é, exige-se moralmente que Deus exista, para dar-se a harmonia entre o dever cumprido e a felicidade. A natureza não faz isso, só Deus.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

O Totti e a Tita

Animais fiéis 




Permitam-me que vos apresente, hoje e aqui, os nossos fiéis amigos, o Totti (a minha Lita faz questão de escrever com dois tês para não haver confusões, segundo creio) e a Tita, que vivem connosco há uns 14 anos bem medidos. Com esta ideia de falar de um cão e de uma cadela pretendo tão-só sublinhar a sua fidelidade que ultrapassa, em alguns casos, o que seria normal apenas entre seres humanos. Realmente, momento a momento, percebemos o nível de fidelidade destes animais, que  se estende aos demais familiares.
Quando filhos e netos chegam a nossa casa, percebemos bem a alegria que manifestam de tantas formas, com "gritinhos" estridentes, corridas e saltinhos, procurando o afago de quem vem, ao jeito de desafios para umas brincadeiras. 
As idades, já avançadas para as suas vidas, não deixam de nos avisar que, mais ano menos ano, nos vão deixar. E, talvez por isso, sinto a necessidade de partilhar com os meus leitores estas confidências. Afinal, tal como há pessoas que fazem parte das nossas vivências, também há animais que nos envolvem carinhosamente no dia a dia, ficando alegres com a nossa alegria e tristes com a nossa tristeza.

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quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Um poema de Manuel Alegre



AS MÃOS

Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema ─ e são de terra.
Com mãos se faz a guerra ─ e são a paz.


Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedra estas casas mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.

E cravam-se no Tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.

De mãos é cada flor cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.


Manuel Alegre
"O Canto e as Armas"
Europa-América
1979

Aveiro quer viver a alegria da misericórdia

Para 2015-2018



«Num mundo em constante mudança, em que cada vez mais se acentuam o individualismo e indiferença, apesar dos apelos à intervenção e à renovação, é imperioso que a Igreja, e cada cristão em particular, seja rosto da misericórdia de Deus para os homens do nosso tempo. Misericórdia que é o modo de amar de Deus, o seu autêntico nome, que se humaniza em Jesus Cristo e no estilo de vida que o leva a identificar-se com as pessoas lesadas na sua dignidade. “Abrir o coração à misericórdia é viver «as obras de misericórdia», fazer a experiência do encontro, da ‘peregrinação’ pelas variadas periferias existenciais.”»

António Moiteiro, 
Bispo e Aveiro

Declaração de interesses dos comentadores


Eu sei que poderei ser acusado de ingénuo ao reclamar a todos os comentadores políticos e de outras áreas uma declaração de interesses. Sei, também, que todos se consideram independentes nas suas considerações, críticas ou elogiosas, mas tal não é verdade. A tendência normal, pelo que leio e ouço, é que são críticos benévolos em relação aos seus apaniguados e agrestes quando não comungam dos ideais dos visados nos seus comentários. Apoiam as correntes ideológicas que comungam e criticam as que consideram adversárias. 
Quem os ouve e lê, com regularidade, vai percebendo as suas tendências, quer em relação aos políticos e artistas, quer no que diz respeito a desportistas e religiosos, mas nem sempre se percebe onde querem chegar pelas ambiguidades que usam nas suas intervenções.
Uma coisa é certa: Todos se declaram independentes e imparciais, mas na realidade não o são de forma clara. E afinal, não custava nada. Bastava dizerem, por exemplo, se são, na política, da direita, centro ou esquerda, e o mesmo em relação a outros assuntos. 
Um dia ouvi um conhecido comentador político afirmar que, como benfiquista, nunca consegue ver legalidade numa qualquer grande penalidade contra o seu Benfica. E se procede assim com o futebol, como acreditar que seja  independente nos comentários políticos?

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Bonito exemplo de Ermelinda Garcez e Adelaide Calado

Ermelinda, Adelaide e Fernando Martins

Ermelinda Garcez e Adelaide Calado participaram e animaram a Eucaristia na sexta-feira, 25 de setembro, dia em que visitámos o Lar. Vimos como cantavam, como liam os textos sagrados e como distribuíam água aos participantes idosos ou doentes depois da comunhão, «porque alguns têm dificuldade em engolir a hóstia consagrada», disseram-nos. Depois encaminharam os utentes para as salas de convívio e respondiam às suas questões ou desejos, com palavras ternas para todos.
A celebração foi presidida pelo Padre João Sarrico, atual capelão do Lar Nossa Senhora da Nazaré e vigário paroquial das Gafanhas da Nazaré, Encarnação e Carmo. Depois da missa, foi distribuir a comunhão aos acamados e no final confidenciou-nos que gosta do trabalho que aceitou fazer, tal como gosta de estar e falar com as pessoas. «Toda a vida fui pároco», disse. E acrescentou que, com esta missão, «acaba por dar o seu próprio testemunho», reconhecendo que há utentes mais novos do que ele, embora doentes ou incapacitados.

Ler entrevista aqui

Ares de Outono: ramos secos


Ali, no empedrado geométrico, com raios de sol e sombra, jazem esquecidos e abandonados dois simples ramos de palmeira que os ventos outonais rasgaram do tronco paterno. Se mais vento não vier ou mesmo que venha os depósitos do lixo se encarregarão de lhes dar sepultura que os atire, um dia, para o ciclo da vida que se perpetuará até à eternidade. Que descansem em paz. Amem.

Zonas Costeiras em Congresso na UA

UA recebe VIII Congresso sobre Planeamento 
e Gestão das Zonas Costeiras dos Países 
de Expressão Portuguesa


«Nos dias 14 a 16 de outubro a Universidade de Aveiro vai receber o VIII Congresso sobre Planeamento e Gestão das Zonas Costeiras dos Países de Expressão Portuguesa. Mantendo a tradicional rotatividade da organização deste evento, cujas edições anteriores decorreram em Ponta Delgada (Açores), Recife (Brasil), Maputo (Moçambique), Funchal (Madeira), Itajaí (Brasil), Ilha da Boa Vista (Cabo Verde) e Maputo (Moçambique), a próxima edição decorrerá em Aveiro, pela primeira vez em Portugal continental.»

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Somos uns empatas

Palácio de São Bento
Eu não sei se estou a ver bem o que se passa no nosso país. Anda tudo numa roda-viva, a nível de partidos políticos e do povo que vai atrás deles. Na democracia é assim, eu sei, mas... 
Houve eleições para a Assembleia da República, donde dimana, segundo a nossa Constituição, o novo governo. O Presidente da República, tendo em conta o que reza a nossa lei fundamental, convida para formar o governo um líder partidário, tendo em conta os resultados eleitorais.
Para se conseguir uma governação estável e duradoira, como em tempos o Presidente Cavaco informou o país, será preciso uma maioria com apoio parlamentar. Posto isto, os partidos devem entender-se para não andarmos a brincar às eleições. Porque, se não houver maioria, é certo e sabido que daqui a uns tempos lá voltaremos nós a correr para as urnas. E como somos uns empatas, tão empatas que nem sequer somos capazes de imitar outros países que, de um dia para o outro, fazem eleições, referendos, entendem-se depressa nos parlamentos, formam governos e começam a governar, por cá continuaremos sem rei nem roque. 
Agora, depois das escolhas que fizemos, aqui-d’el-rei que alguns partidos não servem para o governo da nação. Mas então o voto do povo não vale nada? Deixemos governar quem tem o direito democrático para o fazer. Se se portarem mal, nas próximas eleições serão castigados. Não é assim numa democracia madura?
É incrível como em mais de 40 anos de democracia tão pouco aprendemos. Somos o que somos… uns empatas. 

F.M.

domingo, 11 de outubro de 2015

“Somos o Poema de Deus”

Um livro de Manuel Armando



“Somos o Poema de Deus” é o mais recente livro de Manuel Armando Rodrigues Marques, com edição do autor. Saiu em 2015. Manuel Armando é presbítero da Diocese de Aveiro com responsabilidades pastorais sobre Aguada de Baixo e Avelãs de Caminho desde 1990. Paralelamente, desenvolve atividade de palco nas áreas de magia e hipnose teatral. Neste campo é conhecido por Prof. Marcos do Vale.
A abrir este seu trabalho de poesia, declara-se: «Também sou poema de Deus.» Neste texto afirma, enquanto relembra a sua história de vida: «Entre êxitos e desencantos, alegrias e lágrimas, aplausos e incompreensões, convívios e solidão, oração e pecado, esperanças e quase desesperos, olhando a simplicidade das crianças ou dos pobres e a arrogância de quem se alcandora à chefia das coisas e das gentes e outras inumeráveis situações, cinquenta anos são passados, num sacerdócio que é de Jesus Cristo.»

Televisão e Paz

«Se toda a gente exigisse paz 
em vez de mais uma televisão lá em casa, 
então existiria paz»

John Lennon (1940-1980), músico e ativista inglês

Uma profecia em acção

Crónica de Frei Bento Domingues 

«A Laudato Si desenvolve
e integra a convicção
de que tudo está estreitamente 
ligado no mundo.»



1. Compreendo o desejo, manifestado por alguns leitores, de não terem encontrado na crónica do Domingo passado a transcrição integral dos referidos 10 princípios para um novo humanismo de J. Kristeva. Talvez não tenham reparado que deixei, em nota, a forma fácil de recorrer à sua tradução brasileira [i].
Estas crónicas nunca poderão superar o seu carácter fragmentário. A abordagem dos acontecimentos ou dos temas selecionados pretende apenas sugerir que é preciso pensar, questionar e debater se não quisermos ser vítimas dos arsenais mediáticos, mais ou menos sofisticados, vozes diversas do mesmo intuito de dominação. 

sábado, 10 de outubro de 2015

Guilherme d'Oliveira Martins vai para a Gulbenkian

 Guilherme d'Oliveira Martins


Confesso que nutro por Guilherme d'Oliveira Martins grande admiração, apesar de apenas uma vez ter trocado umas curtas impressões com ele, durante uma conferência que proferiu em Aveiro. A minha admiração vem da profunda cultura que ele possui e da postura cívica, política e intelectual que deixa transparecer no que pensa, escreve e diz. É um homem, realmente, de grande capacidade intelectual. Daí a admiração.
Fala com enorme facilidade de qualquer assunto, por mais complexo que seja, quer de natureza política, social, literária, religiosa, filosófica, histórica, artística e nem sei que mais. Dá gosto ouvi-lo.
Há anos, quando foi eleito o Papa Bento XVI, comentou na rádio o acontecimento, em cima da hora, abordando as várias facetas do então cardeal eleito para a cadeira de Pedro. E quando tem que se pronunciar sobre qualquer tema (livro, autor, artista, sábio, político, etc.), mostra à saciedade que está por dentro de tudo. Há anos, Eduardo Prado Coelho, escritor, crítico literário e cronista, enalteceu a espantosa cultura de Guilherme d'Oliveira Martins. 
Deixa agora o Tribunal de Contas, de que foi presidente, para ingressar na administração da Gulbenkian. E que poderemos esperar dele? Que consiga implementar ao máximo o contributo daquela fundação em tantas áreas, no sentido de a levar a todos os recantos do nosso país. A cultura não pode concentrar-se em Lisboa e Porto.

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Porto de Aveiro: Uma boa notícia

APA e IDAD trabalham na execução de medidas
que reduzam efeitos da operação portuária no ambiente



«A Administração do Porto de Aveiro já confirmou oficialmente à Câmara de Ílhavo a intenção de agilizar a construção da barreira eólica que consiga mitigar os efeitos das descargas de petcoke. A APA afirma-se “sensibilizada” e está a trabalhar com o IDAD no sentido de preparar toda a especificação técnica que suporte os procedimentos necessários ao controlo e monitorização de petcoke. A ideia é reduzir em aproximadamente 90% a emissão de partículas. O tema está na agenda de autarquias, APA e da Associação para a Defesa dos Interesses da Gafanha da Nazaré que exigiu a implementação de medidas propostas no Estudo elaborado pelo Instituto de Ambiente e Desenvolvimento (IDAD) com prioridade para a barreira eólica.»


Nota: Depois da luta do povo da Gafanha da Nazaré, dinamizada pela ADIG, foi muito bom saber que a solução para resolver os problemas ambientais está em curso. Desejamos que tudo decorra com a celeridade possível. 




Casamento católico: indissolúvel?

Crónica de Anselmo Borges 

«E a falta de amor, 
quando o casamento 
se torna um inferno?»

1. A família estável, no amor fiel e para sempre, é célula de base da sociedade e da Igreja, valor essencial pelo qual vale a pena bater-se, tanto mais quanto é o espaço ideal para ter filhos e educá-los, porque ali se junta o afecto e a autoridade. A desestruturação da família afunda a sociedade. Mas a vida é o que é. O próprio Papa Francisco, embora evitando a palavra divórcio, veio reconhecer que a separação pode ser "moralmente necessária". No caso da violência doméstica, por exemplo: "Quando se trata de proteger o cônjuge mais frágil ou as crianças das feridas mais graves causadas pela violência."

Jesus olha-nos com ternura

Reflexão de Georgino Rocha

«Ser discípulo é olhar com ternura 
os outros e as suas situações»


A relação de Jesus com as pessoas mostra-se de forma expressiva no seu olhar. Mc 10, 17-27. Olha com ternura o homem que vem a correr para lhe perguntar o que há-de fazer para alcançar a vida eterna. Fita os olhos nos discípulos que ficam espantados pela resposta/comentário dada na sequência da atitude assumida por aquele “peregrino” da verdade. É igualmente expressivo o modo como olha e se compadece das multidões, de Pedro, da mulher adúltera, e de tantos outros que se foram cruzando com ele nos caminhos da missão. Foi assim outrora nas terras por onde passava. É assim agora nas situações em que está presente connosco. Que certeza tão confiante e desafio tão estimulante!

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Alma de joelhos

«Há pensamentos que são orações. Há momentos nos quais, seja qual for a posição do corpo, a alma está de joelhos.»

Victor Hugo (1802-1885)


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Ílhavos na Grande Guerra



A sessão de encerramento da Exposição “Os Ílhavos na Grande Guerra” está agendada para o próximo dia 30 de outubro (sexta-feira), pelas 18h00, no Centro Cultural de Ílhavo. Trata-se de uma exposição organizada pela CMI, com o objetivo de homenagear quantos participaram e sofreram na primeira Grande Guerra e seus familiares, Alguns faleceram no conflito e outros sofreram danos físicos e psicológicos que os marcaram para a vida, merecendo, por isso, o nosso respeito e admiração.
Se ainda não visitou amostra, ainda está a tempo de o fazer. Aproveite.

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quinta-feira, 8 de outubro de 2015

D. António Marcelino faleceu há dois anos

Eucaristia na Sé de Aveiro
Amanhã|9 de outubro|19h



Completam-se amanhã, 9 de outubro, dois anos sobre a morte de D. António Marcelino, que foi um dinâmico Bispo de Aveiro. Razão mais do que suficiente para ser lembrado amanhã, na sé aveirense, pelas 19 horas, numa Eucaristia presidida por D. António Moiteiro.
Na mesma celebração eucarística, serão evocados também os Bispos de Aveiro já falecidos, bem como padres e diáconos. Espera-se, naturalmente, a participação possível de diocesanos e amigos dos falecidos.

Nota: Ao  jeito de evocação pessoal, ler texto que escrevi em 2006  aqui

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

A visita

Crónica de Maria Donzília Almeida


“Vai ter com a formiga, ó preguiçoso, 
considera os seus caminhos e sê sábio” 

Salomão
                                                                                    
Mourejava eu como a formiga, quando fui surpreendida por aquela visita. Aprovisionando no verão para os rigores do inverno, as formigas são um bom exemplo de animais gregários.
Sempre me impressionou como estes seres minúsculos interagem e se organizam em colónias.
As formigas são pequenos insetos que podem ser encontrados em todas as partes do mundo, desde regiões ao nível do mar, desertos, até no alto de grandes montanhas.
O tamanho pode variar de alguns milímetros a alguns centímetros. Há um grande número de espécies, que pode atingir mais de 12.000. Elas pertencem à ordem dos himenópteros e variam muito, tanto em relação às suas formas, quanto aos seus costumes ou hábitos. 
São consideradas insetos sociais, porque vivem em colónias, altamente organizadas e eficientes. Formadas por milhares de formigas, divididas em classes, cada uma tem a sua função específica na organização dessas comunidades.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Ares de Outono: As nozes

Tempo de cuidar delas



Está na hora de tratar das nozes. Apanhar as que vão caindo, mais em dias de vento, limpá-las, lavá-las e pô-las a secar. Uns dias, uma semana ou mais, conforme o estado do tempo. Entretanto, eliminam-se as que apresentam sinais de podres. As que restam, ficam a aguardar pelo Natal, época mais propícia para as comer. São nozes biológicas, pois estão isentas de qualquer tratamento químico. 
Recordo-me da nogueira, pequenina, que um aluno me ofereceu há muitos anos. Tão pequenina que tive dúvidas do seu crescimento, mas há muito tempo já que dela saboreamos as suas nozes. É claro que não dá para vender, mas a família lá vai comendo uma ou outra. Mais se já estiverem descascadas. 
O prazer de usufruir do que o quintal nos oferece, se dermos uma ajuda, é enorme; só tenho pena que as forças limitadas nos impeçam de pegar nas enxadas, apesar de vontade não nos faltar. 


“Encontros e Encantos”

Um livro de João Gonçalves Gaspar


“Encontros e Encantos — Bispos na vida e na memória da Princesa Santa Joana” é o mais recente livro de João Gonçalves Gaspar, Vigário-geral da Diocese de Aveiro e membro da Academia Portuguesa de História. Com chancela de “Tempo Novo Editora – Diocese de Aveiro”, esta obra saiu em maio de 2015. 
O autor é um historiador aveirense de renome, prolífero e oportuno nos temas que aborda, destacando-se a sua paixão por Santa Joana desde há muito. Sobre ela, descortina frequentemente razões para despertar nos aveirenses renovados interesses pela padroeira da cidade e diocese.
Como o título e subtítulo indicam, trata-se de uma obra de referência para a historiografia aveirense, destacando as vivências da Princesa Joana entre nós, com marcas indeléveis da sua presença no Museu de Aveiro, também conhecido por Museu de Santa Joana, mas ainda no espírito das gentes desta terra que amou.

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