sábado, 18 de julho de 2015

Francisco e o "crucifixo comunista"

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias


"As ideologias terminaram 
sempre em ditaduras. 
Pensam pelo povo, 
não deixam o povo pensar"

1. Francisco voltou ao seu continente. Numa maratona de oito dias, percorreu três países - Equador, Bolívia, Paraguai -, que escolheu, entre os mais pobres, ficando bem clara a agenda religiosa, social e política deste pontificado: a Igreja esteve, concretamente na América Latina, ao lado dos vencedores e opressores, mas agora fica do lado dos pobres e desprotegidos. E aí está o pedido humilde de perdão "não só pelas ofensas da própria Igreja, mas também pelos crimes contra os povos indígenas durante a chamada conquista da América".

Férias ao estilo de Jesus

Reflexão de Georgino Rocha


«O descanso e o lazer são vitais 
para a pessoa cultivar o seu ser integral. 
Fazem bem ao corpo e ao espírito»

“Vinde comigo para um lugar isolado e descansai um pouco” é o apelo/convite e a recomendação de Jesus, após ter acolhido e ouvido os discípulos regressados da primeira experiência missionária. Mc 6, 30-34. A narração do que acontecera deixava perceber que a missão decorrera bem. As instruções tinham sido observadas. A confiança na palavra do Mestre estava confirmada. O êxito enchia de alegria contagiante o coração de todos. A sobriedade de meios, a simplicidade de vida, a itinerância doméstica, a eficácia do anúncio, a libertação do espírito oprimido pelas forças do mal são credenciais comprovadas e adquirem valor distintivo de quem é discípulo de Jesus em qualquer circunstância. Partilham o belo da missão. Nada que pareça fofoquice, reacções negativas das pessoas, sacudidelas do pó das sandálias, comentários negativos ào que viram e ouviram.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Abafai meus gritos com mordaças

Maria Barroso


Abafai meus gritos com mordaças,
maior será a minha ânsia de gritá-los!

Amarrai meus pulsos com grilhões,
 
maior será minha ânsia de quebrá-los!

Rasgai a minha carne!
 
Triturai os meus ossos!

O meu sangue será minha bandeira
 
e meus ossos o cimento duma outra humanidade.

Que aqui ninguém se entrega
 
— Isto é vencer ou morrer —
é na vida que se perde
Que há mais ânsia de viver!

Joaquim Namorado, "Promete"

Nota: Sugestão do Caderno Economia do EXPRESSO, como um poema que Maria Barroso (1925-2015) mais apreciava dizer em público.

Missa Nova do Padre João Santos, na Gafanha da Nazaré

O padre não pode ser de Deus 
se não for para os outros 


No momento da partilha do bolo

«Eu venho, Senhor, à vossa presença;/Ficarei saciado ao contemplar a vossa glória./Ficarei saciado ao contemplar a vossa glória.» Foi ao som deste cântico, entoado por toda a assembleia, que enchia por completo a igreja matriz da Gafanha da Nazaré, que o Padre João Santos entrou no templo para celebrar a Missa Nova. Ordenado no dia anterior, 12 de julho, na Sé de Aveiro, por D. António Monteiro, presidiu pela primeira vez a uma eucaristia na nossa paróquia, na segunda-feira, 13 do mesmo mês, na qual se celebraram os 68 anos da ordenação do Padre José Lourenço e os 18 anos dos Padres Pedro José, Ângelo Silva e António Torrão. 
O Padre João Santos que estagiou, como cooperador, nas paróquias das Gafanhas da Nazaré, Encarnação e Carmo, sob a orientação do Padre Francisco Melo, mostrou-se grato pelo apoio que recebeu da equipa sacerdotal responsável pela paroquialidade das três Gafanhas, que todas contribuíram para esta festa significativa, mas não deixou de sublinhar quanto recebeu do Padre Francisco Melo: amizade, confiança, e sentido de organização e obediência.
À homilia, o Padre João Santos referiu que o sacerdote «é sinal de que Deus nunca abandona o Seu Povo nesta caminhada até à nossa morada permanente», adiantando que «é no acolhimento da Palavra de Deus que de facto se joga a nossa vida, mesmo no meio das dificuldades». E frisou que não nos podemos deixar «prender pelo medo da desconfiança nem da tristeza», sendo «luzeiros da Vida de Deus, sem termos medo da bondade nem da ternura, como tantas vezes nos recorda o Papa Francisco». E acrescentou: «Não tenhamos dúvida de que aquilo que fizermos aos mais pequeninos ao próprio Cristo o fazemos.»

Porto de Aveiro


No site da Comunidade Portuária do Porto de Aveiro pode ser apreciado um bloco de fotografias que nos dão uma ideia da beleza desta área situada no Gafanha da Nazaré. Visite o site aqui.

terça-feira, 14 de julho de 2015

Construtores do Reino de Deus

Bispo de Aveiro na Eucaristia do Crisma:

É importante saber que outros 
foram à nossa frente na santidade

Sara Raquel foi batizada antes de ser crismada

«Quem é Jesus para mim, que vou receber o sacramento do Espírito?» Este foi o desafio que D. António Moiteiro, Bispo de Aveiro, lançou aos 59 jovens que foram crismados na igreja matriz, no sábado, 20 de junho, na eucaristia das 19 horas. Igreja cheia de fiéis, onde decerto pontificaram familiares e amigos dos que assumiram a missão de testemunhar Jesus Cristo na vida pessoal e comunitária, nomeadamente, na família, no trabalho, no lazer, mas ainda na cultura, no desporto e no empenho social e caritativo. A Sara Raquel, antes de receber o sacramento da Confirmação, foi batizada e nesta Eucaristia também comungou pela primeira vez.
Numa alusão concreta ao Evangelho do XII domingo do tempo comum, D. António questionou os crismados sobre a figura de Cristo, «o homem a quem o mar e o vento obedecem», lembrando que Jesus «não é apenas uma figura do passado», porque está sempre connosco. E acrescentou: «É o Espírito Santo que vos dá a verdadeira vida; vida que vós ides viver e testemunhar.»
O Bispo de Aveiro convidou todos os presentes a pedirem ao Espírito Santo que os fortaleça, ajudando-os a serem «cristão a sério», qual «pequena semente — referida no Evangelho — que se vai tornar numa árvore frondosa». E explicou: «Essa semente vai fazer de vós construtores do Reino de Deus.»

ADIG reuniu-se com CMI

Centro Cultural

À semelhança do que aconteceu com a Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré, a ADIG reuniu-se com a CMI, para lhe apresentar uma lista de problemas que esperam solução, nomeadamente, a cedência do Auditório do Centro Cultural para espetáculos das associações da nossa terra, maior equilíbrio entre o número de espetáculos nas freguesias de São Salvador e Gafanha da Nazaré e manter o polo museológico “Casa Gafanhoa” aberto ao público, com regularidade, conforme se lê em comunicado de 5 de Junho. A ADIG ainda pede à autarquia ilhavense que pressione a Cimpor e a Administração do Porto de Aveiro para a colocação duma barreira eólica, que defenda a Gafanha da Nazaré do transporte de poluentes, em especial Petcoke e Clinquer, sobre a cidade e povoações a sul, bem como lembra a necessidade de colocação de sistemas de monitorização contínua da qualidade do ar.



segunda-feira, 13 de julho de 2015

XXXII Festival de Folclore na Gafanha da Nazaré

O Etnográfico dá-nos garantias 
de podermos preservar 
a nossa identidade


José Augusto Rocha foi intérprete junto do grupo francês

No sábado, 4 de julho, realizou-se o XXXII Festival de Folclore da Gafanha da Nazaré, este ano enriquecido pela participação do Grouype Folklorique “Terre Baugeoise”, uma comunidade do oeste da França, situada no departamento de Maine-et-Loire. Os outros grupos, para além do anfitrião, Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré (GEGN), foram o Grupo Folclórico de Santa Maria de Moure (Barcelos), Rancho Regional de S. Salvador de Folgosa (Maia) e o Grupo Folclórico de Danças e Cantares “O Cantaréu” (Vila Real), que atuaram, à noite, no jardim 31 de Agosto, animando quantos apreciam as tradições dos antepassados de cada região representada.

Museu de Ílhavo

Férias aqui à volta 
sem grandes despesas



O Museu de Ílhavo, com todo o seu riquíssimo acervo relacionado com a Pesca do Bacalhau e com a Ria, oferece ainda o já célebre Aquário de bacalhaus, o único em Portugal. Recentemente considerado um dos 20 mais espetaculares edifícios do mundo, o aquário permite uma observação próxima com o fiel amigo de todas as mesas portuguesas. Os bacalhaus, originários da Noruega e da Islândia, vivem num habitat natural, criado para o efeito. Pode informar-se pelo telefone 234 329 990.


Estou de volta


Uns dias sem escrever para o meu blogue souberam-me bem. Senti-me em férias, sem ofender a minha condição de aposentado. Olhei para o lado e retirei da minha cabeça o computador o o iPad. Passei por eles apenas para cumprir compromissos assumidos. E hoje, segunda-feira, estou de volta, sem correrias nem grandes azáfamas. 
Boa semana para todos.

domingo, 12 de julho de 2015

Vivemos na rua dos pobres

“Devíamos falar menos sobre a Grécia 
porque também vivemos na rua dos pobres”

Para vencer o clericalismo

Crónica de Frei Bento Domingues 

Para vencer o clericalismo 
é preciso escutar também, 
nas cidades e nas aldeias, 
a voz dos cristãos que lutam 
por uma Igreja de todos 
ao serviço da casa comum



1. A vida é feita de conflitos e consensos. As instituições precisam de mediações e instâncias que saibam estimular e regular a participação viva de todos os seus membros. Esta é também uma questão fulcral das Igrejas.
O último número da revista da faculdade de teologia, Didaskalia [1], é dedicado, precisamente, à Sinodalidade na Igreja. Não é importante apenas pela circunstância de continuar em debate o Sínodo dos bispos sob a família e de vários sínodos diocesanos. Merece especial destaque pela qualidade dos estudos reunidos, de várias nacionalidades, sobre um tema que percorre, desde o começo até aos nossos dias, os momentos mais marcantes da História da Igreja local e universal e que está longe de ter encontrado modalidades perfeitas, para não dizer minimamente aceitáveis.

sábado, 11 de julho de 2015

Buddha Éden

Crónica de Maria Donzília Almeida


«A paz vem de dentro de você mesmo. 
Não a procure à sua volta»

Buda



Se o trabalho dá saúde, o seu oposto, o lazer faz a sua manutenção. Assim, é preciso intercalar a atividade profissional com pausas, para que o desempenho seja profícuo. No final de um exaustivo ano letivo, sabe bem mudar de ares e respirar a mística de um ambiente oriental.
O jardim oriental Buddha Éden, integrado na Quinta dos Loridos, foi a meta curricular, almejada por um grupo de agentes educativos do AEGE.
Aí fica um bonito solar, situado na freguesia do Carvalhal, concelho do Bombarral. Outrora, estas terras foram pertença do Mosteiro de Alcobaça, que as doou a João Annes Lourido, em 1430. No século XVI a família Sanches de Baena reconstruiu este solar que é hoje um belo exemplo da nobre arquitetura rural do século XVIII, ostentando o brasão da família Sanches de Baena. Foi convertido numa unidade hoteleira de luxo e também numa afamada produtora de vinhos, nomeadamente de espumantes.

"Deus morreu", e agora?

Crónica de Anselmo Borges 


Ó Pai, ó Pai! 
Onde está o teu peito infinito, 
para descansar nele?


1. Volto muitas vezes a esse sublime e abissal texto, pavoroso, um dos grandes da grande literatura alemã, que Jean Paul, pseudónimo de Johann Paul Friedrich Richter, escreveu em 1796: "Rede des toten Christus vom Weltgebäude herab, dass kein Gott sei" ("Discurso do Cristo morto, a partir do cume do mundo, sobre a não existência de Deus").
Nele, o célebre escritor descreve um sonho. Pela meia-noite e em pleno cemitério, numa visão apavorante, o olhar estende-se até aos confins da noite cósmica esvaziada, os túmulos estão abertos, e, num universo que se abala, as sombras voláteis dos mortos estremecem, aguardando, aparentemente, a ressurreição. É então que, a partir do alto, surge Cristo, uma figura eminentemente nobre e arrasada por uma dor sem nome. E, com um terrível pressentimento, "os mortos todos gritam-lhe: "Cristo, não há Deus?" Ele respondeu: 

Enviados por Jesus a curar e a libertar

Reflexão de Georgino Rocha




«É preciso sobrepor a relação solidária 
à razão económica, 
o bem de todos aos interesses de alguns»







Jesus marca o ritmo do tempo. Quer que o seu projecto entre numa fase nova: lançar os discípulos na primeira experiência da missão. Mc 6, 7-13. Por isso, faz a escolha dos doze, símbolo da totalidade, confere-lhes poder sobre as forças do mal, define o anúncio da mensagem a proclamar e dá instruções claras e precisas. Tudo em conformidade com o que tinha feito - e eles tinham visto e ouvido - nas viagens pelas aldeias e na ida às sinagogas, no contacto com as multidões, nas conversas em família.
Este modo de proceder constitui a melhor escola de formação: em grupo, com relacionamento personalizado, ensinamentos oportunos e, quase sempre, precedidos de acções envolventes e apelativas, recurso a explicações complementares, autoridade reconhecida e participada por todos, responsabilidades atribuídas progressivamente, riscos calculados e ousadia confiante. Tudo a convergir para formar aqueles que eram/são chamados a testemunhar e a cooperar na realização do projecto de salvação que Deus nos proporciona em Jesus Cristo.

domingo, 5 de julho de 2015

Papa Francisco na América Latina

Papa inicia viagem com mensagem 
em favor dos «mais vulneráveis», 
a «dívida» que a América Latina tem por pagar



«O Papa Francisco chegou hoje ao Equador, após um voo de quase 12 horas, iniciando uma visita de nove dias à América Latina com alertas contra a exclusão e apelos em favor dos mais “vulneráveis”.
"Que as realizações alcançadas no progresso e desenvolvimento possam garantir um futuro melhor para todos, prestando especial atenção aos nossos irmãos mais frágeis e às minorias mais vulneráveis, que são a dívida que toda a América Latina continua a ter”, pediu, no primeiro discurso da viagem, no aeroporto internacional de Quito, perante autoridades civis e religiosas equatorianas, para além de representações das comunidades indígenas locais.»

Li aqui 

NOTA: Viagem a seguir porque não podemos ficar indiferentes ao seu testemunho profético de denúncia e de anúncio. Denúncia das ofensas aos direitos humanos e de anúncio do direito à liberdade e à justiça a todos os níveis.

Infortúnios

«De todos os infortúnios que afligem a humanidade, 
o mais amargo é que temos de ter consciência 
de muito e controlo de nada»

Heródoto (-484/-425), historiador, Grécia Antiga

UMA ENCÍCLICA DESASTROSA

Crónica de Frei Bento Domingues 
no PÚBLICO


Embora pouco praticantes do ecumenismo 
entre as Igrejas cristãs e de diálogo inter-religioso, 
estamos sempre dispostos a louvá-los


1. No dia 26 de Junho recebi uma mensagem: não deixe de comprar hoje o DN. Ia no comboio! Como os meus ouvidos já confundem os ruídos, consegui perceber, no entanto, que se tratava de alguém muito zangado com a encíclica do Papa. Quando cheguei ao destino, deparei com um artigo de Miguel Ángel Belloso (director da revista espanhola, Actualidad Económica), Um Papa pessimista e injusto.
O artigo não é original, mas merece atenção. Tentarei um resumo. Inscreve-se num conhecido projecto internacional, de católicos e não católicos, destinado a engrossar, cada vez mais, a campanha contra o papa argentino. O autor confessa uma grande admiração pelos papas que imediatamente o antecederam. Bergoglio, pelo contrário, em muito pouco tempo, impulsionou uma revolução na Igreja.

sábado, 4 de julho de 2015

JESUS E A POLÍTICA

Crónica de Anselmo Borges 

Anselmo Borges
«Jesus é "figura determinante" 
(K. Jaspers) na história da humanidade»



1. Em 2011, realizei um colóquio internacional sobre "Quem foi/Quem é Jesus Cristo?", com especialistas de vários horizontes do saber. Paulo Rangel foi um dos conferencistas. Ele acaba de publicar o texto, numa edição apoiada pelo Grupo do Partido Popular Europeu, com tradução para francês e inglês e uma belíssima reprodução da Pietà (segundo Delacroix) de Van Gogh, 1889: Jesus e a Política. Reflexões de Um Mau Samaritano. Para a apresentação, convidou o ex--presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, agnóstico, e o filho deste, João Gama, católico, professor de Direito Fiscal na Universidade Católica. O Salão Árabe do Palácio da Bolsa foi pequeno para acolher centenas de pessoas, numa grande noite cultural sobre Jesus.

Navio-museu Santo André

Um museu a visitar 
durante as férias de verão


O Navio-museu Santo André, no Jardim Oudinot, também é ou deve ser visita obrigatória, por ser um testemunho vivo da pesca do bacalhau por arrasto. Construído em 1948, na Holanda, deixou os mares e a pesca do fiel amigo em 1997. Foi restaurado e hoje é uma lição expressiva para os amantes da nossa história da pesca do bacalhau. Está em exposição permanente, sendo a visita explicada ao pormenor por legendas e vídeos. Pode informar-se pelo telefone 234 329 990.

SURPREENDIDOS POR CAUSA DE JESUS

Reflexão de Georgino Rocha

A sociedade está organizada 
com base no binómio 
honra e vergonha

Nazaré


Jesus deixa Cafarnaum e faz uma visita a Nazaré, terra em que reside durante muitos anos e onde é bem conhecido. Mc 6, 1-6. Ao sábado, vai ao culto na sinagoga, como bom judeu. Observa as práticas rituais e, quando chega a vez da intervenção dos presentes, toma a palavra e faz um ensinamento que provoca assombro na assembleia. A reacção é imediata, pois o seu estatuto social não condizia com tanta sabedoria. A vida quotidiana da sua família era tão normal que ninguém notava algo de estranho. A inserção na comunidade local e nas práticas cultuais identificava-o como verdadeiro nazareno.
E neste ambiente simples e sóbrio, Jesus vive em comunhão profunda com Deus Pai, em união filial com Maria, sua Mãe, em relação com os demais familiares, com a vizinhança. Dá-nos a lição do amor à família, ao silêncio e ao trabalho, segundo Paulo VI, na homilia que faz aquando da visita a Nazaré, em 1964.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

PESTINHAS — GAFANHA DA NAZARÉ

Grupo de Dança 
e Associação Cultural 


Neste mês de julho, em que a Câmara Municipal promove a primeira edição do Marolas – Ílhavo 2015, dedicamos a rubrica “Associações” às Pestinhas – Grupo de Dança – Associação Cultural. 
Criado por Helena Semião, a 6 de dezembro de 1992, o Grupo de Danças Pestinhas começou com 8 elementos, tendo adquirido o estatuto de Associação Juvenil no ano 2004 e, mais recentemente, o de Associação Cultural do Município de Ílhavo. 
A sua principal atividade é a promoção da prática de dança (faixas etárias a partir dos 6 anos sem limite de idade), bem como a realização de inúmeros espetáculos que têm lugar não só no Município de Ílhavo, mas também por todo o país. 
Atualmente composta por 40 elementos, a Associação realiza todos os anos um Sarau comemorativo do seu aniversário e participa em várias animações tais como festas de Escolas, Saraus, jogos de Basquetebol e Futebol, Campeonatos e Concursos de Hip Hop, Desfiles, Corsos Carnavalescos, associações Pestinhas - Grupo de Dança - Associação Cultural entre outras. O grupo tem participado igualmente em diversos eventos promovidos pela Câmara Municipal de Ílhavo, como é o caso da Semana Jovem, da Feira da Saúde e das Marchas Sanjoaninas. As inscrições estão abertas durante todo o ano e para todos os estilos de Dança: 
» Dança para crianças dos 6 aos 13 anos e Dança para adultos a partir dos 35 anos, pela Coreógrafa Helena Semião; 
» Dança para jovens entre os 14 e os 30 anos e Aulas de Zumba e Localizada, pela Dançarina/ Coreógrafa Patrícia Queirós. 

Principais Atividades

. Sarau do Aniversário do Grupo (dezembro); 
. Sarau incluído na Semana Jovem/ Marolas – Ílhavo 2015 (julho); 
. Participação nas Marchas Sanjoaninas de Ílhavo; . Participação no Corso do Carnaval de Vale de Ílhavo; 
. Zumba - Angariação de Fundos para os Bombeiros Voluntários de Ílhavo e Zumba Colour 2015; 
. Concurso Vestidos de Chita
. Etc.

Rua da Creche, 11
3830-592 Gafanha da Nazaré
Facebook: Grupo Dança Pestinhas Pestinhas

Presidente da Direção
Helena Semião

Fonte: Rubrica Associações da Agenda Viver em…, julho de 2015. A foto é da rede global.

NOTA: Por mais que me esforce, nunca consigo nem conseguirei estar a par de tudo o que acontece na Gafanha da Nazaré e arredores. Já tinha ouvido falar do grupo Pestinhas, mas não me lembro de alguma vez o ter visto atuar. De qualquer forma, é sempre agradável saber que existe mais uma Associação Cultural na nossa terra, com notória atividade. Por isso, a distinção que a CMI lhe concedeu. Os meus parabéns.

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Ferryboat para São Jacinto com mais carreiras

Horário de verão 
do transporte fluvial 
de ligação a São Jacinto


Praia de S. Jacinto
Entrou já em vigor o horário de verão do transporte fluvial de ligação a São Jacinto apostando nas ligações em Ferryboat e aumentando o número de carreiras, num contributo para aumentar a utilização da Praia de São Jacinto.
A Praia de São Jacinto representa uma aposta do atual Executivo Municipal na implementação de uma nova política de gestão integrada do território municipal, tendo como objetivo que se venha a tornar num espaço diferenciador do Município e da Região, preservando a sua identidade e apostando ao mesmo tempo na valorização do seu património natural e cultural.

Fonte: CMA

Bandeira Azul nas nossas praias

Praias da Costa Nova e Barra 
continuam com bandeiras de qualidade



Vinte e sete anos depois da primeira atribuição da Bandeira Azul às Praias do Município de Ílhavo, as Praias da Barra e da Costa Nova continuam a merecer a atribuição da Bandeira Azul pela Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE).
Fernando Caçoilo, Presidente da Câmara Municipal de Ílhavo, afirmou que a autarquia tem um encargo cada vez maior com a segurança das praias, visto que os concessionários dos apoios de praia são cada vez menos, de ano para ano. Nesta época balnear, a segurança das praias custará à Câmara cerca de 17 mil euros, acrescendo, ainda, outras despesas, como a limpeza da praia e dos balneários e a recolha de resíduos.
Congratulo-me com essa merecida distinção, pois a Bandeira Azul é, sem dúvida, uma mais-valia para os veraneantes. e banhistas.

Fonte: CMI

FÉRIAS: Farol da Barra



Aposte, este verão, em fazer uma visita ao Farol de Barra, o nosso farol que é o mais alto de Portugal e um dos mais altos da Europa. Se tiver pernas, pode correr os seus 280 degraus e atingir o topo, ou quase, com 62 metros de altura.  A sua luz, rotativa, pode ser vista a 40 quilómetros de distância.
Às quartas-feiras à tarde está de portas abertas, mas será melhor telefonar (234 369 271) para confirmar. Em tempo de férias, pode ser que as visitas possam ter outros horários. O panorama, visto lá de cima, é espetacular.

Férias perto de casa

FÉRIAS


«Tempo durante o qual não funcionam aulas, tribunais, etc.
Interrupção relativamente longa de trabalho, 
destinada ao descanso dos trabalhadores.»

Dos dicionários



Os dicionários tentam indicar-nos, sintetizando, as definições de Féria e Férias, que são, no fundo, coisas diferentes. Aqui ficamo-nos pelas Férias, que é o que nos interessa para este verão.
As férias de quem estuda ou trabalha nos tribunais têm o peso que têm, mas para os alunos haverá sempre ocupações, quer nas ofertas das autarquias e outras instituições, quer em trabalhos sazonais. Uns dinheiros ganhos neste período fazem muito jeito em tempos de aulas, que as famílias não poderão, em muitos casos, abonar os jovens para uns extras que fogem ao orçamento familiar.

terça-feira, 30 de junho de 2015

Obras de Valdemar Aveiro na Galiza

Obras de Valdemar Aveiro 
vão ser apresentadas no Museo Massó,
Av. Montero Ríos, Pontevedra, Galiza
10 de julho, 21 horas


(Clique para ampliar)

domingo, 28 de junho de 2015

A VIDA A PENSAR




«Aos 10 anos todos nos dizem que somos espertos, mas que nos faltam ideias próprias. Aos 20 anos dizem que somos muito espertos, mas que não venhamos com ideias. Aos 30 anos pensamos que ninguém mais tem ideias. Aos 40 achamos que as ideias dos outros são todas nossas. Aos 50 pensamos com suficiente sabedoria para já não ter ideias. Aos 60 ainda temos ideias mas esquecemos do que estávamos a pensar. Aos 70 só pensar já nos faz dormir. Aos 80 só pensamos quando dormimos.»

(Fala de Bartolomeu Sozinho, 
personagem de Venenos de Deus, Remédios do Diabo,
de Mia Couto, Editorial Caminho)

TODAS AS FAMÍLIAS

"Todas as famílias felizes são mais ou menos diferentes; todas as famílias desgraçadas são mais ou menos iguais"

Vladimir Nabokov (1899-1977), escritor russo

Li no PÚBLICO de hoje



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SÓ PARA DEPOIS DO JUÍZO FINAL

Crónica de Frei Bento Domingues 

 «A humanidade não pode continuar 
a envenenar o seu próprio futuro»


1. Dizem que o Papa Francisco não é um homem apressado, mas tem muita pressa. Tentarei compreender porquê. Para já, quero manifestar a alegria que vivi na leitura da primeira Encíclica de um Bispo de Roma, dirigida a cada pessoa que habita este planeta a reconhecer, a respeitar e a cuidar. Ele é a nossa própria casa. A humanidade não pode continuar a envenenar o seu próprio futuro. É um rio de muitos afluentes. Pelo horizonte, pelo conteúdo e pelo estilo é justo chamar a este texto a Carta Magna da ecologia integral [1].
Ao contrariar a liberdade de exploração egoísta dos recursos de todos, o Papa Francisco vai ter de enfrentar novas campanhas contra o seu pontificado, campanhas movidas por aqueles que procuram reduzir tudo a negócios de miopia. Pedem-lhe que se ocupe do Céu e esqueça os pobres. Mas este argentino continuará a protestar contra os vendilhões da terra de todos apenas para benefício de alguns.

sábado, 27 de junho de 2015

A brincadeira

"Os grandes erram sempre ao brincar com os seus inferiores. A brincadeira é um jogo, e um jogo pressupõe igualdade"

Honoré de Balzac (1799-1850), escritor francês

Li hoje no PÚBLICO


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TERAPIA DO ELOGIO

Crónica de Maria Donzília Almeida



A receção do postal foi o Leitmotiv para a dissertação sobre o tema. 
Trazia como mensagem escrita, um elogio rasgadíssimo ao meu rebento. 
O efeito foi tão intenso, quanto o inesperado da situação. 
Entregue em mão própria, teve a magia que só o elogio 
na sua verdadeira essência pode produzir. 


“Quem meus filhos beija, minha boca adoça!” Senti, na pele, a força do aforismo popular. Provinha de uma pessoa que eu mal conhecia, apenas de fortuitos encontros na vida social da nossa vila. Logo visualizei aquela senhora que, no meu imaginário, eu assemelhava a Christine Lagarde, pela elegância do porte e tom argênteo do seu cabelo. 
— Deve ter uma sensibilidade humana fora do comum! — pensei com os meus botões. Um simples gesto, postura ou apenas a espontaneidade do filho a terão induzido àquele discurso elogioso. 

DEMOCRACIA NA IGREJA

Crónica de Anselmo Borges 

«O Papa Francisco 
é uma autoridade 
político-moral global, 
universalmente reconhecida»



1. Não há dúvida de que o Papa Francisco é uma autoridade político-moral global, universalmente reconhecida. Impôs-se ao mundo pela simplicidade, pela bondade, pela entrega generosa ao bem da humanidade, a começar pelos mais pobres. Exemplo para todos os que exercem o poder. Com bondade e inteligência.
Muitos, porém, perguntam-se, com razão, o que poderá suceder a seguir ao seu pontificado. Não vai haver tentativas de restauração, como se ele tivesse sido apenas um parêntesis? Depois de reconhecer que o problema não é o papa, mas o papado absoluto, que exige reforma, com democracia real, divisão de poderes, escreve o teólogo José Arregi: "A reforma radical democrática será uma condição não suficiente, mas indispensável, para que a Igreja seja espaço de liberdade e de tolerância, lar de humanidade. Chegará até aí o Papa Francisco? O tempo corre contra ele."

MINHA FILHA, A TUA FÉ TE SALVOU

Reflexão de Georgino Rocha


«Superior ao rigor do castigo
está o impulso da necessidade,
a certeza do amor»



Jesus está à beira mar. Chega Jairo, um dos chefes da sinagoga de Cafarnaum e pede-lhe para ir a sua casa. No caminho ocorre um encontro singular que Marcos realça com pormenor e beleza. Mc 5, 21-43.
Uma mulher, sem nome, deseja ser curada da doença de fluxo de sangue, pois anda cansada de sofrer e estás prestes a desanimar. Já havia gasto “todos os seus bens “ nas mãos dos médicos. Ouve falar de Jesus e sente-se atraída pela sua fama. Decide meter-se na multidão e, destemida, ir avançando até se aproximar dEle e lhe poder tocar no manto. Este gesto era punido pela lei judaica. Mas superior ao rigor do castigo está o impulso da necessidade, a certeza do amor, a força da confiança que pressentem a possibilidade da cura desejada. E, de facto, assim acontece! O diálogo que se segue é enternecedor e pode ser condensado na declaração de Jesus: “Minha filha, a tua fé te salvou”.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

A VERDADE


"Nada pode mudar a verdade, só se pode buscá-la, 
reconhecê-la e segui-la"

São Maximiliano Kolbe (1894-1941)

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quarta-feira, 24 de junho de 2015

Apresentação da recente encíclica do Papa

 Na igreja de S. Francisco, 
junto à Polícia Judiciária, 
dia 29 de junho, 
21.30 horas 
                                        

terça-feira, 23 de junho de 2015

Postal Ilustrado — Vitral na Residência Paroquial

 UM CONVITE À MEDITAÇÃO 

Vitral -  Foto de Gabriel Faneca

Qualquer pessoa, por mais simples ou erudita que seja, precisa de um espaço em sua casa, recatado, que convide à oração, se for crente, e à reflexão. E se a casa for residência de padres que exercem o seu múnus sacerdotal em vários setores, muito mais se torna necessário um recanto acolhedor que permita a meditação.
Este mês, para Postal Ilustrado, fomos visitar a capela da residência paroquial da Gafanha da Nazaré, onde vivem os padres Francisco Melo (pároco), César Fernandes e Pedro José, responsáveis pelas paróquias das Gafanhas da Nazaré, Encarnação e Carmo. O vitral que ornamenta a capela empresta tonalidades variegadas ao ambiente interior, qual convite à harmonia que gera partilha de sensibilidades, saberes e experiências.
Com projeto do artista plástico Manuel Ângelo Correia, o vitral suscita a quem chega um apelo às nossas raízes, desde o início da fixação do povo nas dunas até aos nossos dias. Nossa Senhora, padroeira das Gafanhas, com o Menino, o sol, a estrela e a cruz, o peixe e espigas, barcos e velas enfunadas pelo vento que sempre varreu terras e rostos. A vela  estai como proa de navio, enfrentando as ondas do mar quantas vezes bravio, protege Nossa Padroeira com o Menino, proteção essa que se estende à nossa paróquia.
Manuel Correia foi-nos debitando informações da proposta do nosso prior, que sugeriu para tema os símbolos da paróquia, até à execução do seu projeto, trabalho a cargo do artista Arnaldo Fraga, de Viseu, que fez obra digna de registo, seguindo técnicas ancestrais. Os vidros coloridos, que não pintados, são protegidos por outros vidros, o anterior e o posterior, tudo bem enquadrado por tiras de liga de chumbo soldadas.
O vitral, que se deixa invadir pelo sol desde o seu nascimento até ao ocaso, fornece ao interior matizes acolhedores, conforme as horas do dia e a intensidade da luz natural. E ainda de noite, qualquer foco luminoso ou o simples luar filtrados valorizam o convite ao silêncio e à oração.

Fernando Martins

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Se eu quiser falar com Deus



Se eu quiser falar com Deus
tenho que ficar a sós,
tenho que apagar a luz,...
tenho que calar a voz...
Tenho que ter as mãos vazias,
ter a alma e o corpo nus...
Tenho que me aventurar,
tenho que subir aos céus.
Sem cordas p'ra segurar
tenho que dizer adeus,
dar as costas caminhar
decidido, pela estrada
que ao findar vai dar em nada
do que eu pensava encontrar.

Gilberto Gil


Nota: Por gentileza do Gaspar Albino, que manifestou desejos de ver voar este poema.

Notas sobre a encíclica do Papa Francisco

"Laudato si'": 
Os grandes temas da "encíclica verde" 
do papa Francisco

Criação das águas e dos peixes (mosaico, det.) | Mark Ivan Rupnik |
 Sacristia-mor da catedral de Santa Maria Real de Almudena, Espanha | 
Detalhe da capa da encíclica "Laudato si'" publicada pela Paulinas Editora | D.R.

A terra, nossa casa, parece transformar-se cada vez mais num imenso depósito de lixo

O papa fala da «pobreza da água pública», que se verifica «especialmente na África». Perante a «tendência para se privatizar este recurso escasso, tornando-se uma mercadoria sujeita às leis do mercado», recorda que «o acesso à água potável e segura é um direito humano essencial, fundamental e universal»


A solução não passa pela «redução da natalidade», que se quer atingir inclusive com «pressões internacionais sobre países em vias de desemvolvimento». Existe, acrescenta, uma verdadeira «dívida ecológica» entre Norte e Sul



«Os poderes económicos continuam a justificar o sistema mundial atual, onde predomina uma especulação e uma busca de receitas financeiras»; hoje, «qualquer realidade que seja frágil, como o meio ambiente, fica indefesa face aos interesses do mercado divinizado, transformados em regra absoluta»

Francisco convida a considerar o ensinamento bíblico sobre a criação, recordando que «a ciência e a religião, que fornecem diferentes abordagens da realidade, podem entrar num diálogo intenso e frutuoso para ambas»

É evidente a incoerência de quem luta contra o tráfico de animais em risco de extinção, mas fica completamente indiferente perante o tráfico de pessoas, desinteressa-se dos pobres ou procura destruir outro ser humano de que não gosta

Nalguns círculos, defende-se que a economia atual e a tecnologia resolverão todos os problemas ambientais», do mesmo modo que se afirma que «os problemas da fome e da miséria no mundo serão resolvidos simplesmente com o crescimento do mercado»

A cultura ecológica «deveria ser um olhar diferente, um pensamento, uma política, um programa educativo, um estilo de vida e uma espiritualidade que oponham resistência ao avanço do paradigma tecnocrático»



O documento não esquece o problema dos transportes e a poluição causada pelos automóveis nas cidades, assim como a prioridade que deve ser dada aos transportes públicos, que todavia devem ser melhorados, dado que em muitas cidades assiste-se a um «tratamento indigno das pessoas


Os progressos sobre as alterações climáticas e a redução dos gases com efeito de estufa «são, infelizmente, muito escassos», também «por causa das posições dos países que privilegiam os seus interesses nacionais sobre o bem comum global»


A salvação dos bancos a todo o custo, fazendo pagar o preço à população, sem a firme decisão de rever e reformar o sistema inteiro, reafirma um domínio absoluto da finança que não tem futuro e só poderá gerar novas crises depois duma longa, custosa e aparente cura

A espiritualidade cristã «encoraja um «estilo de vida profético e contemplativo, capaz de gerar profunda alegria sem estar obcecado pelo consumo». E «propõe um crescimento na sobriedade e uma capacidade de se alegrar com pouco»

NOTA: Destaques selecionados pelo SNPC, como pode confirmar aqui

Ler encíclica do Papa Francisco aqui

Festival de Folclore da Gafanha da Nazaré

Em 4 de julho, 
no jardim 31 de Agosto

(Foto do meu arquivo)

O Festival Nacional de Folclore da Cidade da Gafanha da Nazaré vai realizar-se no dia 4 de julho próximo, com organização do Grupo Etnográfico da nossa terra. O acolhimento aos grupos e ranchos convidados terá lugar, pelas 17 horas, na Casa Gafanhoa, seguindo-se uma visita guiada àquele espaço museológico integrado no Museu Marítimo de Ílhavo. 
A cerimónia de boas-vindas e a entrega de lembranças, com a presença das autoridades locais, será depois da visita guiada. O jantar servido aos grupos, ranchos e convidados, na cantina da Escola Preparatória da da Gafanha da Nazaré, antecede o desfile dos grupos participantes até ao Jardim 31 de Agosto, onde decorrerá, pelas 22 horas, o festival, aguardado, como sempre, pelos amantes do folclore e da etnografia. 

Mais um gesto significativo do Papa


Francisco evocou mais de oito séculos 
de divisão e apontou a caminhos concretos 
de unidade ecuménica


O Papa Francisco visitou hoje a Igreja Valdense em Turim, tornando-se o primeiro pontífice a entrar num templo desta denominação cristã nascida no século XX, e pediu “perdão” pelos confrontos do passado.
“Da parte da Igreja Católica, peço-vos perdão pelas atitudes e comportamentos não cristãos, por vezes não humanos, que tivemos contra vós, na história. Em nome do Senhor Jesus Cristo, perdoai-nos”, apelou, neste segundo dia de visita à cidade do norte da Itália.

Li aqui 

Ver também Igreja Valdense

domingo, 21 de junho de 2015

Chegou o verão

O meu neto rega muito bem!

Chegou hoje o verão. Já era tempo de a vida dar um salto, que a temperatura ajuda. Os sorrisos são mais abertos, as roupas mais leves tornam-nos mais jovens (?), os corpos precisam do sol que rejuvenesce se moderado e o contacto com a natureza enriquece a nossa sensibilidade e anima o sentido solidário de cada um. A natureza, de per si, exibe, e de que maneira, a sua capacidade de acolhimento e de partilha. Com o verão, somos outros porque somos diferentes.
Onde estou a escrever, com arvoredo e relva fresca a convidar-me a uma caminhada descalço sobre ela, curta que seja, para descarregar energias acumuladas, sinto a liberdade em pleno que me descontrai e desafia a uma proximidade mais franca com a Mãe Natureza. 
Com este verão, agora enriquecido com a encíclica do Papa Francisco — Louvado sejas! — precisamente sobre a Casa Comum que precisa de ser cuidada, ao jeito de um outro Francisco, o de Assis, temos um grande desafio pela frente: ler e meditar sobre o apelo do Papa, não apenas por curiosidade, mas para assimilarmos a verdade que a riquíssima mensagem papal nos desafia a ter em conta na nossa vida. 
Bom verão para todos. 

NOVOS OLHARES SOBRE O CASAMENTO (2)

Crónica de Frei Bento Domingues 



«As doutrinas e as instituições 
da Igreja só valem na medida 
em que, à luz do Evangelho, 
respeitarem e promoverem 
o bem da família»


1. Entrei numa Igreja paroquial para a celebração do casamento de uns noivos, meus amigos, para a qual tinha recebido jurisdição do respectivo pároco. Ao dirigir-me à sacristia para me paramentar, deparei com uma senhora que me perguntou se os noivos se tinham confessado. Respondi que não sabia nem queria saber.
Se não se confessaram a V. Reverência, aqui também não. Havia um pedido do casamento com Missa, mas não haverá Missa. Não posso ser cúmplice de dois sacrilégios.
Procurei saber que sacrilégios eram esses. A informação foi rápida: o primeiro já é inevitável - os noivos vão-se casar em pecado mortal; o segundo é deixar os noivos comungar nessa situação. Este vou impedi-lo, pois não haverá Missa.
Como as noivas chegam, quase sempre, um bocado atrasadas, julguei que tinha algum tempo para uma breve catequese.
Disse-lhe, então, que eram louváveis os seus cuidados com a alma dos outros, mas o seu zelo parecia-me pouco informado e nada esclarecido.

sábado, 20 de junho de 2015

CUIDAR DA MÃE TERRA

Crónica de Anselmo Borges 


«Faz falta voltar a sentir 
que precisamos uns dos outros, 
que somos responsáveis 
pelos outros e pelo mundo»


Naquele 13 de Março de 2013, ao ouvir o nome que o cardeal Bergoglio escolhera para si como Papa - Francisco -, fiquei convencido de que, mais tarde ou mais cedo, apareceria uma intervenção forte sobre a ecologia. Ela aí está, na encíclica "Laudato si", palavras iniciais do Cântico das Criaturas, de São Francisco de Assis: "Louvado sejas, meu Senhor, pela nossa irmã, a mãe Terra, que nos sustenta e governa."

Impossível fazer aqui uma síntese minimamente adequada da sua riqueza. Trata-se de um texto poderoso, argumentado, contundente, também com belas passagens poéticas, articulando a ecologia do meio ambiente e a ecologia humana, um marco histórico para o futuro do planeta, que se impõe debater e meditar. Não é por acaso que aparece nesta data, antes da viagem aos Estados Unidos e no contexto da preparação de um novo tratado sobre o clima numa conferência das Nações Unidas, em Dezembro próximo, em Paris. Por isso, já começaram as críticas por parte, nomeadamente, de grandes poderes relacionados com a energia e a banca. O líder republicano Jeb Bush, possível candidato à presidência dos Estados Unidos, por exemplo, que se converteu ao catolicismo há 25 anos, arremeteu contra Francisco: "Não deixarei que os meus bispos, os meus cardeais ou o meu Papa me ditem a política económica"; a religião deveria ocupar-se mais de "tornar as pessoas melhores e menos de questões que têm que ver com aspectos políticos". Francisco, porém, pensa ser seu dever dirigir-se a crentes e a não crentes, "a cada pessoa que habita este planeta", para a defesa da "casa comum" ameaçada, tanto mais quanto as alterações climáticas afectam sobretudo os mais vulneráveis, estão em causa a paz e as gerações futuras, e o Deus criador entregou a Terra ao cuidado responsável de todos.

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