quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

NATAL DA FRATERNIDADE





1. Desde tenra idade, já com mais de sete décadas, habituei-me a sentir que Natal é tempo de fraternidade e de paz. Lembro-me bem da expressão “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade”, expressão que continua presente no meu espírito. Durante o ano, várias vezes a pronuncio, qual compromisso que assumi para a vida.
Quando ouço dizer que Natal é quando o homem quiser e não apenas e só no dia 25 de dezembro de cada ano, julgo que haverá muita razão para assim pensar. Contudo, como crente, entendo que a festa do nascimento de Jesus, carregada de simbologia, terá muito sentido, como ponto de partida, ano a ano anunciado, para um renascimento espiritual nesta sociedade de matriz cristã que é a nossa. Para mim e decerto para muitos outros, o cântico “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade” tem de fazer parte integrante da nossa identidade cristã, vivida em todas as circunstâncias e contra ventos e marés, no respeito absoluto pelos que não comungam dos nossos ideais.

2. Também desde sempre associei o Natal à festa da família por excelência. A família reúne-se quando calha, formal ou informalmente, nos aniversários, na Páscoa, nas festas dos padroeiros, na chegada de algum membro após tempos de ausência, nos batizados, casamentos e nos aniversários, na celebração de certas datas e em tantos e diversas ocasiões, porém, não há dúvida de que a consoada é muitíssimo congregadora. É a festa da família que torna a noite mais silenciosa do ano. Nas ruas, ontem como hoje, a noite é marcada pela ausência de trânsito automóvel e circulação de pessoas. 
Todos, à volta da mesa, falam, evocam, riem e discutem cenas do dia a dia, do ano, do que se fez e não fez, do que urge fazer. Enquanto se come e bebe com alegria, normalmente sem exageros, que a vida longa de alguns não pode ir por abusos. 

3. À roda da mesa, sem lugares marcados, não falta quem fique por momentos silencioso. Há lugares vazios com memórias dos que fisicamente já não podem falar da qualidade do bacalhau, dos dulcíssimos bilharacos e rabanadas, do vinho que se bebe, das prendas “magicamente” postadas no borralho, debaixo da chaminé bordejada por papéis ou adereços de pano coloridos. Não podem, mas nesses momentos sagrados nós ouvimo-los, temos presente as suas opiniões, as suas estórias, os seus sacrifícios e canseiras para que nada nos faltasse nas nossas infâncias e juventudes.
Sem medo de errar, julgo que as festas natalinas são as mais propícias às recordações daqueles que têm lugar garantido nos nossos corações e à harmonia familiar.

4. Para os crentes, o Natal tem de ser um desafio a permanentes e ousados gestos de partilha e paz interior que transborde para tudo quanto nos cerca. O Natal tem de ser luz que irradie ternura, bondade e caminhos de verdade, de justiça e amor. Jesus não é a nova Luz da Humanidade?

Bom Natal na alegria de Jesus Renascido

Fernando Martins


terça-feira, 23 de dezembro de 2014

O filho pródigo

Um conto de Natal 
de Maria Donzília Almeida



Na cozinha, as mulheres da casa afadigavam-se na preparação da ceia de consoada. O prato típico da quadra iria aparecer com todo o esmero, na mesa que reuniria a família. O bacalhau fora demolhado com a antecedência conveniente, as batatas cresciam em grande alguidar, juntavam-se as cenouras, os ovos e a couve penca de Chaves. Era uma couve tenrinha que o avô cultivava ali,no quintal da casa e que se orgulhava de ostentar, fazendo jus aos seus dotes de hortelão.
Numa mesa redonda, vistosamente coberta por uma toalha colorida, em tons verde e vermelho iam aparecendo em grandes travessas, os doces que faziam as delícias dos comensais: os bilharacos, o arroz-doce,  a aletria, as rabanadas, o bolo-rei, os frutos secos, etc.

Ponte para S. Jacinto

23 de Dezembro

S. Jacinto

1966 — O ministro das Obras Públicas recebeu, no seu gabinete, uma representação de aveirenses que foram pedir ao Governo a construção de uma ponte entre as duas margens da ria, sobre o canal de São Jacinto; o pedido não teve seguimento (Correio do Vouga, 23-12-1966; Litoral, 31-12-1966). J

"Calendário Histórico de Aveiro" 
de João Gonçalves Gaspar e António  Christo

Nota: A tão falada ponte, na altura, foi por água abaixo. Foi feita a da Varela, mas a de S. Jacinto não foi considerada prioritária. Até hoje.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Papa apresenta 15 "doenças" cruciais

Que grande lição para toda a gente




«Papa fala à Cúria sobre os males da Cúria. 
Diante dos cardeais, bispos e monsenhores 
que trabalham no Vaticano, 
Francisco apresentou uma lista 
com 15 "doenças" curiais.»





«Do "Alzheimer espiritual" à "divinização dos chefes". O Papa Francisco identifica 15 "doenças" na Cúria Romana e falou sobre todas esta segunda-feira, num discurso perante os cardeais, bispos e monsenhores que trabalham no Vaticano.

Herança cristã da Europa

Crónica por Anselmo Borges 
no Diário de Notícias de sábado

Anselmo Borges

No contexto dos debates à volta da entrada ou não da Turquia na União Europeia, o escritor turco Orhan Pamuk, Nobel da Literatura de 2006, fez, na sua recente visita a Lisboa, algumas considerações sobre os valores fundamentais da Europa, que merecem atenção. Foi dizendo que a herança cultural europeia não se deve limitar à preservação dos seus monumentos, pois não pode esquecer "a preservação dos seus valores fundamentais", acrescentando que "temos de ter uma discussão séria sobre esses valores".
Pamuk não concretizou muito quanto a estes valores. Assim, talvez se deva ter em atenção o que disse, há um ano, a um jornalista colombiano, que lhe perguntou se se sentia europeu: "Não sei. Não penso nesses termos. Em primeiro lugar, sinto-me turco. E um turco tanto se sente europeu como não europeu. Acredito numa Europa que não se baseia no cristianismo, mas no Renascimento, na Modernidade, na 'Liberdade, Igualdade, Fraternidade'. Essa é a minha Europa. Acredito nessas coisas e quero fazer parte delas. Mas, se a Europa é a civilização cristã, lamento: nós, turcos, não queremos entrar."

Meu Pequenino


Jean-Paul Sartre, o filósofo ateu, 
enviou do seu cativeiro 
aos padres que admirava 
uma meditação sobre a pintura 
que gostaria de fazer do Natal. 
Aqui fica a minha imperfeita tradução: 

"A Virgem está pálida e olha para o menino. O que seria necessário pintar neste rosto é um encantamento ansioso que não apareceu senão uma vez sobre uma figura humana. Porque Cristo é o seu menino: a carne da sua carne, o fruto das suas entranhas. Cresceu nela durante nove meses e dar-lhe-á o seu seio (...) e, por momentos, a tentação é tão forte que ela esquece que ele é Deus. Aperta-o nos seus braços e diz: 'Meu pequenino.’

domingo, 21 de dezembro de 2014

NATAL




Natal

Foi na pobreza
Sem brilho
Sem luz
Que a natureza
Nos trouxe Jesus.
Mas na humildade
A humanidade
Venera o Menino
A nossa paz
E a serenidade
Ele nos traz,
Se caminharmos
E embarcarmos
No bom caminho!
Que o nosso destino
Seja a comunhão
Ao darmos a mão
Ao nosso irmão!
Este ano eu pus
Na senda da vida
A aura sentida
Do Menino Jesus!

M.ª Donzília Almeida


Quantos Cristos ressuscitaram? (1)

Crónica de Frei Bento Domingues 



1. Nas crónicas de Natal, durante vários anos, preocupei-me, com questões de ordem histórica e teológica, levantadas pelo género literário dos chamados “Evangelhos da Infância”. Esses belos tecidos simbólicos, anunciando o reinado do Espirito de Cristo – recusa do mundo de senhores e escravos – são mal servidos por uma leitura estéril de biologia milagrosa.
Este ano, opto pela peregrinação ecuménica do Papa Francisco à Turquia, fundamental para o renascimento das Igrejas. Selecciono, apenas, duas respostas descontraídas a perguntas dos jornalistas, no voo de regresso [1]. Voltarei, em breve, a outros aspectos.
O Papa Bergoglio tinha afirmado que, para chegar à suspirada plenitude da unidade, “a Igreja católica não tem intenção de impor qualquer exigência”. Daí a questão: “estaria a referir-se ao Primado (do Bispo de Roma)?

sábado, 20 de dezembro de 2014

Valdemar Aveiro lança mais um livro

Uma obra com histórias pitorescas e picarescas

Capitão Valdemar, ao centro, com  amigos

Valdemar Aveiro lançou hoje, 20 de dezembro, no anfiteatro do Museu Marítimo de Ílhavo, o seu mais recente livro, “Ecos do Grande Norte — Recordações da Pesca do Bacalhau”, que foi «um filho tardio», porque «julgava já não ter disposição de espírito para escrever». O autor, que ontem completou 80 anos de vida, afirmou tratar-se de um trabalho que teve «seis meses de gestação», o que prova à evidência a sua capacidade de trabalho, alimentada por excelente memória e vontade de comunicar vivências dos ílhavos «num deserto de água salgada».
O capitão Valdemar, como é mais conhecido, viveu 65 anos ligados ao mar, entre moço e oficial, mas ainda como membro da Administração da Empresa de Pescas S. Jacinto.
Ao encerar a sessão do lançamento do seu livro, criticou as contrapartidas da UE que levaram «ao desmantelamento da nossa frota». «Deram-nos dinheiros para não produzirmos», afiançou.
Evocou épocas em que Ílhavo pontificava na oficialidade dos navios, para além dos contramestres, cozinheiros e motoristas, que também eram ilhavenses. Nessas alturas, Ílhavo era uma terra de «passagem de modelos» nas ruas, pela forma como as mulheres  se arranjavam. «Muitos estrangeiros ficavam por cá atraídos pelas sereias», frisou. Mas presentemente, Ílhavo «é uma terra descaracterizada», disse.

Herança cristã da Europa

Crónica de Anselmo Borges no DN 


«No contexto dos debates à volta da entrada ou não da Turquia na União Europeia, o escritor turco Orhan Pamuk, Nobel da Literatura de 2006, fez, na sua recente visita a Lisboa, algumas considerações sobre os valores fundamentais da Europa, que merecem atenção. Foi dizendo que a herança cultural europeia não se deve limitar à preservação dos seus monumentos, pois não pode esquecer "a preservação dos seus valores fundamentais", acrescentando que "temos de ter uma discussão séria sobre esses valores".»

Para ler na próxima segunda-feira no meu blogue

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Messias de Handel

Laguna — Património Mundial?

Um desafio lançado neste Natal
por Senos da Fonseca




Uma paisagem natural de espanto para o olhar

“Laguna — Património Mundial?” é um desafio lançado a todas as gentes ligadas à Ria de Aveiro, direta ou indiretamente, por Senos da Fonseca, um ilhavense  que vive intensamente a problemática lagunar, abordando os mais diversificados temas.
Neste Natal, avançou com a ideia, provavelmente utópica para uns tantos e garantidamente pertinente para muitos mais, de nos unirmos na defesa da integração da laguna no rol honroso do Património Mundial da Humanidade, sendo necessário conjugar esforços do povo e forças vivas, rumo ao desejável objetivo de se  chegar à meta com êxito.
Senos da Fonseca avança com dez razões que justificam a sua proposta de projeto que se quer ganhador, onde destaca que «A laguna foi (e é) um fenómeno natural raro, praticamente único», que desde o início «captou a atenção do homem», enquanto lhe propôs «um árduo desafio de aproveitamento das imensas potencialidades».

Grupo Desportivo da Gafanha na rádio

Futebol de Lés a Lés


«O Grupo Desportivo da Gafanha procurou com pouco dinheiro constituir um grupo capaz de manter a equipa no mapa do futebol nacional. A principal equipa de futebol do Gafanha integra a Série D do campeonato nacional de séniores e durante a primeira volta as coisas não correram da melhor forma.»

Jornalista Mário Aleixo

Ler e ouvir aqui

FAÇA-SE EM MIM SEGUNDO A TUA PALAVRA

Reflexão semanal de Georgino Rocha



     A disponibilidade de Maria é total, e incondicional a sua entrega. Após uma saudação que a felicita pela graça alcançada e um diálogo que lhe desvenda a densidade do futuro próximo, o seu “sim” é pleno e definitivo, alegre e confiante. Deus quere-a senhora e ela, por amor, faz-se escrava. Lc 1, 26-38. Ele enche sempre as mãos vazias e acolhedoras dos que confiam na sua promessa.
    
 O episódio tem lugar em Nazaré, aldeia da Galileia com uns cem habitantes. O protagonista é o anjo do Senhor que vem a casa de Joaquim e de Ana. A mensagem expressa-se no convite para ser mãe de Jesus, o Filho do Altíssimo. O ambiente deixa “respirar” simplicidade e o silêncio faz pressentir a sublimidade do acontecimento. O interlocutor é uma jovem virgem em estado singular: já não “pertence” à família por estar “comprometida” com José, nem ao esposo e seus familiares por ainda não terem celebrado publicamente a boda ritual. Tudo ocorre no espaço onde Maria se encontra, na vida fecunda do lar onde se cultivam as mais nobres tradições e forjam os grandes ideais: o amor de doação, a mútua ajuda na relação, a integridade na educação, a memória agradecida do passado, a esperança confiante no futuro, a leveza no perdão e a elevação na oração. Deus inclina-se para ela e para todos os que encontra disponíveis. 

Clube de Vela da Costa Nova coordena estágio na Figueira

Vela da Mentor promove estágio de Natal




No portal do Porto da Figueira da Foz li uma referência a Sara Reis, velejadora experiente e treinadora da escola de vela Optimists do Clube de Vela da Costa Nova, clube que formou o campeão olímpico Nuno Barreto. A Sara, campeã nacional feminina em 2008, coordenou um estágio de dois dias na Figueira, coadjuvada pelo treinador da Mentor Vasco Justino.
Apesar de não andar muito informado sobre as áreas desportivas, gostei de saber que o Clube de Vela da  Costa Nova pratica e ensina a velejar quem sente pazer nos desportos náuticos. 

Ler mais aqui

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Natal desde as "periferias" da humanidade

Reflexão de Jorge Carvalhais 
no Correio do Vouga




Embalado pelo cante, 
representado pela arte, 
meditado pela poesia

Desde a sua eleição, o Papa Francisco mostrou-se determinado em sair dos corredores do Vaticano ao encontro das "periferias" da humanidade.
E, com esse seu exemplo, incita-nos a que façamos o mesmo.
Recentemente, reli a Mensagem que o novo Papa escreveu para o primeiro Dia Mundial das Missões do seu pontificado, em outubro de 2013. Nela, Jorge Mário Bergoglio, iluminado pela Alegria do Evangelho e imbuído do espírito de Assis, apelava a que nos desinstalássemos e saíssemos do "espaço fechado" em que vivemos, para levarmos a Boa Nova "à periferia". Mas estaremos nós dispostos a acolher o que "as periferias" têm para nos ensinar?
Ora, vem esta reflexão a propósito da época que se aproxima e do sentido que devemos dar ao Natal. Daí que, na minha partilha natalícia anual com os leitores do Correio do Vouga, tenha querido deixar poucas palavras pessoais. Antes prefiro ofertar três pequenas "lembranças": um tema musical, uma peça de artesanato e um poema.
Em comum, todas elas têm o facto de terem nascido das "periferias": da margem esquerda do Guadiana, no Alentejo mais distante e profundo; da savana ugandesa, coração da África, Terra-Mãe; da Amazónia meridional, na Pátria Grande, latino-américa querida.
E apesar de nenhuma ser da minha autoria, estou certo de que os seus autores não se importarão que eu faça delas os meus "presentes" de Natal 2014.


Estados Unidos e Cuba mais próximos

Estados Unidos e Cuba
restabelecem relações diplomáticas
com mediação do Papa

 
Obama com  Raúl Castro no funeral de Mandela

«Os Estados Unidos da América e Cuba decidiram ontem restabelecer as relações diplomáticas e económicas entre os dois países, que tinham sido cortadas em 1961, pouco depois de chegada ao poder de Fidel Castro.
Segundo o presidente norte-americano, Barack Obama, o Vaticano e o próprio Papa Francisco intervieram diretamente neste processo, pedindo às duas partes que restabelecessem o diálogo e promovessem mudanças.»

Li na Ecclesia


NOTA: Sabe-se que a aproximação entre EUA e Cuba foi preparada em segredo. A diplomacia, quando quer e pode, faz muito mais que as guerras. Ontem, dia de aniversário do Papa (78 anos), coincidência ou não, deu-se um enorme passo em frente e as embaixadas vão ser abertas. Depois, o tempo e a boa vontade de homens farão o resto. Mais de 50 anos de portas fechadas, EUA e Cuba poderão agora cooperar, no respeito pelas diferenças legítimas de cada Estado.
Os presidentes, Obama e Raúl, enalteceram o contributo do Papa Francisco para o restabelecimento das relações diplomáticas, coroadas com a libertação de  prisioneiros. 

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

O Papa está de parabéns



O Papa Francisco está de parabéns, não só pelos seus 78 anos de vida, muitos dos quais ao serviço do Reino, mas também pela sua forma de ser e de estar no mundo dos homens, crentes e não crentes, que a todos trata com simpatia e estima.
Embora os nostálgicos de um papado fechado e avesso ao convívio e ao diálogo franco e fraterno não simpatizem muito ou mesmo nada com o Papa Francisco, que veio do outro lado do mundo, a verdade é que ele tem conquistado a admiração de homens e mulheres de boa vontade, independentemente das suas opções religiosas ou outras. E até de não crentes.
Os meus parabéns para o Papa Francisco, com votos de que Deus lhe dê saúde para continuar a guiar a barca de Pedro.

Museu de Aveiro merece uma visita

Museu de Aveiro


O Museu de Aveiro merece uma visita pelo acervo artístico e sentimental que possui. Não para passar a correr, mas para nos deliciarmos com artes e memórias da princesa Joana que a cidade e diocese assumiram como padroeira. Não foi ela que, em tantas circunstâncias,com o epíteto de “sua pequena Lisboa”?
Um dia destes, ao olhar para a renovada fachada exterior, que sintoniza com o interior, senti como obrigação recomendar uma visita aos meus amigos e leitores, sobretudo nesta quadra natalícia.
As nossas prendas de Natal poderiam ser adquiridas no Museu de Aveiro, porque há preços para todas as bolsas, prendas essas que substituiriam com vantagens as bugigangas que por vezes se compram. É uma ideia, embora tenha a convicção de que hoje, com as restrições que as famílias sentem, não haverá, para muitos, lugar a lembranças.

Mensagem de Natal do Bispo de Aveiro

É Natal, Jesus está connosco



É Natal, Jesus está connosco. Desde a Sua conceção, Ele é verdadeiro homem e verdadeiro Deus: homem como nós, nascido numa família humana, mas concebido pelo Espírito Santo. Ele é o verdadeiro «Emanuel», o Deus connosco (Mt 1, 23).
Este Jesus é a razão do verdadeiro Natal. Celebramos o Seu nascimento. A narração da natividade, tal como a descrevem os Evangelhos, é muito simples: tudo ocorre na solidão e no silêncio. Maria e José são as únicas testemunhas. A grandiosidade de um Imperador que ordena um recenseamento em todo o mundo conflui num humilde presépio, no qual está deitado o Menino.
Assim valoriza Deus o que somos e temos. Quando falamos em “oferecer o melhor que temos ao Senhor”, deveríamos examinar se a nossa escala de valores se ajusta a esta que Deus Pai estabeleceu, preparando o acolhimento ao Seu querido Filho, que nasceu para cada um de nós. O que é verdadeiramente extraordinário é que Deus se fez homem.

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Oração do Deus-Menino



ORAÇÃO DO DEUS-MENINO

Era noite; e por encanto
Eu nasci, raiou o Dia.
Sentiu meu pai que era Santo,
Minha mãe, Virgem-Maria

As palhinhas de Belém
Me serviram de mantéu;
Mas minha mãe, por ser Mãe,
É a Rainha do Céu.

Nem há graça embaladora,
Como a de mãe, quando cria;
É como Nossa Senhora,
Mãe de Deus, Ave-Maria!

Está no Céu o menino,
Quando sua mãe o embala.
Ouve-se o coro divino
Dos anjos, a acompanhá-la.

Como num altar de ermida,
Ando no teu coração;
Para ti sou mais que a vida
E trago o mundo na mão.

Não sei de pais, em verdade,
Mais pobrezinhos que os meus;
Mas o amor dá divindade,
E eu sou o filho de Deus!

Jaime Cortesão

In "Anunciação e Natal na Poesia Portuguesa",
Antologia organizada por António Salvado

O perfume

"O perfume sempre perdura 
na mão que oferece a rosa"

Halda Béjar

Aníbal Sarabando Bola

Tem de haver alguém que trabalhe 
porque as coisas não aparecem feitas

Aníbal Sarabando


Aníbal Sarabando Bola, 67 anos, casado com Maria da Conceição Marques, um filho e uma filha, marítimo reformado, é um exemplo de dedicação à comunidade paroquial da Gafanha da Nazaré, manifestando a sua disponibilidade para fazer o que for preciso, apesar das suas limitações de saúde. Chegou há dias das Termas de São Pedro do Sul, onde encontrou melhoras para os seus problemas de coluna. Sabe que não haverá cura, mas não desiste da ideia de vencer as dores que o incomodam. Recusa-se a ser operado, porque os médicos não lhe escondem que pode ficar numa cadeira de rodas.
Começou cedo, depois da instrução primária, uma vida de trabalho duro. Aos 20 anos embarcou num navio da pesca do bacalhau. Foi moço de convés nas três primeiras viagens, a última das quais a fazer o óleo de fígado de bacalhau, e a seguir passou para as máquinas, para aí desempenhar todas as tarefas, desde ajudante até primeiro motorista.
Antes do mar, porém, trabalhou nas obras da reconstrução da igreja matriz, no tempo do padre Domingos Rebelo, e a seguir passou para as oficinas da EPA (Empresa de Pesca de Aveiro), onde aprendeu o essencial que lhe abriu as portas da casa das máquinas.
Reformou-se no ano 2000, com 32 de anos de mar. E quando, como muitos, esperava descansar de tanta labuta, longe da família, não consegue estar parado. Faz em casa o que é preciso e ocupa-se na lavoura.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

A dignidade de ser ateu

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias de sábado

Anselmo Borges


A liberdade religiosa é um direito humano fundamental. Poder-se-ia mesmo dizer que é o direito mais fundamental, na base de todos os outros direitos, na medida em que, estando referido ao infinito-liberdade de acreditar em Deus ou não, seguir esta religião ou aquela ou nenhuma, mudar de religião -, mostra a transcendente dignidade humana no confronto com o infinito.
Nem sempre houve esta compreensão, também entre os cristãos e nomeadamente na Igreja Católica. Quando se olha para a história, encontramos, neste domínio, um estendal de miséria e vergonha. Houve guerras religiosas, Inquisição, assassínios, prisões, conversões sob ameaça de morte, tudo por causa de interesses de domínio: religioso, político, económico, geoestratégico.
Felizmente, há hoje no Ocidente a afirmação clara do direito à liberdade religiosa, garantida por Estados não confessionais, dentro da separação do Estado e das Igrejas. E hoje, de facto, o cristianismo é, de longe, a religião mais perseguida no mundo. Veja-se o volumoso "Livro negro da condição dos cristãos no mundo", recentemente publicado.

A consoada

«É comum, por exemplo, que os emigrantes adotem no dia a dia a dieta alimentar dos países para onde se deslocaram. Mas há momentos (sobretudo os mais marcantes: um aniversário, uma festividade…) em que só o sabor das origens lhes dá o sabor da alegria.» Isto foi escrito por José Tolentino Mendonça, poeta, biblista, académico e padre no seu livro “A Mística do Instante — O tempo e a promessa”.
Partindo desta verdade, podemos dizer que na noite de consoada tudo isto se confirma, porquanto não serão as iguarias doutras terras (e mesmo as nossas, profundamente alteradas ou adulteradas pela indústria alimentar) que nos trazem o sabor da alegria natalícia. Por mim falo: Se houvesse mesa farta de tudo e mais alguma coisa, sem o “fiel amigo” com todos, as rabanadas e os bilharacos não seria consoada natalina. 

domingo, 14 de dezembro de 2014

Postal Ilustrado: Painel na rotunda do centenário



Na Cale da Vila, junto à rotunda que ostenta o monumento do centenário da Gafanha da Nazaré, está patente um painel cerâmico do artista José Augusto, inaugurado no dia 28 de março de 2010, aquando da ligação ferroviária ao Porto de Aveiro, por encomenda da APA (Administração do Porto de Aveiro). Trata-se de um trabalho bem conseguido do conhecido barrista que faleceu em 27 de agosto de 2012, deixando a sua marca artística na galeria de grandes ceramistas aveirenses. Deste mesmo artista, a Gafanha da Nazaré tem outro painel na Meia-Laranja da Praia de Barra, também por iniciativa da APA, que mostraremos  noutra ocasião.
Olhando para o painel que este mês preenche o espaço do Postal Ilustrado do nosso jornal, temos de reconhecer que Zé Augusto soube plasmar no painel símbolos desta região e das suas gentes ligados ao mar e à ria, onde nunca faltou o trabalho duro nas pescas e nos estaleiros, como nos campos.
Com este postal, pretende-se sugerir aos gafanhões, e não só, que se habituem a olhar para o painel num esforço de descobrirem a mensagem que o artista nos legou. Aliás, toda a arte de rua tem por objetivo educar a sensibilidade de quem passa.

No princípio era a Palavra



No princípio era a Palavra.
A Palavra estava com Deus,
e a Palavra era Deus.
Aquele que é a Palavra estava no princípio com Deus.
Todas as coisas foram feitas por meio dele,
e sem ele nada foi criado.
Nele estava a vida,
vida que era a luz dos homens.
A luz brilha nas trevas,
trevas que a não venceram.
Houve um homem enviado por Deus
que se chamava João.
Ele veio para dar testemunho,
para dar testemunho da luz,
para que todos cressem por meio dele.
Aquele que é a Palavra era a luz verdadeira;
Ele ilumina toda a gente ao vir a este mundo.
Ele estava no mundo,
mundo que foi feito por ele.
O mundo não o conheceu.
Ele veio para o seu próprio povo
e o seu povo não o recebeu.
Mas a todos quantos o receberam,
aos que creem nele, 
deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus.


Do Evangelho de São João

A política do Natal

Crónica de Frei Bento Domingues 

Frei Bento Domingues

1. A conversa de taxista sobre política e políticos generalizou-se. Faz deles os responsáveis por todos os males. Está decretado que são e serão todos iguais.
Pela ausência de pensamento crítico, esta atitude é preguiçosa e perigosa. Certeiro é o aforismo: as mãos mais puras são as de quem as não tem. Não querer nada com a política é esquecer que ela, desde que nascemos até ao cemitério, nunca nos larga.
Descobri há 60 anos, com algum espanto, a apologia da política, precisamente ao começar o estudo da obra filosófica de S. Tomás de Aquino. No proémio do seu comentário à Política de Aristóteles observa: se a ciência mais importante é aquela que estuda o que há de mais nobre e mais perfeito, é necessário que seja a política a principal das ciências práticas e a matriz arquitectónica de todas as outras.

sábado, 13 de dezembro de 2014

Ecos do Grande Norte

O mais recente livro de Valdemar Aveiro



"Ecos do Grande Norte — Recordações da Pesca do Bacalhau" é o mais recente livro de Valdemar Aveiro, que vem na senda de outros que retratam, com minúcia, o heroísmo dos nossos marítimos. 
Toda a obra de Valdemar Aveiro, um ilhavense que se tornou também gafanhão, mostra à saciedade a vida dura dos nossos homens do mar, mas o autor não se fica por aí. Os seus livros estão cheios de estórias quantas vezes fora da história, umas tristes e melancólicas e outras com chiste que baste para alegrar quotidianos difíceis. Tudo isso cabe nos escritos do capitão Valdemar, como é conhecido e tratado, um homem que nunca fugiu da luta, apesar de horas amargas sentidas na pele e na alma. 
"Ecos do Grande Norte — Recordações da Pesca do Bacalhau" vai ser lançado no próximo sábado, 20 de dezembro, pelas 17 horas, no Museu Marítimo de Ílhavo.



A dignidade de ser ateu

Crónica de Anselmo Borges no DN 

«A liberdade religiosa é um direito humano fundamental. Poder--se-ia mesmo dizer que é o direito mais fundamental, na base de todos os outros direitos, na medida em que, estando referido ao infinito - liberdade de acreditar em Deus ou não, seguir esta religião ou aquela ou nenhuma, mudar de religião -, mostra a transcendente dignidade humana no confronto com o infinito.
Nem sempre houve esta compreensão, também entre os cristãos e nomeadamente na Igreja Católica. Quando se olha para a história, encontramos, neste domínio, um estendal de miséria e vergonha. Houve guerras religiosas, Inquisição, assassínios, prisões, conversões sob ameaça de morte, tudo por causa de interesses de domínio: religioso, político, económico, geoestratégico.»

Li aqui

Nota: Pode ler a crónica na íntegra na próxima segunda-feira neste meu espaço,

Alegrai-vos sempre no Senhor

Reflexão de Georgino Rocha


Alegrai-vos no Senhor é apelo constante da mensagem do 3,º domingo do Advento, apelo fundamentado em razões sólidas e convincentes que reforçam a tendência natural de cada pessoa para a alegria humana. De cada pessoa e de sua família e outras formas associativas surgidas ao longo da história. Nascemos para a alegria, ainda que a vida e as suas circunstâncias e percursos pareçam desmenti-lo, provocando situações de tristeza, amargura e morte. Infelizmente, o mapa geográfico e social do mundo actual atesta e comprova esta dolorosa verificação. 

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Qualidade do ar na Gafanha da Nazaré

Ainda a poluição na Gafanha da Nazaré



«A APA, S.A. está a efetuar a avaliação da qualidade do ar na envolvente do Porto de Aveiro, com o objetivo de compreender os impactes da movimentação do petcok na área envolvente ao TGS e, principalmente, na Gafanha da Nazaré. Este trabalho, contratualizado com a Universidade de Aveiro – Instituto de Ambiente e Desenvolvimento (IDAD), integra duas campanhas de caracterização da qualidade do ar (verão e inverno), bem como a simulação numérica da ação dos ventos e a simulação física em túnel de vento. 
Neste âmbito, foi executada durante o mês de Julho a primeira campanha da qualidade do ar (campanha de verão), cujo relatório pode consultar aqui
Ressalvando o facto de que este relatório corresponde apenas à primeira fase da avaliação dos trabalhos e à necessidade de se aguardar pelos dados da segunda campanha para que possa ser efetuada a comparação dos resultados obtidos com os valores legais, bem como pelos estudos complementares, permitimo-nos no entanto destacar as conclusões deste relatório, designadamente, a referência a que a qualidade do ar na Gafanha da Nazaré é na generalidade boa e ainda que os poluentes com relação conhecida às emissões de petcok apresentaram concentrações médias baixas, com valores equivalentes aos níveis registados em zonas rurais e urbanas da União Europeia no que respeita aos metais.»


NOTA: Há muito que se fala da poluição na Gafanha da Nazaré a partir das áreas portuárias, nomeadamente, do Porto Comercial. Trata-se de um tema que deve merecer a atenção das nossas autarquias e das populações, pois é sabido quanto a poluição é nefasta para a saúde das pessoas, direta ou indiretamente, pois que as plantas e os animais também poderão sofrer as consequências da falta de ar puro.
A Câmara Municipal de Ílhavo deu há dias um sinal de que está atenta ao assunto, ameaçando com o não licenciamento de operações ligadas ao manuseamento de produtos tóxicos. Gostei desta atitude da nossa autarquia municipal. 

Erro e Verdade

"O erro não se torna verdade por se difundir e multiplicar facilmente. Do mesmo modo a verdade não se torna erro pelo fato de ninguém a ver"

Mahatma Gandhi 
1869-1948

Terra Prometida

Donzília em dia de aniversário


Senior.Idade

Ser idoso?
Que ditoso!
P’ra trás a inquietação
De alcançar a  perfeição!
Permito-me a imperfeição!
E neste novo patamar,
O lema é:
Relaxar,
Contemplar,
Desfrutar!
O sonho comanda a vida!
Esta força de sonhar
Na história da humanidade
É a nossa liberdade
E o poder de transformar
O mundo aí… a pulsar!
E nesta ampla subida,
Este contínuo caminhar
Há a promessa sentida
De um dia vir alcançar
A nossa Terra Prometida!

Mª Donzília Almeida

12.12.2014

NOTA: A autora deste poema, Maria Donzília Almeida, é colaboradora regular deste meu recanto do ciberespaço. Ao celebrar hoje o seu aniversário, que a coloca no bonito degrau da terceira idade, merece de quem a conhece e lê, ou com ela aprende, um gesto de ternura e amizade. Aqui fica, por isso, o meu abraço de felicitações, com votos de paz, alegria, otimismo e amor. 

Talvez seja Natal e não Dezembro




NATAL, E NÃO DEZEMBRO

Entremos, apressados, friorentos,
numa gruta, no bojo de um navio,
num presépio, num prédio, num presídio,
no prédio que amanhã for demolido…
Entremos, inseguros, mas entremos.
Entremos, e depressa, em qualquer sítio,
porque esta noite chama-se Dezembro,
porque sofremos, porque temos frio.

Entremos, dois a dois: somos duzentos,
duzentos mil, doze milhões de nada.
Procuremos o rastro de uma casa,
a cave, a gruta, o sulco de uma nave…
Entremos, despojados, mas entremos.
De mãos dadas talvez o fogo nasça,
talvez seja Natal e não Dezembro,
Talvez universal a consoada.

David Mourão-Ferreira

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Saberes com Sabor... a Bacalhau

Uma oportunidade a não perder




O Museu Marítimo de Ílhavo propõe um workshop apropriado à época natalícia, em que o bacalhau assume um papel principal na mesa da Consoada.
Com o apoio da Confraria Gastronómica do Bacalhau, a primeira parte do workshop será dedicada a conselhos práticos sobre bacalhau, nomeadamente como comprar bacalhau, o corte ideal em postas, como demolhar, entre outras curiosidades. Na segunda parte, serão apresentadas as etapas de confeção de um tradicional bacalhau de Consoada e o que fazer com as sobras nos dias seguintes.

Marcação prévia: 234 329 990 | museuilhavo@cm-ilhavo.pt
Entrada: € 5,00 | Limitado a 12 participantes

Fonte: CMI

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Sobredotados

Crónica de Maria Donzília Almeida



Albert Eisntein 
tinha dificuldades de ler e soletrar 
e foi reprovado em matemática


A nossa/minha memória é seletiva e com a aproximação do Natal, presenteia-me com gratas recordações.
Ao longo do meu percurso profissional, lidei com uma grande diversidade de alunos, de todas as formas e feitios, o que é uma experiência enriquecedora no conhecimento do género humano. Em toda esta panóplia de perfis psicológicos, também haveria de me cruzar com os sobredotados.
Existe ainda alguma controvérsia quanto a esta designação. De qualquer forma, hoje já não se considera este quadro só com base num determinado QI. Considera-se que uma pessoa sobredotada demonstra e mantém ao longo da sua vida competências acima da média, elevada criatividade e um grande envolvimento nas tarefas. Estas crianças têm habitualmente uma aprendizagem mais rápida, profunda e abrangente do que os seus pares, funcionando ao nível de uma criança mais velha. Demonstram um raciocínio rápido, um elevado nível de abstração e de fluência de ideias, curiosidade, flexibilidade do pensamento e originalidade e são persistentes nas tarefas. A busca de conhecimento é-lhes intrínseca.

Festa em honra de Nossa Senhora da Nazaré

Comissão tomou posse 
na eucaristia da Imaculada Conceição
Nossa Senhora da Nazaré


A Comissão de Festas em honra de Nossa Senhora da Nazaré tomou posse na eucaristia das 11.15 no dia da Imaculada Conceição, 8 de dezembro. Na presença do nosso prior, Padre Francisco Melo, e perante a comunidade paroquial, a comissão prometeu assumir as responsabilidades que lhe cabem, no respeito pelas normas diocesanas e paroquiais.
A comissão, constituída por Domingos Vareta (Juiz), Maria do Rosário Cravo (Secretária), Laurinda Vareta (Tesoureira), Hermínio Ferreira (Vice Tesoureiro), José Oliveira, João Cirineu e Fernando Alves (Vogais), mostrou-se animada em levar por diante a missão de que foi incumbida, com empenho acrescido, já que Nossa Senhora da Nazaré tudo merece. Referiu que estão a ser programadas várias iniciativas para angariação de fundos. O juiz informou-nos que vão bater a todas as portas e empresas da freguesia, esperando que as pessoas sejam generosas, porque uma festa destas envolve muitas despesas, como é sobejamente conhecido.
Vai ser vendido um calendário que, garantiram-nos, está muito bonito, e também está a ser preparada uma rifa, entre outras ações que possam render algum dinheiro. O que importa agora é que todos saibamos cooperar, cada um dentro das suas possibilidades, para que os festejos correspondam à devoção que temos por Nossa Senhora da Nazaré. Para que assim seja, a Comissão tem reunido com o nosso prior, porque a componente espiritual e cultural não poderá ficar esquecida.

Tolerância





De uma oração de Mahatma Gandhi que um amigo me enviou.

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Ponte de Paz



Ponte de paz


Vem Filho do Altíssimo,
Lançar a ponte da luz
Entre o reino de Teu Pai
E a mais funda raiz humana.

Vem príncipe da paz,
Despojar-nos das armaduras
E revestir-nos com as tuas vestes,
Fazer da nossa liberdade,
A ressonância do teu amor.

Vem médico divino,
Levantar-nos com as tuas mãos,
Beijar-nos com o teu olhar,
E rasgar-nos as mordaças
Que nos fazem calar a tua palavra.

Vem coração de Deus,
Inflamar-nos do teu desejo
Insuflar em nós os teus sonhos
E recriar em nós a tua vida.

Vem!

João Santos

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