quinta-feira, 30 de março de 2006

Governo com dois pesos e duas medidas



Alto-comissário diz que Portugal
tem "dois pesos e duas medidas"






O alto-comissário para a Imigração e Minorias Étnicas considerou hoje que a atitude de Portugal perante o repatriamento de portugueses do Canadá é "um caso típico de dois pesos, duas medidas" e lembrou que o país também expulsa diariamente imigrantes ilegais. Enquanto em Portugal se dava destaque "ao drama humano de famílias" portuguesas que eram expulsas do Canadá, ocorriam simultaneamente "as maiores operações de detecção de imigrantes irregulares", tendo sido notificados a abandonar o país 234 imigrantes brasileiros em situação irregular, escreve Rui Marques num artigo a publicar na edição de Abril do boletim do Alto- Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas (ACIME).
"Curiosamente, em nenhuma notícia era destacado que, nesse momento, se desfazia o sonho daqueles imigrantes que eram obrigados a abandonar o país, nem se tinha em conta o drama humano inerente", diz Rui Marques no artigo intitulado "Os nossos e os outros".
Rui Marques adianta ainda que o "contraste" merece uma reflexão sobre "a clarificação do fenómeno da imigração irregular". "Na sua esmagadora maioria, os imigrantes irregulares são pessoas que permanecem e trabalham num dado país, não tendo para isso autorização desse Estado.
Não são criminosos: são trabalhadores não autorizados. Merecem, por isso, um tratamento humano e uma compaixão expressa a todos os níveis: nomeadamente social, mediático e político", sublinha. O alto-comissário realça que este princípio é válido quer para Portugal, quer para o Canadá.
Ao defender que "os circuitos de imigração irregular devem ser combatidos e desincentivados", Rui Marques destaca que quando é aplicada a lei aos ilegais deve ter-se em conta "o pleno respeito pela dignidade humana que começa na acção das autoridades e termina na mentalidade e atitude de cada um de nós".
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Fonte: PÚBLICO on-line

Internet é já solução para muitas coisas

Mais de um milhão de declarações do IRS foram entregues pela Internet
Mais de um milhão de de-clarações de IRS foram entregues pela Internet até ao dia 27, anunciou o Ministério das Finanças, que realça o crescimento superior a 30 por cento em relação ao ano passado. E como o prazo para a entrega de modelo 3 do IRS referente aos trabalhadores por conta de outrem e pensionistas foi prolongado até dia 4, o Ministério admite que a adesão à via electrónica para entrega das declarações ainda pode ser maior. Entretanto, cerca de 100 mil declarações, ou seja, 10 por cento, foram alvo do sistema de alerta para detectar erros no preenchimento, o que permitiu aos contribuintes fazer a correcção dos dados na hora.

“Jesuítasnet – Jornal on-line”

Saiu, há dias, um jornal on-line, da Província de Portugal da Sociedade de Jesus. Tem como director Luís Rocha e Melo SJ e como redactor principal João Caniço SJ, padre natural da diocese de Aveiro. Sendo certo que o “Jesuítasnet – Jornal on-line” não vem substituir o “Boletim Jesuítas – Informação aos amigos", fica garantido que se trata de uma mais-valia para se conhecer melhor a acção da Sociedade de Jesus em Portugal e um pouco de todo o mundo. Diz o director na Apresentação que “é maneira acrescida de informação e comunicação rápida entre jesuítas e seus amigos” e que os próximos números serão mais breves. Também sublinha que esta publicação on-line sairá “sempre que houver notícias a comunicar”. O novo jornal on-line pode ser visto em www.jesuitas.pt/jesnet Os interessados em recebê-lo têm de o comunicar via e.mail.

As minhas escolhas

No Correio do Vouga Entrevista a Rachid Ismael, director do Colégio Islâmico de Palmela
"A indignação é um direito
mas não justifica a violência"
A religião islâmica está no centro das atenções por vários motivos, nem sempre os melhores. Porque não há paz no mundo sem paz entre as religiões e, para isso, o primeiro passo é o conhecimento mútuo, o Correio do Vouga entrevistou Rachid Ismael. O imã muçulmano e líder da comunidade islâmica de Palmela esteve em Sever do Vouga, onde participou num debate na Escola Secundária, no âmbito das aulas de EMRC.
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Rachid Ismael é director do Colégio Islâmico de Palmela, escola onde se ensina o currículo normal do 1º ao 3º ciclo. Paralelamente, os alunos têm aulas de religião muçulmana duas horas por dia. Entre os alunos há dez que não são muçulmanos.
Desses dez, cinco frequentam as aulas de religião muçulmana.Na margem Sul do Tejo, zona de influência da Mesquita de Palmela, há cerca de 10 mil muçulmanos.
Em Portugal, no total, há 40 mil seguidores do profeta Maomé.
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(Para ler a entrevista, clique Correio do Vouga)
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Foto de um "site" brasileiro

Na antiga Capitania, no dia 1 de Abril

“O sentido da vida:
Que horizontes?”
em exposição No próximo sábado, 1 de Abril, pelas 17 horas, na sede da Assembleia Municipal de Aveiro (antiga Capitania), vai ser inaugurada uma exposição de Artes Plásticas, tendo por tema “O sentido da vida: Que horizontes?”. A iniciativa é da Comissão Diocesana da Cultura, em parceria com a Câmara Municipal de Aveiro e com a associação AveiroArte. A exposição reúne um conjunto de obras de vários artistas convidados e ficará patente ao público até 23 de Abril, podendo ser visitada entre as 14 e as 19 horas. Na sessão de abertura, o padre António Rego, jornalista e docente da Universidade Católica Portuguesa, abordará o tema que foi proposto aos artistas. No dia 20 do mesmo mês, pelas 21.30 horas e no mesmo local, D. Manuel Clemente, Bispo Auxiliar de Lisboa, fará uma conferência sobre “O sentido da vida à luz da arte cristã”. Depois da cerimónia de abertura, os artistas Gaspar Albino e Claudette Albino orientarão uma visita guiada, apresentando, um a um, todos os trabalhos expostos. Uma litografia alusiva ao motivo da exposição, da autoria de Gaspar Albino, numerada e de edição limitada, será posta à venda no dia da inauguração da colectiva de Artes Plásticas. Dada a importância desta mostra, convidam-se todos os amantes da arte e da cultura a estarem presentes na inauguração e a assistir às conferências programadas.

CUFC: Pessoa com deficiência em debate

Director da CERCIAV
no Fórum::UniverSal
No próximo dia 5 de Abril, pelas 21 horas, no CUFC (Junto à Universidade de Aveiro), o director da CERCIAV, Fernando Vieira, vai animar um debate do Fórum::UniverSal, espaço de reflexão aberto à comunidade universitária e aos demais interessados.
Fernando Vieira, que desde há 30 anos apoia pessoas com deficiência, estará no CUFC para conversar sobre “A pessoa com deficiência... uma realidade escondida?”
O encontro será moderado por Miguel Oliveira.

Um artigo de D. António Marcelino

FACILITAR
O DIVÓRCIO?
AINDA MAIS? Ninguém pode negar aos grupos políticos, com assento parlamentar, o direito de proporem o que quiserem para que seja lei. Mas, também, nenhum grupo político pode negar ao simples cidadão ou a grupos atentos, o direito de se pronunciarem sobre as propostas apresentadas, sejam elas acordadas com troca de favores, ou anunciadas nos jornais com intento de criar ambiente propício à sua aceitação pela opinião pública. Em muitos casos, pensa-se e propõe-se à revelia da ética, do bem comum, do serviço claro à sociedade no seu conjunto e faz-se tábua rasa do respeito devido às pessoas, aos direitos humanos fundamentais, às instituições estruturantes da comunidade nacional, ao conhecimento da realidade, à destruição provocada por leis que se apoiaram em maiorias interessadas, desprezando o interesse e os direitos dos cidadãos em geral. O BE anunciou antes e apresentou depois, uma proposta de lei para facilitar ou “agilizar” o divórcio. Segundo o proponente “o único motivo que deve bastar para o divórcio é a vontade expressa de um dos cônjuges”. Acrescenta, ainda, que se trata da “mais importante proposta de modernização do direito da família”. Faz pensar. As leis divorcistas portuguesas são as mais facilitadoras da Europa, feitas, por certo, por muita gente divorciada ou a caminho, ávida por captar simpatias e votos em franjas sociais, sobretudo de jovens, com intuito de agradar e alcançar esse objectivo. Ora, a razão de ser das leis não é satisfazer interesses partidários, mas o bem comum dos cidadãos. O apoio claro e permanente aos casais, livremente comprometidos num projecto comum e dispostos ao esforço normal para o levar a bom termo, sempre e muito especialmente quando há filhos, é cada vez mais desconsiderado por quem faz as leis e esquece o dever constitucional de defender a família. Hoje “agiliza-se” e propicia-se, de modo inconcebível, o que fragiliza a relação conjugal e os deveres dos cônjuges e dos pais. De comum acordo, já entre nós se faz um casamento no sábado e se pede o divórcio na segunda-feira. Por isso mesmo e por razões secundárias, depois de uma lua de mel tumultuosa alguns novos cônjuges já não regressam juntos à casa que sonharam e construíram. Para que preparar a sério o casamento ou superar no mesmo as dificuldades normais, quando se pode, legalmente e de imediato, “passar a outra”, sem incómodo de maior? As leis actuais, cumpridos prazos, são favoráveis à irresponsabilidade de correr atrás do que agrada mais. Ao mesmo tempo, penalizam, injustamente, os que lutam, perdoam e esperam. Assim se multiplica o número de vítimas inocentes, a favor de quem não está para assumir culpas, fazer esforços e ser fiel a compromissos. Para trás ficam muitas pessoas destruídas, sonhos e projectos desfeitos. O divórcio deixa, em gente séria, feridas dolorosas e, muitas vezes, também, crianças inseguras e envolvidas em ódios inconcebíveis ou em carinhos descontrolados dos pais que os geraram. Vidas a prazo, filhos a prazo. É isto o que quer “agilizar, ainda mais, o BE? O legislador não pode olhar apenas o metro quadrado da sua ideologia ou do seu interesse. Tem de ver o país concreto, onde a família é o grande valor, e considerar a realidade sem preconceitos. Nunca aqueles que interferem na feitura das leis podem desconhecer o país e os seus valores culturais, nem fechar os olhos ao que se passa ou ter apenas dos problemas uma visão unidimensional. A afirmação que muitos jornalistas acriticamente veiculam e a que o poder político dá guarida, de que são “os sectores mais conservadores e da Igreja Católica” que estão a travar o progresso, é a expressão do atraso cultural, da negação da vida democrática, do desprezo pelo bem comum, da premeditada alteração da hierarquia dos valores em que assenta a dignidade, a segurança e o futuro de um povo. O divórcio é uma epidemia corrosiva que destrói o tecido social, porque a família é a sua força mais consistente. Se em algum caso é a solução possível de problemas graves e direitos espezinhados, chegou-se, entre nós, ao limite de fazer, legalmente, do casamento, uma brincadeira social. O legislador sério não pode deixar de ter consciência de tudo isto. Se for capaz de o compreender e fazer.
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Foto de um "site" brasileiro

quarta-feira, 29 de março de 2006

Um artigo de Pedro Rolo Duarte, no DN

Se fosse nos EUA, era igual 

Vou poupar pormenores e sentimentos profundos, íntimos e pessoais, nos dois mil e poucos caracteres desta coluna, e tentar ser objectivo e claro: na semana passada, perdi o meu irmão António na sequência de uma operação que começou por ser "delicada mas comum" e rapidamente se transformou numa tragédia sem fim. Tanto quanto percebi das palavras sempre rigorosas do professor Diniz da Gama, o tabaco esteve presente na origem da doença que obrigou à operação - e depois também no falhanço da própria operação. Julgo não exagerar se disser que o tabaco matou, aos 51 anos, o meu irmão.
O meu irmão António era um fumador inveterado. Como o meu pai. Como eu. No meio daqueles dias devastadores, ouvi alguém dizer perto de mim: "Se fosse nos Estados Unidos, a família ficava rica. Processava a Tabaqueira e ganhava de caras." A frase ficou a ecoar na minha cabeça até à noite em que estou a escrever. "Se fosse nos Estados Unidos..." Se fosse, era tudo diferente? 
Provavelmente, não. Advogados e dinheiro, tempo e dinheiro, lentidão e dinheiro. Esperar a exasperar. Não confiar. Perder a força e a vontade. Não acreditar. Desistir. Penso nesse quadro e desisto antes mesmo de me perguntar sobre a eventual imagem do Dom Quixote a lutar contra moinhos de vento. 
Prefiro lutar comigo próprio e deixar de fumar. Há 35 anos, quando o meu irmão António começou a fumar, ou há 25 anos, quando eu comecei, ninguém dizia que o tabaco matava. Dizia-se que era "coisa para adulto" (como beber café ou sair à noite). O meu irmão António, como eu, foi "apanhado" na teia de um vício que, no que à dependência diz respeito, em nada difere da mais dura das drogas. E ficou refém do seu vício até ao último minuto. Quem não fuma, nunca entenderá este drama. 
Ser nos Estados Unidos ou em Portugal é absolutamente indiferente: o meu irmão António, cá ou lá, não está mais por perto a contar piadas e a inventar histórias divertidas. Cá ou lá, nas Tabaqueiras todos continuam a trabalhar tranquilamente. Impunemente. O Estado, cá ou lá, cobra para se sentir aliviado do fardo. 
E cá ou lá, há uma pergunta que há 25 ou 35 anos não fazia sentido, mas hoje faz: quem pode não começar a fumar, num tempo em que toda a informação é taxativa sobre a matéria, porque o fará?

Museu de Aveiro

Botica Conventual Oficina: Mezinhas e unguentos, remédios de outros tempos. Um projecto destinado aos alunos dos 1º e 2º ciclos do Ensino Básico : A visita oferece o desenvolvimento do tema “Botica Conventual”, salientando a sua importância dentro e fora do Convento. A visita tem como espaço central o “armário da farmácia” e um herbário, através do qual é possível a identificação de certas plantas e a sua aplicação nas práticas curativas, nos cuidados de higiene e na culinária da época. Na oficina complementar os alunos podem manusear plantas permitindo-lhes assim fazer o reconhecimento de texturas e cheiros, bem como manipular diversos componentes naturais usados na época. Horário das visitas escolares: De terça a sexta-feira, das 10:00 às 12.30 e das 14 às 17.30 horas A marcação de visitas deverá ser feita com duas semanas de antecedência.
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Contactos:
Museu de Aveiro
Avenida Santa Joana Princesa
3810–329 Aveiro
Tel. 234 423 297
Fax. 234 421 749

Uma reflexão da CNJP para a Quaresma

"Recuperar a alegria de viver e o nosso compromisso com o mundo"
"Que existam pessoas – e estimam-se em cerca de dois milhões, no nosso País – com rendimentos insuficientes para garantir um padrão de vida decente é, certamente, uma situação que não podemos tolerar. Antes do mais, por razões de dignidade humana; mas também porque um tão elevado número de excluídos é, obviamente, um factor de tensão e conflitualidade, com inevitáveis consequências para a coesão social e para um desenvolvimento humano e sustentável.
A pobreza e a exclusão social não podem ser vistas apenas à luz fria dos indicadores estatísticos. Por detrás dos números, estão rostos e vidas de homens, mulheres, crianças, jovens e idosos.
Pessoas a quem a falta de recursos monetários, a doença, a precariedade do trabalho e os baixos salários, o reduzido nível de escolaridade, a desintegração familiar e outros factores, não permitem que, por si sós, vençam as barreiras da pobreza e da exclusão.
Pessoas que não encontram habitação digna a preço acessível, ainda que, nas nossas cidades, vilas e aldeias, muitos alojamentos estejam por utilizar.
Pessoas a quem a escola não conseguiu cativar e preparar para a vida.
Pessoas vítimas de exploração no trabalho por parte de alguns empresários sem escrúpulos e de um sistema socio-economico-político que não previne – antes produz – exclusão social.
Pessoas que vieram de outros países em busca de melhores condições de vida, mas que, também aqui, ou não conseguiram singrar ou porque, tendo perdido as raízes dos seus países de origem, não se sentem integradas na sociedade em que vivem.
Pessoas sem-abrigo e vivendo da esmola ou do furto.
Pessoas frágeis na sua relação com o álcool, a droga, a promiscuidade, etc.
Pessoas para quem a pobreza é persistente e conhecida desde tenra idade; uma herança que receberam de seus pais.
Pessoas para muitas das quais pobreza significa morte."
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(Para ler toda a mensagem da CNJP (Comissão Nacional Justiça e Paz), em espírito de reflexão e de compromisso para o tempo que vivemos, o nosso tempo, clique aqui)

AVEIRO: Imagens doutros tempos

Posted by Picasa
Aveiro: Quartel de Sá (Início do século XX).
À direita vê-se o fontanário

Um artigo de António Rego

A geração MP3 Bill Gates já tinha profetizado, há algum tempo, que o DVD – sucedâneo das cassetes de imagem – estava em vias de extinção porque a magia do computador aliada à televisão interactiva alcançaria uma solução mais perfeita (e certamente mais rentável). Agora voltou atrás subscrevendo um dos modelos de disco com maior capacidade e qualidade, a chegar ao mercado. Tudo isto não passaria de mais um evento técnico e comercial se se não inscrevesse na panóplia de peças que se escondem na mochila e na cabeça da juventude de hoje, que alguém já classificou de “chipada”. Parece, à primeira vista, que durante muitos séculos, havia um gráfico homogéneo que definia as diversas gerações. Certamente durante milénios os adultos pensaram o mesmo dos jovens. E os jovens terão dito o mesmo dos mais velhos. Pelo menos dentro dos padrões culturais mais próximos e a que fomos tendo acesso mais pelas histórias do que pela História. Não é muito fácil definir “novas tecnologias” na área dos consumíveis. Trata-se de instrumentos com uma curtíssima esperança de vida. Envolvidos no mercado, nascem com estonteante pressa de morrer, para dar lugar a uma nova geração ou topo de gama que deve ter os dias contados, para se tornarem rentáveis e competitivos. E assim sucessivamente.Que usam hoje os adolescentes e jovens? Um emaranhado infindável de siglas numéricas que significam som, imagem, comunicação, grafia, resposta, pressa, instinto, sensibilidade, prazer, interacção. Um compêndio de filosofia e moral em módulos e chips. A maior parte acedida pela Net, ou televisão, ou grupo, ou por um amigo. E propaga-se alegremente em pirataria, espécie de truque dos pobres e mercado clandestino que afecta os criadores e os vendedores. Este pacote de levíssima ponderação tornou-se companhia e centro de procuras, trocas, prendas e negócios, consoante as idades.
Que benefícios e estragos gera toda essa tralha nos neurónios e afectos dos utentes? Possivelmente molda uma juventude como Presley marcou a de cinquenta e Dylan a geração seguinte. E correm, entretanto, décadas marcadas pelo rap, pelos dinossauros, pela mecânica, pela tatuagem, pelas cores, pelos jogos electrónicos, pelos grafiti, pelos códigos, pelo imediato, pela transgressão como forma de originalidade. E por muito mais, que não é nem soma nem subtracção de análises sempre imperfeitas. Estamos perante uma sequência aparentemente incontrolável de evoluções rápidas que parecem fazer estremecer os valores patrimoniais lentamente cotejados pelas evoluções dos milénios que nos precederam. A análise mais simplista reconduz sempre à lamúria clássica de no meu tempo não era assim ou os jovens de hoje não cultivam valores. É preciso ir paciente e inteligentemente mais longe para compreender que as gerações e culturas não se edificam nem tombam com duas palavras de ordem. A humanidade é um contínuo vaivém mesmo no meio de convulsões que parecem radicais. O desafio cristão implica a pesquisa de padrões mais sólidos que a comparação moralista com as gerações mais recentes. Tentando sobretudo compreender o que pretendem exprimir em tantos gestos e palavras que surgem simplesmente como absurdos à análise de superfície. E aprendendo com eles os valores que, desarrumadamente, nos transmitem. É um erro primário dizer que os jovens de hoje não cultivam valores. É preciso descobri-los no meio dos decibéis do MP3 e das senhas que, continuamente, trocam entre si e com os que com eles procuram dialogar. Sem diabolizar nem beatificar pelas primeiras impressões.

terça-feira, 28 de março de 2006

CNIS apresenta nova direcção aos partidos

Padre Lino Maia encontrou-se com o PCP O presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), Pe. Lino Maia, encontrou-se hoje com Jerónimo de Sousa na sede do PCP, em Lisboa.
O líder comunista argumentou que a Constituição da República prevê o carácter complementar das acções das instituições de solidariedade e manifestou a disponibilidade do grupo parlamentar do PCP para “contribuir para clarificar o estatuto legal e o papel” daquelas instituições.
Por seu lado, o Pe. Lino Maia, que pediu a reunião com o PCP e com os outros partidos para apresentar os novos órgãos sociais da CNIS, eleitos em Janeiro, destacou a necessidade de o Governo fazer uma “diferenciação positiva” nos acordos de cooperação com as instituições.
A CNIS é a principal organização representativa das instituições particulares de solidariedade social – IPSS’s – em Portugal. Congrega milhares de associações que operam no apoio aos idosos, à infância e aos deficientes e a outras situações de carência, como populações de bairros desfavorecidos.
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Fonte: Ecclesia

Ainda o caso do afegão convertido

Afegão convertido
ao cristianismo
pede asilo no estrangeiro
O afegão Abdul Rahman, ameaçado com a pena de morte por se ter convertido ao cristianismo, pediu asilo no estrangeiro, anunciou ontem a ONU em Cabul.
"Abdul Rahman pediu asilo fora do Afeganistão", indicou um porta-voz das Nações Unidas, Adrian Edwards, acrescentando que o afegão espera que um dos países interessados o acolha para "dar uma solução pacífica ao seu caso".
O Supremo Tribunal afegão decidiu este Domingo suspender o processo do muçulmano convertido ao cristianismo. A Santa Sé divulgou algumas passagens da carta que o Cardeal Angelo Sodano, Secretário de Estado do Vaticano, enviou em nome do Papa a Hamid Kazai.
Na missiva, com data de 22 de Março, afirma-se que o apelo de Bento XVI em favor de Rahman é baseado numa “profunda compaixão humana”, na “firme convicção na dignidade da vida humana” e no “respeito pelo direito à liberdade de consciência e religião de cada pessoa”.
Abdul Rahman, 41 anos, foi detido há três semanas em Cabul porque, quando trabalhava no Paquistão, há 16 anos, abandonou o Islão e converteu-se ao cristianismo, um acto que é passível de pena de morte, segundo a ‘sharia’ (lei islâmica), que vigora no Afeganistão.
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Fonte: Ecclesia

Um artigo de Francisco Perestrello, na Ecclesia

O Humor e a Guerra Mesmo sendo certo que a vida real é composta de drama e comédia, muitas vezes com forte predominância do primeiro, também é certo que o Cinema prefere marcar de uma forma clara o género em que insere determinada obra. As comédias são para rir; os dramas para "chorar". Com o avançar dos anos tal atitude foi-se diluindo, tomando uma posição, cada vez mais forte, a chamada comédia dramática, em que o mundo se vê um tanto mais equilibrado, com vertentes risonhas convivendo com outras em que a felicidade não tem lugar.Quando, em 1997, Roberto Benigni realizou "A Vida É Bela", até certo ponto abriu-se uma nova janela. A vertente humorística era suficientemente marcada para ser inegável estarmos perante uma comédia; a vertente dramática era tão dura que não podia deixar de despertar cruéis memórias - recordações para uns, informações para outros - de uma dureza incontornável. Benigni repete a receita em "O Tigre e a Neve". Não temos já os nazis e os seus crimes de guerra sobre populações civis, mas antes a situação iraquiana resultante de uma guerra que inicialmente pareceu demasiado fácil. Uma vez mais o espectador se confronta com um actor que actua em tom de farsa, dirigido por um realizador - que é a mesma pessoa - que aprofunda e trata os acontecimentos de forma a deixar bem viva a expressão da crueldade humana. Dois estilos contraditórios, com os mesmos factos observados ou observáveis sob as duas diferentes perspectivas. Tirar humor das desgraças de cada personagem não é trabalho fácil, sobretudo quando se quer manter a verdadeira dimensão do drama sofrido. Pode dizer-se que Benigni iniciou um novo estilo de comédia/drama, capaz de chocar alguns espectadores mas que tem a qualidade de expor uma sólida crítica social, mesmo que esta só seja assimilável com uma cuidadosa leitura de cada obra e o abandono de alguns preconceitos que se possam opor à forma de tratamento do tema.

Afegão que se converteu ao cristianismo foi libertado

Pressões internacionais
devem ter pesado
na decisão da Justiça afegã
O afegão detido e ameaçado de morte por se ter convertido ao cristianismo foi libertado da prisão, anunciou hoje o ministro afegão da Justiça, Sarwar Danish. De acordo com o ministro, o cidadão Abdul Rahman "foi libertado da prisão segunda-feira à noite". Poucas horas antes, o procurador-geral adjunto de Kabul tinha anunciado que Abdul Rahman estava livre "para sair da prisão". "Tomámos a decisão de o libertar e enviámos nesse sentido uma carta ao Ministério da Justiça", disse o procurador-geral adjunto, Mohammed Aliko. Abdul Rahman, ameaçado com a pena de morte por ter renegado o Islão e se ter convertido ao cristianismo, tinha sido detido há duas semanas e, segundo a lei islâmica, incorria na pena de morte.
Depois de conhecida a prisão do afegão por se ter convertido ao cristianismo, as pressões dos países que mantêm tropas no Afeganistão e outras dos defensores dos Direitos Humanos devem ter pesado na decisão da Justiça daquele país muçulmano. Isto prova que o mundo deve continuar atento a estas ofensas aos Direitos Humanos, para que os homens e mulheres possam livremente optar pelas ideias e ideais que considerem mais justos.
E a propósito, quando é que os cidadãos e cidadãs livres do mundo encetam campanhas para que as mulheres em muitos países islâmicos deixem de ser tratadas como escravas? Quando é que a ONU e outras organizações internacionais se unem para acabar com a discriminação das mulheres, sobretudo nas nações islâmicas? Não é sabido que elas não possuem os mais elementares direitos cívicos, políticos e sociais, em nome do Corão, que o mesmo é dizer de Alá, o Deus único?
F.M.

AVEIRO: Imagens doutros tempos

Aveiro: Cheias de 1938, na Praça Melo Freitas

segunda-feira, 27 de março de 2006

Sócrates contra a burocracia

José Sócrates apresenta hoje 400 medidas contra a burocracia
Não há nenhum português, minimamente inteligente, que não conheça as barreiras burocráticas que dificultam a vida a toda a gente. Em qualquer repartição, para resolver assuntos por mais elementares que sejam, são exigidos papéis e mais papéis, obrigando o contribuinte a recorrer a todas as suas forças para manter a serenidade.
E se é verdade que os Governos, desde o 25 de Abril, têm prometido simplificar a vida aos portugueses, também é certo que só José Sócrates conseguiu dar o pontapé de saída para se iniciar a longa caminhada que se impõe, no sentido de acabar com tanta papelada inútil, que servia somente para nos aborrecer a todos.
Não vamos discutir aqui se o Governo socialista está a fazer tudo certo, mas temos de reconhecer que está a fazer o que é preciso. As eventuais correcções, que serão inevitáveis, virão depois.
Já sei que não hão-de faltar políticos que, uma vez mais e como todos sabemos, não deixarão de criticar as propostas de José Sócrates. Sabemos isso, porque a nossa democracia, que nunca mais atinge a maturidade, é dominada por certos políticos profissionais, que somente sabem dizer mal de tudo e de todos, menos deles próprios. São os tais que tudo reprovam, mas que, quando passaram pelos Governos, nada fizeram de relevante para acabar com a burocracia, que é a mãe de todos os entraves ao progresso.
Reformas desta natureza são sempre difíceis de levar por diante. Há os eternos burocratas, gente instalada que gosta de passar a vida a mexer em papéis, mesmo sabendo que os mesmos vão, no dia seguinte, encher gavetas e estantes, onde ficam à espera que a traça os domine. Há também os lóbis que precisam da burocracia como de pão para a boca e que apostam continuamente em mater o statu quo, unicamente para alimentar os inimigos do progresso.
As 400 medidas hoje anunciadas vão, decerto, tornar a vida mais fácil para os portugueses, se não houver boicotes e se todos colaborarmos nesta aposta do Governo, porque os beneficiários seremos nós próprios.
Os velhos do Restelo, que fazem parte da nossa maneira de ser e de estar na vida, e que Camões tão bem eternizou, não deixarão a praia para barafustar. Mesmo que a maioria passe ao lado e não lhes dê crédito. É o que eles merecem.
Fernando Martins
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(Para saber mais, clique aqui)

domingo, 26 de março de 2006

AVEIRO: NA FÁBRICA-CENTRO DE CIÊNCIA VIVA

Até 25 de Junho "Fotógrafos da Vida Selvagem 06"
Pelo segundo ano consecutivo as fotografias da vida selvagem invadem a Fábrica. Peixes, pássaros, ursos e orangotangos habitarão o espaço da Fábrica ao longo de quatro meses e invadem o espaço da Fábrica com muitas actividades! Venha descobrir e conhecer, até 25 de Junho, os mais recentes inquilinos da Fábrica! Esta exposição resulta do mais prestigiado concurso mundial de Fotografia de Natureza. Promovido pelo Museu de História Natural de Londres e pela revista BBC Wildlife, o concurso parte de cerca de 20 mil fotografias proveniente de mais de 50 países de fotógrafos amadores e profissionais. As fotografias vencedoras e finalistas do concurso estão em exibição durante todo o ano em várias partes do mundo. Aveiro fica no mapa desta grande exibição! Uma exposição de Fotografia é normalmente contemplativa mas, na Fábrica, as imagens de natureza invadem todo o espaço com muitas actividades. Está disponível um guia pedagógico que permite aos mais novos poderem aprender a observar de uma forma cuidadosa as fotografias. Nesta exposição estão igualmente disponíveis módulos interactivos onde os visitantes podem conhecer a forma de visão de um morcego ou de uma minhoca, “limpar” uma parede interactiva para encontrar os animais que se escondem debaixo de uma cortina de sombra ou fazer um conjunto de borboletas levantarem voo ao soar de palmas. Para os mais pequenos existe um tapete mágico onde vive um coelhinho branco e a cada passo, despontam malmequeres brancos. É igualmente possível observar com binóculos pássaros escondidos na Fábrica ou conhecer a idade das árvores através da contagem dos seus anéis. Desta forma esta exposição transforma-se num espaço de descoberta e aprendizagem fascinante. Muitos grupos sociais, desportivos, etc., escolhem animais para seu símbolo, porque desde há milénios o Homem lhes foi atribuindo os poderes que a sua imaginação não conseguia explicar de outra forma. A compreensão sobre o valor deste projecto contaminou a sociedade alastrando às empresas e associações que entenderam colaborar, adoptando uma fotografia como se de um animal se tratasse. Graças a eles, podemos disponibilizar aos mais novos o guia pedagógico a um preço simbólico. Preço de venda ao público do guia pedagógico 2,00€
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(Para conhecer horário, clique UA)

Um artigo de Anselmo Borges, no DN

Que dizemos
quando dizemos 'Deus'?
As estatísticas dizem que a fé em Deus está em queda, concretamente na Europa. Mas a pergunta que é preciso fazer é esta: em relação a que Deus é que a fé está em queda? O que é que dizemos, quando dizemos "Deus"?
O quê é ou quem é propriamente Deus? Esta questão é tanto mais urgente quanto é verdadeiro aquele passo célebre de Martin Buber: Deus é "a palavra mais carregada e onerada de todas as palavras humanas. Nenhuma foi tão manchada, nenhuma foi tão estragada. De geração em geração, com os seus partidos religiosos, os homens desfizeram esta palavra: por ela mataram e por ela morreram. Massacram-se uns aos outros e sempre em nome de Deus. Devemos, pois, respeitar os que proíbem o seu uso, dado que querem rebelar-se e insurgir-se contra este modo escandaloso de justificar o arbitrário em nome de Deus".
A que Deus é que Mestre Eckhardt pedia que o libertasse de Deus? Que Deus é esse cuja morte por assassínio Nietzsche mandou proclamar pela boca de um louco? Se Deus nos aparecesse, dizendo-nos: "Aqui estou eu, sou eu o Deus", como é que o reconheceríamos, como saberíamos que era ele?
Depois, há aquela estória: um homem foi ao céu, pois tinha-lhe sido dado o privilégio de falar directamente com Deus. Quando voltou da audiência, caíram os jornalistas sobre o afortunado, perguntando: "Afinal, como é Deus, como é ele?" Resposta: "She is black." Não é um velho, nem do sexo masculino, nem branco...
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(Para ler todo o artigo, clique aqui)

AVEIRO: Imagens doutros tempos

AVEIRO: Cheias de 1938, junto aos Arcos

GOTAS DO ARCO-ÍRIS - 10

CORES LAITES
NO ARCO-ÍRIS Caríssimo/a: Li uma frase numa revista semanal que me fez encalhar. E de que maneira... “O Papa Bento XVI usa o iPod para descansar.” Pois, nunca tal vira nem ouvira... Aprender até morrer... Então impõe-se a busca junto dos entendidos - os netos, as crianças-jovens. Logo fui esclarecido: Trata-se de um aparelho parecido com um MP3... MP3?!... Sim. Põem-se uns fones nos ouvidos e ouve-se música. Mas o iPod é mais completo e desenvolvido... Ah! Já percebi. Obrigado! Já posso imaginar o Papa no seu descanso e vejo a minha lista de conhecimentos e de vocabulário aumentada... Recuei, saltando para a idade daquele meu neto e, meu Deus, como a 'coisa' evoluiu: iPod, MP3, fones, pen, usb, megabaites, gigas, ... hiper, super, macro, max,... btt, pandemia, H5N1, ... boxers, ténis, bleiser, carpa... E tantas, tantas outras formas novas de dizer... Certamente que o nosso Arco-Íris não ficará torcido se lhe desejarmos umas cores laites neste início de Primavera! Manuel

O caso do afegão que pode ser condenado à morte

Papa intercedeu por afegão convertido ao Cristianismo
Bento XVI escreveu ao presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, intercedendo em favor de um cidadão do país que se converteu ao Cristianismo e se arriscava a ser condenando à morte. Segundo a agência italiana ANSA, o Papa, através do Cardeal Angelo Sodano, fez chegar a Karzai um apelo ao respeito pelos direitos humanos, consagrados no preâmbulo da nova Constituição Afegã.
Hamid Karzai reuniu-se hoje com vários responsáveis do país e, em princípio, o cidadão afegão em causa deverá ser libertado em breve, “talvez já este Domingo”, declarou à AFP um alto responsável do Governo afegão.
Este sábado teve lugar "uma reunião especial" de altos responsáveis governamentais afegãos para discutirem o assunto de Abdul Rahman. Rahman foi preso há um mês, depois da sua família, com quem disputava a custódia de dois filhos, o ter denunciado como um convertido. O homem, de 41 anos, tinha em sua posse uma Bíblia e foi acusado de rejeitar o Islão.
A pressão internacional terá contribuído para um desenlace feliz do caso. George W. Bush revelou-se "profundamente perturbado" pelo assunto, numa conferência de imprensa em Washington.O representante especial do secretário-geral das Nações Unidas no Afeganistão, Tom Koenigs, exigira às autoridades afegãs que “respeitem o direito à liberdade religiosa” de Abdul Rahman.
Durante o julgamento, Rahman admitiu ter-se convertido há 16 anos, enquanto trabalhava como ajudante médico com um grupo cristão que ajudava refugiados afegãos no Paquistão. O procurador, Abdul Wasi, afirmou ter oferecido retirar a acusação caso Rahman voltasse a converter-se ao Islão, mas ele recusou, sujeitando-se assim à pena de morte. O juiz do tribunal também descreveu a acção de Abdul Rahman como “um ataque contra o Islão”.
As relações entre a Igreja Católica e o Islão foram precisamente abordados ao longo dos trabalhos do Consistório destes dias, num momento em que o Vaticano não esconde a sua preocupação perante a falta de liberdade religiosa em vários países muçulmanos.
: Fonte: Agência Ecclesia

Uma reflexão do padre João Gonçalves, pároco da Glória

Ofertas de salvação
Ninguém grita por socorro sem que antes se sinta perdido ou aflito. Há quem pense que nem precisa de ajuda nem se encontra em situação de aflição; parece que tudo corre bem, parece haver quem está sempre acima de tudo e que não precisa de ninguém.
Quem, humildemente, reconhece o barro que é; quem é capaz de deixar que a luz ilumine a vida e a consciência, sempre terá forças para perceber e reconhecer que nem tudo está bem, e que uma ajuda seria bem vinda.
O Povo de Israel, por muitas vezes, sentiu o peso da sua culpa e do seu pecado; tomou consciência de que exílios e escravaturas tiveram raízes nas infidelidades. Por isso, também foi capaz, humildemente, de gritar por socorro, ao único Deus, poderoso, que pode salvar.
Em Jesus Cristo tivemos a grande resposta salvífica de Deus; foi Ele que teve a iniciativa de nos procurar na folhagem dos paraísos perdidos; foi, e é Ele que, sempre, vem ao encontro de cada um de nós, para nos dizer que a salvação está à distância de um acto de humildade.
O Filho de Deus veio para criar esperança e reavivar a coragem daqueles que preferem as trevas; Ele é a Luz que ilumina e que salva; Ele é a oferta, de valor infinito, que Deus permanentemente nos faz, porque nos quer livres e salvos.
: In "Diálogo", 1067 - IV Domingo da Quaresma

sábado, 25 de março de 2006

Imprensa de Inspiração Cristã, Novos Caminhos

Conclusões do VI Congresso
da Associação de Imprensa
de Inspiração Cristã
O 6º Congresso da Associação de Imprensa de Inspiração Cristã, reunido em Turcifal de 23 a 25 de Março de 2006, para reflectir sobre o tema “Imprensa de Inspiração Cristã, Novos Caminhos”, aprova as seguintes conclusões:
1 – Em tempos de mudança e crise, urge que a imprensa de inspiração cristã corresponda aos desafios. A diferença da sua identidade, de serviço público, alicerçada nos valores que defende, com uma atenção particular ao outro, implica a inovação permanente.
2 – Importa conquistar novos públicos, especialmente jovens, adequando a comunicação às novas formas de interacção. Exigimos que o Estado cumpra as leis relativas ao sector, “não prestando por isso nenhum favor”.
3 – A imprensa cristã, assente num jornalismo de valores, na relação de “proximidade” e “independência”, deve suscitar o debate, promover o esclarecimento da opinião pública e educar para os Media, exercendo a sua função social.
4 – Os novos tempos exigem uma resposta adequada à falta de organização comercial com uma estratégia baseada no marketing directo. Os órgãos de comunicação social de inspiração cristã devem apostar no mercado das assinaturas para fidelizar os leitores e aumentar as vendas efectivas.
5 – É importante reforçar a profissionalização e a formação integrada sustentada nas novas tecnologias, como a presença na internet e estabelecer parcerias que tornem o produto jornalístico com maior qualidade.
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AVEIRO: Imagens doutros tempos

Aveiro: Canal Central e Pontes dos Arcos. Vê-se um chafariz junto aos Arcos e a venda de cebolas. Fins do século XIX.

A Feira de Março aí está

Passe por lá para gozar
um dia diferente
Começa a hoje a 572ª Feira de Março em Aveiro. Começou no reinado de D. Duarte, a pedido de seu irmão D. Pedro, Senhor de Aveiro, e nunca mais parou. Ao tempo teve por finalidade atrair os mais variados produtos para abastecer o povo da região. Nasceu em boa hora e a prová-lo aí está ela, multi-secular, a corresponder às necessidades das gentes, que a não dispensam. A chegada da Feira de Março é sempre um acontecimento marcante para a cidade que a acolhe e para a região, com toda a sua carga histórica que entrou nos genes do nosso povo. Povo que lá vai, quanto mais não seja, para dar uma volta, olhar os divertimentos, apreciar as exposições, ouvir um concerto, comprar umas quinquilharias e comer umas farturas. A Feira de Março também serve para desopilar o fígado, apanhar ar, encontrar amigos, recordar a infância e os automóveis eléctricos que tanto gozo davam à juventude, que em tempos mais recuados não era como agora. Agora, qualquer jovem tem um carro, seu ou do pai. Por tudo isto, deixe o sossego do sofá e da televisão e vá até à Feira de Março. Verá que vai ser um dia diferente. F.M.

Um artigo de Francisco Sarsfield Cabral, no DN

O drama do interior desertificado
Centenas de escolas estão a fechar no interior. Também encerram hospitais, maternidades, estações do correio e outros serviços públicos. Muitas localidades antes servidas pelo caminho-de-ferro viram desaparecer o comboio.
Tudo isto acontece porque não se justifica manter serviços onde há tão pouca gente. Mas, porque desaparecem os serviços, ainda menos pessoas ficam no interior. Só não sai quem não pode.
Este ciclo vicioso está a mudar Portugal.
A desertificação do interior português acentua-se apesar de, agora, se viver ali melhor do que há meio século. E de se multiplicarem iniciativas de turismo rural e turismo de habitação, trazendo visitantes.
As remessas dos emigrantes levaram muito dinheiro para as aldeias, dinheiro gasto sobretudo na construção de "maisons", que ficam fechadas durante a maior parte do ano.
E o poder local, no meio de muito desperdício e de atentados ao ambiente por acção ou omissão, construiu infra-estruturas que há anos não existiam. Entretanto, as auto-estradas e o progresso das telecomunicações reduzem o isolamento da vida no interior.
Mas isto não chega para travar o afluxo às áreas do litoral, não obstante a qualidade de vida nos grandes centros urbanos piorar a olhos vistos.
É verdade que, hoje, jovens agricultores com formação académica vão viver para o campo e modernizam métodos agrícolas.
São, todavia, casos pontuais: no seu conjunto, a agricultura portuguesa está em crise profunda.
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AVEIRO: Por baixo d'água...

“POR BAIXO D’ÁGUA:
CARACTERIZAÇÃO GEOMORFOLÓGICA DA RIA”
Segunda-feira, dia 27 de Março, pelas 18.30 horas, no Auditório do Museu da República de Aveiro, terá início o Workshop “Por baixo d’água - caracterização geomorfológica da Ria” .
Na inauguração do workshop estará presente o vereador responsável pela Divisão dos Assuntos Culturais, Miguel Capão Filipe, e a prof. doutora Maria do Rosário Azevedo, entre outros convidados.
O Workshop “Por baixo d’água – caracterização geomorfológica da Ria” vai decorrer de 27 de Março a 1 de Abril, no Museu da República de Aveiro, e tem por objectivo dar a conhecer ao público o processo de formação da terra, dos continentes e do litoral, assim como fazer uma viagem pelo tempo geológico dos sedimentos da Ria e das formações no Concelho de Aveiro.
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Fonte: CMA

sexta-feira, 24 de março de 2006

QUERCUS-AVEIRO organiza percurso pedestre

Percurso pedestre no Baixo-Vouga lagunar
Devido à forte adesão, para além do limite das inscrições, verificada no percurso efectuado no passado dia 18 de Março, o que impediu que todos os interessados pudessem ter participado no mesmo, o Núcleo Regional de Aveiro da Quercus – A.N.C.N. irá repetir a organização deste mesmo percurso pedestre no Baixo-Vouga Lagunar junto ao Rio Vouga, neste próximo sábado dia 25 de Março.
Nesta área do Baixo-Vouga Lagunar, classificada ao abrigo da Directiva Aves como Zona de Protecção Especial da Ria de Aveiro, é possível observar vários habitats de grande beleza natural e extrema importância ecológica, nomeadamente: «Bocage», pastagens, rios e sistemas húmidos (caniçal, sapal, juncal).Ao longo do percurso, e à medida que os habitats se sucedem, é possível observar uma elevada diversidade de espécies de aves, nomeadamente a Águia-sapeira, o Milhafre-preto, o Pato-real, o Melro, a Carriça, o Pisco-de-peito-ruivo, o Chapim-real, o Estorninho, a Cegonha-branca, o Guarda-rios, a Alvéola-amarela e a Fuinha-dos-juncos, entre muitas outras.
O percurso em questão faz parte do Guia de Percursos Pedestres do Baixo-Vouga Lagunar publicado pela Quercus. Este percurso, com uma extensão de cerca de 6,5 Km, denominado pelo Guia como P1 ‘Sombra e Luz’, tem início junto à ponte do Outeiro (Rio Vouga) em Sarrazola. A duração do percurso é de aproximadamente 3.30 horas.
O ponto de encontro é no largo da Junta de Freguesia de Cacia às 9 horas. Esta actividade é gratuita para sócios e menores de 16 anos e terá o custo simbólico de 5 Euros para não sócios. As inscrições são obrigatórias e a participação está limitada a 15 pessoas.
Aconselha-se o uso de calçado confortável para caminhar e vestuário apropriado para as condições meteorológicas que se façam sentir na altura. O vestuário deverá ter cores discretas (verde, castanho). Necessário binóculos e se possível guia de campo de aves.
Para mais informações e inscrições contactar Quercus-Aveiro através do Tm 966551372 ou do e-mail quercus.aveiro@portugalmail.pt.

Cardeais: história e missão

História dos Cardeais começa em Roma
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A História dos Cardeais começa por estar ligar ao clero de Roma e já vem de longe: o título de Cardeal foi reconhecido pela primeira vez durante o pontificado de Silvestre I (314-335).
O termo vem da palavra latina cardo/cardinis, que significa "eixo" e inicialmente o título de Cardeal era atribuído genericamente a pessoas ao serviço de uma igreja ou diaconia, reservando-se mais tarde aos responsáveis das igrejas titulares de Roma e das igrejas mais importantes da Itália e do mundo.
Os Cardeais nascem, assim, dos presbíteros dos 25 títulos ou igrejas paroquiais de Roma, dos 7 (posteriormente 14) diáconos regionais, 6 diáconos palatinos e dos 7 (6 no século XII) bispos suburbicários, todos eles conselheiros e colaboradores do Papa.
Segundo as notas históricas do “Anuário Pontifício”, a partir do ano 1150 formaram o Colégio Cardinalício com um Decano, que é o bispo de Ostia, e um Camerlengo, na qualidade de administrador dos bens.O Decano é eleito, como se refere no Código de Direito Canónico (CDC, Cân. 352, § 2), pelos Cardeais com o título de uma Igreja suburbicária - as sete dioceses mais próximas de Roma (Albano, Frascati, Ostia, Palestrina, Porto-Santa Ruffina e Velletri-Segni).
O nome é posteriormente apresentado ao Papa, que o deve aprovar.
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(Para ficar a saber mais, clique aqui)
Espólio de Costa e Melo
oferecido
à autarquia de Aveiro
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O espólio de Manuel da Costa e Melo encontra-se devidamente inventariado sendo constituído por 1,142 Monografias e 113 Periódicos, além de diversos dossiers, recortes, fotografias, vídeos, cassetes e ainda o seu «Arquivo Pessoal», estando todas as peças identificadas.
De acordo com a viúva Maria Helena da Costa e Melo, «foi cumprida a vontade de meu marido», comunicada à Câmara Municipal de Aveiro em Fevereiro de 2000.
De acordo com Manuel da Costa e Melo, os documentos deviam integrar os serviços da Divisão de Biblioteca e Arquivos Municipais e constituir um só núcleo documental e, sempre que possível, no mesmo espaço físico. Excepção para os documentos de cariz político que deviam ser depositados no Museu da República.
Uma vez que Manuel da Costa e Melo, falecido há quatro anos, não assistiu à realização do seu sonho, coube agora à viúva dar esse passo e comunicar à autarquia aveirense que «os 65 anos de trabalho intelectual e político» de Manuel da Costa e Melo podiam agora ser consultado por todos.
«Preservar a sua memória, através de um núcleo de livros ajudaria a descobrir toda a sua vida cívica, a enriquecer as colecções da Biblioteca Municipal de Aveiro, não só através da sua doação, mas também talvez contribuísse para que outras doações se seguissem», sustentou Maria Helena da Costa e Melo.
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Documentos sobre José Estêvão
Paralelamente à oferta do espólio de Costa e Melo, a autarquia de Aveiro também recebeu a documentação histórica da Comissão Promotora do Monumento a José Estevão. A Escola Secundária José Estêvão entregou, a título gratuito, a documentação histórica adquirida aquando da extinção da Comissão Promotora do Monumento a José Estêvão e ainda uma colecção de 12 fotografias da autoria de Emílio Biel. O depósito consta de vária documentação referente aos festejos a José Estêvão, à festa de inauguração da sua estátua e de iniciativas inerentes, datados na sua maioria de 1889. :
Fonte: Diário de Aveiro

Editorial de João Morgado Fernandes, no DN

O mal-estar europeu
Falar em fracasso ou pessimismo quando se fala de Europa tornou-se um dos chavões do nosso tempo. É pois nesse clima de impasse - haverá algo pior que o impasse? - que, mais uma vez, se reúnem, em Bruxelas, os líderes dos 25.
Mais uma vez angustiados porque o modelo europeu, seja ele social ou económico, está em crise e, verdadeiramente, ninguém sabe como dela sair.
O mais curioso é que, quando olhamos a última década, percebemos que, cada um ao seu ritmo, cada um com as suas prioridades, todos os países foram fazendo internamente pequenas revoluções, na lei e nas práticas, na economia e na estrutura social.
Blair prepara-se para sair deixando um país muito mais apetrechado para enfrentar os desafios do mundo de hoje do que aquele que Thatcher lhe deixou. Merkel prossegue na Alemanha uma política iniciada por Schroeder, que tem vindo a abalar um sistema com meio século de existência. A Espanha deu um tal salto nos últimos anos que todos os dias nos espanta e nos deixa mais para trás. Mesmo a França, permanentemente acusada de imobilismo e de outros pecados, tem tentado novos caminhos de adaptação, de que é exemplo a nova legislação sobre emprego de jovens. E mesmo por cá parece começar a vislumbrar-se um ímpeto reformista de amplitude considerável.
É claro que os problemas existem. Que os Estados Unidos já resolveram melhor alguns dos problemas e que outras zonas do globo têm índices de crescimento incomparavelmente mais interessantes.
É verdade. Mas a complexidade da realidade europeia, das várias realidades europeias com todo o seu peso histórico, é incomparável com a relativa juventude da América. E as comparações com países como a China, Singapura ou Índia têm as suas limitações, incluindo no plano político.
O que os europeus conseguiram nos últimos anos, da livre circulação ao euro, por exemplo, seria impensável noutras zonas do globo. E tem sido factor claro de desenvolvimento.
O pessimismo europeu é, à boa maneira dos europeus, um enfado de elites e intelectuais. O mundo real move-se. Exemplo? Os grandes negócios que, à sombra das bandeiras nacionais ou europeia (e há lados positivos e negativos em ambas as abordagens), estão a fazer-se como há muito não se via. Querem mais dinamismo?

Papa dialoga com Fraternidade São Pio X

Papa confirma
aproximação
aos seguidores
de Monsenhor
Lefebvre
Bento XVI confirmou, perante os Cardeais de todo o mundo, a sua preocupação pela reconciliação com os seguidores de Monsenhor Lefebvre, a Fraternidade São Pio X, fundada pelo Arcebispo francês. O Papa poderia levantar a excomunhão de João Paulo II, datada de 1988, contra os Bispos da Fraternidade.
No encontro com o Colégio Cardinalício, cuja primeira parte decorreu esta manhã, o Papa deixou votos que, entre os temas a discutir, estivesse “a questão levantada por Mons. Lefebvre e a reforma litúrgica desejada pelo Concílio Vaticano II”, como refere o comunicado oficial divulgado pela Santa Sé.
O Bispo Bernard Fellay, superior geral da Fraternidade, foi recebido por Bento XVI no dia 29 de Agosto de 2005, num encontro marcado pelo “desejo de chegar à perfeita comunhão”, segundo comunicado oficial da Santa Sé.
Fellay e outros três Bispos foram excomungados a 2 de Julho de 1988, por terem sido ordenados “ilegitimamente” no seio da Fraternidade, por parte do Arcebispo Lefebvre. A carta apostólica “Ecclesia Dei”, de João Paulo II, constatou que esta ordenação de Bispos (a 30 de Junho de 1988) constituiu “um acto cismático”.
Os contactos têm sido conduzidos pelo Cardeal Darío Castrillón Hoyos, presidente da Comissão Pontifícia “Ecclesia Dei”, criada na sequência dos factos acima relatados. Esta Comissão tem como objectivo “facilitar a plena comunhão eclesial” dos fiéis ligados à Fraternidade fundada por Monsenhor Lefebvre, “conservando as suas tradições espirituais e litúrgicas”, em especial o uso do Missal Romano segundo a edição típica de 1962 - a Missa Tridentina.
Já enquanto Cardeal, Joseph Ratzinger tinha conseguido assinar um protocolo, a 5 de Maio de 1988, com o Arcebispo Lefebvre. Agora, um projecto de novo acordo instituiria para a Fraternidade uma “administração apostólica”, dependente directamente do Papa.
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Fonte: Ecclesia

AVEIRO: Imagens doutros tempos

Aveiro: Cheias de 1938. Canal Central e Rossio
:: NB: Têm-me chegado pedidos para mostrar fotos antigas de outras terras da região aveirense. Penso que vai ser possível, até porque há muitos livros e gravuras de edições do princípio do século XX. Logo que posível tratarei do assunto. Mas quem as tiver, pode muito bem colaborar. Fico à espera.
Das cheias, houve alguns amigos que me enviaram as mesmas fotos que andam a circular na Net.
A todos o meu muito obrigado.
FM

Um artigo de D. António Marcelino

FILHOS
DE FAMÍLIA
E FILHOS
SEM FAMÍLIA ::
É preciso promover a esperança. Muitos o dizem e o procuram. Mas que esperança? Se for a virtude teologal, esta tem como fundamento e horizonte a omnipotência e a misericórdia de Deus e, por isso, é apostar nela, em relação a todas as coisas e situações, quando se tem a graça da fé. Se é de uma esperança meramente humana que falamos, sem cair em pessimismos, teremos de cuidar-nos da ingenuidade própria e da falta de realismo, para não cairmos em fantasias e com estas arrastarmos outros. Ao ler os jornais fico pensativo e perplexo: um professor atacado em plena rua, a horas do almoço, por jovens que o maltrataram, roubaram e fugiram. Quem viu não quer testemunhar não lhe vá acontecer o mesmo; uma professora espancada no seu lugar de trabalho por um jovem estranho à escola; técnicos da Comissão de Protecção de Menores, agredidos por adolescentes em pleno bairro camarário, afirmam que não voltam ao local sem escolta da polícia; professor ameaçado de morte, na aula, por aluno de onze anos… E a ladainha pode continuar, que acontecimentos não faltam A escola queixa-se da família, a família da escola, uns e outros da sociedade. Pelo meio, há crimes de adolescentes em julgamento, docentes a queixarem-se por não conseguirem impor disciplina nas aulas e a falar dos riscos que correm se tentarem, por meios eficazes, meter os alunos na ordem e a sentirem desvirtuadas as relações essenciais para agir profissionalmente. O Ministério, diz-se, passa ao lado dos problemas reais e anda por outros caminhos mais aliciantes. Mas, se quer ser o dono das escolas e dos alunos, como parece querer, então que assuma os problemas e as situações reais e crie condições, se for capaz, para lhes dar remédio. É bom disponibilizar novas tecnologias a professores e alunos para novos projectos de ensino. Talvez seja urgente neste momento ir mais devagar no importante, para poder reflectir e encontrar caminhos válidos para o essencial, que é educar pessoas, o que parece cada vez mais difícil. É verdade que a degradação não acontece em todo o lado. Mal seria. Há escolas sem problemas especiais, professores a realizar serenamente a sua tarefa, pais a não abdicar da sua missão, embora alguns deles atravessados pela dor, por desvarios dos filhos. Porém, o alarde que se faz dos casos negativos, não pode deixar de influenciar tanto os espíritos fracos como os aventureiros, de modo a fazer crescer em espiral incontrolável, o que de preocupante acontece aqui e ali, embora o problema não seja só este. As situações que surgem com filhos de famílias equilibradas, fruto, por vezes, de algumas omissões e incapacidade de reacção, como com filhos sem família, que vivem à margem da que têm, na rua ou em instituições. Estas neste momento alvejadas, com algumas razões e muitos preconceitos, como fossem todas e sempre, apenas e só, escolas de violência, de abusos e de crimes. Agora há gente, que o não faria antes, a clamar para que a família dê atenção e cuidados aos filhos e à sua educação. Mas é preciso não esquecer que há neste país leis que destroem a família e a sua capacidade educadora, direitos que lhe são negados em relação à legítima escolha da escola e do projecto educativo para os seus filhos, uma lamentável penalização fiscal das famílias que o são e o querem ser de verdade, silêncio inconcebível do Estado em relação a clamores legítimos de muitos pais, vestes a rasgarem-se escandalizadas com falhas normais de instituições sérias, esquecendo suas benemerências, múltiplas e inegáveis, ao longo de muitos anos de uma dedicação que pede meças a teóricos da educação e a técnicos e burocratas de serviços oficiais. A sociedade, aqui e na Europa dos novos modelos de vida, está gravemente doente e não assume a sua doença. Não há educação sem valores, normas e autoridade, acção em rede a jogar no mesmo sentido. A crise não está nos jovens. Há que assumi-lo.

quinta-feira, 23 de março de 2006

Ajuda humanitária para Demnate

Campanha de ajuda humanitária para Demnate, Marrocos
O Secretariado Diocesano de Acção e Animação Missionária de Aveiro (SDAM), na sua vertente de cooperação (ORBIS), está a promover, até dia 6 de Abril, uma campanha de ajuda humanitária com destino a Demnate, Marrocos. Esta comunidade necessita de roupa, brinquedos, material escolar e didáctico, livros, enciclopédias e dicionários em francês. Solicita-se a ajuda dos membros da Academia, principalmente para a angariação do material escolar e didáctico, pois é o mais difícil de reunir. Além dos bens pedidos, seria igualmente útil a doação de quadros de ardósia ou brancos.
O material deverá ser depositado no Centro Universitário de Fé e Cultura (em frente ao CIFOP), até 6 de Abril. No dia seguinte, ao final da tarde, parte para Marrocos e chegará a Demnate através de uma expedição Todo Terreno organizada pelo SDAM – ORBIS, em parceria com a empresa de organização de eventos desportivos Adventure School, contando também com o apoio da Universidade de Aveiro.
Se for necessário fazer deslocações para recolha de material, é favor enviar mail para um dos seguintes endereços electrónicos: sdam@netvisao.pt ou hvasconcelos@dlc.ua.pt O SDAM agradece desde já a colaboração da comunidade académica neste projecto de solidariedade.

Câmara de Aveiro edita revista cultural

"Pontes & Vírgulas"
vem ocupar
um espaço vago
Está em distribuição gratuita o primeiro número da “Pontes & Vírgulas”, a nova Revista Municipal de Cultura, de Aveiro, que, de acordo com o seu coordenador editorial, Virgílio Nogueira, irá ocupar um espaço vago, em termos editoriais, entre a Agenda Cultural, que ressurgirá brevemente, e o Boletim Cultural.
Como a Agenda Cultural é, como o próprio nome indica, uma agenda de eventos culturais, e o Boletim Municipal é uma publicação com um contexto de divulgação de trabalhos mais desenvolvidos de índole cultural e histórica, entre essas duas publicações havia um espaço por preencher, que é agora ocupado pela “Pontes & Vírgulas”, uma revista que trata os temas de cultura com um acentuado cunho jornalístico.
O presidente do executivo municipal, Élio Maia, afirmou, na apresentação pública da nova revista, que ela será auto-sustentável financeiramente, já que tem agregado um conjunto de mecenas, e ainda um vasto leque de colaboradores.“Pontes & Vírgulas” surge, no dizer do autarca aveirense, “com o intuito de contribuir para o desenvolvimento sustentado da cultura aveirense, no sentido de estabelecer um contacto privilegiado entre a procura e a oferta culturais aveirenses”.
Por isso, a revista pretende “ter uma forte ligação à actualidade, pelo que recorrerá aos géneros jornalísticos, como a notícia, a entrevista, a reportagem, o artigo de opinião, e deseja também ser um perene espaço de crítica, reflexão, recensão e criatividade”.
A periodicidade será trimestral, saindo no primeiro dia de cada estação do ano, motivo pelo que o número um foi distribuído no dia 21, no início da Primavera. O primeiro número tem uma tiragem de dez mil exemplares e teve um custo da ordem dos cinco mil euros.
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Fonte: Correio do Vouga

Canhão descoberto na margem do Canal Central

Achado datado entre os séculos XVI e XIX
Um canhão, provavelmente datado entre os entre os séculos XVI a XIX, foi descoberto ontem durante os trabalhos no passeio da margem onde decorre a obra de reparação dos muros do Canal Central, em Aveiro.
Trata-se de uma peça de artilharia, de ferro forjado, um achado único em Aveiro, cuja origem se desconhece, descoberta a cerca de 2,50 m de profundidade, na Rua João Mendonça, junto ao cais. A sua idade será determinada em análises ainda a ser feitas mas, numa primeira verificação, «é demasiado rude para ser recente» disse ao Diário de Aveiro um arqueólogo e historiador do Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Sub-aquática (CNANS), que acompanhava o achado arqueológico.
Contactado pelo Diário de Aveiro, Francisco Alves, director do CNANS, disse ontem que «por enquanto é um achado isolado e fora do contexto» e não tem «qualquer ideia do que poderá ser, é prematuro».
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(Para ler mais, clique DA)

AVEIRO: Imagens doutros tempos

Posted by Picasa
AVEIRO: Canal Central,
Largo do Rossio e Feira de Março.
A capela do Rossio é dedicada a São João.
Março de 1900

Um artigo de António Rego

Oração, problema político Fará sentido no mundo de hoje falar de silêncio? Ou da brisa suave na qual, segundo Elias, se encontrava Deus? Não teve Ele predilecção em revelar-se na luminosidade ofuscante do relâmpago ou nos sons cavos do trovão como expressão mais sensível da Sua majestade? Na vida de cada ser humano há lugar para a queda estrondosa da cascata e para o deslizar doce do ribeiro. Por qual dos dois afinal passa melhor a energia da vida plena de que todos somos constantemente carentes? A oração pode exprimir-se em louvores e preces no esplendor dos órgãos de tubos ou na estridência retorcida do barroco triunfante. Como pode fluir na doçura austera duma melodia gregoriana. Mas não é disso que se trata. Os grandes mestres espirituais do Oriente e do Ocidente referem a necessidade dum despojamento total do eu para uma comunhão profunda com Deus. Por isso a oração litúrgica e salmódica vai muito para além duma conversa impressionista que, parecendo ser com Deus, é apenas connosco e acerca de nós. O individualismo traz ao primeiro plano as últimas emoções experimentadas que encaixam numa temática tecida de interesses secretos que nunca nos deixam sair do mesmo lugar. E assim vamos vivendo “parcialmente, juntando cuidadosamente os fragmentos”, no dizer de Eliot. Por isso a oração é sempre um tema inacabado. Comunitária mas não unívoca, plural mas com a entrega total de cada um dos seus membros. Do hinduísmo ou budismo podem chegar-nos algumas achegas técnicas para o aprofundamento do nosso ser no oceano de Deus. Mas na realidade não se trata da criação dum vácuo onde somos substituídos pelo nada e Deus por uma ideia. Trata-se dum tempo habitado pelo Espírito, onde o coração não dorme mas se eleva e entrega nos actos e palavras de Jesus. Nenhum objecto se estaca repentinamente quando vai a alta velocidade. É necessário um tempo entre o correr e o parar a fim de que o choque não desfaça o percurso do encontro com Deus. Possivelmente, ao querermos estas transições rápidas do bulício para o silêncio, da acção para a oração interior, da ansiedade para a quietude, viciamos os nossos passos de aproximação serena de Deus. E também nos perdemos na procura do lugar do Espírito quando estamos apenas em silêncio, simplesmente sem palavras. Tudo se aprende. Orar é edificar a vida sobre o próprio Deus. Isso supõe que não O procuremos reduzindo-O à nossa medida ou fazendo d’Ele “um ombro confortável onde possamos chorar à vontade”. Toda a iniciativa vem de Deus: o nosso tudo é mergulhar na Sua transcendência absoluta e na total intimidade do seu Espírito no meio de nós. Aceitando o peso do próprio mundo. O que faz com que a oração seja uma atitude política.

Concerto musical no Santuário de Schoenstatt

: “Uma noite em Maresia…”
O grupo musical “Maresia”, da região de Aveiro, celebra, num concerto único, os seus cinco anos de existência, no próximo dia 22 de Abril, pelas 21.15 horas, no salão do Santuário de Schoenstatt, na Colónia Agrícola da Gafanha da Nazaré. Relembrar o que foi para estes músicos, escuteiros e antigos escuteiros, a aventura de juntar guitarras, baixos, flautas, violinos, percussões e outros instrumentos, numa melodiosa composição, em forma de hinos e em momentos inesquecíveis, é propósito deste concerto, para o qual o “Maresia” convida todos os amigos. Além das músicas que há muito fazem parte do seu reportório, cheias de significado, o grupo vai dar a conhecer outras composições, que nasceram após a edição do seu primeiro álbum – “A festa da música”. Depois de várias exibições um pouco por todo o País, a convite de amigos e de pessoas que quiseram conhecer melhor o trabalho deste conjunto musical, surge agora este concerto “dos Maresia”, em jeito de festa, que constituirá um marco histórico para os membros do grupo. Em palco, além dos quatro músicos que integram o projecto “Maresia”, vão estar alguns artistas convidados, que, num enredo quase teatral, vão ser responsáveis por dar cor e animação às composições escolhidas para esta apresentação comemorativa dos cinco anos do grupo, que nasceu no seio do escutismo católico. Assim, esperam-se diferentes músicas, sons e instrumentos, que não serão mais do que um enriquecimento musical, acompanhado por uma dinâmica visual acrescida. Os bilhetes poderão ser adquiridos na Junta Regional de Aveiro do CNE – Escutismo Católico Português, ou directamente através dos elementos do grupo. Os bilhetes serão de 5€, para adultos, e de 2,5€, para crianças com menos de 10 anos. : Para mais informações, os interessados poderão entrar em contacto directo com o grupo pelo e-mail grupomaresia@jreaveiro.org, e pelos telefone 234381290 (Junta Regional de Aveiro) ou 939 324 358 (Nelson Silva). Ao mesmo tempo, todas as informações relativas ao concerto estão disponíveis em www.grupomaresia.org.

quarta-feira, 22 de março de 2006

DIA MUNDIAL DA ÁGUA: 22 de Março

Água, um direito humano
O Dia Mundial da Água, que hoje se celebra, é marcado pelos trabalhos do IV Fórum Mundial da Água, a decorrer no México, do qual resultam apelos aos governos dos cinco continentes para que se mobilizem "de forma mais intensa" na defesa deste recurso, cuja ausência ou má qualidade "mata dez vez mais de que todas as guerras juntas".
Ontem, cerca de 100 crianças e jovens dos países mais pobres do mundo pediram soluções para os 400 milhões de crianças que sobrevivem sem água potável. Segundo a directora executiva da UNICEF, Ann Veneman, "as doenças provocadas pela água matam uma crianças a cada quinze segundos e estão associadas a muitas outras doenças e à má nutrição".
No IV Fórum Mundial da Água, o Vaticano defendeu uma melhor gestão dos recursos hídricos, lembrando que a água é um bem comum da humanidade, “elemento essencial para a vida”, e que, por isso, deve ser acessível a todos, sobretudo os mais pobres.
O documento do Conselho Pontifício Justiça e Paz fala num “Direito Humano à água”, frisando que esta é mais do que uma “necessidade básica”, desempenhando um papel insubstituível para a preservação da vida. Com o objectivo de fomentar em todo o mundo actividades de consciencialização pública sobre a conservação e o uso da água, a Assembleia Geral das Nações Unidas em 1992 declarou o dia 22 de Março como o Dia Mundial da Água.
Nesta data, desde 1993, a ONU tem adoptado um tema específico para cada ano, sendo o de 2006 “Água e Cultura”, cujas actividades são coordenadas pela UNESCO.
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Colectiva de Artes Plásticas, na antiga Capitania

“O sentido da vida:
Que horizontes?” De 1 a 23 de Abril, vai ter lugar no edifício da Assembleia Municipal de Aveiro (antiga Capitania) uma exposição colectiva de Artes Plásticas, subordinada ao tema “O sentido da vida: Que horizontes?”. Trata-se de uma iniciativa da Comissão Diocesana da Cultura, em parceria com a Câmara Municipal de Aveiro e com a associação AveiroArte. A exposição, que será inaugurada no dia 1 de Abril, sábado, pelas 17 horas, reúne um conjunto de obras de vários artistas convidados, ficando patente ao público, todos os dias, das 14 às 19 horas. Na inauguração, António Rego, docente da Universidade Católica Portuguesa, apresentará uma comunicação sobre o tema proposto aos artistas convidados. No dia 20, pelas 21.30 horas, no mesmo local, Manuel Clemente, Bispo Auxiliar de Lisboa, falará sobre “O sentido da vida à luz da arte cristã”. Depois da cerimónia de abertura, os artistas Gaspar Albino e Claudette Albino orientarão uma visita guiada, apresentando, um a um, todos os trabalhos expostos. Uma litografia alusiva ao motivo da exposição, da autoria de Gaspar Albino, numerada e de edição limitada, será posta à venda no dia da inauguração da colectiva de Artes Plásticas.

DIA MUNDIAL DA ÁGUA: 22 de Março

Um poema de António Gedeão
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Lágrima de Preta Encontrei uma preta que estava a chorar, pedi-lhe uma lágrima
para a analisar. Recolhi a lágrima com todo o cuidado num tubo de ensaio bem esterilizado. Olhei-a de um lado, do outro e de frente: tinha um ar de gota muito transparente. Mandei vir os ácidos, as bases e os sais, as drogas usadas em casos que tais. Ensaiei a frio, experimentei ao lume, de todas as vezes deu-me o que é costume: nem sinais de negro, nem vestígios de ódio. Água (quase tudo) e cloreto de sódio.

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