O Dia Mundial da Água, que hoje se celebra, é marcado pelos trabalhos do IV Fórum Mundial da Água, a decorrer no México, do qual resultam apelos aos governos dos cinco continentes para que se mobilizem "de forma mais intensa" na defesa deste recurso, cuja ausência ou má qualidade "mata dez vez mais de que todas as guerras juntas".
Ontem, cerca de 100 crianças e jovens dos países mais pobres do mundo pediram soluções para os 400 milhões de crianças que sobrevivem sem água potável. Segundo a directora executiva da UNICEF, Ann Veneman, "as doenças provocadas pela água matam uma crianças a cada quinze segundos e estão associadas a muitas outras doenças e à má nutrição".
No IV Fórum Mundial da Água, o Vaticano defendeu uma melhor gestão dos recursos hídricos, lembrando que a água é um bem comum da humanidade, “elemento essencial para a vida”, e que, por isso, deve ser acessível a todos, sobretudo os mais pobres.
O documento do Conselho Pontifício Justiça e Paz fala num “Direito Humano à água”, frisando que esta é mais do que uma “necessidade básica”, desempenhando um papel insubstituível para a preservação da vida. Com o objectivo de fomentar em todo o mundo actividades de consciencialização pública sobre a conservação e o uso da água, a Assembleia Geral das Nações Unidas em 1992 declarou o dia 22 de Março como o Dia Mundial da Água.
Nesta data, desde 1993, a ONU tem adoptado um tema específico para cada ano, sendo o de 2006 “Água e Cultura”, cujas actividades são coordenadas pela UNESCO.
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