sábado, 16 de julho de 2011

Regata dos Portos do Centro



Para unir Aveiro e Figueira da Foz


A 4.ª Edição da Regata dos Portos do Centro vai voltar este ano a Aveiro e à Figueira da Foz, nos dias 23, 30 e 31 de Julho. Duas dezenas de embarcações de cruzeiro e mais de uma centena de velejadores são esperados nesta prova que se vai disputar em três classes – ANC1; ANC2 e classe de cruzeiros.
A prova será apresentada a 20 de Julho, às 15 horas, pelo Presidente dos Conselhos de Administração do Porto da Figueira da Foz (APFF) e do Porto de Aveiro (APA), José Luís Cacho; apresentação em parceria com o Presidente da BP Portugal, Francisco Vieira, e o Director do Casino da Figueira da Foz, Domingos Silva.

Poesia para este sábado



Feliz Dia para Quem É

Feliz dia para quem é
O igual do dia,
E no exterior azul que vê
Simples confia!

Azul do céu faz pena a quem
Não pode ser
Na alma um azul do céu também
Com que viver

Ah, e se o verde com que estão
Os montes quedos
Pudesse haver no coração
E em seus segredos!

Mas vejo quem devia estar
Igual do dia
Insciente e sem querer passar.
Ah, a ironia

De só sentir a terra e o céu
Tão belo ser
Quem de si sente que perdeu
A alma p’ra os ter!

Fernando Pessoa,
in "Cancioneiro"

Citador

Crise de valores


“Don’t worry, be happy!” 

Maria Donzília Almeida 

Com o espírito mais liberto e o tempo menos espartilhado entre mil e uma tarefas, até a música tem outro encanto. A melodia citada em epígrafe, desde os tempos remotos, de 1988, em que apareceu, está aí de novo, sempre repetida e tão sentida. O cantor Bobby McFerrin readquiriu a força que o lançou e o refrão da canção anda aí, na boca de toda a gente. 
Cada um atribui à canção o sentido que a sua vida lhe permite. A mim, evoca uma cena sui generis, que ficará nos anais de uma Mulher! 
Fui solicitada a acompanhar uma amiga, à última morada. Não ao cemitério, mas a um tribunal, onde iria ser lida a sentença que poria termo à sua família. Uma morte anunciada, havia muito tempo. 
Merece-me, aqui, fazer umas breves considerações acerca da efemeridade das famílias atuais, que parece estar a acentuar-se, a olhos vistos. As estatísticas falam por si e apresentam um panorama muito negativo. As relações pessoais são precárias, as pressões da sociedade são muitas e há uma crise de valores como não há memória.

Vaticano II: discriminação deve ser eliminada




Sobre a ordenação de mulheres

Anselmo Borges



Nas últimas duas semanas, a ordenação de mulheres alcançou grande relevo nos media. Por causa de declarações inesperadas do cardeal-patriarca de Lisboa, D. José Policarpo. Numa entrevista publicada no Boletim da Ordem dos Advogados declarara que "teologicamente não há nenhum obstáculo fundamental" à ordenação de mulheres. A recusa está baseada apenas na tradição.
A declaração teve eco em importantes órgãos de informação estrangeiros. Tanto mais quanto aparecia pouco tempo depois de um bispo australiano ter sido demitido devido à mesma abordagem do tema, e o vaticanista Andrea Tornelli fez notar que a declaração ia contra a doutrina afirmada por João Paulo II e Bento XVI.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Português e Matemática




A comunicação social noticia que os exames de Português e Matemática, do 12.º ano,  denunciaram a má preparação dos alunos. Os resultados foram negativos, sendo de sublinhar que na disciplina de Português não se viam notas destas há 14 anos. A Matemática, já nem se fala, pois os nossos alunos, na sua grande maioria, continuam a olhar para os números com horror.
Estou longe de saber de quem será a culpa. Normalmente, atribui-se aos alunos a responsabilidade das más notas em Matemática; os professores ficam à margem, como se fossem todos pedagogos notáveis. Ora, eu acho que os professores deviam fazer um exame de consciência, no sentido de descobrirem se da parte deles haverá capacidade e arte para motivar alunos. O mesmo poderá ser dito aos professores de qualquer área.
A nível do Português, também não me espanta a situação. Pelo que tenho sabido, os nossos jovens leem pouco; muitos fogem dos livros como o diabo da cruz. E sem leituras, na área das Línguas como noutras, não se vai a lado nenhum.

Uma pequena estória

Alçada Baptista era um bom contador de estórias. Incisivas e com graça. Como esta:

«O meu querido Raul Solnado quis ser simpático com o filho de um amigo, um rapaz de 23 anos. Achou que se devia interessar pelas suas preocupações. Disse-lhe:
— Então, rapaz, tens lido alguma coisa? Gostas de ler?
Ele pensou só um bocadinho e respondeu:
— Evito.»

Figueira da Foz: Abadias à vista


No CAE (Centro de Artes e Espectáculos), Figueira da Foz,  no bar interior, os olhos de quem saboreia um café ficam inundados de luz, que se torna desafio para passear. O Parque das Abadias, verdejante e acolhedor, é sempre um bom princípio para quem reconhece a importância da caminhada frequente, compassada e lenta para os mais idosos, frenética para os mais jovens.

Anglicanos



Responsável teme fim da Igreja em 20 anos

«A Igreja Anglicana poderá deixar de existir, como uma estrutura funcional, dentro de 20 anos, a manter-se a actual tendência. Reunidos em Sínodo Geral, os representantes da Igreja ouviram graves avisos sobre o futuro. O reverendo Patrick Richmond, da Diocese de Norwich, alertou para a avançada idade da maior parte dos fiéis e a continuada perda de jovens nas celebrações dominicais.
“A tempestade perfeita que vemos aproximar-se no horizonte são as comunidades envelhecidas. A média de idades é agora de 61 anos, com muitos acima disso”, disse Richmond, referindo 2020 como o ano a partir do qual se vai sentir a queda no número de fiéis.»

Em RR

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Semana Jovem Ílhavo 2011




Entre 15 e 23 de julho, vai realizar-se, no município de Ílhavo, mais uma edição da Semana Jovem, destinada a rapazes e raparigas de todas as idades. Nela estão envolvidas associações e voluntários que aceitaram o desafio de viver uma semana de jovens e para jovens.
Haverá concertos, atividades noturnas, teatro, animação de rua, desporto, praia, dança e fotografia, entre outras iniciativas.
Ver programa aqui.

Foi identificado novo quadro de Leonardo da Vinci

"Salvator Mundi"


«Um quadro que se julgava perdido de Leonardo da Vinci foi identificado numa colecção privada norte-americana e vai ser exposto em Londres, na National Gallery, já em Novembro. A recente descoberta da obra de arte, intitulada “Salvator Mundi”, datada de meados de 1500, representa a figura de Cristo. A última vez que um quadro foi atribuído a Leonardo da Vinci foi em 1909 com a obra de arte “Benois Madonna”, exposta, actualmente, no Museu Hermitage em São Petersburgo, na Rússia.»


Ler no PÚBLICO

Sabores na Figueira da Foz


Na Figueira da Foz, numa zona, junto ao casino, que atrai turistas e veraneantes, não faltam  pevides, tremoços, amendoins e doces de chupar e de comer, estes últimos vedados a diabéticos. Pacientemente, os vendedores esperam os gulosos e os que gostam de roer sabores sempre agradáveis. Dizem que os tremoços não fazem mal, porque  não terão açúcar nem gorduras. Até me afiançaram que os podemos comer à vontade porque o nosso organismo os rejeita completamente. Então, vamos a isso, sem abusos.

Ainda o exemplo de Maria José Nogueira Pinto



Não me recordo da morte de alguém ter suscitado tantos testemunhos de apreço como aconteceu por estes dias com Maria José Nogueira Pinto. De todas as áreas políticas vieram elogios ao seu testemunho, à sua coerência e ao seu exemplo de mulher de fé. Vasco da Graça Moura, ateu ou agnóstico confesso, também não escondeu como apreciou a vida intensa de Maria José. Contudo, uma simples frase de José Pacheco Pereira, hoje na "Sábado", interpelou-me mais do que muito do que tem sido dito. Diz assim: «Ela [Maria José Nogueira Pinto] fez mais pela fé em que acreditava do que uma Igreja inteira.» É verdade, penso eu.
Há muitos anos li um livro que deve estar no meio de outros das minhas estantes, cujo título e teor (estou a citar de cor),  "Cristo desceu à rua", me interpelaram bastante na altura. Da leitura ainda recordo uma ideia que me ficou para a vida, e que era mais ou menos assim:  quando muitos passam fome (guerra?), há uns que vão rezar para a igreja, pedindo a Deus que os ajude, enquanto outros vão dar-lhes de comer. É isso. Se a oração é importante, os testemunhos concretos na vida são-no muito mais.
Pacheco Pereira, na sequência da frase que me serviu de mote a estas considerações, salienta: «o valor da propaganda pelo exemplo, uma expressão de origem anarquista, é o mais poderoso de todos.»

NOTA: Como estou de férias, não poderei confirmar, com rigor, a ideia que me ficou do livro que li. Não poderei precisar se se tratava de fome ou guerra. No fundo, seria uma situação complicada que necessitaria de  intervenção humana imediata. 


Toda a gente tem opinião acerca de tudo


Um mundo de interrogações 
incómodas mas necessárias 

António Marcelino

É inevitável, no agir do dia-a-dia de cada pessoa, o confronto entre os tempos já vividos e os que se vivem agora com o futuro no horizonte. Só no presente podemos ter memória do que se vivemos antes e abertura realista para projectos novos. O presente, porém, aparece-nos cada vez mais confuso e inquietante. Há menos memória, mas mais possibilidades para muitas coisas e mais problemas a enfrentar. São mais difíceis as relações e a comunicação pessoal atenta, pela abundância dos canais massificadores e porque o mundo de muitas pessoas e os valores em causa não coincidem em aspectos essenciais. Toda a gente tem opinião acerca de tudo, do que conhece e do que não conhece. E, quanto menos se conhece, mais se é dogmático nas afirmações e menos respeitador das opiniões alheias. Constroem-se mais muros que pontes, no dia a dia, na política, nas opções desportivas, que só no aspecto religioso se vai notando o contrário. Há mais diplomas de escola, mais festas e passeios de finalistas, mas menos conhecimento de coisas essenciais da vida. Por sistema, alguns vão apagando o passado e pensam, como ideal, um presente de imediatos, sem horizontes, sem projectos que se justifiquem a longo prazo.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

ÍLHAVO: cidade há 21 anos





Hoje, 13 de julho, assinala-se o 21.º aniversário da elevação de Ílhavo a cidade, com um conjunto de ações centradas no programa de Regeneração Urbana do Centro Histórico da Cidade, que está em execução. A sessão evocativa terá lugar, pelas 19 horas, no edifício da Escola n.º1 de Ílhavo (Rua Ferreira Gordo), na qual será feita a visita ao edifício e a apresentação pública do projeto da “Casa da Música de Ílhavo”, conforme anuncia a câmara municipal.

***

É sempre salutar celebrar datas marcantes, não apenas para chamar a atenção dos mais distraídos para factos históricos, mas também para anunciar caminhos do futuro.
Quando se fala na extinção de autarquias, câmaras e juntas de freguesia, por imposição da troika e por imperativo de altos interesses do país, é bom que tomemos consciências de que há casos e casos. Realmente, há autarquias que talvez não tenham razão de existir, por força da desertificação de algumas regiões. Face a essa realidade, que é bem visível, creio que não podemos nem devemos cair na tentação de meter a cabeça debaixo da areia. Nessa linha, não creio que o concelho de Ílhavo, câmara e suas quatro freguesias, esteja na situação-limite de sofrer as consequências do corte em estudo. De qualquer forma, entendo que devemos estar atentos, tendo em vista a defesa dos nossos legítimos interesses.

FM

Poesia para começar o dia



Oração para o tempo de férias

Senhor, seja este o tempo
de nos relançarmos em aliança mais pura com o real
convictos daquilo que a hospitalidade
paciente e fraterna do mundo
em nós revela

Que saibamos apreciar a imediatez flagrante em que a vida se dá,
mas também as suas camadas profundas, escondidas, quase geológicas.
Que no instante e na duração saibamos escutar,
hoje e sempre,
o vivo, o desperto, o fremente
e o seu esperançoso trabalho.

Recebe, de nós,
a aurora e o verde azulado dos bosques.
Recebe o silêncio intacto dos espaços.
Recebe a música oceânica do vento.
Mas recebe igualmente a marcha desencontrada da história,
o desenho inacabado da nossa conversa terrena,
esta espécie de parto que,
entre dor e alegria,
nos une.

Sejam os nossos quotidianos gestos
mergulhados na vivacidade da troca,
abertos ao que de todos os pontos
da humanidade e do mundo converge,
impelido pelo teu Espírito.

Que a frágil chama de amor hoje acesa
Ilumine tudo por dentro:
desde o coração da menor partícula
à vastidão das leis mais universais.
E tão naturalmente invada
cada elemento, cada mola, cada liame,
florescendo e amadurecendo
toda a vida que em nós vai germinar.

José Tolentino Mendonça

Em Ecclesia

terça-feira, 12 de julho de 2011

RÁDIO TERRA NOVA: 25 anos de projetos e sonhos



Vasco Lagarto, a alma da Terra Nova

Tozé Bartolomeu, uma saudade 


A Rádio Terra Nova (RTN) celebra hoje as suas Bodas de Prata. São 25 anos ao serviço dos sem vez nem voz, os que nunca aparecem nos órgãos de comunicação social de amplitude nacional. Quem está atento minimamente à ação diária desta rádio com sede na Gafanha da Nazaré, sabe perfeitamente que é assim. E por força das novas tecnologias da informação, a Terra Nova pode ser ouvida e lida em todo o mundo, por emigrantes e não só. Nessa linha, torna próximos quantos têm raízes nestas terras beijadas pela Ria de Aveiro.

***

Recordo hoje, com alguma emoção, o dia 12 de julho de 1986. Havia no ar, há uns tempos, a febre das chamadas Rádios Piratas, e a Cooperativa Cultural da Gafanha da Nazaré até se tornara associada da Rádio Oceano, nascida em Aveiro. Numa assembleia-geral, quando o Vasco Lagarto anunciou essa posição da nossa cooperativa, eu próprio lancei o repto: E por que razão não avançamos nós para uma rádio na Gafanha da Nazaré? O Vasco sorriu e não adiantou grande conversa. Tempos depois, conhecedor profundo dessa área tecnológica, a rádio, sem nome, foi para o ar.
No dia 12 de Julho, fui alertado por um filho (estavam lá o Fernando e o Pedro, tendo sido a voz deste último a primeira a ouvir-se nas ondas hertzianas, com fonte na sede da Cooperativa Cultural) e corri para lá. Assisti a toda a azáfama, enquanto se diziam umas coisas e se punham no prato os LP, porque era preciso estar no ar.
Recordo que choveram alguns telefonemas. E no final da tarde, numa espécie de mesa-redonda, no improvisado estúdio, foi possível conversar, com algumas pessoas que entretanto chegaram, sobre a importância de uma rádio, ensaiando eu o lugar de entrevistador.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Grupo Columbófilo da Gafanha nasceu há 59 anos



Adelino Pina com filho de campeão

O pombo-correio dá-nos lições espantosas 
de resistência e do sentido de orientação

O Grupo Columbófilo da Gafanha (GCG) foi fundado em 1952. É, provavelmente, a mais antiga instituição criada na nossa terra. Tem uma longa história gerada à volta da paixão pelos pombos-correios, porém, pouco conhecida de muitos gafanhões. Imerecidamente, diga-se de passagem.
Adelino Pina, atual presidente da direção, defende como objetivos fundamentais para o desenvolvimento da columbofilia entre nós, mas não só, a obtenção de uma nova sede que garanta mais visibilidade e funcionalidade, mas ainda deseja a construção de um columbódromo, com finalidades pedagógicas. O GCG também deseja instalar um pombal numa Instituição particular de solidariedade social, preferencialmente com crianças portadoras de alguma deficiência, pois é conhecida a importância educativa no contato com animais. Para a concretização destes sonhos, que são pertinentes para o GCG, a associação regista o apoio da Câmara Municipal de Ílhavo, cujo presidente, Ribau Esteves, tem mantido um diálogo muito frutuoso com os dirigentes.

Oliveira com 2850 anos


A mais antiga árvore de Portugal é uma oliveira, com os seus 2850 anos de existência. É obra! Mora em Santa Iria de Azóia, Loures, e a sua idade foi cientificamente determinada. Já tem a certidão de nascimento, como convinha a quem gosta da verdade. Cá para mim, não hão de faltar turistas e outros curiosos para ver idosa com ganas de continuar entre nós, portugueses. As azeitonas lá estão a atestar o que digo Veja mais no EXPRESSO.

Dois campeões nacionais de atletismo são da Gafanha da Nazaré



Diana Hernandez e Ricardo Freitas 
vencem lançamento de peso e disco 


Realizaram-se, este fim-de-semana, na Pista do Estádio Universitário de Lisboa, os Campeonatos Nacionais de Juniores. Neste evento tomaram parte Diana Hernandez (da Barra ) e Ricardo Freitas (da Cale-da-Vila). Estes dois atletas do GRECAS (Vagos), não deixaram os seus créditos por mãos alheias. 
A Diana ganhou a prova do lançamento do peso e foi vice-campeã na de disco. Ricardo Freitas venceu a prova do lançamento do disco, seguindo as pisadas da sua tia, Teresa Machado, melhor lançadora portuguesa de todos os tempos. 
Estão assim de parabéns estes dois jovens lançadores gafanhões, já habituados a outros êxitos de igual valia. 
Neste momento de contida alegria, não pode ser ignorado o apoio dado pelas seguintes entidades: Administração do Porto de Aveiro, nas pessoas do Eng.º José Luís Cacho – presidente do Conselho de Administração – ao Eng.º Jorge Rua – Director de Gestão de Espaços e Ambiente –, bem como ao Eng.º Fernando Caçoilo – Vice-Presidente da Câmara Municipal de Ílhavo – pelas facilidades concedidas para a preparação dos nossos atletas, que, embora não representando o clube da terra, por o Grupo Desportivo da Gafanha ainda não ter a Secção de Atletismo devidamente reestruturada, aqui nasceram e por cá continuam a viver e a treinar. 

Júlio Cirino

domingo, 10 de julho de 2011

PÚBLICO: Bento Domingues escreve sobre a ordenação de mulheres

(Clicar na imagem para ampliar)

Reflexão para este domingo: A cesta de Deus está cheia de boas sementes




SENTADO À BEIRA-MAR

Georgino Rocha

Sentado à beira-mar, faz o balanço da missão. O programa vai a meio e parece comprometido. Expulso de Nazaré, onde é acusado de ter acessos de loucura, dirige-se a Cafarnaúm, terra de encruzilhada de povos que vivem do campo, do comércio e da pesca. Os discípulos questionam-se e fazem perguntas que denotam pouco aproveitamento das lições anteriores.
 Jesus, sentado à beira-mar, vira as costas à terra onde vive gente ingrata e endurecida, revê o filme da sua aventura, renova a sua adesão ao projecto de salvação que Deus Pai lhe confia e sonha novas ousadias. O ambiente favorece-o nesta viagem interior: mar sereno a desafiar novas rotas, brisa suave a despoluir preocupações sobrecarregadas, ondulação ritmada que, de vez em quando, chega à praia e desperta outros entusiasmos e encantos ao espreguiçar-se perante o seu olhar extasiado e sonhador, e junto aos seus pés de cansado viajante.

Tecendo a vida umas coisitas - 245


DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM – 28




VOLTA À FRANÇA
Caríssima/o:

Antes de irmos para a Volta à França, apreciemos algumas datas interessantes no mundo do ciclismo:

1868 - 1ª Prova masculina com bíciclos, vencida pelo inglês James Moore, Parque Saint' Cloud Paris.
          1ª Prova Feminina, ocorrida no parque Bordelais, em Paris, no dia 1º de Novembro.

1884 - Na Itália, o plano desportivo vai-se desenvolvendo. O Veloce Club de Firenze organiza a primeira corrida de bicicletas, no dia 2 de Fevereiro, num circuito de 33 quilómetros. Um jovem de apenas 16 anos, van Heste Rynner, é o vencedor.

1885 - Giusepe Pasta vence a I Volta dos Bastiones, realizada em Milão, cobrindo os 11 quilómetros em 37 minutos.

1886 - Graças a alguns ingleses, foram organizados os primeiros campeonatos mundiais, com boa consistência e organização mais séria, na cidade de Leicester.

1892  - Na Europa foi constituída a Internacional Cyclist Association que teve a sua sede em Londres, agrupando as Federações Nacionais dos Estados Unidos, Bélgica, França, Canadá, Alemanha, Holanda, Inglaterra e Itália. Um dos primeiros actos da ICA, foi a criação dos primeiros campeonatos do Mundo, substituindo as provas até então promovidas por entidades particulares.

1895 - No dia 9 de Outubro toda a cidade de Milão aplaude a chegada de Raffaelle Gatti, que regressa do "Tour do Círculo Polar Ártico".

sábado, 9 de julho de 2011

A despedida de Maria José Nogueira Pinto



Nada me faltará

Maria José Nogueira Pinto

Acho que descobri a política - como amor da cidade e do seu bem - em casa. Nasci numa família com convicções políticas, com sentido do amor e do serviço de Deus e da Pátria. O meu Avô, Eduardo Pinto da Cunha, adolescente, foi combatente monárquico e depois emigrado, com a família, por causa disso. O meu Pai, Luís, era um patriota que adorava a África portuguesa e aí passava as férias a visitar os filiados do LAG. A minha Mãe, Maria José, lia-nos a mim e às minhas irmãs a Mensagem de Pessoa, quando eu tinha sete anos. A minha Tia e madrinha, a Tia Mimi, quando a guerra de África começou, ofereceu-se para acompanhar pelos sítios mais recônditos de Angola, em teco-tecos, os jornalistas estrangeiros. Aprendi, desde cedo, o dever de não ignorar o que via, ouvia e lia.
Aos dezassete anos, no primeiro ano da Faculdade, furei uma greve associativa. Fi-lo mais por rebeldia contra uma ordem imposta arbitrariamente (mesmo que alternativa) que por qualquer outra coisa. Foi por isso que conheci o Jaime e mudámos as nossas vidas, ficando sempre juntos. Fizemos desde então uma família, com os nossos filhos - o Eduardo, a Catarina, a Teresinha - e com os filhos deles. Há quase quarenta anos.
Procurei, procurámos, sempre viver de acordo com os princípios que tinham a ver com valores ditos tradicionais - Deus e a Pátria -, mas também com a justiça e com a solidariedade em que sempre acreditei e acredito. Tenho tentado deles dar testemunho na vida política e no serviço público. Sem transigências, sem abdicações, sem meter no bolso ideias e convicções.

Ler todo o artigo no DN

"Correio da Manhã": sobre a ordenação das mulheres




Bispos solidários com D. Policarpo

«Declarações de D. José sobre a ordenação das mulheres não caíram bem em Roma e o cardeal teve de explicar-se. Há quem fale em manifesto exagero.

Os bispos portugueses estão solidários com D. José Policarpo e qualificam de "exageradas" as pressões feitas sobre o patriarca, que o levaram, na passada quarta-feira, a publicar um esclarecimento sobre o caso da ordenação das mulheres.
O cardeal de Lisboa disse, em entrevista ao boletim da Ordem dos Advogados, que "teologicamente não há nenhum obstáculo fundamental" à ordenação feminina, declaração que teve amplo eco internacional, com citações em diversos jornais europeus e, particularmente, italianos.»

Ler mais aqui

PÚBLICO: Poema ao sábado




ENTRETANTO

Não há que ter ilusões:
nós também somos

o fim da nossa estrada.
Com estas mãos,

com este mesmo coração
é que chegamos

ao cabo do futuro,
à extrema situação

de que partimos.
Mas, entretanto,

escrevamos.

Rui Pires Cabral

Hoje, Festival de Folclore na Gafanha da Nazaré




Tenho acompanhado desde a sua fundação o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, participando, quando possível, nas suas mais importantes realizações. Os Festivais de Folclore, anuais, entram normalmente  nas minhas agendas. Este ano, porém, por programações familiares, não poderei estar presente no festival que  hoje se realiza na Gafanha da Nazaré. Desejo, contudo, que tudo decorra conforme os desejos dos dirigentes e componentes do Grupo Etnográfico, que tão longe tem levado as nossas tradições. 
Aproveito para dizer que é cada vez mais importante valorizar o legado dos nossos antepassados, que foram gente de trabalho duro, de canseiras sem fim, de teimosia e de coragem, ou não fossem as dunas de areias movediças duras de roer. Eu sei que as novas gerações gafanhoas têm sido, nas últimas décadas, apanhadas por outras culturas, por força dos contactos inerentes à vida, o que, em princípio, não é mau, já que não podemos nem devemos ficar agarrados ao «orgulhosamente sós». As sociedades evoluem, crescem, progridem, misturam-se e integram-se de pleno direito na aldeia global, que é o mundo dos nossos dias. Mas também é verdade que a preservação das nossas tradições precisa de um recanto acolhedor nos nossos corações.
Sobre o Festival, veja aqui

FM 

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