quarta-feira, 23 de junho de 2010

Revelações em Roma

A representação mais antiga dos apóstolos foi revelada em Roma, anuncia a comunicação social.

Pedro, André, Paulo e João podem ter inspirado artistas de várias épocas.

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A tentação do poder sente-se na política, na religião...



Autoridade e serviço, um binómio difícil de conjugar


António Marcelino

A linguagem corrente traduz autoridade por poder e domínio sobre os outros. O povo até diz que “quem tem a autoridade, tem o poder na mão”. Deste modo, pretende significar que “o senhor” pode fazer tudo o que quer e que só não o faz se não quer.
Este conceito generalizou-se e parece que já ninguém concebe a autoridade de outra maneira ou com outro sentido. É o dito terrível, mortífero e injusto que por aí se vê proclamar e sem apelo: “Eu é que sei… Eu é que mando!”
A tentação do poder sente-se na política, na religião, na família, na escola, na empresa. Onde quer que se encontre alguém que tenha orgulho de ter outro ou outros sob o seu domínio e em quem mande, aí a tentação de não deixar que se respire e viva à sua volta.

Gafanha da Nazaré: XXVII Festival Nacional de Folclore



Vai realizar-se no dia 10 de Julho próximo, pelas 21.30 horas, na Alameda Prior Sardo, o XXVII Festival Nacional de Folclore da Gafanha da Nazaré.
Participam neste festival os Grupos Folclórico da Casa do Povo de Calendário, Danças e Cantares de S. Pedro de Maceda, Ranchos Folclórico e Etnográfico de Vale dos Açores e das Lavradeiras da Trofa, Grupo Folclórico “Casteldaccesi e la Corte dell Duca”, Sicília, Itália, e o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, que organiza.
Do programa consta uma visita à “Casa Gafanhoa”, jantar com todos os grupos participantes e convidados, desfile e Festival.
Esta é mais uma oportunidade para os amantes do nosso folclore poderem apreciar excelentes grupos, de várias regiões e, ainda, de Itália.



Um sportinguista que já o era antes de nascer



O nosso conterrâneo e amigo, Padre Carlos Alberto, dos Padres de Schoenstatt, é um sportinguista de quatro costados. Penso até que já era sportinguista antes de nascer, tal é o modo como vibra com as vitórias e com as derrotas.
Deu uma entrevista à Ecclesia, que vale a pena ver e ouvir aqui.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Vaticano elogia acção de António Guterres


Os portugueses não são os maiores só no futebol. Ainda hoje, o Vaticano elogiou o nosso António Guterres pela sua acção à frente da ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados). Mas também foi dito que no mundo  há  43,3 milhões de pessoas em risco e que o nosso compatriota não se cansa de chamar a atenção para a obrigação que todos temos de fazer alguma coisa para que este números não continuem a crescer.

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Futebol: somos os maiores!




De bom (às vezes, claro), temos o futebol e Cristiano Ronaldo. Aliás, quando se ganha, somos logo os melhores do mundo. Antes de uma vitória, ou quando os resultados são mesmo uma desilusão, toda a gente mata e esfola seleccionador e jogadores. Quando se ganha por 7 a 0, toda a raiva esquece e não haverá quem possa vencer-nos. Esta semana foi uma festa. E com tal goleada até já podemos perder... Quem há no campeonato  do mundo  que possa dar 7 a 0 a qualquer selecção? Pois é!

Chegou o Verão


Chegou o Verão. Até que enfim! Já não era sem tempo. A partir de agora, com as férias estudantis a marcarem o compasso, nos horizontes de muitos vislumbram-se  momentos agradáveis nas praias, onde o fresquinho salgado da maresia nos ajuda a rejuvenescer. Bom Verão para todos, sem crises (se tal for possível) e com alegria.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Centenário da Gafanha da Nazaré: Exposição no Centro Cultural


“Gafanha da Nazaré — Uma História entre a Terra e o Mar”


Integrada nas celebrações do centenário da freguesia, promovidas pela Paróquia, Junta de Freguesia e Câmara Municipal, vai ser inaugurada uma exposição no Centro Cultural da Gafanha da Nazaré, na quarta-feira, 23 de Junho, pelas 21.30 horas, subordinada ao tema “Gafanha da Nazaré — Uma História entre a Terra e o Mar”.
Neste dia será recordado, em especial, o decreto do Rei D. Manuel II, com a mesma data, que autoriza a criação da freguesia e paróquia, pelas entidades competentes.

Faleceu Marcos Cirino: um amante da nossa terra



Ontem, quando à noite me dirigia para a inauguração do Centro Cultural, soube do falecimento do senhor Marcos Cirino, que tive o gosto, há meses, de  entrevistar para o Timoneiro. E não pude deixar de pensar quanto ele apreciaria estar nesta festa, como amante da sua e nossa terra que sempre foi.
Embora nem sempre concordasse com a forma como enfrentava as injustiças contra a Gafanha da Nazaré, tenho de reconhecer que a paixão que nutria pela nossa terra e suas gentes era sinal evidente de um amor acrisolado.
Na entrevista que me concedeu, quiçá a última da sua vida, teve a oportunidade de falar, com entusiasmo, daquilo de que gostava: Gafanha da Nazaré, sua história, seus usos e costumes, muitos dos quais caíram em desuso, mas sobretudo dos barcos da ria, de caravelas dos descobrimentos, de pessoas. A sua casa, qual museu lagunar, estava cheia de modelos por si executados e que haviam sido expostos em diversas localidades. Ostentava um natural orgulho não disfarçado, face aos elogios legítimos que eu lhe dirigia. A falar de barcos estava nas suas sete quintas.
Se é verdade que dissertar sobre o seu mundo, de barcos, velas, remos, salinas e gentes, o entusiasmava, logo a seguir saltava para as injustiças, bem registadas na sua alma e provenientes de quem não compreendia a importância da Gafanha da Nazaré no contexto regional e nacional.
Frequentemente me alertava para a premência de se lutar pelo que considerava fundamental para o nosso progresso. Mas não o fazia de ânimo leve, pois que me exibia de imediato a documentação e legislação em que sustentava as suas teses. Que ao menos o seu amor à Gafanha da Nazaré deixe seguidores.
Que Deus o receba na sua glória.

Fernando Martins


domingo, 20 de junho de 2010

Festa no Centro Cultural da Gafanha da Nazaré



Mais um bom momento aplaudido na festa da inauguração do Centro Cultural da Gafanha da Nazaré.

Gafanha da Nazaré: Festa no Centro Cultural

Fogo na noite escura


Neves Vieira, Ribau Esteves e Fernando Caçoilo
Aspecto exterior do Centro Cultural


Padre Francisco Melo e Manuel Serra, respectivamente, Prior e Presidente da Junta de Freguesia

Mais fogo na festa

Um bom ponto de encontro entre as pessoas

Reabriu hoje as portas, depois de profundas obras de requalificação levadas a cabo pela Câmara Municipal de Ílhavo, o Centro Cultural da Gafanha da Nazaré. Em festa e sob os olhares felizes do nosso primeiro Prior, Padre Sardo, que, do seu pedestal no Jardim 31 de Agosto, pôde descer para estar com o seu povo.
Centenas de pessoas participaram na inauguração, ou reinauguração, presidida pelo presidente da Câmara Municipal de Ílhavo (CMI), Ribau Esteves, que não escondeu a sua satisfação pela prenda que a autarquia entregou aos gafanhões, neste ano do centenário da criação da freguesia e paróquia da Gafanha da Nazaré.
A obra, que importou em 2,4 milhões de euros, foi comparticipada pelo Programa Operacional Regional do Centro com 1,2 milhões, vai proporcionar uma actividade cultural em complementaridade com os demais espaços concelhios vocacionados para esta área, nomeadamente com o Centro Cultural de Ílhavo.
Referindo-se a este novo equipamento, o presidente da CMI salientou a sua «qualidade estética e funcional», desejando ainda que este Centro Cultural seja «um bom ponto de encontro entre as pessoas», fortalecendo a nossa comunidade.
A festa multimédia, com fogo, música, luz e imagens, gerou uma envolvência humana bastante significativa, no Jardim 31 de Agosto, que é, de per si, uma homenagem à criação da freguesia e paróquia, que ocorreu precisamente há um século.

FM

Regata dos Portos do Centro


Êxito para o primeiro dia da Regata dos Portos do Centro


A embarcação Mike Davis/Porto de Aveiro (de Delmar Conde, Aveiro) venceu na classe IRC, com FUSIB (de Sérgio Fernandes, Aveiro) a conquistar o primeiro posto na classe AMC e ARPEGE (de Carlos Santos, Figueira da Foz) a vencer na classe OPEN.

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O arroz faz dos portugueses os mais asiáticos da Europa




O segredo do arroz seco

O PÚBLICO, na sua revista PÚBLICA, apresenta hoje um trabalho de Francisca Gorjão Henriques sobre o arroz, em que revela que aquele cereal «faz dos portugueses os mais asiáticos da Europa». Diz que «somos loucos por arroz» e que cada «português come em média 17,5 quilos de arroz por ano». «Provavelmente porque o cozinhamos de todas as maneiras e feitios», adianta.
Confesso que não sabia. Sabia que um bom gafanhão tem de gostar e de comer batatas todos os dias. Aliás, nos princípios do século XX e por aí adiante as batatas da Gafanha eram as preferidas nos mercados de Aveiro e Ílhavo.
Quanto ao arroz, que não terá entrado nos nossos hábitos alimentares por essas alturas, não caía bem. Porém, depois passou a reinar na cozinha portuguesa e, naturalmente, na gafanhoa. De tal modo que hoje quase não há refeição sem arroz.
Nos meus tempos de estudante, estranhei que no Porto o arroz estivesse sempre na mesa, para qualquer comensal se servir, fosse qual fosse a base da refeição diária. Com carne ou com peixe, com cozidos ou estufados, assados ou fritos. O arroz era rei.
Também é verdade que o cozinhamos de todos os modos e feitios. Pessoalmente verifico isso mesmo e quase até identifico quem o faz cá em casa. Esposa ou filha, filhos e eu próprio. Cada um com seus gostos e com seu segredo. E também é verdade que a habilidade de preparar um bom prato de arroz se aprende e se treina.
Há muitos anos participei numa boda de casamento em que a cozinheira foi a senhora Esperança Merendeiro, exímia em preparar bons pratos. De arroz e de outros produtos. O arroz que apresentou, saboroso e seco, despertou-me a atenção. E um dia perguntei-lhe qual era o seu segredo. E ela lá foi explicando com o seu sorriso permanente. E no fim, para não revelar tudo, jurou: «Isto está tudo na mão da cozinheira.»
Aqui fica a minha singela homenagem a uma gafanhoa a quem muitos de nós devemos alguma coisa.

Fernando Martins


Saramago visto por Eduardo Lourenço


Humanidade unicamente humana

Em todos os sentidos, como destino e como autor, [José Saramago] é um caso paradoxal. Aparece tarde no horizonte da ficção portuguesa, quando já ninguém o esperava, provavelmente nem ele. E isso é já em si um paradoxo e sobretudo um milagre cultural. À sua maneira, era uma versão nossa da Gata Borralheira.
Para imitar Saramago, também ele se levantou do chão, de um sítio sem memórias eruditas canónicas, apoiado na sua extraordinária experiência dos homens, sonhando e ressonhando que foi para ele matricial. Refiro-me à Bíblia.
Quase todos os seus livros célebres são um diálogo com a mitologia bíblica, que ele vai submeter a uma estranha desmitologização, fazendo com ela um mundo às avessas ou antes um mundo onde as mais famosas histórias bíblicas se tornam a história mesma da humanidade unicamente humana.
Provavelmente com a queda da utopia que foi assumidamente a dele, essa espécie de diálogo dramático com a mundovisão religiosa de raiz bíblica foi o que o salvou, não só literariamente, do traumatismo ideológico e ético.
Deportou o essencial da sua utopia para paragens onde esse autêntico apocalipse político fosse substituído pelos sonhos de uma humanidade que pudesse ter perdido uma guerra mas nunca a ilusão que a faz viver.

Eduardo Lourenço


PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues

Uma flor para começar o domingo


Uma flor é sempre um bom princípio. Para oferecer à mãe e à noiva, à criança e à jovem, à esposa e à amiga. Num dia de festa ou de luto, numa vitória ou numa derrota. Na alegria ou na tristeza, na partida ou na chegada. Por amor ou por amizade. Para todos ela aqui fica neste domingo de sol.

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 189

PELO QUINTAL ALÉM – 26


A FAVA
A
Romeiros de S. João e
Manuel Ribau


Caríssima/o:

a. Já houve melhor produção, no quintal, mas chega sempre para fazer uma sopa ou então o tradicional bacalhau com favas. Ainda as reacções da criançada são as mesmas do tempo que já lá vai: uns gostam delas cruas, outros preferem cozidas com casca, outros sem casca...

e. ...tal e qual como em casa de minha falecida Mãe. Para a canalha não havia melhor manjar do que encher a barriga de favas cruas sentados no faval do alheio! Fartura que ia enganando a fome de pão.
Agora que se aproxima a festa do S. João, as favas eram muito procuradas por causa das palhas: a fogueira ao Santo não se podia apagar com falta das ditas...

i. Todos sabemos que a fava é uma planta da família das leguminosas, não trepadeira que produz vagens grandes, dentro das quais se formam as sementes usadas na alimentação humana e animal. Em algumas regiões (por exemplo, Trás os Montes), também se come a vagem onde o grão se contém, enquanto verde.

o. Na nossa região não se usa a fava para fins medicinais mas os benefícios para a saúde são grandes em certas situações nomeadamente na convalescença de doenças infecciosas (... dizem...).

u. E aí ficam umas curiosidades:

sábado, 19 de junho de 2010

Deus está no cérebro?

No PÚBLICO de hoje


«As neurociências são o grande continente para o século XXI. Nisto acredita Anselmo Borges, padre e professor de Filosofia da Universidade de Coimbra»

Leia aqui um texto que pode suscitar uma boa reflexão durante este fim-de-semana

Centro Cultural da Gafanha da Nazaré vai ser inaugurado amanhã


Amanhã tudo estará em ordem

Amanhã, domingo, pelas 21 horas, vai ser inaugurado o Centro Cultural da Gafanha da Nazaré, depois das obras de remodelação bastante significativas por que passou.
Depois da inauguração será apresentado um espectáculo de multimédia.
Todo o povo é convidado a estar presente.

Diário de Aveiro faz anos


O Diário de Aveiro completa hoje a linda idade de um quarto de século. Num tempo como o nosso marcado por graves crises em todo o lado e, em especial, na comunicação social, é de louvar o esforço que este jornal tem feito para se manter atento aos anseios da região e suas pessoas, em luta permanente pela justiça, pela verdade e pelo progresso sustentado. Os meus parabéns a quanto, dia após dia, fazem o Diário de Aveiro.

"O pior é possível, incluindo a desarticulação europeia"





O declínio da Europa
Anselmo Borges

Não faz falta o pessimismo para sentir perplexidade e desalento face ao futuro da Europa. Jorge Semprún, por exemplo, esse grande espírito europeu, não sabe se o euro vai desaparecer, mas diz que é possível que desapareçam várias aquisições e teme o pior, pois precisamente "o pior é possível, incluindo a desarticulação europeia". E proclama: depois do esgotamento da luta contra o passado nazi e fascista, de um lado, e contra o totalitarismo estalinista, do outro, "a Europa precisa de um novo motor ideológico e moral".
Donde vem a crise? Já em 1918, Oswald Spengler escreveu a obra polemicamente célebre: A decadência do Ocidente. De modo agudo, o eminente filósofo Edmund Husserl pronunciou, em Maio de 1935, em Viena, uma conferência famosa, subordinada ao tema A crise da humanidade europeia e a filosofia. A crise, segundo ele, deriva do positivismo, portanto, da redução das ciências ao puro conhecimento dos factos, esquecendo a subjectividade.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Morreu José Saramago

Hoje, em Lanzarote, Espanha, morreu José Saramago, o mais internacional dos escritores portugueses. Polémico pela sua frontalidade, mas grande escritor. Não faltarão nos mais diversos órgãos de comunicação social os elogios ao único Nobel da Literatura do nosso País. Todos recordarão os livros de Saramago que leram e não deixarão de reconhecer que algumas das suas obras incomodaram muita gente. Sobre isto, penso que ainda nem toda a gente aprendeu a reconhecer a grandeza dos artistas, para além das suas opções políticas, sociais ou religiosas. É um caminho que todos devemos aprender a fazer.

No centenário da implantação da República




O ELOGIO DA IGUALDADE

José Tolentino Mendonça


«No ano em que se comemora o centenário da implantação da República, os católicos portugueses têm de perder o medo de confrontar-se com o ideário tricolor da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade. Somos sim chamados a descobri-los como constituintes do património mais íntimo da própria formulação cristã e a traduzi-los de uma forma culturalmente criativa e existencialmente profética. Sobre a Igualdade, por exemplo, há que recordar que só tratamos o outro como igual, quando atendemos profundamente à sua alteridade infinita.»


Bispos portugueses não querem Igreja Católica envolvida nas Presidenciais

Gostei de saber que os bispos portugueses não querem a Igreja Católica envolvida nas presidenciais. Que os clérigos e os leigos, enquanto cidadãos, com direitos e deveres cívicos, o façam, acho bem. Mas meter a Igreja nesse assunto, já não posso apoiar. Como não apoio que padres, nas cerimónias religiosas, nomeadamente, nas homilias das missas, aproveitem o púlpito para debitar opiniões ou indicações de voto.

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