quarta-feira, 6 de outubro de 2021

A ti, Senhor, a glória; a nós, a vergonha

«O Papa reagiu hoje publicamente à divulgação de um relatório independente sobre casos de abusos sexuais na Igreja Católica, que aponta para mais de 215 mil vítimas entre 1950 e 2020.
“Desejo manifestar às vítimas a minha tristeza e a minha dor pelos traumas que sofreram e também a minha vergonha… A nossa vergonha, a minha vergonha, pela incapacidade demasiado longa da Igreja de as colocar no centro das suas preocupações, assegurando-lhes a minha oração”, referiu Francisco, durante a audiência geral, que decorreu no Auditório Paulo VI, no Vaticano.
“Rezo, rezemos juntos, todos: a ti, Senhor, a glória; a nós, a vergonha. Este é o momento da vergonha”, acrescentou.
A comissão estimou em 2900 a 3200 o número de padres e religiosos envolvidos em crimes de abusos sexuais de menores na França desde 1950.»

Ler mais na Ecclesia 


NOTA: O Papa Francisco manifestou a sua vergonha pelos crimes de pedofilia descobertos no seio da Igreja Católica. Não há forma de perdoar à Igreja esta vergonha e estes crimes hediondos. Há no seio dela imensa gente impoluta, mas o joio está muitas vezes misturado com o trigo que mata a fome a multidões. Mas a solução estará só no fim do celibato? Não creio. Há pedófilos casados, garantidamente. Então que caminho poderemos seguir?

Faleceu o poeta Fernando Echevarría

Faleceu o poeta Fernando Echevarría 
A minha homenagem a um poeta  
que apreciei e aprecio 




ANUNCIÇÃO - (Desenhos de Miguel Ângelo)

Estampaste o espanto do aparecimento.
Desentranhando foste, brusca, a forma
da ruptura dos rins que vem, de dentro,
transtornar a cintura. Que se dobra

sob esse impacto estranho de silêncio,
cujo repente varre para a orla
a desenhada torção de sofrimento
que o susto de anjo, do outro lado informa.

Mas, entre os dois, sem que o desenhes, deixas
tuas figuras desenhar um espaço
onde a pura rajada desvaneça

pra só ficar estrondo mudo de anjo
a iluminar a virgindade intensa
do rosto demudado pelo espanto.

Melhoramentos da Barra de Aveiro

Fotos de obras - 1934





Conforme resolução em Conselho de Ministros de 26 de Setembro de 1930, o Governo da República Portuguesa , pelo Ministro do Comércio e Comunicações, concordando com o parecer do Conselho Superior de Obras Públicas, mandou aprovar o projecto de melhoramentos da barra de Aveiro, datado de 12 de Agosto de 1930, e respectivo orçamento  de 15 de Setembro de 1930, na importância de  17 943 277$00. O projecto-base, apresentado em 1927  pelo Engenheiro  João  Henrique von Haffe, fora alterado e aperfeiçoado por uma comissão de engenheiros ingleses (Diário do Governo , II Série, n.º 236, de 9-10-1930, pág. 3456; Arquivo, I, pgs.  237-238) - J


Calendário Histórico de Aveiro de 
António Christo e João Gonçalves Gaspar

Nota: Fotos do livro "Coutinho de Lima - In Memoriam 

Faleceu o Pe. Vítor Feytor Pinto


«O padre Vítor Feytor Pinto, antigo coordenador nacional da Pastoral da Saúde, faleceu hoje aos 89 anos, anunciou a Paróquia do Campo Grande, Patriarcado de Lisboa.
“Faleceu esta manhã o nosso querido Padre Vítor Feytor Pinto, no Hospital da Luz. Foi para tantos o amigo generoso, o companheiro de caminhada, o padre profundo e feliz e um homem de pensamento que deixa um legado extraordinário. As saudades são muitas, mas sabemos que ele olha por nós, envolvido na ‘ternura maravilhosa de Deus que nos acolhe”, indica uma nota divulgada pela paróquia.
O sacerdote, natural de Coimbra, foi ordenado na Diocese da Guarda a 10 de julho de 1955, tendo ficado ligado à divulgação do Concílio Vaticano II no Movimento ‘Por um Mundo Melhor’; ao trabalho na Ação Católica e à vivência do 25 de Abril, antes de chegar à reflexão sobre a Pastoral da Saúde e a defesa dos direitos fundamentais; nos últimos anos, destacou-se pelo trabalho na paróquia do Campo Grande.»


Nota: Tive o privilégio de ouvir e falar com o Pe. Vítor Feytor Pinto, na nossa diocese e também na nossa paróquia. Mas ainda em Fátima, sobretudo abordando temas relacionados com a pastoral da saúde. Era um gosto ouvi-lo e sentir a alegria e a facilidade com que abordava os mais variados assuntos,  sobre os quais mostrava conhecimentos bem elaborados e convincentes. Deus já o acolheu no seu regaço maternal. 

terça-feira, 5 de outubro de 2021

República Portuguesa nasceu há 111 anos

Portugal foi Monarquia 767 anos 
e é  República há 111 anos

José Relvas
A República Portuguesa nasceu há 111 anos, no já célebre 5 de Outubro. A Monarquia fundou Portugal, também no dia 5 de Outubro de 1143, no Tratada de Zamora. 
Desde a data longínqua em que D. Afonso Henriques se assumiu como rei, Portugal resistiu ao tempo e impôs-se na História Universal como nação independente, ao mesmo tempo que deu Novos Mundos ao Mundo. 
Hoje, portanto, celebramos duas datas que são, ou devem ser, o nosso orgulho pátrio.




Marcelo Rebelo de Sousa
Mas hoje apenas se falou da República na Câmara Municipal de Lisboa, no mesmo local em que José Relvas fez a proclamação da mudança de regime, há 111 anos. E o nosso Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, bem ao seu estilo, deixou algumas notas de reflexão. "Se queremos que o 5 de Outubro tenha algum sentido para todos nós, então há que dele fazer uma data viva e não uma memória sem futuro ou um ritual sem alma", disse. E sublinhou: "um Portugal mais atento ao povo e às suas necessidades, à sua voz nos direitos sociais, actividade económica e educação."
Noutra passagem, afirmou: “O Portugal que somos nunca vencerá os desafios da entrada a tempo no novo ciclo económico com dois milhões de pobres e alguns mais em risco de pobreza.”

segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Luta constante


"Ver aquilo que temos diante do nariz requer uma luta constante"

George Orwell (1903-1950) 
Escritor, jornalista e ensaísta político


Nota: Escrito na Pedra no PÚBLICO 

domingo, 3 de outubro de 2021

Não há família. Há famílias

Crónica de Bento Domingues
no PÚBLICO


Os modelos de família dependem das culturas em que se afirmam. Nunca foram os mesmos em todo o tempo. A sua diversidade não é contra a família, são formas diferentes de testemunhar a sua importância. Nenhuma delas é o céu na terra.

1. A crise religiosa de muitos adolescentes e jovens, que frequentaram a catequese, revela-se sobretudo na escola, quando as descobertas que vão fazendo desautorizam o que ouvem na Igreja. O padre Resina, que ensinou Física no Instituto Superior Técnico, defendia que a catequese devia antecipar-se a desfazer os conflitos entre as apresentações e interpretações da fé e a linguagem das ciências. As próprias narrativas bíblicas, na grande diversidade dos géneros literários, nunca pretendem fazer ciência, mas a sua floresta simbólica deu e dá muito que pensar, com grande presença na literatura, na música e na pintura.

sábado, 2 de outubro de 2021

Semana Mundial da Harmonia Inter-Religiosa

Crónica de Anselmo Borges
no Diário de Notícias



"Não haverá paz entre as nações sem paz entre as religiões. Não haverá paz entre as religiões sem diálogo entre as religiões. Não haverá diálogo entre as religiões sem critérios éticos globais. Não haverá sobrevivência do nosso planeta sem um ethos (atitude ética) global, um ethos mundial."
Hans Küng 

Foi em 2010, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Antes de iniciar a sua conferência, Jorge Sampaio chamou-me. Para me pedir que não me esquecesse de escrever um texto sobre a Semana Mundial da Harmonia Inter-Religiosa.
Também para relembrar o empenho de Jorge Sampaio no diálogo das civilizações, das culturas, das religiões, retomo o texto de então com pequenas alterações.
Era a primeira vez que se celebrava, de 1 a 7 de Fevereiro (2011), a Semana Mundial da Harmonia Inter-Religiosa, na sequência de uma Resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas, tomada por unanimidade no dia 20 de Outubro de 2010 e proclamando a primeira semana de Fevereiro de cada ano a World Interfaith Harmony Week (Semana Mundial da Harmonia Inter-Religiosa), semana da harmonia entre todas as religiões, fés e crenças.

sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Bom senso


"Esquecer os deveres básicos de solidariedade é uma violência, uma cobardia escondida em nome do bom senso"




Mia Couto (1955-), 
escritor

Em Escrito na Pedra, 
no PÚBLICO

Amar a verdade do matrimónio

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Domingo XXVII do Tempo Comum



A família surge como o fruto mais saboroso do matrimónio. Nela, o casal vai crescendo no amor de doação fiel. Nela, os filhos encontram o ambiente favorável à sua identidade masculina e feminina, ao equilíbrio do seu desenvolvimento relacional e afectivo. Nela, a sociedade e a Igreja espelham a sua acção “subsidiária” e, dela, recebem as crianças, prendas do presente e garantes do futuro, como cidadãos que podem vir a ser cristãos.

A atracção do homem pela mulher, e desta para com ele, faz parte da natureza humana e expressa-se em crenças e ritos de relação, segundo as culturas e as religiões; entre nós, normalmente é no casamento natural e no matrimónio cristão. Aponta, por isso, para Deus, a fonte de todo o amor e o criador dos bens originais. É a partir do projecto divino que a relação humana conjugal tem pleno sentido e adquire força de irradiação como ideal a atrair todos aqueles que se sentem chamados a “ser uma só carne”. É a partir desta matriz existencial que se podem valorar outras experiências de relacionamento que configuram aquela atracção natural Mc 10, 2-16.

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