"O mundo moderno orgulha-se da sensibilidade social e preocupação com os necessitados. O Governo faz gala nisso. O nosso tempo acaba de conseguir uma grande vitória na vida dos pobres. Não acabou com a miséria. Limitou-se a proibi-la. É que, sabem, a pobreza viola os direitos do consumidor e as regras higiénicas da produção."
segunda-feira, 31 de março de 2008
Abertura da Barra: 3 de Abril de 1808
Molhe Norte - 1934
A homenagem a Luís Gomes de Carvalho
Tenho por hábito dizer que a sociedade é injusta. Que é uma entidade sem alma, porque esquece, facilmente, os seus maiores. Assim foi, penso eu, com Luís Gomes de Carvalho, que abriu a Barra de Aveiro, há dois séculos, seguindo os planos iniciais do Engenheiro Oudinot, seu sogro. Chegou a ser, inclusive, perseguido e difamado pela obra que realizou, unicamente por razões políticas. Naquele tempo, como hoje, quem não era da “cor” estava sujeito a estas coisas. Luís Gomes de Carvalho foi, na opinião de alguns, um precursor do liberalismo. E todos sabemos como absolutistas e liberais se digladiavam, com ódios de morte.
Houve um poeta, porém, que não se esqueceu de Luís Gomes de Carvalho. Foi ele António Feliciano de Castilho, o poeta cego, romântico, que chegou a viver em Castanheira do Vouga, onde escreveu muitos poemas. Ali se terá inspirado para escrever “O Presbitério da Montanha”.
Arduas fadigas, derramadas somas
Ao Vouga nunca destruir poderão
A barreira que entrada ao mar tolhia;
Em teus dias, Senhor, um génio grande,
(O preceito fôi Teu, e Tua a glória)
As cadeias quebrou que o Ria atávão
………………………..
………………………..
O nome de Oudinot, que o sábio plano
Deo qual déste também, qual desempenhas
Engenhoso Carvalho em nossos dias;
Mas teu grande sabêr a mais se avança.
A homenagem a Luís Gomes de Carvalho
Tenho por hábito dizer que a sociedade é injusta. Que é uma entidade sem alma, porque esquece, facilmente, os seus maiores. Assim foi, penso eu, com Luís Gomes de Carvalho, que abriu a Barra de Aveiro, há dois séculos, seguindo os planos iniciais do Engenheiro Oudinot, seu sogro. Chegou a ser, inclusive, perseguido e difamado pela obra que realizou, unicamente por razões políticas. Naquele tempo, como hoje, quem não era da “cor” estava sujeito a estas coisas. Luís Gomes de Carvalho foi, na opinião de alguns, um precursor do liberalismo. E todos sabemos como absolutistas e liberais se digladiavam, com ódios de morte.
Houve um poeta, porém, que não se esqueceu de Luís Gomes de Carvalho. Foi ele António Feliciano de Castilho, o poeta cego, romântico, que chegou a viver em Castanheira do Vouga, onde escreveu muitos poemas. Ali se terá inspirado para escrever “O Presbitério da Montanha”.
Arduas fadigas, derramadas somas
Ao Vouga nunca destruir poderão
A barreira que entrada ao mar tolhia;
Em teus dias, Senhor, um génio grande,
(O preceito fôi Teu, e Tua a glória)
As cadeias quebrou que o Ria atávão
………………………..
………………………..
O nome de Oudinot, que o sábio plano
Deo qual déste também, qual desempenhas
Engenhoso Carvalho em nossos dias;
Mas teu grande sabêr a mais se avança.
António Feliciano de Castilho
In “A faustíssima exaltação de S. M. F. o Senhor D. João VI ao trono”
Transcrito por Silvério Rocha e Cunha, Capitão do Porto de Aveiro, na Conferência realizada em 5 de Maio de 1923, na sede da Associação dos Engenheiros Civis Portugueses
Transcrito por Silvério Rocha e Cunha, Capitão do Porto de Aveiro, na Conferência realizada em 5 de Maio de 1923, na sede da Associação dos Engenheiros Civis Portugueses
NOTA: No excerto do poema, respeitei a ortografia da época. A foto é da "Exposição Histórico-Documental do Porto de Aveiro: Um imperativo Histórico"
HOJE HOUVE BRONCA NA MISSA!
- Sabes, hoje, de manhã, fui à missa e houve uma bronca de todo o tamanho! – afirmou o meu colega e amigo Rodrigues, ao telefone, logo após me ter inteirado do estado de saúde da sua filha mais nova.
- Bronca? Como assim? – perguntei-lhe eu.
- O Padre deu cá uma descasca no pessoal, que nem imaginas! Foi na homilia! – respondeu-me e acrescentou o Rodrigues.
O Rodrigues, aveirense de nascimento, vive e trabalha, por conta própria, há anos a esta parte, perto de Braga.
Também lá, a vida é difícil e o encerramento de empresas de têxteis, calçado, confecções ou produtos electrónicos, tem colocado muita gente no desemprego, havendo situações dramáticas, a nível da sobrevivência diária de muitas famílias.
A Cáritas Diocesana, pelo que ele me disse, tem sido uma das instituições que mais anda no terreno, na busca das melhores soluções e ajudas para estes dramas humanos.
Mas, como tudo na vida, um pólo tem sempre o seu oposto, ou seja, há miséria, de um lado, não admirando que surja a riqueza no outro.
De há três anos para cá, o responsável paroquial tem procurado sensibilizar, sobretudo na Quaresma, aqueles a quem a fortuna sorriu, para terem em conta as dificuldades dos outros irmãos, serem solidários com eles e evitarem todo o tipo de ostentação, que acaba por ferir a dignidade de quem já está fragilizado na sua vida diária.
Esta ostentação surge, ainda com mais vigor, durante a Visita Pascal, e, parte dela, passa-se no interior de umas duas dezenas de moradias (“mais que luxuosas” no dizer do Rodrigues), que abrindo as portas ao anúncio do Ressuscitado, não dispensam, ano após ano, o requinte e os luxos exuberantes – que passam pelos carros, roupas e não só, durante o resto do ano.
Pelo que me disse o Rodrigues, as mesas são autênticas montras de tudo o que há de bom e do melhor, com as mais variadas e caras iguarias que se possam imaginar, em quantidades muito para além do bom senso e das necessidades dos seus proprietários. Fazem-se festas com convidados vindos de fora da freguesia.
Já na Páscoa passada, o pároco fez “ameaças” de que deixava de fazer a Visita Pascal nas casas que não soubessem receber, com respeito, dignidade e humildade, Aquele que deu a vida para nos salvar.
Como se costuma dizer, em bom português, parece que os avisos e os apelos paroquiais entraram por um ouvido e saíram logo pelo outro!
Haverá, aqui, uma provocação gratuita? Será que querem uma Igreja à sua medida e ao seu gosto? Será que desejam algum confronto? Será que desconhecem que Cristo se fez pobre por nós? (cf. 2 Cor 8,9).
Ainda que não seja um caso isolado, infelizmente, é uma das excepções à regra, mas que exige, a meu ver, medidas pastorais serenas, rápidas e firmes, capazes de fazer da paróquia – qualquer paróquia – aquilo que ela é em si mesmo: uma comunidade de fiéis, baptizados, que se reúnem e celebram a doutrina salvífica de Cristo, e praticam a caridade do Senhor em obras boas e fraternas (cf. CIC 2179).
Quanto à questão da “bronca”, na Eucaristia, tive que dizer ao Rodrigues que me parecia que o pároco não teria dado “bronca” nenhuma, durante a homilia.
- Se houve “bronca” – no sentido de censura ou repreensão evangélica (cf. Mc 16,14; 1,25; 8,33 ou Lc 9,55) – ela foi dada pelo próprio Cristo. – afirmei eu ao Rodrigues – que logo retorquiu: - Mas foi o Padre que falou! Percebendo que o meu Amigo estava confuso, e para ser o mais preciso e conciso, fui à estante buscar o livro “Missa”, do Cardeal Jean-Marie Lustiger, que se tornou participante no nosso diálogo telefónico.
Afinal, o Rodrigues, até aí, ainda não tinha entendido que, quando o celebrante entra na Assembleia de fiéis, Cristo se torna presente na sua pessoa (cf. pag. 48).
Agora, do que ele mais gostou de ouvir foi que a homilia “é verdadeiramente uma acção de Cristo que, pela boca do Padre, torna presente a sua Palavra” (cf. pag 95 e 96).
Decerto que vou ter novas oportunidades de falar com o Rodrigues e, quem sabe, se, até lá, numa outra Assembleia Eucarística, presidida por um qualquer sacerdote, não pode surgir uma outra “bronca evangélica”.
Como em tudo, também na vida da Igreja, o importante é que “aquele que tiver ouvidos, oiça” (cf. Mt 13,9).
Vítor Amorim
- Bronca? Como assim? – perguntei-lhe eu.
- O Padre deu cá uma descasca no pessoal, que nem imaginas! Foi na homilia! – respondeu-me e acrescentou o Rodrigues.
O Rodrigues, aveirense de nascimento, vive e trabalha, por conta própria, há anos a esta parte, perto de Braga.
Também lá, a vida é difícil e o encerramento de empresas de têxteis, calçado, confecções ou produtos electrónicos, tem colocado muita gente no desemprego, havendo situações dramáticas, a nível da sobrevivência diária de muitas famílias.
A Cáritas Diocesana, pelo que ele me disse, tem sido uma das instituições que mais anda no terreno, na busca das melhores soluções e ajudas para estes dramas humanos.
Mas, como tudo na vida, um pólo tem sempre o seu oposto, ou seja, há miséria, de um lado, não admirando que surja a riqueza no outro.
De há três anos para cá, o responsável paroquial tem procurado sensibilizar, sobretudo na Quaresma, aqueles a quem a fortuna sorriu, para terem em conta as dificuldades dos outros irmãos, serem solidários com eles e evitarem todo o tipo de ostentação, que acaba por ferir a dignidade de quem já está fragilizado na sua vida diária.
Esta ostentação surge, ainda com mais vigor, durante a Visita Pascal, e, parte dela, passa-se no interior de umas duas dezenas de moradias (“mais que luxuosas” no dizer do Rodrigues), que abrindo as portas ao anúncio do Ressuscitado, não dispensam, ano após ano, o requinte e os luxos exuberantes – que passam pelos carros, roupas e não só, durante o resto do ano.
Pelo que me disse o Rodrigues, as mesas são autênticas montras de tudo o que há de bom e do melhor, com as mais variadas e caras iguarias que se possam imaginar, em quantidades muito para além do bom senso e das necessidades dos seus proprietários. Fazem-se festas com convidados vindos de fora da freguesia.
Já na Páscoa passada, o pároco fez “ameaças” de que deixava de fazer a Visita Pascal nas casas que não soubessem receber, com respeito, dignidade e humildade, Aquele que deu a vida para nos salvar.
Como se costuma dizer, em bom português, parece que os avisos e os apelos paroquiais entraram por um ouvido e saíram logo pelo outro!
Haverá, aqui, uma provocação gratuita? Será que querem uma Igreja à sua medida e ao seu gosto? Será que desejam algum confronto? Será que desconhecem que Cristo se fez pobre por nós? (cf. 2 Cor 8,9).
Ainda que não seja um caso isolado, infelizmente, é uma das excepções à regra, mas que exige, a meu ver, medidas pastorais serenas, rápidas e firmes, capazes de fazer da paróquia – qualquer paróquia – aquilo que ela é em si mesmo: uma comunidade de fiéis, baptizados, que se reúnem e celebram a doutrina salvífica de Cristo, e praticam a caridade do Senhor em obras boas e fraternas (cf. CIC 2179).
Quanto à questão da “bronca”, na Eucaristia, tive que dizer ao Rodrigues que me parecia que o pároco não teria dado “bronca” nenhuma, durante a homilia.
- Se houve “bronca” – no sentido de censura ou repreensão evangélica (cf. Mc 16,14; 1,25; 8,33 ou Lc 9,55) – ela foi dada pelo próprio Cristo. – afirmei eu ao Rodrigues – que logo retorquiu: - Mas foi o Padre que falou! Percebendo que o meu Amigo estava confuso, e para ser o mais preciso e conciso, fui à estante buscar o livro “Missa”, do Cardeal Jean-Marie Lustiger, que se tornou participante no nosso diálogo telefónico.
Afinal, o Rodrigues, até aí, ainda não tinha entendido que, quando o celebrante entra na Assembleia de fiéis, Cristo se torna presente na sua pessoa (cf. pag. 48).
Agora, do que ele mais gostou de ouvir foi que a homilia “é verdadeiramente uma acção de Cristo que, pela boca do Padre, torna presente a sua Palavra” (cf. pag 95 e 96).
Decerto que vou ter novas oportunidades de falar com o Rodrigues e, quem sabe, se, até lá, numa outra Assembleia Eucarística, presidida por um qualquer sacerdote, não pode surgir uma outra “bronca evangélica”.
Como em tudo, também na vida da Igreja, o importante é que “aquele que tiver ouvidos, oiça” (cf. Mt 13,9).
Vítor Amorim
domingo, 30 de março de 2008
Na Linha Da Utopia
FACILITAÇÃO LEGAL,
ESPELHO DE “VAZIOS”?
1. No discernimento apurado sobre o valor das leis, chegaremos à conclusão de que elas terão de assumir a matriz da dignidade da pessoa humana em sentido de comunidade, não se devendo diluir a lei meramente nos hábitos e costumes sociais, como se o que contasse fosse sempre a maioria, bastando haver, mesmo para a pior das decisões, 50% mais um. As fronteiras são, naturalmente, delicadas; mas uma função pedagógica, social e ética, das leis sempre foi um referencial em ordem ao progresso humano das sociedades. Mal vai quando, simplesmente, a lei naquilo que pode ser considerado de humanamente importante, já perdeu o seu estímulo e, resignadamente, ajusta-se aos hábitos da facilitação de tudo e dos próprios valores relacionais. Que se poderá dizer ou que sentir diante de leis que parece que visam o contrário do “espírito” dignificante pressuposto da “Lei”? Se uma lei é feita com a finalidade de baixar a fasquia ou gerar permissividades, vindo legitimar formas de vida e acção não conforme os considerados valores universais, que se poderá considerar?
2. Muito acima da casuística de cada situação, as sociedades que ergueram a «liberdade» como referencial colectivo vão ditando formas legais que atingem a «liberdade dos outros». O esboço e a ideia que caminha para a total facilitação legal do divórcio, será já espelho do valor que se dá às relações humanas e nestas à própria conjugalidade? Muito acima de quaisquer questões filosóficas, políticas ou religiosas, pois é uma questão humana e social que está em causa, que considerar quando se procura afastar cabalmente a «razão» e as «razões» da separação do casal? Mesmo em situações complexas e apesar dos sofrimentos e dramas da vida em que o “mal menor” será a separação, não será que, pela ausência de sentido de “verdade” e justiça, se está a esvaziar a ética da própria lei a aprovar? As perguntas podem não acabar…
3. Já há pessoas e analistas sociais que, pelas ideias que movem este perfil de legislação agora em caminho, vão fazendo a caricatura da banalização e do oportunismo que daqui poderá advir. Saberão os promotores ou defensores no parlamento do “divórcio já” tudo o que está em causa e os sinais que vão dando à sociedade? Afinal, que concepção de família, que ideais de pertença e que relações humanas, norteia o que se procura facilitar? Quem diria, onde chegámos nas nossas sociedades: aqueles que efectivamente amam a raiz da vida, ter-se de gastar energias a proteger a comunidade primeira, a família. E agora numa quase bipolarização estratégica e mediática, entre os que são chamados de “conservadores” porque defendem a família e os seus valores essenciais, e os que, no “deixa andar” mais cómodo e prático, facilitador, vão fazendo prevalecer uma liberdade na superficialidade, já sem a responsabilidade. A par dito mesmo diz-se que estamos na “Era do Vazio” e que depois as escolas manifestam uma dificuldade em gerar ambientes relacionais dóceis! Tudo está ligado… Cada vez mais, é na simplicidade todos os dias que fazemos as grandes opções; nestas a concepção de família é hoje uma opção e um valor essencial e inalienável. Ou (já) não será? Perguntar é procurar.
Alexandre Cruz
2. Muito acima da casuística de cada situação, as sociedades que ergueram a «liberdade» como referencial colectivo vão ditando formas legais que atingem a «liberdade dos outros». O esboço e a ideia que caminha para a total facilitação legal do divórcio, será já espelho do valor que se dá às relações humanas e nestas à própria conjugalidade? Muito acima de quaisquer questões filosóficas, políticas ou religiosas, pois é uma questão humana e social que está em causa, que considerar quando se procura afastar cabalmente a «razão» e as «razões» da separação do casal? Mesmo em situações complexas e apesar dos sofrimentos e dramas da vida em que o “mal menor” será a separação, não será que, pela ausência de sentido de “verdade” e justiça, se está a esvaziar a ética da própria lei a aprovar? As perguntas podem não acabar…
3. Já há pessoas e analistas sociais que, pelas ideias que movem este perfil de legislação agora em caminho, vão fazendo a caricatura da banalização e do oportunismo que daqui poderá advir. Saberão os promotores ou defensores no parlamento do “divórcio já” tudo o que está em causa e os sinais que vão dando à sociedade? Afinal, que concepção de família, que ideais de pertença e que relações humanas, norteia o que se procura facilitar? Quem diria, onde chegámos nas nossas sociedades: aqueles que efectivamente amam a raiz da vida, ter-se de gastar energias a proteger a comunidade primeira, a família. E agora numa quase bipolarização estratégica e mediática, entre os que são chamados de “conservadores” porque defendem a família e os seus valores essenciais, e os que, no “deixa andar” mais cómodo e prático, facilitador, vão fazendo prevalecer uma liberdade na superficialidade, já sem a responsabilidade. A par dito mesmo diz-se que estamos na “Era do Vazio” e que depois as escolas manifestam uma dificuldade em gerar ambientes relacionais dóceis! Tudo está ligado… Cada vez mais, é na simplicidade todos os dias que fazemos as grandes opções; nestas a concepção de família é hoje uma opção e um valor essencial e inalienável. Ou (já) não será? Perguntar é procurar.
Alexandre Cruz
PARTIDO SOCIALISTA CONTRA A IGREJA CATÓLICA?
Igreja pede a Sócrates que controle
laicismo de alguns membros do PS
Quando D. Carlos de Azevedo, Bispo Auxiliar de Lisboa e porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa, afirma que “Há forças dentro do Governo que têm uma postura de ataque à Igreja Católica”, tem razão. E acrescenta, com inegável oportunidade, que “falta, da parte do primeiro-ministro, uma vigilância coordenadora de actos e medidas avulsas que ferem e atingem quem anda há muito a servir a população”.
Por aquilo que tenho visto, dá a impressão que o PS está agora dominado por uns tantos anticatólicos, ao jeito da primeira república, quando alguns políticos garantiam que acabariam com a religião a curto prazo.
O PS, quando tinha como líderes homens da craveira intelectual e humanista de um Mário Soares e de um católico como António Guterres, nunca ousou, que me lembre, afrontar a Igreja Católica. José Sócrates, prudente em muitos casos, deixa-se ir a reboque dos que consideram a Igreja Católica como uma instituição decadente e com lugar marcado em qualquer museu da história.
Os políticos da primeira República, que perseguiram e humilharam os católicos, não conseguiram acabar com a religião. Agora, em democracia, não serão os políticos actuais que conseguirão levar a cabo os intentos dos anticatólicos de há um século.
Cá para mim, venham as leis que vierem, mesmo as que o primeiro-ministro considera como conquista civilizacional, como foi o caso da lei que liberalizou o aborto, o catolicismo prevalecerá.
Os ataques à Igreja Católica, que são ataques aos católicos, só servirão para mais os unir na defesa dos seus valores, que são os valores da nossa civilização. Portanto, como católico, cá estarei em luta por aquilo em que acredito. Venham as leis que vierem...
FM
Quando D. Carlos de Azevedo, Bispo Auxiliar de Lisboa e porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa, afirma que “Há forças dentro do Governo que têm uma postura de ataque à Igreja Católica”, tem razão. E acrescenta, com inegável oportunidade, que “falta, da parte do primeiro-ministro, uma vigilância coordenadora de actos e medidas avulsas que ferem e atingem quem anda há muito a servir a população”.
Por aquilo que tenho visto, dá a impressão que o PS está agora dominado por uns tantos anticatólicos, ao jeito da primeira república, quando alguns políticos garantiam que acabariam com a religião a curto prazo.
O PS, quando tinha como líderes homens da craveira intelectual e humanista de um Mário Soares e de um católico como António Guterres, nunca ousou, que me lembre, afrontar a Igreja Católica. José Sócrates, prudente em muitos casos, deixa-se ir a reboque dos que consideram a Igreja Católica como uma instituição decadente e com lugar marcado em qualquer museu da história.
Os políticos da primeira República, que perseguiram e humilharam os católicos, não conseguiram acabar com a religião. Agora, em democracia, não serão os políticos actuais que conseguirão levar a cabo os intentos dos anticatólicos de há um século.
Cá para mim, venham as leis que vierem, mesmo as que o primeiro-ministro considera como conquista civilizacional, como foi o caso da lei que liberalizou o aborto, o catolicismo prevalecerá.
Os ataques à Igreja Católica, que são ataques aos católicos, só servirão para mais os unir na defesa dos seus valores, que são os valores da nossa civilização. Portanto, como católico, cá estarei em luta por aquilo em que acredito. Venham as leis que vierem...
FM
Leia mais no PÚBLICO online
Região de Aveiro: Costa Marinha
Há mil anos, como seria a zona costeira a que estamos ligados? Bem diferente, naturalmente. Haverá, com certeza, quem não faça uma simples ideia do que isto era, por aqui, à volta da Gafanha da Nazaré. Vejam, então, com olhos bem abertos, como era. Talvez, então, possam acreditar que toda esta região lagunar, afinal, se foi oferta da Natureza, também nasceu e cresceu graças à tenacidade de muita gente. E ainda poderei acrescentar que este rincão se deve, empregando palavras de Churchill, ao sangue, suor e lágrimas por aqui derramados.
Nota: Mapas publicados no Boletim Cultural da Gafanha da Nazaré, n.º 2, integrados em trabalho de Monsenhor João Gaspar sobre Formação da Ria e Povoamento da Região de Aveiro.
Gafanha da Nazaré: Filha do Porto de Aveiro
Escrevi há anos que a Gafanha da Nazaré é filha do Porto. Direi hoje, com mais realismo, que ela é filha da Barra de Aveiro, aberta em 3 de Abril de 1808. E poderei acrescentar que, sem a abertura da Barra, toda a região, e não apenas as terras que lhe estão próximas, lucrou e lucra com a entrada e saída de navios, e também com a sua estadia entre nós.
A abertura da Barra e os Portos (Comercial, Industrial e de Pesca Costeira e Longínqua) deram e continuam a dar outra vida à região. Todo o País, logicamente, disso beneficia. Por isso, celebrar esta data torna-se obrigação de todos. Porém, se nem todos puderem participar nas cerimónias ou usufruir das várias ofertas do programa, ao menos sintam e digam, de forma próxima ou mais alargada, que a abertura da Barra e a instalação dos Portos foram uma mais-valia que os homens de há dois séculos souberam oferecer-nos.
TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 71
JÁ ... JÁ ... JÁ LÁ VEM!...
Caríssima/o:
Vimos que os edifícios onde funcionavam as Escolas eram alugados e todos com carências estruturais notórias, pois que se tratava de casas pensadas para habitação ou de simples barracões.
Para além disso, o quadro de pessoal era constituído pelo/a professor/a e pelos alunos/as – todas as tarefas passavam pela iniciativa daquele/a e pela colaboração destes/as: desde a abertura da porta da rua até à limpeza e asseio da sala de aula, sem esquecer o bater da esponja do quadro, a obtenção do giz (quantas vezes do estuque de prédios velhos em demolição!...) ou a confecção da tinta para escrever (a célebre solução de azul de metileno)...
A pé ou de bicicleta, o Professor/a chegava, abria a porta e dava início às actividades, muitas vezes com a entoação do Hino Nacional. Ora a sua chegada era sempre um momento de certa expectativa para os alunos e notava-se o respeito na formatura que, ainda na rua e mais ou menos instintivamente, se alinhava ao longo da fachada.
Uma Escola havia em que, quando o Professor era avistado ao longe, o primeiro aluno que o vislumbrava lançava para o ar a cantilena:
- Já... Já... Já lá vem!
As brincadeiras iam cessando e o coro aumentava:
- Já... Já... Já lá vem!
Agora, todos alinhados, era a plenos pulmões que se anunciava ao burgo:
- Já... Já... Já lá vem!
Ora, certa manhã, o Professor meteu a chave na fechadura... e não a conseguiu rodar!
Silêncio!
Nova tentativa. Nada.
Foi dada ordem para que todos regressassem a suas casas.
Era lá possível que alguém se tenha atrevido a introduzir pedritas na fechadura?! E qual a motivação para a “brincadeira”? Feriado? Revolta de algum aluno injustiçado?
Ainda hoje o “processo“está aberto!...
[Perpassou na “aragem” que a obra teve a mão de alguém que, desesperado por não poder brincar com o seu “amigo”, um vitelinho recém-nascido, usou este estratagema!...? Verdade...mentira? Aí fica como nova pista...]
Manuel
Caríssima/o:
Vimos que os edifícios onde funcionavam as Escolas eram alugados e todos com carências estruturais notórias, pois que se tratava de casas pensadas para habitação ou de simples barracões.
Para além disso, o quadro de pessoal era constituído pelo/a professor/a e pelos alunos/as – todas as tarefas passavam pela iniciativa daquele/a e pela colaboração destes/as: desde a abertura da porta da rua até à limpeza e asseio da sala de aula, sem esquecer o bater da esponja do quadro, a obtenção do giz (quantas vezes do estuque de prédios velhos em demolição!...) ou a confecção da tinta para escrever (a célebre solução de azul de metileno)...
A pé ou de bicicleta, o Professor/a chegava, abria a porta e dava início às actividades, muitas vezes com a entoação do Hino Nacional. Ora a sua chegada era sempre um momento de certa expectativa para os alunos e notava-se o respeito na formatura que, ainda na rua e mais ou menos instintivamente, se alinhava ao longo da fachada.
Uma Escola havia em que, quando o Professor era avistado ao longe, o primeiro aluno que o vislumbrava lançava para o ar a cantilena:
- Já... Já... Já lá vem!
As brincadeiras iam cessando e o coro aumentava:
- Já... Já... Já lá vem!
Agora, todos alinhados, era a plenos pulmões que se anunciava ao burgo:
- Já... Já... Já lá vem!
Ora, certa manhã, o Professor meteu a chave na fechadura... e não a conseguiu rodar!
Silêncio!
Nova tentativa. Nada.
Foi dada ordem para que todos regressassem a suas casas.
Era lá possível que alguém se tenha atrevido a introduzir pedritas na fechadura?! E qual a motivação para a “brincadeira”? Feriado? Revolta de algum aluno injustiçado?
Ainda hoje o “processo“está aberto!...
[Perpassou na “aragem” que a obra teve a mão de alguém que, desesperado por não poder brincar com o seu “amigo”, um vitelinho recém-nascido, usou este estratagema!...? Verdade...mentira? Aí fica como nova pista...]
Manuel
sábado, 29 de março de 2008
Barra de Aveiro foi aberta há dois séculos
NAVIO QUE ENTRA E NAVIO QUE SAI
O que agora parece fácil já foi difícil. Há precisamente dois séculos, os navios não entravam na laguma aveirense com a mesma facilidade com que o fazem nos dias de hoje. Dois séculos é muito tempo. E desde então, a Barra de Aveiro passou por inúmeras transformações, que foram, muitas delas, grandes melhoramentos. A região saiu enriquecida com a abertura da Barra, o que aconteceu no dia 3 de Abril de 1808. Inês Amorim escreveu um livro - "Porto de Aveiro: Entre a Terra e o Mar"-, que mostrará toda a história do nascimento e crescimento da Barra de Aveiro, ao longo dos últimos 200 anos. Sobre as celebrações que vão decorrer no próximo dia 3 de Abril, direi algum coisa durante estes dias.
NOVA LISTA DE PECADOS PELO VATICANO?
Quem frequentou a catequese lembrar-se-á, ainda que vagamente, dos sete pecados capitais: soberba, inveja, gula, luxúria, ira, avareza, preguiça. Estes são os sete pecados capitais da tradição, a partir de uma lista do Papa Gregório Magno no século VI.
Durante as festas pascais, não houve jornal, rádio ou televisão que não tenha referido uma nova lista a juntar à antiga. Devo confessar que esse interesse me causou algum espanto, tendo mesmo sido tentado a pensar que poderia haver quem subtilmente, lá no íntimo, imaginasse que talvez o Vaticano tivesse descoberto alguma nova oportunidade interessante para transgredir e pecar. Ah, aquele pedido: Oh God, make me good, but not yet!
Tratou-se de um equívoco, pois o Vaticano não publicou propriamente um decreto com uma nova lista de pecados capitais. Mas, por outro lado, na base do alarido, está uma chamada de atenção para questões complexas e graves que não podem de modo nenhum passar despercebidas.
O que é que se passou na realidade?
O Osservatore Romano, jornal oficioso do Vaticano, publicou, no passado dia 9 de Março, uma peça do jornalista Nicola Gori, com o título "As Novas Formas do Pecado Social", a partir de uma entrevista com mons. Gianfranco Girotti, bispo do tribunal da Penitenciária Apostólica, organismo da Santa Sé.
Nicola Gori perguntou ao bispo quais eram os novos pecados em tempos de globalização. Mons. Girotti, depois de lembrar que o pecado "é sempre a violação da aliança com Deus e os irmãos", respondeu que há várias áreas dentro das quais deparamos hoje com atitudes pecaminosas referentes aos direitos individuais e sociais.
E enumerou-as: "Antes de mais, a área da bioética, dentro da qual não podemos não denunciar algumas violações dos direitos fundamentais da natureza humana, através de experiências, manipulações genéticas, cujos êxitos são difíceis de vislumbrar e ter sob controlo. Outra área, propriamente social, é a área da droga, com a qual a psique enfraquece e se obscurece a inteligência, deixando muitos jovens fora do circuito eclesial. Mais: a área das desigualdades sociais e económicas, nas quais os mais pobres se tornam cada vez mais pobres e os ricos cada vez mais ricos, alimentando uma injustiça social insustentável. E a área da ecologia, que reveste actualmente um interesse relevante."
Foi a partir daqui que houve quem pretendesse poder elaborar uma lista de novos sete pecados capitais, segundo esta denominação ou semelhante: as violações genéticas; as experiências moralmente discutíveis, como a investigação em células estaminais embrionárias; a toxicodependência; a contaminação do meio ambiente; contribuir para cavar mais fundo o abismo entre os ricos e os pobres; a riqueza excessiva; gerar pobreza.
Embora a lista não exista enquanto tal, é necessário reconhecer que se não pode de modo nenhum ignorar que estas quatro áreas - a área biológica, com as violações genéticas; a área ecológica, com a poluição ambiental; a área da droga, com o risco da toxicodependência; a área das desigualdades sociais, com desequilíbrios socioeconómicos que bradam aos céus - são domínios nos quais existe o perigo real de ferir gravemente a dignidade humana e, nesse sentido, para os crentes, violar a aliança com Deus, pecando.
O que é, de facto, o pecado? Mais uma vez, segundo o catecismo, é a transgressão voluntária da Lei de Deus. Mas, aqui, é preciso perguntar: algo é bom porque Deus o manda ou Deus manda-o porque é bom para o ser humano? Algo é mau porque Deus o proíbe ou proíbe-o porque é mau para o ser humano?
O crente reflexivo sabe da autonomia moral e, assim, sabe que só é proibido por Deus o que prejudica o ser humano e só é mandado o que o dignifica e engrandece. O critério dos mandamentos de Deus é o Homem vivo e a sua realização.
Assim, no quadro da ética do cuidado e do princípio da precaução, quem não verá a urgência de reflectir sobre novas situações pecaminosas, como violações genéticas, poluição ecológica, toxicodependência, um mundo estruturalmente injusto?
Anselmo Borges
Durante as festas pascais, não houve jornal, rádio ou televisão que não tenha referido uma nova lista a juntar à antiga. Devo confessar que esse interesse me causou algum espanto, tendo mesmo sido tentado a pensar que poderia haver quem subtilmente, lá no íntimo, imaginasse que talvez o Vaticano tivesse descoberto alguma nova oportunidade interessante para transgredir e pecar. Ah, aquele pedido: Oh God, make me good, but not yet!
Tratou-se de um equívoco, pois o Vaticano não publicou propriamente um decreto com uma nova lista de pecados capitais. Mas, por outro lado, na base do alarido, está uma chamada de atenção para questões complexas e graves que não podem de modo nenhum passar despercebidas.
O que é que se passou na realidade?
O Osservatore Romano, jornal oficioso do Vaticano, publicou, no passado dia 9 de Março, uma peça do jornalista Nicola Gori, com o título "As Novas Formas do Pecado Social", a partir de uma entrevista com mons. Gianfranco Girotti, bispo do tribunal da Penitenciária Apostólica, organismo da Santa Sé.
Nicola Gori perguntou ao bispo quais eram os novos pecados em tempos de globalização. Mons. Girotti, depois de lembrar que o pecado "é sempre a violação da aliança com Deus e os irmãos", respondeu que há várias áreas dentro das quais deparamos hoje com atitudes pecaminosas referentes aos direitos individuais e sociais.
E enumerou-as: "Antes de mais, a área da bioética, dentro da qual não podemos não denunciar algumas violações dos direitos fundamentais da natureza humana, através de experiências, manipulações genéticas, cujos êxitos são difíceis de vislumbrar e ter sob controlo. Outra área, propriamente social, é a área da droga, com a qual a psique enfraquece e se obscurece a inteligência, deixando muitos jovens fora do circuito eclesial. Mais: a área das desigualdades sociais e económicas, nas quais os mais pobres se tornam cada vez mais pobres e os ricos cada vez mais ricos, alimentando uma injustiça social insustentável. E a área da ecologia, que reveste actualmente um interesse relevante."
Foi a partir daqui que houve quem pretendesse poder elaborar uma lista de novos sete pecados capitais, segundo esta denominação ou semelhante: as violações genéticas; as experiências moralmente discutíveis, como a investigação em células estaminais embrionárias; a toxicodependência; a contaminação do meio ambiente; contribuir para cavar mais fundo o abismo entre os ricos e os pobres; a riqueza excessiva; gerar pobreza.
Embora a lista não exista enquanto tal, é necessário reconhecer que se não pode de modo nenhum ignorar que estas quatro áreas - a área biológica, com as violações genéticas; a área ecológica, com a poluição ambiental; a área da droga, com o risco da toxicodependência; a área das desigualdades sociais, com desequilíbrios socioeconómicos que bradam aos céus - são domínios nos quais existe o perigo real de ferir gravemente a dignidade humana e, nesse sentido, para os crentes, violar a aliança com Deus, pecando.
O que é, de facto, o pecado? Mais uma vez, segundo o catecismo, é a transgressão voluntária da Lei de Deus. Mas, aqui, é preciso perguntar: algo é bom porque Deus o manda ou Deus manda-o porque é bom para o ser humano? Algo é mau porque Deus o proíbe ou proíbe-o porque é mau para o ser humano?
O crente reflexivo sabe da autonomia moral e, assim, sabe que só é proibido por Deus o que prejudica o ser humano e só é mandado o que o dignifica e engrandece. O critério dos mandamentos de Deus é o Homem vivo e a sua realização.
Assim, no quadro da ética do cuidado e do princípio da precaução, quem não verá a urgência de reflectir sobre novas situações pecaminosas, como violações genéticas, poluição ecológica, toxicodependência, um mundo estruturalmente injusto?
Anselmo Borges
sexta-feira, 28 de março de 2008
Discriminação Racial
Termina hoje a Semana de Solidariedade com os Povos em luta contra o Racismo e a Discriminação Racial. Passou a semana sem que déssemos conta dela voltada para esta temática. E no entanto, ninguém de bom senso nega a pertinência do assunto.
Penso, contudo, que essa solidariedade não pode circunscrever-se a uma semana, das 52 que tem o ano. A luta, actuante e firme, tem de ser durante todos os dias do ano e de todos os anos. O racismo não é doença morta. O racismo é de todos os tempos e de todos os povos e raças. Uns mais do que outros, é certo. Ligado a ele está a discriminação social, que humilha quem é diferente, na cor da pele, na religião, na etnia, na nacionalidade…
Ao contrário do que muita gente supõe, há entre nós, portugueses, quem seja racista e xenófobo. Quantas vezes tenho ouvido e sentido palavras e gestos desses comportamentos de gente normal. Gente que fala comigo e que se mostra, até, cheia de razão. Isto significa que, no dia-a-dia, haverá sempre motivos para nos solidarizarmos com quem sofre a discriminação racial.
FM
Penso, contudo, que essa solidariedade não pode circunscrever-se a uma semana, das 52 que tem o ano. A luta, actuante e firme, tem de ser durante todos os dias do ano e de todos os anos. O racismo não é doença morta. O racismo é de todos os tempos e de todos os povos e raças. Uns mais do que outros, é certo. Ligado a ele está a discriminação social, que humilha quem é diferente, na cor da pele, na religião, na etnia, na nacionalidade…
Ao contrário do que muita gente supõe, há entre nós, portugueses, quem seja racista e xenófobo. Quantas vezes tenho ouvido e sentido palavras e gestos desses comportamentos de gente normal. Gente que fala comigo e que se mostra, até, cheia de razão. Isto significa que, no dia-a-dia, haverá sempre motivos para nos solidarizarmos com quem sofre a discriminação racial.
FM
GAFANHA DA NAZARÉ - Centro Cultural vai entrar em obras
Por iniciativa da Câmara de Ílhavo, o Centro Cultural da Gafanha da Nazaré vai entrar em obras, ainda este ano, como anunciou a Rádio Terra Nova. Esta obra insere-se num projecto mais alargado daquela autarquia, que visa dotar o concelho de mais e melhores equipamentos culturais. Espera-se, agora, que os arquitectos e outros técnicos sejam mais felizes na concepção de um espaço que proporcione um mais amplo conjunto de actividades culturais, oferendo funcionalidades e comodidades a quem o frequenta.
A ÁRVORE E A FLORESTA
Sem qualquer suporte científico, verifico que, quando alguém procede à leitura de um jornal ou revista, tem uma curiosidade, quase inata, em procurar as “frases do dia”, da “semana”, ou do “mês”, que mais não são do que uma pequeníssima parte retirada de um assunto mais amplo, vasto e profundo.
Porém, não vejo, nestes comportamentos (nem a tal me atreveria), qualquer aspecto mais ou menos positivo que possa prejudicar ou ajudar, séria e eficazmente, quem tem este costume de leituras. Creio é que é preciso ir mais longe!
Não deixa, no entanto, de ser um hábito e, provavelmente, uma necessidade para muitos leitores, funcionando como um bálsamo e um revigorador espiritual, cujo efeito é o da pessoa sentir que não está só no mundo – num mundo em que todos os assuntos podem fazer parte das ditas frases – e em que há sempre alguém que está com ela, que a compreende e conforta, mesmo não a conhecendo.
Procura-se, mesmo, decorar aquela(s) frase(s) que mais nos aconchegam, para as transmitir, o mais fiel possível, aos outros. Tudo soa a boa nova: os diagnósticos, finalmente, foram feitos e as soluções, para muitos problemas, já foram encontradas.
Quase tudo é possível lá caber, pelo que, cada frase, parece ter sido feita mesmo à medida das necessidades de quem a lê.
Todas as nossas críticas, desejos, insatisfações, expectativas, e provavelmente muito mais, estão lá! Parece haver algo mágico em tudo isto!
Assim, não é de admirar que surjam, através destas leituras, sentimentos, mais ou menos generalizados, em alguns leitores, de que alguém já encontrou a fonte milagrosa da cura, a panaceia para todas as dificuldades e – muito melhor, se tal for possível – alguém já é capaz de ser o centro de um unanimismo sagrado, capaz de resolver, de uma vez por todas, os males que possam afectar e afligir a vida de cada um.
Bem sei que pode haver alguma dimensão caricatural nestas palavras, mas também reconheço que a verdade possível de cada realidade vai, e tem mesmo que ir muito, para além de frases ou fórmulas feitas, sejam elas do “dia”, da “semana” ou do “mês”.
Se assim não for, tem-se o caminho aberto para a cultura da demagogia, das promessas fáceis e para a manipulação pessoal e colectiva, ainda que possa não ser essa a intenção do ou dos seus autores.
O sentido crítico da pessoa tende a desaparecer, e nada mais se questiona, pelo que a intolerância instala-se, sem se dar por isso. Já não é preciso acreditar em mais nada!
Claro que não se trata de pôr tudo em dúvida, (era o que mais faltava) muito menos de querer (como se eu tivesse algum poder para tal) em contribuir para uma sociedade paralisante e asfixiante.
Trata-se, isso sim, de lembrar que é preciso, é mesmo muito urgente e necessário, ir para além das palavras enlatadas, que nos tendem a servir, com a melhor das intenções.
Assim como a crítica, as divergências de opinião, os confrontos de ideias, sérios e leais, entre outros exemplos, fazem parte, integrante e indispensável, da continua construção de uma cidadania de verdade, com direitos e deveres para todos, lembro o que Fernando Pessoa escreveu: “O mundo, à falta de verdades, está cheio de opiniões.”
Na sua sabedoria proverbial e ancestral, o povo diz que “de boas intenções está o inferno cheio”. Desejo, humildemente, dizer a este mesmo povo que, ao continuar a ler as tais frases “emolduradas”, não se esqueça que é mais fácil dar uma opinião do que procurar o bem e a verdade, em nome de todos, numa atitude de compromisso assumido e transparente.
Vítor Amorim
MOVIMENTO ESPERANÇA PORTUGAL
Ângelo Ferreira, responsável distrital pelo novo Movimento Esperança Portugal:
«Há clubismo na defesa dos partidos»
O partido que vier a ser criado com base no Movimento Esperança Portugal (MEP), recentemente constituído, poderá vir a concorrer às próximas eleições autárquicas em Aveiro. Em entrevista ao Diário de Aveiro e Aveiro FM, Ângelo Ferreira, um dos fundadores do MEP, adiantou que não exclui a hipótese de o grupo avançar com uma candidatura. «A situação política no seu todo não parece mobilizar muito as pessoas, os melhores recursos, as melhores disponibilidades, as melhores capacidades», diz o ex-presidente da Associação Académica da Universidade de Aveiro, de 38 anos, prometendo um novo discurso político feito por «cidadãos comuns» e não por «estrelas ou vultos conhecidos»
Pode ler a entrevista no Diário de Aveiro de hoje
quinta-feira, 27 de março de 2008
Lição de Dalai Lama
O líder espiritual do Tibete, Dalai Lama, já se manifestou contra o boicote aos Jogos Olímpicos, que vão decorrer em Pequim, na China, ainda este ano. E sobre o seu país, defende a autonomia democrática dentro da grande China.
Como pacifista, não podia aceitar nem seguir outra posição que não seja o diálogo, que a China rejeita. Como rejeita a liberdade, os direitos humanos e a democracia. Porque a guerra nunca leva a parte nenhuma, pode ser que os Jogos Olímpicos, com a mediatização que eles proporcionam e com o exemplo de fraternidade que estimulam, levem os dirigentes chineses a abrir as portas aos valores seguidos pelos homens e mulheres livres. Entretanto, Dalai Lama não desarma, ensinando que a paz se constrói com a paz. Da guerra só sabemos e bem que deixa marcas que o tempo nunca apagará.
Como pacifista, não podia aceitar nem seguir outra posição que não seja o diálogo, que a China rejeita. Como rejeita a liberdade, os direitos humanos e a democracia. Porque a guerra nunca leva a parte nenhuma, pode ser que os Jogos Olímpicos, com a mediatização que eles proporcionam e com o exemplo de fraternidade que estimulam, levem os dirigentes chineses a abrir as portas aos valores seguidos pelos homens e mulheres livres. Entretanto, Dalai Lama não desarma, ensinando que a paz se constrói com a paz. Da guerra só sabemos e bem que deixa marcas que o tempo nunca apagará.
FM
A Bíblia: entre culto e cultura
OUSAMOS SABER
Qual o livro bíblico que escolheria e porquê?
Armando Silva Carvalho, Poeta: O Livro de Job. Por razões muito pessoais da minha vida. Sobretudo isso. Sempre que o leio, Job ajuda-me a encontrar uma possibilidade de resistir.
Assunção Cristas, Professora Universitária: Escolheria o Livro dos Salmos, porque é poesia na Bíblia, na Revelação, e eu gosto disso. Porque está ligada à oração de Jesus e permite-nos partilhar a oração que foi a Dele.
Leia mais em "Observatório"
PRESSÃO CÍVICA PARA CORRIGIR OS PREÇOS
Está decidido que o IVA vai baixar, em Julho, 1%. Esquecendo a contradição do primeiro-ministro, porque não há ninguém que não se engane, vamos admitir que é muito boa esta descida. Será? Para já, não vai incidir sobre o que mais mexe com a bolsa do consumidor: o que se come no dia-a-dia. Depois, no meio de tantas subidas, em Julho, ninguém vai dar pela descida. E nada, tenho cá um palpite, vai passar a custar menos. Dou mesmo um doce a quem me provar o contrário. As empresas, essas sim, fazendo-se esquecidas, talvez acabem por ganhar uns euritos. E de eurito em eurito enche a galinha o papo. Estarei enganado?
Contudo, segundo o Público, “O ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, avisou hoje que serão reforçados os mecanismos de vigilância para que a descida do IVA tenha consequências benéficas junto dos consumidores, mas apelou também à pressão cívica para que os preços sejam corrigidos”.
Cá para mim, se a ASAE (Autoridade de Segurança Alimentar e Económica) se meter no assunto, com a eficiência com que tem trabalhado, talvez os consumidores venham a beneficiar. A ver vamos, como diz o cego.
FM
Na Linha Da Utopia
GERAÇÃO SUSPENSA?
1. São diversificadas as atribuições aplicadas às novas gerações. Desde os anos 60 (Maio de 68), com o emergir da «juventude» como grupo social, uma multiplicidade de nomenclaturas, umas mais felizes que outras, procuram na actualidade de cada tempo compreender as mentalidades mais jovens. Habitualmente essas atribuições trazem consigo um sabor a injustiça, mas também um pouco de verdade. Injustiça porque a geração que se dá ao luxo de qualificar os vindouros é a geração que lhe está todos os dias a dar (ou não dar) a formação cultural, os desejados valores referenciais e educativos para uma vida repleta de dignidade e autêntica liberdade responsável. Um pouco de verdade, pois, muito acima da “vitimização” sempre mais cómoda (de que as causas de todos os males vêm de trás…), haverá que olhar “olhos nos olhos” das juventudes contemporâneas e gerar climas de absoluta co-responsabilidade sócio-educativa, cívica, dignificante e mesmo ecológica, no esforço de todos, comunidade, caminharmos no aperfeiçoamento daquilo que está aquém do ideal (hoje) ético global.
2. Quem não se lembra do debate levantado há anos quando, diante de manifestações estudantis ao rubro, Vicente Jorge Silva, do então jornal Público, lançou o polémico epíteto «Geração rasca»? Do mesmo modo não podemos ser indiferentes à recente qualificação «Geração em saldo» da revista Visão, referindo-se nomeadamente às dezenas milhares de jovens licenciados que vivem precariamente, no desemprego, ou, quando muito, a recibos verdes. A par de todas estas realidades dolorosas, assistimos a um certo “beco sem saída”, ou melhor, em que a saída é mesmo “sair”, até de Portugal, num novo êxodo de emigração para os mais próximos países europeus ou para países de língua portuguesa. Falta-nos mais sermos cá dentro a energia que temos lá fora! Ainda, hoje, é uma multidão incontável de casais novos (e muita da geração dos 30 anos) que vive “às custas” de seus pais ou fazem dos avós os verdadeiros pais (quando há trabalho) num desenraizamento crescente da essencial ligação paterna.
3. Tempos de profunda transformação, onde, a par do domínio excelente e inédito das tecnologias e de múltiplos conhecimentos, as novas gerações vão reaprendendo todos os dias a conviver com o drama e a ansiedade da incerteza quanto a quase-tudo: incerteza no trabalho, nos juros bancários, no aumento dos preços (de bens tão básicos como pão, leite, combustíveis, água), na própria vida afectiva e conjugal onde, infelizmente, os chamados “valores da família” foram quase retirados para a periferia. Vermos muita da gente das novas gerações a viver a incerteza e o desencanto desta fronteira faz com que o próprio futuro apareça como que “suspenso”… Talvez no meio de todas as incertezas e instabilidades o tempo actual precise mesmo do regresso à comunidade primordial dos afectos, a família. Esta pode ser garantia de serenidade, conforto e paz, mesmo nas turbulências da vida. Mas haverá vontade de enfrentar, problematizar e reflectir estas questões? Qual o lugar dos referenciais modelo, para termos onde “pousar”? Ou estamos mesmo a transferir tudo para uma subjectividade do “cada um é que sabe”, conduzindo a história, o pensamento e a acção, como se fôssemos «gerações indiferentes»? Será esta a qualificação do nosso presente daqui a meio século? A inquietude é sempre dos passos decisivos ao brotar da nova consciência de pertença.
Alexandre Cruz
1. São diversificadas as atribuições aplicadas às novas gerações. Desde os anos 60 (Maio de 68), com o emergir da «juventude» como grupo social, uma multiplicidade de nomenclaturas, umas mais felizes que outras, procuram na actualidade de cada tempo compreender as mentalidades mais jovens. Habitualmente essas atribuições trazem consigo um sabor a injustiça, mas também um pouco de verdade. Injustiça porque a geração que se dá ao luxo de qualificar os vindouros é a geração que lhe está todos os dias a dar (ou não dar) a formação cultural, os desejados valores referenciais e educativos para uma vida repleta de dignidade e autêntica liberdade responsável. Um pouco de verdade, pois, muito acima da “vitimização” sempre mais cómoda (de que as causas de todos os males vêm de trás…), haverá que olhar “olhos nos olhos” das juventudes contemporâneas e gerar climas de absoluta co-responsabilidade sócio-educativa, cívica, dignificante e mesmo ecológica, no esforço de todos, comunidade, caminharmos no aperfeiçoamento daquilo que está aquém do ideal (hoje) ético global.
2. Quem não se lembra do debate levantado há anos quando, diante de manifestações estudantis ao rubro, Vicente Jorge Silva, do então jornal Público, lançou o polémico epíteto «Geração rasca»? Do mesmo modo não podemos ser indiferentes à recente qualificação «Geração em saldo» da revista Visão, referindo-se nomeadamente às dezenas milhares de jovens licenciados que vivem precariamente, no desemprego, ou, quando muito, a recibos verdes. A par de todas estas realidades dolorosas, assistimos a um certo “beco sem saída”, ou melhor, em que a saída é mesmo “sair”, até de Portugal, num novo êxodo de emigração para os mais próximos países europeus ou para países de língua portuguesa. Falta-nos mais sermos cá dentro a energia que temos lá fora! Ainda, hoje, é uma multidão incontável de casais novos (e muita da geração dos 30 anos) que vive “às custas” de seus pais ou fazem dos avós os verdadeiros pais (quando há trabalho) num desenraizamento crescente da essencial ligação paterna.
3. Tempos de profunda transformação, onde, a par do domínio excelente e inédito das tecnologias e de múltiplos conhecimentos, as novas gerações vão reaprendendo todos os dias a conviver com o drama e a ansiedade da incerteza quanto a quase-tudo: incerteza no trabalho, nos juros bancários, no aumento dos preços (de bens tão básicos como pão, leite, combustíveis, água), na própria vida afectiva e conjugal onde, infelizmente, os chamados “valores da família” foram quase retirados para a periferia. Vermos muita da gente das novas gerações a viver a incerteza e o desencanto desta fronteira faz com que o próprio futuro apareça como que “suspenso”… Talvez no meio de todas as incertezas e instabilidades o tempo actual precise mesmo do regresso à comunidade primordial dos afectos, a família. Esta pode ser garantia de serenidade, conforto e paz, mesmo nas turbulências da vida. Mas haverá vontade de enfrentar, problematizar e reflectir estas questões? Qual o lugar dos referenciais modelo, para termos onde “pousar”? Ou estamos mesmo a transferir tudo para uma subjectividade do “cada um é que sabe”, conduzindo a história, o pensamento e a acção, como se fôssemos «gerações indiferentes»? Será esta a qualificação do nosso presente daqui a meio século? A inquietude é sempre dos passos decisivos ao brotar da nova consciência de pertença.
Alexandre Cruz
ÉTICA NOS NEGÓCIOS
“Todos os homens têm direito
ao pão para a boca
e à verdade para o espírito”
Vitorino Nemésio
Utopia ou Cidadania?
Não sendo economista e não podendo recorrer a Jesus Cristo, que, no dizer de Fernando Pessoa, “não sabia nada de finanças”, apelei à minha memória e recordei-me de uma entrevista que o Presidente da Galp, Eng.º Ferreira de Oliveira, deu, no dia 17 de Janeiro de 2008, à jornalista da RTP1, Judite de Sousa, no programa “Grande Entrevista”.
O Eng.º Ferreira de Oliveira é considerado um dos maiores especialistas nacionais na área das energias, designadamente no sector petrolífero, pelo que as suas palavras não têm um significado nem uma dimensão quaisquer. Bem pelo contrário.
Na entrevista, Judite de Sousa coloca ao Eng.º Ferreira de Oliveira a seguinte questão: “O que determina que o preço do barril de petróleo tenha atingido, nas últimas semanas, os 100 dólares? Há razões para isso?”
A resposta foi imediata: “…no substancial, nada determina um preço a esse nível. Era possível à indústria petrolífera, como um todo, estar a pôr no mercado o petróleo a 40 ou 50 dólares!”, para logo acrescentar:”“Se eu tivesse que fazer uma projecção, diria que, em 2008, vamos ter o preço do petróleo a cair para os 70 ou 75 dólares o barril!” (sic).
Estamos, é certo, em finais de Março, mas infelizmente, até agora, as suas projecções ainda não se concretizaram (ontem, dia 26, o petróleo chegou, em Londres, aos 103,32 dólares o barril) e os “porquês” que daqui imergem são vários e pertinentes.
Terão sido afirmações levianas, precipitadas, demasiadamente optimistas ou foi ignorado algum aspecto importante capaz, só por si, de condicionar o preço do chamado “ouro-negro”?
Desde os impostos, aos custos de produção, transportes, prémios de seguro de risco, passando pelas instabilidades políticas e conflitos armados, que surgem um pouco por todo o mundo, nada ficou de fora, para aquele cálculo, mas, mesmo assim, o preço não dá sinais de descer.
Resta-me, pois, concluir que, neste tipo de negócio, para não falar já de outros, a realidade estará sempre a ser ultrapassada por decisões enigmáticas e por interesses obscuros, onde prevalece a especulação e a corrupção sem rosto, sem pátria e sem fronteiras.
Alguns estudiosos árabes já referem que o negócio do petróleo se está a transformar, cada vez mais, numa “maldição para os próprios países árabes”, devido aos elevados níveis de corrupção e de especulação que tem gerado à sua volta. Ainda por cima, referem que, em muitos países produtores de petróleo, o seu “desenvolvimento é superficial e artificial”, podendo vir a traduzir-se em custos elevados, daqui a alguns anos, para todo o mundo, nomeadamente o mundo Ocidental, que irá ter que os ajudar!
Podem até as projecções do Presidente da Galp concretizarem-se, mas elas já são um indicador claro que a realidade, neste negócio, é a que alguns querem que ela seja num dado momento e a verdade é uma ilusão que se vende na base da mentira, da injustiça e da manipulação.
No meio de todos estes interesses “subterrâneos”, está o cidadão comum que, como eu, vai vendo que ninguém tem capacidade para o esclarecer, minimamente, dos “porquês” deste negócio. Será possível a alguém ser feliz quando só lhe resta pagar e calar?
Como é possível acreditar, assim, num mundo concorrencial, é certo, mas também mais livre e justo?
Vítor Amorim
Não sendo economista e não podendo recorrer a Jesus Cristo, que, no dizer de Fernando Pessoa, “não sabia nada de finanças”, apelei à minha memória e recordei-me de uma entrevista que o Presidente da Galp, Eng.º Ferreira de Oliveira, deu, no dia 17 de Janeiro de 2008, à jornalista da RTP1, Judite de Sousa, no programa “Grande Entrevista”.
O Eng.º Ferreira de Oliveira é considerado um dos maiores especialistas nacionais na área das energias, designadamente no sector petrolífero, pelo que as suas palavras não têm um significado nem uma dimensão quaisquer. Bem pelo contrário.
Na entrevista, Judite de Sousa coloca ao Eng.º Ferreira de Oliveira a seguinte questão: “O que determina que o preço do barril de petróleo tenha atingido, nas últimas semanas, os 100 dólares? Há razões para isso?”
A resposta foi imediata: “…no substancial, nada determina um preço a esse nível. Era possível à indústria petrolífera, como um todo, estar a pôr no mercado o petróleo a 40 ou 50 dólares!”, para logo acrescentar:”“Se eu tivesse que fazer uma projecção, diria que, em 2008, vamos ter o preço do petróleo a cair para os 70 ou 75 dólares o barril!” (sic).
Estamos, é certo, em finais de Março, mas infelizmente, até agora, as suas projecções ainda não se concretizaram (ontem, dia 26, o petróleo chegou, em Londres, aos 103,32 dólares o barril) e os “porquês” que daqui imergem são vários e pertinentes.
Terão sido afirmações levianas, precipitadas, demasiadamente optimistas ou foi ignorado algum aspecto importante capaz, só por si, de condicionar o preço do chamado “ouro-negro”?
Desde os impostos, aos custos de produção, transportes, prémios de seguro de risco, passando pelas instabilidades políticas e conflitos armados, que surgem um pouco por todo o mundo, nada ficou de fora, para aquele cálculo, mas, mesmo assim, o preço não dá sinais de descer.
Resta-me, pois, concluir que, neste tipo de negócio, para não falar já de outros, a realidade estará sempre a ser ultrapassada por decisões enigmáticas e por interesses obscuros, onde prevalece a especulação e a corrupção sem rosto, sem pátria e sem fronteiras.
Alguns estudiosos árabes já referem que o negócio do petróleo se está a transformar, cada vez mais, numa “maldição para os próprios países árabes”, devido aos elevados níveis de corrupção e de especulação que tem gerado à sua volta. Ainda por cima, referem que, em muitos países produtores de petróleo, o seu “desenvolvimento é superficial e artificial”, podendo vir a traduzir-se em custos elevados, daqui a alguns anos, para todo o mundo, nomeadamente o mundo Ocidental, que irá ter que os ajudar!
Podem até as projecções do Presidente da Galp concretizarem-se, mas elas já são um indicador claro que a realidade, neste negócio, é a que alguns querem que ela seja num dado momento e a verdade é uma ilusão que se vende na base da mentira, da injustiça e da manipulação.
No meio de todos estes interesses “subterrâneos”, está o cidadão comum que, como eu, vai vendo que ninguém tem capacidade para o esclarecer, minimamente, dos “porquês” deste negócio. Será possível a alguém ser feliz quando só lhe resta pagar e calar?
Como é possível acreditar, assim, num mundo concorrencial, é certo, mas também mais livre e justo?
Vítor Amorim
quarta-feira, 26 de março de 2008
IVA desce 1%
Ontem, uma boa nova do Governo garantia que a crise orçamental estava ultrapassada. A nova encontrou eco aqui, o que me levou a recordar que talvez agora não fosse necessário apertar tanto o cinto. E acrescentei que ficaria à espera de que isso se reflectisse na bolsa dos mais desfavorecidos. Admiti, então, que daqui a uns tempos haveria uma descida estratégica dos impostos, talvez nas vésperas das eleições legislativas, como é normal.
O Governo, contudo, prometeu hoje que o IVA iria descer 1%, lá para Julho. O mesmo Governo que há dias jurou que era “leviano e irresponsável" falar em baixar impostos, face ao estado das finanças públicas. Criticava, por esta forma, a proposta do líder do PSD, Luís Filipe Menezes, da necessidade de baixar os impostos. Confesso que fiquei baralhado. E ainda me não recompus!
Na Linha Da Utopia
QUANDO NÃO SE DEVE REPETIR…
1. Sabemos todos das fronteiras da sociedade da informação. Implacável nos seus efeitos modeladores da vida pessoal e social. Com imensas virtudes e potencialidades, mas com contra-valores que por vezes desdizem a sua própria missão. Criam deuses e derrubam regimes; abrem novas vias de sociedade plural mas, mesmo em contextos de liberdade de informação, é ténue e delicada a “linha” entre o que é legalmente permitido e o que eticamente obriga ao discernimento e à contenção. O caso repetido continuamente nas notícias da “corajosa” estudante de telemóvel na sala de aula e da “temerária” e esmagada professora subjugada pela turma ridente, é uma das imagens que merecia um crivo pedagógico, não que viesse de fora como imposição mas fazendo parte da própria função socioeducativa das comunicações sociais. É naturalmente difícil esse consenso em apostarmos todos naquilo que, sem escamotear verdades inconvenientes, pode melhor criar formas de ser e estar em comunidade. Ninguém sabe os impactos (subjectivos) nestes dias das imagens de deseducação escolar; mas ninguém duvida que elas acabam por ser mais uma “acha” para um quadro de referência social e educativo já bem ateado.
2. As repetições sensacionalistas até ao excesso têm efeitos generalizantes e geram consequências contraditórias com o que se quer transmitir. As necessárias éticas da informação e comunicação, no meio das suas sempre ténues fronteiras de uma área concorrencial ao limite, não se podem deixar seduzir com o que o povo gosta ou com o que facilmente tem auditório. Tantas vezes, como neste caso da violência na escola, ao denunciar os males existentes acaba-se por divulgar e multiplicar esse mesmo mal. É uma pergunta delicada mas, pelas dificuldades do diálogo de gerações e numa certa indiferença dos valores onde “tanto faz” quem respeita quem, quantos estudantes da idade turbulenta vão despertando exacerbadamente para os seus direitos (de “passar de ano”) esquecendo-se dos seus deveres de pessoa, aluno, cidadão… Nesta cadeia de relacionamentos, o elo mais fraco tem merecido novamente uma exposição desmesurada e desautorizante: a professora/os professores; enquanto que o recriado sentido corporativo dos alunos vai abrindo os olhos para os seus “galões” da liberdade interminável de que são a razão de ser da escola.
3. Ainda assim esta sedutora casuística, não é verdade que este seja o quadro generalizado das escolas, e o pior que pode acontecer é a repetição caótica do mesmo “caso” que dá a sensação de estar tudo perdido. Neste contexto, também como actor da “cidade educadora”, as comunicações sociais, sendo-lhes permitido, como “ética” nem sempre devem repetir e repetir tudo o que conhecem. Ou já não há margem para isto, e o que conta é o que se quer fazer passar, esquecendo-se e promovendo deformação que se critica?
Alexandre Cruz
PASSAGEM
Nada mais lógico do que a grande festa cristã ser a festa da Passagem. Esta é a marca da nossa existência, uma passagem, em que aquilo que importa é não esquecer que não se fica indefinidamente no mesmo lugar, por mais que o homem sonhe com elixires da imortalidade.
Tomámos este ritmo da Natureza, a mesma que com as suas estações e ciclos lunares marca o calendário das celebrações pascais, este ano mais cedo do que algum de nós irá um dia voltar a ver.
Aprender que o mais importante é passar e não ficar é uma lição dura, que nem sempre estamos dispostos a receber. Percebemo-lo nos mais variados campos, da política à economia, do desporto à religião: é grande a tentação de pensar que não há um fim para o tempo em que se está, como se a vida não fosse, acima de tudo, tempo que passa. E depressa.
Páscoa é, afinal, o condensar da nossa existência: chegar e partir, sempre de novo, num percurso que, para a fé, leva o ser humano rumo ao esplendor da luz que não se apaga.
Inevitavelmente, a Páscoa recorda o núcleo da fé cristã: Cristo morreu e ressuscitou. Uma passagem singular, que marcou a história da humanidade, e que a Igreja apresenta a cada um como o seu caminho, o sentido da existência. Mais do que procurar elaborações complicadas do seu quadro de convicções ou de, supostamente, elaborar listas com novos pecados, procura, com a preparação e a celebração da festa da passagem, centrar-se no que é essencial sobre a vida do homem e sobre a eternidade.
A preocupação com o essencial, a transmissão da fé, foi também a marca do último triénio de trabalho da Conferência Episcopal Portuguesa, que agora chega ao fim. Os novos caminhos, com a preocupação de adaptação aos tempos actuais, respondem, então, a esta necessidade de passagem, fazendo chegar à sociedade pós-moderna os critérios cristãos de leitura da realidade que a Igreja tem para oferecer.
É caso para dizer que, também neste caso, não há nada mais lógico do que a Igreja em Portugal querer falar daquilo que tem mais importância: a vida, a obra e a mensagem de Jesus. Porque há muitos que ainda não se aperceberam, por distracção ou por ingenuidade, de que só estão cá de passagem.
Octávio Carmo
O Papa defende «verdade histórica» da Ressurreição
“A Igreja proclama alegremente que Cristo ressuscitado tem o poder de mudar as vidas e de incidir uma nova luz na história humana. Hoje, tal como em todas as alturas, Cristo vem ao nosso encontro para permanecer no meio de nós com o seu poder salvífico”
Bento XVI
Bento XVI
A telenovela continua
Já vi, vezes sem conta, o vídeo da aluna em luta com a professora por causa do telemóvel. A notícia, vista, ouvida e lida, também já cansa. O que agora se diz nada acrescenta ao que já se sabe. Não seria melhor acabar com estas cenas? Ou não há mesmo mais nada para noticiar? Quem procura notícias, durante o dia, está condenado a ver e a ouvir, até à exaustão, sempre as mesmas imagens, com as informações já gastas.
Subscrever:
Mensagens (Atom)
-
Hoje foi dia de mexer em papelada antiga guardada numa pasta. Pela sua curiosidade, aqui fica cópia de um recorte com algumas dicas. Foi pub...
-
No meu sótão encontro sempre novidades. No meio do papelada e de livros, há sempre que ver e apreciar. Desta feita encontrei MOLICEIROS D...
-
Carlos Patoilo, da Gafanha da Nazaré, e Rafael Anjos, de Ílhavo, conheceram-se na Juventude de Schoenstatt e estudam na Universidade de Av...
Etiquetas
A Alegria do Amor
A. M. Pires Cabral
Abbé Pierre
Abel Resende
Abraham Lincoln
Abu Dhabi
Acácio Catarino
Adelino Aires
Adérito Tomé
Adília Lopes
Adolfo Roque
Adolfo Suárez
Adriano Miranda
Adriano Moreira
Afonso Henrique
Afonso Lopes Vieira
Afonso Reis Cabral
Afonso Rocha
Agostinho da Silva
Agustina Bessa-Luís
Aida Martins
Aida Viegas
Aires do Nascimento
Alan McFadyen
Albert Camus
Albert Einstein
Albert Schweitzer
Alberto Caeiro
Alberto Martins
Alberto Souto
Albufeira
Alçada Baptista
Alcobaça
Alda Casqueira
Aldeia da Luz
Aldeia Global
Alentejo
Alexander Bell
Alexander Von Humboldt
Alexandra Lucas Coelho
Alexandre Cruz
Alexandre Dumas
Alexandre Herculano
Alexandre Mello
Alexandre Nascimento
Alexandre O'Neill
Alexandre O’Neill
Alexandrina Cordeiro
Alfred de Vigny
Alfredo Ferreira da Silva
Algarve
Almada Negreiros
Almeida Garrett
Álvaro de Campos
Álvaro Garrido
Álvaro Guimarães
Álvaro Teixeira Lopes
Alves Barbosa
Alves Redol
Amadeu de Sousa
Amadeu Souza Cardoso
Amália Rodrigues
Amarante
Amaro Neves
Amazónia
Amélia Fernandes
América Latina
Amorosa Oliveira
Ana Arneira
Ana Dulce
Ana Luísa Amaral
Ana Maria Lopes
Ana Paula Vitorino
Ana Rita Ribau
Ana Sullivan
Ana Vicente
Ana Vidovic
Anabela Capucho
André Vieira
Andrea Riccardi
Andrea Wulf
Andreia Hall
Andrés Torres Queiruga
Ângelo Ribau
Ângelo Valente
Angola
Angra de Heroísmo
Angra do Heroísmo
Aníbal Sarabando Bola
Anselmo Borges
Antero de Quental
Anthony Bourdin
Antoni Gaudí
Antónia Rodrigues
António Francisco
António Marcelino
António Moiteiro
António Alçada Baptista
António Aleixo
António Amador
António Araújo
António Arnaut
António Arroio
António Augusto Afonso
António Barreto
António Campos Graça
António Capão
António Carneiro
António Christo
António Cirino
António Colaço
António Conceição
António Correia d’Oliveira
António Correia de Oliveira
António Costa
António Couto
António Damásio
António Feijó
António Feio
António Fernandes
António Ferreira Gomes
António Francisco
António Francisco dos Santos
António Franco Alexandre
António Gandarinho
António Gedeão
António Guerreiro
António Guterres
António José Seguro
António Lau
António Lobo Antunes
António Manuel Couto Viana
António Marcelino
António Marques da Silva
António Marto
António Marujo
António Mega Ferreira
António Moiteiro
António Morais
António Neves
António Nobre
António Pascoal
António Pinho
António Ramos Rosa
António Rego
António Rodrigues
António Santos
Antonio Tabucchi
António Vieira
António Vítor Carvalho
António Vitorino
Aquilino Ribeiro
Arada
Ares da Gafanha
Ares da Primavera
Ares de Festa
Ares de Inverno
Ares de Moçambique
Ares de Outono
Ares de Primavera
Ares de verão
ARES DO INVERNO
ARES DO OUTONO
Ares do Verão
Arestal
Arganil
Argentina
Argus
Ariel Álvarez
Aristides Sousa Mendes
Aristóteles
Armando Cravo
Armando Ferraz
Armando França
Armando Grilo
Armando Lourenço Martins
Armando Regala
Armando Tavares da Silva
Arménio Pires Dias
Arminda Ribau
Arrais Ançã
Artur Agostinho
Artur Ferreira Sardo
Artur Portela
Ary dos Santos
Ascêncio de Freitas
Augusto Gil
Augusto Lopes
Augusto Santos Silva
Augusto Semedo
Austen Ivereigh
Av. José Estêvão
Avanca
Aveiro
B.B. King
Babe
Babel
Baltasar Casqueira
Bárbara Cartagena
Bárbara Reis
Barra
Barra de Aveiro
Barra de Mira
Bartolomeu dos Mártires
Basílio de Oliveira
Beatriz Martins
Beatriz R. Antunes
Beijamim Mónica
Beira-Mar
Belinha
Belmiro de Azevedo
Belmiro Fernandes Pereira
Belmonte
Benjamin Franklin
Bento Domingues
Bento XVI
Bernardo Domingues
Bernardo Santareno
Bertrand
Bertrand Russell
Bestida
Betânia
Betty Friedan
Bin Laden
Bismarck
Boassas
Boavista
Boca da Barra
Bocaccio
Bocage
Braga da Cruz
Bragança-Miranda
Bratislava
Bruce Springsteen
Bruto da Costa
Bunheiro
Bussaco
Butão
Cabral do Nascimento
Camilo Castelo Branco
Cândido Teles
Cardeal Cardijn
Cardoso Ferreira
Carla Hilário de Almeida Quevedo
Carlos Alberto Pereira
Carlos Anastácio
Carlos Azevedo
Carlos Borrego
Carlos Candal
Carlos Coelho
Carlos Daniel
Carlos Drummond de Andrade
Carlos Duarte
Carlos Fiolhais
Carlos Isabel
Carlos João Correia
Carlos Matos
Carlos Mester
Carlos Nascimento
Carlos Nunes
Carlos Paião
Carlos Pinto Coelho
Carlos Rocha
Carlos Roeder
Carlos Sarabando Bola
Carlos Teixeira
Carmelitas
Carmelo de Aveiro
Carreira da Neves
Casimiro Madaíl
Castelo da Gafanha
Castelo de Pombal
Castro de Carvalhelhos
Catalunha
Catitinha
Cavaco Silva
Caves Aliança
Cecília Sacramento
Celso Santos
César Fernandes
Cesário Verde
Chaimite
Charles de Gaulle
Charles Dickens
Charlie Hebdo
Charlot
Chave
Chaves
Claudete Albino
Cláudia Ribau
Conceição Serrão
Confraria do Bacalhau
Confraria dos Ovos Moles
Confraria Gastronómica do Bacalhau
Confúcio
Congar
Conímbriga
Coreia do Norte
Coreia do Sul
Corvo
Costa Nova
Couto Esteves
Cristianísmo
Cristiano Ronaldo
Cristina Lopes
Cristo
Cristo Negro
Cristo Rei
Cristo Ressuscitado
D. Afonso Henriques
D. António Couto
D. António Francisco
D. António Francisco dos Santos
D. António Marcelino
D. António Moiteiro
D. Carlos Azevedo
D. Carlos I
D. Dinis
D. Duarte
D. Eurico Dias Nogueira
D. Hélder Câmara
D. João Evangelista
D. José Policarpo
D. Júlio Tavares Rebimbas
D. Manuel Clemente
D. Manuel de Almeida Trindade
D. Manuel II
D. Nuno
D. Trump
D.Nuno Álvares Pereira
Dalai Lama
Dalila Balekjian
Daniel Faria
Daniel Gonçalves
Daniel Jonas
Daniel Ortega
Daniel Rodrigues
Daniel Ruivo
Daniel Serrão
Daniela Leitão
Darwin
David Lopes Ramos
David Marçal
David Mourão-Ferreira
David Quammen
Del Bosque
Delacroix
Delmar Conde
Demóstenes
Arquivo do blogue
- 11/03 - 11/10 (10)
- 10/27 - 11/03 (13)
- 10/20 - 10/27 (7)
- 10/13 - 10/20 (8)
- 10/06 - 10/13 (14)
- 09/29 - 10/06 (6)
- 09/22 - 09/29 (6)
- 09/15 - 09/22 (12)
- 09/08 - 09/15 (11)
- 09/01 - 09/08 (7)
- 08/25 - 09/01 (3)
- 08/18 - 08/25 (10)
- 08/11 - 08/18 (4)
- 08/04 - 08/11 (1)
- 07/28 - 08/04 (6)
- 07/21 - 07/28 (5)
- 07/14 - 07/21 (10)
- 07/07 - 07/14 (7)
- 06/30 - 07/07 (6)
- 06/23 - 06/30 (4)
- 06/16 - 06/23 (9)
- 06/09 - 06/16 (11)
- 06/02 - 06/09 (13)
- 05/26 - 06/02 (9)
- 05/19 - 05/26 (7)
- 05/12 - 05/19 (4)
- 05/05 - 05/12 (5)
- 04/28 - 05/05 (6)
- 04/21 - 04/28 (13)
- 04/14 - 04/21 (9)
- 04/07 - 04/14 (7)
- 03/31 - 04/07 (6)
- 03/24 - 03/31 (5)
- 03/17 - 03/24 (15)
- 03/10 - 03/17 (12)
- 03/03 - 03/10 (14)
- 02/25 - 03/03 (10)
- 02/18 - 02/25 (10)
- 02/11 - 02/18 (7)
- 02/04 - 02/11 (10)
- 01/28 - 02/04 (7)
- 01/21 - 01/28 (20)
- 01/14 - 01/21 (15)
- 01/07 - 01/14 (9)
- 12/31 - 01/07 (14)
- 12/24 - 12/31 (9)
- 12/17 - 12/24 (11)
- 12/10 - 12/17 (10)
- 12/03 - 12/10 (11)
- 11/26 - 12/03 (14)
- 11/19 - 11/26 (14)
- 11/12 - 11/19 (16)
- 11/05 - 11/12 (12)
- 10/29 - 11/05 (18)
- 10/22 - 10/29 (19)
- 10/15 - 10/22 (19)
- 10/08 - 10/15 (8)
- 10/01 - 10/08 (11)
- 09/24 - 10/01 (6)
- 09/17 - 09/24 (8)
- 09/10 - 09/17 (12)
- 09/03 - 09/10 (10)
- 08/27 - 09/03 (7)
- 08/20 - 08/27 (8)
- 08/13 - 08/20 (9)
- 08/06 - 08/13 (4)
- 07/30 - 08/06 (15)
- 07/23 - 07/30 (7)
- 07/16 - 07/23 (11)
- 07/09 - 07/16 (12)
- 07/02 - 07/09 (11)
- 06/25 - 07/02 (13)
- 06/18 - 06/25 (11)
- 06/11 - 06/18 (8)
- 06/04 - 06/11 (13)
- 05/28 - 06/04 (6)
- 05/21 - 05/28 (13)
- 05/14 - 05/21 (12)
- 05/07 - 05/14 (16)
- 04/30 - 05/07 (18)
- 04/23 - 04/30 (18)
- 04/16 - 04/23 (16)
- 04/09 - 04/16 (15)
- 04/02 - 04/09 (14)
- 03/26 - 04/02 (12)
- 03/19 - 03/26 (12)
- 03/12 - 03/19 (12)
- 03/05 - 03/12 (13)
- 02/26 - 03/05 (12)
- 02/19 - 02/26 (11)
- 02/12 - 02/19 (20)
- 02/05 - 02/12 (7)
- 01/29 - 02/05 (17)
- 01/22 - 01/29 (13)
- 01/15 - 01/22 (15)
- 01/08 - 01/15 (9)
- 01/01 - 01/08 (12)
- 12/25 - 01/01 (10)
- 12/18 - 12/25 (12)
- 12/11 - 12/18 (10)
- 12/04 - 12/11 (17)
- 11/27 - 12/04 (17)
- 11/20 - 11/27 (14)
- 11/13 - 11/20 (15)
- 11/06 - 11/13 (16)
- 10/30 - 11/06 (13)
- 10/23 - 10/30 (20)
- 10/16 - 10/23 (16)
- 10/09 - 10/16 (13)
- 10/02 - 10/09 (14)
- 09/25 - 10/02 (18)
- 09/18 - 09/25 (11)
- 09/11 - 09/18 (11)
- 09/04 - 09/11 (10)
- 08/28 - 09/04 (16)
- 08/21 - 08/28 (17)
- 08/14 - 08/21 (17)
- 08/07 - 08/14 (13)
- 07/31 - 08/07 (3)
- 07/24 - 07/31 (7)
- 07/17 - 07/24 (11)
- 07/10 - 07/17 (15)
- 07/03 - 07/10 (9)
- 06/26 - 07/03 (13)
- 06/19 - 06/26 (13)
- 06/12 - 06/19 (12)
- 06/05 - 06/12 (14)
- 05/29 - 06/05 (16)
- 05/22 - 05/29 (13)
- 05/15 - 05/22 (14)
- 05/08 - 05/15 (13)
- 05/01 - 05/08 (7)
- 04/24 - 05/01 (15)
- 04/17 - 04/24 (16)
- 04/10 - 04/17 (14)
- 04/03 - 04/10 (14)
- 03/27 - 04/03 (18)
- 03/20 - 03/27 (17)
- 03/13 - 03/20 (10)
- 03/06 - 03/13 (13)
- 02/27 - 03/06 (11)
- 02/20 - 02/27 (12)
- 02/13 - 02/20 (14)
- 02/06 - 02/13 (15)
- 01/30 - 02/06 (13)
- 01/23 - 01/30 (11)
- 01/16 - 01/23 (12)
- 01/09 - 01/16 (19)
- 01/02 - 01/09 (15)
- 12/26 - 01/02 (13)
- 12/19 - 12/26 (18)
- 12/12 - 12/19 (17)
- 12/05 - 12/12 (19)
- 11/28 - 12/05 (13)
- 11/21 - 11/28 (9)
- 11/14 - 11/21 (14)
- 11/07 - 11/14 (17)
- 10/31 - 11/07 (17)
- 10/24 - 10/31 (16)
- 10/17 - 10/24 (14)
- 10/10 - 10/17 (13)
- 10/03 - 10/10 (15)
- 09/26 - 10/03 (12)
- 09/19 - 09/26 (16)
- 09/12 - 09/19 (16)
- 09/05 - 09/12 (17)
- 08/29 - 09/05 (15)
- 08/22 - 08/29 (12)
- 08/15 - 08/22 (14)
- 08/08 - 08/15 (3)
- 08/01 - 08/08 (18)
- 07/25 - 08/01 (13)
- 07/18 - 07/25 (11)
- 07/11 - 07/18 (11)
- 07/04 - 07/11 (13)
- 06/27 - 07/04 (18)
- 06/20 - 06/27 (20)
- 06/13 - 06/20 (16)
- 06/06 - 06/13 (10)
- 05/30 - 06/06 (16)
- 05/23 - 05/30 (12)
- 05/16 - 05/23 (15)
- 05/09 - 05/16 (15)
- 05/02 - 05/09 (13)
- 04/25 - 05/02 (9)
- 04/18 - 04/25 (15)
- 04/11 - 04/18 (3)
- 04/04 - 04/11 (16)
- 03/28 - 04/04 (16)
- 03/21 - 03/28 (16)
- 03/14 - 03/21 (15)
- 03/07 - 03/14 (14)
- 02/28 - 03/07 (14)
- 02/21 - 02/28 (11)
- 02/14 - 02/21 (18)
- 02/07 - 02/14 (12)
- 01/31 - 02/07 (16)
- 01/24 - 01/31 (14)
- 01/17 - 01/24 (14)
- 01/10 - 01/17 (12)
- 01/03 - 01/10 (12)
- 12/27 - 01/03 (11)
- 12/20 - 12/27 (12)
- 12/13 - 12/20 (16)
- 12/06 - 12/13 (15)
- 11/29 - 12/06 (14)
- 11/22 - 11/29 (9)
- 11/15 - 11/22 (14)
- 11/08 - 11/15 (19)
- 11/01 - 11/08 (12)
- 10/25 - 11/01 (19)
- 10/18 - 10/25 (13)
- 10/11 - 10/18 (10)
- 10/04 - 10/11 (16)
- 09/27 - 10/04 (17)
- 09/20 - 09/27 (14)
- 09/13 - 09/20 (15)
- 09/06 - 09/13 (18)
- 08/30 - 09/06 (18)
- 08/23 - 08/30 (20)
- 08/16 - 08/23 (23)
- 08/09 - 08/16 (3)
- 08/02 - 08/09 (13)
- 07/26 - 08/02 (18)
- 07/19 - 07/26 (14)
- 07/12 - 07/19 (19)
- 07/05 - 07/12 (18)
- 06/28 - 07/05 (18)
- 06/21 - 06/28 (14)
- 06/14 - 06/21 (13)
- 06/07 - 06/14 (15)
- 05/31 - 06/07 (13)
- 05/24 - 05/31 (17)
- 05/17 - 05/24 (9)
- 05/10 - 05/17 (13)
- 05/03 - 05/10 (13)
- 04/26 - 05/03 (18)
- 04/19 - 04/26 (10)
- 04/12 - 04/19 (11)
- 04/05 - 04/12 (13)
- 03/29 - 04/05 (9)
- 03/22 - 03/29 (17)
- 03/15 - 03/22 (17)
- 03/08 - 03/15 (12)
- 03/01 - 03/08 (12)
- 02/23 - 03/01 (15)
- 02/16 - 02/23 (15)
- 02/09 - 02/16 (13)
- 02/02 - 02/09 (14)
- 01/26 - 02/02 (13)
- 01/19 - 01/26 (14)
- 01/12 - 01/19 (23)
- 01/05 - 01/12 (13)
- 12/29 - 01/05 (15)
- 12/22 - 12/29 (10)
- 12/15 - 12/22 (15)
- 12/08 - 12/15 (20)
- 12/01 - 12/08 (16)
- 11/24 - 12/01 (16)
- 11/17 - 11/24 (14)
- 11/10 - 11/17 (19)
- 11/03 - 11/10 (13)
- 10/27 - 11/03 (21)
- 10/20 - 10/27 (16)
- 10/13 - 10/20 (8)
- 10/06 - 10/13 (10)
- 09/29 - 10/06 (10)
- 09/22 - 09/29 (11)
- 09/15 - 09/22 (9)
- 09/08 - 09/15 (10)
- 09/01 - 09/08 (8)
- 08/25 - 09/01 (15)
- 08/18 - 08/25 (9)
- 08/11 - 08/18 (13)
- 08/04 - 08/11 (3)
- 07/28 - 08/04 (11)
- 07/21 - 07/28 (10)
- 07/14 - 07/21 (10)
- 07/07 - 07/14 (6)
- 06/30 - 07/07 (9)
- 06/23 - 06/30 (11)
- 06/16 - 06/23 (12)
- 06/09 - 06/16 (6)
- 06/02 - 06/09 (9)
- 05/26 - 06/02 (10)
- 05/19 - 05/26 (17)
- 05/12 - 05/19 (15)
- 05/05 - 05/12 (10)
- 04/28 - 05/05 (11)
- 04/21 - 04/28 (9)
- 04/14 - 04/21 (18)
- 04/07 - 04/14 (12)
- 03/31 - 04/07 (21)
- 03/24 - 03/31 (13)
- 03/17 - 03/24 (15)
- 03/10 - 03/17 (9)
- 03/03 - 03/10 (10)
- 02/24 - 03/03 (13)
- 02/17 - 02/24 (6)
- 02/10 - 02/17 (11)
- 02/03 - 02/10 (10)
- 01/27 - 02/03 (12)
- 01/20 - 01/27 (13)
- 01/13 - 01/20 (11)
- 01/06 - 01/13 (8)
- 12/30 - 01/06 (11)
- 12/23 - 12/30 (8)
- 12/16 - 12/23 (12)
- 12/09 - 12/16 (12)
- 12/02 - 12/09 (9)
- 11/25 - 12/02 (9)
- 11/18 - 11/25 (13)
- 11/11 - 11/18 (12)
- 11/04 - 11/11 (12)
- 10/28 - 11/04 (13)
- 10/21 - 10/28 (10)
- 10/14 - 10/21 (9)
- 10/07 - 10/14 (10)
- 09/30 - 10/07 (10)
- 09/23 - 09/30 (11)
- 09/16 - 09/23 (14)
- 09/09 - 09/16 (6)
- 09/02 - 09/09 (9)
- 08/26 - 09/02 (8)
- 08/19 - 08/26 (3)
- 08/12 - 08/19 (3)
- 08/05 - 08/12 (10)
- 07/29 - 08/05 (17)
- 07/22 - 07/29 (11)
- 07/15 - 07/22 (16)
- 07/08 - 07/15 (16)
- 07/01 - 07/08 (20)
- 06/24 - 07/01 (13)
- 06/17 - 06/24 (8)
- 06/10 - 06/17 (12)
- 06/03 - 06/10 (14)
- 05/27 - 06/03 (7)
- 05/20 - 05/27 (15)
- 05/13 - 05/20 (22)
- 05/06 - 05/13 (15)
- 04/29 - 05/06 (16)
- 04/22 - 04/29 (11)
- 04/15 - 04/22 (21)
- 04/08 - 04/15 (15)
- 04/01 - 04/08 (12)
- 03/25 - 04/01 (17)
- 03/18 - 03/25 (12)
- 03/11 - 03/18 (18)
- 03/04 - 03/11 (19)
- 02/25 - 03/04 (5)
- 02/18 - 02/25 (11)
- 02/11 - 02/18 (11)
- 02/04 - 02/11 (12)
- 01/28 - 02/04 (13)
- 01/21 - 01/28 (17)
- 01/14 - 01/21 (12)
- 01/07 - 01/14 (19)
- 12/31 - 01/07 (15)
- 12/24 - 12/31 (8)
- 12/17 - 12/24 (14)
- 12/10 - 12/17 (13)
- 12/03 - 12/10 (16)
- 11/26 - 12/03 (12)
- 11/19 - 11/26 (17)
- 11/12 - 11/19 (14)
- 11/05 - 11/12 (16)
- 10/29 - 11/05 (11)
- 10/22 - 10/29 (18)
- 10/15 - 10/22 (11)
- 10/08 - 10/15 (14)
- 10/01 - 10/08 (12)
- 09/24 - 10/01 (11)
- 09/17 - 09/24 (13)
- 09/10 - 09/17 (16)
- 09/03 - 09/10 (7)
- 08/27 - 09/03 (8)
- 08/20 - 08/27 (12)
- 08/13 - 08/20 (6)
- 07/30 - 08/06 (4)
- 07/23 - 07/30 (17)
- 07/16 - 07/23 (11)
- 07/09 - 07/16 (15)
- 07/02 - 07/09 (11)
- 06/25 - 07/02 (19)
- 06/18 - 06/25 (21)
- 06/11 - 06/18 (17)
- 06/04 - 06/11 (21)
- 05/28 - 06/04 (18)
- 05/21 - 05/28 (13)
- 05/14 - 05/21 (15)
- 05/07 - 05/14 (15)
- 04/30 - 05/07 (12)
- 04/23 - 04/30 (11)
- 04/16 - 04/23 (13)
- 04/09 - 04/16 (11)
- 04/02 - 04/09 (17)
- 03/26 - 04/02 (12)
- 03/19 - 03/26 (12)
- 03/12 - 03/19 (10)
- 03/05 - 03/12 (11)
- 02/26 - 03/05 (12)
- 02/19 - 02/26 (14)
- 02/12 - 02/19 (12)
- 02/05 - 02/12 (7)
- 01/29 - 02/05 (10)
- 01/22 - 01/29 (6)
- 01/15 - 01/22 (9)
- 01/08 - 01/15 (9)
- 01/01 - 01/08 (13)
- 12/25 - 01/01 (5)
- 12/18 - 12/25 (10)
- 12/11 - 12/18 (13)
- 12/04 - 12/11 (12)
- 11/27 - 12/04 (13)
- 11/20 - 11/27 (9)
- 11/13 - 11/20 (7)
- 11/06 - 11/13 (12)
- 10/30 - 11/06 (16)
- 10/23 - 10/30 (7)
- 10/16 - 10/23 (6)
- 10/09 - 10/16 (7)
- 10/02 - 10/09 (10)
- 09/25 - 10/02 (12)
- 09/18 - 09/25 (12)
- 09/11 - 09/18 (8)
- 09/04 - 09/11 (10)
- 08/28 - 09/04 (10)
- 08/21 - 08/28 (9)
- 08/14 - 08/21 (4)
- 08/07 - 08/14 (8)
- 07/31 - 08/07 (12)
- 07/24 - 07/31 (11)
- 07/17 - 07/24 (10)
- 07/10 - 07/17 (9)
- 07/03 - 07/10 (17)
- 06/26 - 07/03 (11)
- 06/19 - 06/26 (21)
- 06/12 - 06/19 (21)
- 06/05 - 06/12 (10)
- 05/29 - 06/05 (11)
- 05/22 - 05/29 (16)
- 05/15 - 05/22 (18)
- 05/08 - 05/15 (13)
- 05/01 - 05/08 (13)
- 04/24 - 05/01 (15)
- 04/17 - 04/24 (14)
- 04/10 - 04/17 (9)
- 04/03 - 04/10 (7)
- 03/27 - 04/03 (13)
- 03/20 - 03/27 (7)
- 03/13 - 03/20 (7)
- 03/06 - 03/13 (12)
- 02/28 - 03/06 (14)
- 02/21 - 02/28 (7)
- 02/14 - 02/21 (17)
- 02/07 - 02/14 (15)
- 01/31 - 02/07 (11)
- 01/24 - 01/31 (6)
- 01/17 - 01/24 (8)
- 01/10 - 01/17 (18)
- 01/03 - 01/10 (10)
- 12/27 - 01/03 (12)
- 12/20 - 12/27 (16)
- 12/13 - 12/20 (18)
- 12/06 - 12/13 (16)
- 11/29 - 12/06 (16)
- 11/22 - 11/29 (15)
- 11/15 - 11/22 (14)
- 11/08 - 11/15 (12)
- 11/01 - 11/08 (17)
- 10/25 - 11/01 (17)
- 10/18 - 10/25 (18)
- 10/11 - 10/18 (13)
- 10/04 - 10/11 (19)
- 09/27 - 10/04 (16)
- 09/20 - 09/27 (13)
- 09/13 - 09/20 (19)
- 09/06 - 09/13 (11)
- 08/30 - 09/06 (10)
- 08/23 - 08/30 (10)
- 08/16 - 08/23 (7)
- 08/09 - 08/16 (8)
- 08/02 - 08/09 (9)
- 07/26 - 08/02 (11)
- 07/19 - 07/26 (11)
- 07/12 - 07/19 (14)
- 07/05 - 07/12 (6)
- 06/28 - 07/05 (12)
- 06/21 - 06/28 (13)
- 06/14 - 06/21 (9)
- 06/07 - 06/14 (14)
- 05/31 - 06/07 (10)
- 05/24 - 05/31 (14)
- 05/17 - 05/24 (18)
- 05/10 - 05/17 (14)
- 05/03 - 05/10 (25)
- 04/26 - 05/03 (11)
- 04/19 - 04/26 (15)
- 04/12 - 04/19 (11)
- 04/05 - 04/12 (13)
- 03/29 - 04/05 (7)
- 03/22 - 03/29 (10)
- 03/15 - 03/22 (11)
- 03/08 - 03/15 (17)
- 03/01 - 03/08 (12)
- 02/22 - 03/01 (12)
- 02/15 - 02/22 (15)
- 02/08 - 02/15 (12)
- 02/01 - 02/08 (18)
- 01/25 - 02/01 (18)
- 01/18 - 01/25 (21)
- 01/11 - 01/18 (17)
- 01/04 - 01/11 (16)
- 12/28 - 01/04 (12)
- 12/21 - 12/28 (12)
- 12/14 - 12/21 (20)
- 12/07 - 12/14 (22)
- 11/30 - 12/07 (18)
- 11/23 - 11/30 (18)
- 11/16 - 11/23 (21)
- 11/09 - 11/16 (22)
- 11/02 - 11/09 (22)
- 10/26 - 11/02 (20)
- 10/19 - 10/26 (18)
- 10/12 - 10/19 (16)
- 10/05 - 10/12 (19)
- 09/28 - 10/05 (15)
- 09/21 - 09/28 (20)
- 09/14 - 09/21 (12)
- 09/07 - 09/14 (10)
- 08/31 - 09/07 (15)
- 08/24 - 08/31 (12)
- 08/17 - 08/24 (21)
- 08/10 - 08/17 (15)
- 08/03 - 08/10 (7)
- 07/27 - 08/03 (8)
- 07/20 - 07/27 (14)
- 07/13 - 07/20 (10)
- 07/06 - 07/13 (15)
- 06/29 - 07/06 (13)
- 06/22 - 06/29 (9)
- 06/15 - 06/22 (7)
- 06/08 - 06/15 (13)
- 06/01 - 06/08 (15)
- 05/25 - 06/01 (13)
- 05/18 - 05/25 (13)
- 04/27 - 05/04 (3)
- 04/20 - 04/27 (16)
- 04/13 - 04/20 (15)
- 04/06 - 04/13 (14)
- 03/30 - 04/06 (14)
- 03/23 - 03/30 (16)
- 03/16 - 03/23 (16)
- 03/09 - 03/16 (13)
- 03/02 - 03/09 (15)
- 02/23 - 03/02 (21)
- 02/16 - 02/23 (18)
- 02/09 - 02/16 (15)
- 02/02 - 02/09 (19)
- 01/26 - 02/02 (23)
- 01/19 - 01/26 (25)
- 01/12 - 01/19 (23)
- 01/05 - 01/12 (16)
- 12/29 - 01/05 (12)
- 12/22 - 12/29 (13)
- 12/15 - 12/22 (20)
- 12/08 - 12/15 (18)
- 12/01 - 12/08 (19)
- 11/24 - 12/01 (14)
- 11/17 - 11/24 (18)
- 11/10 - 11/17 (18)
- 11/03 - 11/10 (25)
- 10/27 - 11/03 (20)
- 10/20 - 10/27 (18)
- 10/13 - 10/20 (18)
- 10/06 - 10/13 (21)
- 09/29 - 10/06 (28)
- 09/22 - 09/29 (17)
- 09/15 - 09/22 (19)
- 09/08 - 09/15 (16)
- 09/01 - 09/08 (11)
- 08/25 - 09/01 (19)
- 08/18 - 08/25 (16)
- 08/11 - 08/18 (18)
- 08/04 - 08/11 (10)
- 07/28 - 08/04 (20)
- 07/21 - 07/28 (16)
- 07/14 - 07/21 (19)
- 07/07 - 07/14 (17)
- 06/30 - 07/07 (13)
- 06/23 - 06/30 (16)
- 06/16 - 06/23 (23)
- 06/09 - 06/16 (12)
- 06/02 - 06/09 (18)
- 05/26 - 06/02 (25)
- 05/05 - 05/12 (7)
- 04/28 - 05/05 (14)
- 04/21 - 04/28 (13)
- 04/14 - 04/21 (18)
- 04/07 - 04/14 (11)
- 03/31 - 04/07 (12)
- 03/24 - 03/31 (18)
- 03/17 - 03/24 (16)
- 03/10 - 03/17 (19)
- 03/03 - 03/10 (23)
- 02/24 - 03/03 (12)
- 02/17 - 02/24 (16)
- 02/10 - 02/17 (19)
- 02/03 - 02/10 (16)
- 01/27 - 02/03 (23)
- 01/20 - 01/27 (19)
- 01/13 - 01/20 (9)
- 01/06 - 01/13 (22)
- 12/30 - 01/06 (16)
- 12/23 - 12/30 (11)
- 12/16 - 12/23 (18)
- 12/09 - 12/16 (28)
- 12/02 - 12/09 (18)
- 11/25 - 12/02 (17)
- 11/18 - 11/25 (17)
- 11/11 - 11/18 (19)
- 11/04 - 11/11 (15)
- 10/28 - 11/04 (13)
- 10/21 - 10/28 (16)
- 10/14 - 10/21 (21)
- 10/07 - 10/14 (18)
- 09/30 - 10/07 (20)
- 09/23 - 09/30 (17)
- 09/16 - 09/23 (19)
- 09/09 - 09/16 (12)
- 09/02 - 09/09 (12)
- 08/26 - 09/02 (10)
- 08/19 - 08/26 (19)
- 08/12 - 08/19 (11)
- 08/05 - 08/12 (13)
- 07/29 - 08/05 (11)
- 07/22 - 07/29 (14)
- 07/15 - 07/22 (16)
- 07/08 - 07/15 (14)
- 07/01 - 07/08 (12)
- 06/17 - 06/24 (3)
- 06/10 - 06/17 (17)
- 06/03 - 06/10 (21)
- 05/27 - 06/03 (27)
- 05/20 - 05/27 (25)
- 05/13 - 05/20 (22)
- 05/06 - 05/13 (29)
- 04/29 - 05/06 (25)
- 04/22 - 04/29 (23)
- 04/15 - 04/22 (29)
- 04/08 - 04/15 (20)
- 04/01 - 04/08 (17)
- 03/25 - 04/01 (26)
- 03/18 - 03/25 (32)
- 03/11 - 03/18 (20)
- 03/04 - 03/11 (26)
- 02/26 - 03/04 (22)
- 02/19 - 02/26 (27)
- 02/12 - 02/19 (30)
- 02/05 - 02/12 (35)
- 01/29 - 02/05 (30)
- 01/22 - 01/29 (23)
- 01/15 - 01/22 (24)
- 01/08 - 01/15 (25)
- 01/01 - 01/08 (32)
- 12/25 - 01/01 (24)
- 12/18 - 12/25 (25)
- 12/11 - 12/18 (23)
- 12/04 - 12/11 (22)
- 11/27 - 12/04 (27)
- 11/20 - 11/27 (26)
- 11/13 - 11/20 (24)
- 11/06 - 11/13 (26)
- 10/30 - 11/06 (24)
- 10/23 - 10/30 (13)
- 10/16 - 10/23 (28)
- 10/09 - 10/16 (22)
- 10/02 - 10/09 (26)
- 09/25 - 10/02 (17)
- 09/18 - 09/25 (25)
- 09/11 - 09/18 (23)
- 09/04 - 09/11 (23)
- 08/28 - 09/04 (15)
- 08/21 - 08/28 (24)
- 08/14 - 08/21 (16)
- 08/07 - 08/14 (20)
- 07/24 - 07/31 (4)
- 07/17 - 07/24 (21)
- 07/10 - 07/17 (21)
- 07/03 - 07/10 (30)
- 06/26 - 07/03 (21)
- 06/19 - 06/26 (31)
- 06/12 - 06/19 (23)
- 06/05 - 06/12 (22)
- 05/29 - 06/05 (29)
- 05/22 - 05/29 (25)
- 05/15 - 05/22 (21)
- 05/08 - 05/15 (21)
- 05/01 - 05/08 (40)
- 04/24 - 05/01 (21)
- 04/17 - 04/24 (29)
- 04/10 - 04/17 (27)
- 04/03 - 04/10 (26)
- 03/27 - 04/03 (26)
- 03/20 - 03/27 (31)
- 03/13 - 03/20 (22)
- 03/06 - 03/13 (35)
- 02/27 - 03/06 (26)
- 02/20 - 02/27 (35)
- 02/13 - 02/20 (31)
- 02/06 - 02/13 (28)
- 01/30 - 02/06 (26)
- 01/23 - 01/30 (21)
- 01/16 - 01/23 (24)
- 01/09 - 01/16 (20)
- 01/02 - 01/09 (28)
- 12/26 - 01/02 (23)
- 12/19 - 12/26 (13)
- 12/12 - 12/19 (23)
- 12/05 - 12/12 (23)
- 11/28 - 12/05 (23)
- 11/21 - 11/28 (22)
- 11/14 - 11/21 (21)
- 11/07 - 11/14 (18)
- 10/31 - 11/07 (19)
- 10/24 - 10/31 (15)
- 10/17 - 10/24 (21)
- 10/10 - 10/17 (24)
- 10/03 - 10/10 (18)
- 09/26 - 10/03 (22)
- 09/19 - 09/26 (23)
- 09/12 - 09/19 (27)
- 09/05 - 09/12 (31)
- 08/29 - 09/05 (18)
- 08/22 - 08/29 (24)
- 08/15 - 08/22 (23)
- 08/08 - 08/15 (13)
- 08/01 - 08/08 (21)
- 07/25 - 08/01 (2)
- 07/18 - 07/25 (21)
- 07/11 - 07/18 (30)
- 07/04 - 07/11 (31)
- 06/27 - 07/04 (21)
- 06/20 - 06/27 (26)
- 06/13 - 06/20 (28)
- 02/07 - 02/14 (29)
- 01/31 - 02/07 (23)
- 01/24 - 01/31 (35)
- 01/17 - 01/24 (32)
- 01/10 - 01/17 (30)
- 01/03 - 01/10 (32)
- 12/27 - 01/03 (21)
- 12/20 - 12/27 (30)
- 12/13 - 12/20 (29)
- 12/06 - 12/13 (31)
- 11/29 - 12/06 (37)
- 11/22 - 11/29 (29)
- 11/15 - 11/22 (40)
- 11/08 - 11/15 (34)
- 11/01 - 11/08 (23)
- 10/25 - 11/01 (32)
- 10/18 - 10/25 (28)
- 10/11 - 10/18 (27)
- 10/04 - 10/11 (30)
- 09/27 - 10/04 (28)
- 09/20 - 09/27 (29)
- 09/13 - 09/20 (25)
- 09/06 - 09/13 (24)
- 08/30 - 09/06 (24)
- 08/23 - 08/30 (25)
- 08/16 - 08/23 (29)
- 08/09 - 08/16 (23)
- 08/02 - 08/09 (32)
- 07/26 - 08/02 (29)
- 07/19 - 07/26 (24)
- 07/12 - 07/19 (32)
- 07/05 - 07/12 (27)
- 06/28 - 07/05 (25)
- 06/21 - 06/28 (20)
- 06/14 - 06/21 (31)
- 06/07 - 06/14 (25)
- 05/31 - 06/07 (20)
- 05/24 - 05/31 (26)
- 05/17 - 05/24 (32)
- 05/10 - 05/17 (32)
- 05/03 - 05/10 (34)
- 04/26 - 05/03 (26)
- 04/19 - 04/26 (32)
- 04/12 - 04/19 (25)
- 04/05 - 04/12 (26)
- 03/29 - 04/05 (32)
- 03/22 - 03/29 (27)
- 03/15 - 03/22 (25)
- 03/08 - 03/15 (17)
- 03/01 - 03/08 (32)
- 02/22 - 03/01 (24)
- 02/15 - 02/22 (25)
- 02/08 - 02/15 (23)
- 02/01 - 02/08 (29)
- 01/25 - 02/01 (30)
- 01/18 - 01/25 (23)
- 01/11 - 01/18 (21)
- 01/04 - 01/11 (24)
- 12/28 - 01/04 (28)
- 12/21 - 12/28 (19)
- 12/14 - 12/21 (28)
- 12/07 - 12/14 (29)
- 11/30 - 12/07 (25)
- 11/23 - 11/30 (24)
- 11/16 - 11/23 (24)
- 11/09 - 11/16 (31)
- 11/02 - 11/09 (34)
- 10/26 - 11/02 (34)
- 10/19 - 10/26 (30)
- 10/12 - 10/19 (31)
- 10/05 - 10/12 (33)
- 09/28 - 10/05 (29)
- 09/21 - 09/28 (33)
- 09/14 - 09/21 (23)
- 09/07 - 09/14 (24)
- 08/31 - 09/07 (21)
- 08/24 - 08/31 (24)
- 08/17 - 08/24 (30)
- 07/27 - 08/03 (34)
- 07/20 - 07/27 (27)
- 07/13 - 07/20 (32)
- 07/06 - 07/13 (31)
- 06/29 - 07/06 (35)
- 06/22 - 06/29 (29)
- 06/15 - 06/22 (42)
- 06/08 - 06/15 (36)
- 06/01 - 06/08 (36)
- 05/25 - 06/01 (38)
- 05/18 - 05/25 (37)
- 05/11 - 05/18 (35)
- 05/04 - 05/11 (43)
- 04/27 - 05/04 (33)
- 04/20 - 04/27 (31)
- 04/13 - 04/20 (37)
- 04/06 - 04/13 (46)
- 03/30 - 04/06 (41)
- 03/23 - 03/30 (37)
- 03/16 - 03/23 (35)
- 03/09 - 03/16 (28)
- 03/02 - 03/09 (28)
- 02/24 - 03/02 (26)
- 02/17 - 02/24 (36)
- 02/10 - 02/17 (31)
- 02/03 - 02/10 (26)
- 01/27 - 02/03 (33)
- 01/20 - 01/27 (30)
- 01/13 - 01/20 (31)
- 01/06 - 01/13 (30)
- 12/30 - 01/06 (21)
- 12/23 - 12/30 (21)
- 12/16 - 12/23 (30)
- 12/09 - 12/16 (27)
- 12/02 - 12/09 (33)
- 11/25 - 12/02 (21)
- 11/18 - 11/25 (25)
- 11/11 - 11/18 (29)
- 11/04 - 11/11 (24)
- 10/28 - 11/04 (26)
- 10/21 - 10/28 (28)
- 10/14 - 10/21 (30)
- 10/07 - 10/14 (31)
- 09/30 - 10/07 (20)
- 09/23 - 09/30 (23)
- 09/16 - 09/23 (24)
- 09/09 - 09/16 (14)
- 09/02 - 09/09 (19)
- 08/26 - 09/02 (15)
- 08/19 - 08/26 (19)
- 08/12 - 08/19 (15)
- 08/05 - 08/12 (13)
- 07/29 - 08/05 (9)
- 07/22 - 07/29 (12)
- 07/15 - 07/22 (9)
- 07/08 - 07/15 (10)
- 07/01 - 07/08 (14)
- 06/24 - 07/01 (21)
- 06/17 - 06/24 (18)
- 06/10 - 06/17 (20)
- 06/03 - 06/10 (14)
- 05/27 - 06/03 (14)
- 05/20 - 05/27 (18)
- 05/13 - 05/20 (18)
- 05/06 - 05/13 (20)
- 04/29 - 05/06 (27)
- 04/22 - 04/29 (18)
- 04/15 - 04/22 (21)
- 04/08 - 04/15 (20)
- 04/01 - 04/08 (9)
- 03/25 - 04/01 (15)
- 03/18 - 03/25 (26)
- 03/11 - 03/18 (20)
- 03/04 - 03/11 (34)
- 02/25 - 03/04 (35)
- 02/18 - 02/25 (36)
- 02/11 - 02/18 (36)
- 02/04 - 02/11 (25)
- 01/28 - 02/04 (28)
- 01/21 - 01/28 (19)
- 01/14 - 01/21 (27)
- 01/07 - 01/14 (25)
- 12/31 - 01/07 (24)
- 12/24 - 12/31 (13)
- 12/17 - 12/24 (23)
- 12/10 - 12/17 (3)
- 12/03 - 12/10 (21)
- 11/26 - 12/03 (19)
- 11/19 - 11/26 (19)
- 11/12 - 11/19 (26)
- 11/05 - 11/12 (16)
- 10/29 - 11/05 (15)
- 10/22 - 10/29 (24)
- 10/15 - 10/22 (26)
- 10/08 - 10/15 (22)
- 10/01 - 10/08 (23)
- 09/24 - 10/01 (13)
- 09/17 - 09/24 (23)
- 09/10 - 09/17 (15)
- 09/03 - 09/10 (17)
- 08/27 - 09/03 (23)
- 08/20 - 08/27 (25)
- 08/13 - 08/20 (19)
- 08/06 - 08/13 (27)
- 07/30 - 08/06 (30)
- 07/23 - 07/30 (32)
- 07/16 - 07/23 (28)
- 07/02 - 07/09 (15)
- 06/25 - 07/02 (26)
- 06/18 - 06/25 (33)
- 06/11 - 06/18 (22)
- 06/04 - 06/11 (22)
- 05/28 - 06/04 (29)
- 05/21 - 05/28 (37)
- 05/14 - 05/21 (28)
- 05/07 - 05/14 (17)
- 04/30 - 05/07 (28)
- 04/23 - 04/30 (26)
- 04/16 - 04/23 (35)
- 04/09 - 04/16 (24)
- 04/02 - 04/09 (14)
- 03/26 - 04/02 (33)
- 03/19 - 03/26 (40)
- 03/12 - 03/19 (33)
- 03/05 - 03/12 (32)
- 02/26 - 03/05 (18)
- 02/12 - 02/19 (22)
- 02/05 - 02/12 (37)
- 01/29 - 02/05 (45)
- 01/22 - 01/29 (20)
- 01/15 - 01/22 (45)
- 01/08 - 01/15 (34)
- 01/01 - 01/08 (28)
- 12/25 - 01/01 (22)
- 12/18 - 12/25 (23)
- 12/11 - 12/18 (27)
- 12/04 - 12/11 (31)
- 11/27 - 12/04 (21)
- 11/20 - 11/27 (25)
- 11/13 - 11/20 (20)
- 11/06 - 11/13 (31)
- 10/30 - 11/06 (38)
- 10/23 - 10/30 (34)
- 10/16 - 10/23 (36)
- 10/09 - 10/16 (21)
- 10/02 - 10/09 (34)
- 09/25 - 10/02 (21)
- 09/18 - 09/25 (25)
- 09/11 - 09/18 (34)
- 09/04 - 09/11 (19)
- 08/28 - 09/04 (27)
- 08/21 - 08/28 (22)
- 08/14 - 08/21 (32)
- 08/07 - 08/14 (31)
- 07/31 - 08/07 (30)
- 07/24 - 07/31 (32)
- 07/17 - 07/24 (27)
- 07/10 - 07/17 (23)
- 07/03 - 07/10 (22)
- 06/26 - 07/03 (35)
- 06/19 - 06/26 (31)
- 06/12 - 06/19 (31)
- 06/05 - 06/12 (32)
- 05/29 - 06/05 (38)
- 05/22 - 05/29 (28)
- 05/15 - 05/22 (39)
- 05/08 - 05/15 (37)
- 05/01 - 05/08 (32)
- 04/24 - 05/01 (32)
- 04/17 - 04/24 (42)
- 04/10 - 04/17 (32)
- 04/03 - 04/10 (26)
- 03/27 - 04/03 (40)
- 03/20 - 03/27 (14)
- 03/13 - 03/20 (23)
- 03/06 - 03/13 (31)
- 02/27 - 03/06 (30)
- 02/20 - 02/27 (30)
- 02/13 - 02/20 (29)
- 02/06 - 02/13 (24)
- 01/30 - 02/06 (32)
- 01/23 - 01/30 (21)
- 01/16 - 01/23 (21)
- 01/09 - 01/16 (21)
- 01/02 - 01/09 (23)
- 12/26 - 01/02 (17)
- 12/19 - 12/26 (21)
- 12/12 - 12/19 (12)