quarta-feira, 13 de abril de 2005

A cultura do entretenimento

O entretenimento pode ser, segundo Isabel Allegro Magalhães, interpretado como uma colonização, uma ocupação de uma espaço interior vago. Um tempo que temos entre outros tempos já ocupados é colonizado. Esta ocupação da vontade e do espírito por algo que vem do exterior, que entretém, é o oposto do tempo de gestação, de solidão, de pausa, de criação, exigido pela construção de uma personalidade autónoma. O entretenimento não é simples divertimento, prazer, gosto ou elevação estética. É a vivência do espectáculo, da exterioridade, do estar fora de si, da aparência, da alienação. Esta ocupação trava caminhos individuais, igualiza e generaliza. Transforma a pessoa em mais um elemento das massas, com a pretensão de responder a expectativas genuínas e à vontade do público. Deste modo infantiliza, constrói o fácil, o imediato, a imitação da vida em vez da própria vida. Não problematiza nem abre à transcendência. O problema reside na incapacidade de simbolização (e é o símbolo que religa a superfície e o fundo). Deslizando à superfície tornamo-nos incapazes de transcender o visível, o tangível, a pele. A esta ausência sucedem-se outras: a da capacidade critica e a da indignação. Tudo se torna possível e aceitável. Recuamos e cedemos. Alastra na sociedade contemporânea o sentimento de vazio e deserto. A perda ou empobrecimento das tradições religiosas herdadas conduz a procuras por vezes sem norte e a respostas sem verdadeira transcendência. Mas essa experiência de vazio e de busca podem-se tornar numa verdadeira oportunidade para a qual a Igreja deve propor desafios de qualidade contrariando assim a corrente medíocre. As não-certezas e a consequente perda das seguranças, pode ser um novo inicio: é essa a atitude que provoca uma disposição de abertura espiritual. O Naufrágio onde se perde tudo, é a metáfora perfeita da experiência filosófica inicial. Perdido o supérfluo e acessório o desejo de sabedoria essencial.
In Site da Comissão Episcopal da Cultura (Foto e texto)

Na Escola Secundária da Gafanha da Nazaré

TROCAS À MODA ANTIGA No dia 16 de Abril, entre as 10 e as 16 horas, na Escola Secundária da Gafanha da Nazaré, vai realizar-se uma actividade dirigida aos que gostam de reviver os tempos antigos e a todos os que se interessam pelo conhecimento do passado. Trata-se de uma acção denominada Trocas à Moda Antiga, que integra, ainda, um almoço à gafanhoa e a actuação de um rancho. Esta iniciativa faz parte das comemorações da elevação da Gafanha da Nazaré a cidade, que têm o seu ponto alto no dia 19 do mesmo mês.

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terça-feira, 12 de abril de 2005

Mensagem de Roma do Cardeal-Patriarca de Lisboa

D. José Policarpo --- Experimentar e sentir a Igreja
Estes dias em Roma têm sido de uma beleza e profundidade envolventes. Não têm sido um discurso; temos sentido e experimentado o mistério da Igreja, na sua profunda humanidade, embrenhada na história humana, mas ao mesmo tempo movida por aquela força do Espírito que a define como peregrina da eternidade. Estamos todos envolvidos numa experiência comovente: quanto mais profundas e misteriosas as coisas são, mais simples se tornam. E essa simplicidade, própria de quem acredita e de quem confia, revela-se como uma espécie de inocência recuperada. Experimentámos e sentimos a Igreja como um povo que caminha, no meio dessa multidão imensa, que é a humanidade: um povo que, quando uma força misteriosa o atrai e o dinamiza, avança, sem nada o fazer parar. João Paulo II teve esse dom e essa força, de pôr a Igreja a caminho. Aquelas multidões que, em filas imensas, vindas de toda a parte, atravessaram a cidade durante dias seguidos, movidas apenas pelo desejo de contemplarem, pela última vez, o rosto daquele Papa que um dia, sabe-se lá quando, tinha tocado o seu coração e mudado as suas vidas, eram um símbolo vivo do destino da Igreja no mundo contemporâneo. A Igreja pode ser essa avalanche imparável de multidões tocadas por Jesus Cristo, que se põem a caminhar, desejosas de contemplar o seu rosto e que atravessam a humanidade, gritando a esperança. Deixou de haver lugar para um cristianismo acomodado e passivo. Quem acredita no Senhor ressuscitado, põe-se a caminho, torna-se multidão, traça sulcos de esperança na humanidade e na história, grita com o testemunho silencioso desse caminhar, que o homem é peregrino da eternidade e que Cristo ressuscitado é o termo do homem e da história. (Para ler toda a Mensagem, clique aqui)

Que ver nas TV?

Há dias dei comigo a pensar sobre o que de importante passa nas televisões portuguesas e constatei que há muito pouco de importante, para além dos programas noticiosos. Sem querer ser pessimista, posso concluir que a maioria das vezes não vale a pena olhar para a janela mágica, tão cheia anda ela de banalidades, com telenovelas e mais telenovelas e futebol e mais futebol a encherem horas e horas que bem podiam ser dedicadas a outros assuntos mais construtivos e educativos. Hoje, por exemplo, o que é que eu poderia sugerir aos meus leitores? Muito pouco. Na RTP, o Centro de Saúde, às 22.30 horas, onde habitualmente são mostradas situações de doença e respectivos tratamentos. Na 2: Entre Nós, às 16.30 horas, com entrevistas; Nacional Geographic - Crónicas de Crocodilos às 16.30 horas, e às 17 horas, Discovery - Mistérios da Ásia; na SIC, não recomendo nada nas horas nobres; e na TVI também nada se aproveita. Claro que isto é a minha opinião. F.M.

João Paulo II preparava Encíclica sobre caridade e globalização

Nos meses prévios à sua morte, João Paulo II estava a preparar uma encíclica sobre a caridade, como resposta ao fenómeno da globalização, revelou à agência ACI o Arcebispo Marcelo Sánchez Sorondo, Chanceler da Academia Pontifica das Ciências.
O Arcebispo argentino disse à ACI que o tema da globalização era um assunto social que preocupava particularmente João Paulo II. “O Santo Padre considerava que a globalização era um facto irreversível e mostrava-se moderadamente optimista sobre os seus alcances”, referiu.
Apesar desse optimismo, D. Sorondo vinca que “João Paulo II estava profundamente preocupado pelas desigualdades que podem gerar-se quando a liberdade humana não é adequadamente usada para corrigir o fosso existente entre ricos e pobres, para alcançar, de modo similar, níveis de desenvolvimento, bem-estar e justiça no mundo”.“O Santo Padre estava convencido de que a Caridade cristã, na sua total expressão, era a resposta aos possíveis vazios deixados pela globalização”, conclui.
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Fonte: ECCLESIA
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segunda-feira, 11 de abril de 2005

"Artes de Pesca - As Pescas na Arte" no Museu Marítimo

No Museu Marítimo de Ílhavo há mais uma exposição que não pode ficar esquecida, sobretudo pelos que gostam das coisas ligadas ao mar. Desta feita trata-se das artes da pesca e das pescas na arte. A informação veio no Diário de Aveiro e aqui a ofereço a quem não lê este jornal.
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A Sala de Exposições Temporárias do Museu Marítimo de Ílhavo tem patente o primeiro módulo da exposição «Artes de Pesca - Pescas na Arte» até dia 30 de Junho. O segundo módulo pode ser apreciado entre 20 de Julho e 16 de NovembroFoi inaugurada no passado sábado, na Sala de Exposições Temporárias do Museu Marítimo de Ílhavo, uma exposição de pinturas a óleo, aguarelas e esculturas em gesso e bronze subordinado ao tema Artes de Pesca - Pescas na Arte (1.º Modulo).A exposição apresenta obras dos primeiros 25 anos do século XX de pendor naturalista, estando patentes trabalhos de Carlos Pinto Ramos, Simões de Almeida, Juan Avalos, (pertença do Museu de José Malhoa), Sousa Lopes, Carlos Bonvalot, e Silva Porto (da Casa Museu Anastácio Gonçalves) e do espólio do Museu Marítimo de Ílhavo, pinturas de António Vitorino, Bayard, D. Carlos de Bragança, Carlos Fragoso e Palmiro Peixe.Presentes na inauguração, o vereador da Cultura, Neves Vieira, o Comandante do porto de Aveiro, João Velez, o presidente da Associação dos Amigos do Museu, Aníbal Paião, o director do Centro de Saúde de Ílhavo, Pereira da Silva, antigos e actuais tripulantes da frota pesqueira e convidados.
(Para ler o texto na íntegra, clique aqui)

Em Aveiro: Projectos de Solidariedade Universitária

Se há quem pense que os estudantes universitários de Aveiro se dedicam apenas ao estudo e a diversões nem sempre com algum sentido utilitário, engana-se. Há muitos que se envolvem em acções de solidariedade, ocupando os seus tempos livres a fazer o bem. As iniciativas nessa linha começaram há anos, no âmbito de uma parceria que envolveu o Centro Universitário Fé e Cultura, a Associação Académica da Universidade de Aveiro e os Serviços de Acção Social da Universidade de Aveiro, com o apoio da Reitoria. Presentemente, os alunos da UA dão explicações no Bairro de Santiago. Apoiam crianças com dificuldades de aprendizagem, colaborando desta forma com as Florinhas do Vouga. Outros, depois de um curso de formação, integram a equipa de Voluntariado no Hospital Infante D. Pedro, ajudando, sob várias formas, os doentes mais carentes de afecto. O Voluntariado em Lares de Idosos funciona integrado no Projecto Vida Mais – Voluntariado Diocesano. Os universitários recebem formação específica, para melhor prestarem apoio aos utentes de Lares, que aceitam esta forma de ajuda a quem precisa de uma palavra amiga, enquanto outros necessitam mais de ser ouvidos do que de falar. Depois, há os jovens que colaboram com a capelania da Cadeia, através de visitas pontuais e de tarefas na realização de actividades e ateliês destinados aos reclusos. Na CERCIAV – Cooperativa para a Educação e Reabilitação do Cidadão Inadaptado de Aveiro, também os universitários marcam presença periódica, integrando-se em equipas de apoio a pessoas que tanto dele precisam. Ainda colaboram com a Cáritas Diocesana, nomeadamente no Projecto Senda Gitana e na animação sociocultural. E com Perdidos e Achados – Associação de Protecção aos Animais Abandonados de Aveiro, desenvolvem iniciativas que visam o respeito pelos animais. Como facilmente se compreende, afinal, entre os alunos da UA ainda há quem se envolva, com regularidade, no Voluntariado direccionado para quem mais precisa. Quem estiver interessado em colaborar, pode dirigir-se ao CUFC – Centro Universitário Fé e Cultura, onde há sempre alguém para bem receber. O CUFC fica mesmo em frente à UA, em edifício que facilmente se identifica.
F.M.

No sábado, no Seminário de Aveiro

No próximo sábado, pelas 21.30 horas, no Seminário de Santa Joana Princesa, vai ter lugar um Sarau Missionário, organizado pelo Secretariado Diocesano de Acção Missionária. O tema, “Muitos mundos... um só Mundo: A MISSÃO”, pretende alertar os cristãos para a urgência de se empenharem, directa ou indirectamente, na acção missionária da Igreja Católica. Do programa faz parte uma peça de teatro, “Gota de Mel”, e um Conto de Mato Africano. Há ainda uma intervenção do responsável por aquele secretariado, padre Georgino Rocha, e um intervalo com chá e biscoitos. Vale a pena participar, quanto mais não seja para se ficar mais esclarecido sobre um tema tão importante.

domingo, 10 de abril de 2005

Poema de Daniel Faria

 
Daniel Faria (1971 - 1999) 

Homens que são como lugares mal situados 
Homens que são como casas saqueadas 
Que são como sítios fora dos mapas 
Como pedras fora do chão 
Como crianças órfãs 
Homens sem fuso horário 
Homens agitados sem bússola onde repousem 
Homens que são como fronteiras invadidas 
Que são como caminhos barricados 
Homens que querem passar pelos atalhos sufocados 
Homens sulfatados por todos os destinos 
Desempregados das suas vidas 
Homens que são como a negação das estratégias 
Que são como os esconderijos dos contrabandistas 
Homens encarcerados abrindo-se com facas 
Homens que são como danos irreparáveis 
Homens que são sobreviventes vivos 
Homens que são como sítios desviados 
Do lugar 

In "Homens que são como lugares mal situados", 
Fundação Manuel Leão, 2ª edição, 2002 

Daniel Faria nasceu a 10 de Abril de 1971, em Baltar, Paredes, tendo-se licenciado em Teologia na Universidade Católica Portuguesa. Depois, obteve a licenciatura em Estudos Portugueses, na Faculdade de Letras do Porto. 
Recebeu vários prémios literários relativos a inéditos de poesia e conto. 
De entre os seus escritos dispersos incluem-se "Oxálida", "A Casa dos Ceifeiros", "Explicação das árvores e de outros animais", "Homens que são como lugares mal situados" e "Dos Líquidos", publicado depois da sua morte. 
Colaborou nas revistas "Atrium", "Humanística e Teologia", "Via Spiritus" e "Limiar". 
Quando faleceu, a 9 de Junho de 1999, era noviço no Mosteiro de Singeverga.

Haverá uma beleza que nos salve?

Não, não há uma beleza que nos salve. Só a bondade nos salva. E a bondade manifesta-se, por vezes, no meio da maior fealdade. Explico-me. Uma pessoa capaz de actos de bondade, uma pessoa com bom coração, pode ter uma cara que é considerada feia, pode vestir-se de uma maneira que é considerada pirosa, pode ter tido notas medíocres, pode ser um artista medíocre. Quando visitamos um museu com obras belíssimas, como o Louvre ou o Prado, podemo-nos esquecer de que as pessoas, os visitantes e os funcionários que estão lá connosco, são obras mais belas do que as mais belas obras expostas que andamos a ver. Um artista torturado pela beleza que consegue, ou que não consegue, dar ao que pinta e que se autodestrói está equivocado. Seria preferível deixar de pintar ou pintar obras medíocres. Como dizia o meu avô materno, que era médico, “mais vale burro vivo do que sábio morto”. Se a busca da beleza nos impede de viver, então há é uma beleza que nos perde. E há. Penso que não nos devemos enganar sobre a beleza. Se a nossa obra artística, ou outra, não implica a renúncia às coisas inúteis e a partilha, então é bastante inútil. E as coisas inúteis, para uma poetisa, são o desejo de escrever obras perfeitas e de ser reconhecida pelos seus pares. Roubei à Irmã Emmanuelle a expressão “renúncia às coisas inúteis e partilha” (“renonce aux choses inutiles et partage”, in “Famille chrétienne”, Numéro hors série, été 2004, p. 6). Se não há partilha, o artista é quase tão aberrante como um padre que celebrasse a missa só para si. Os artistas são, às vezes, muito egoístas. É verdade que as suas obras, apesar disso, podem comunicar – mas será involuntariamente? – bons sentimentos. A arte está cheia de ódio, de maus sentimentos. Parece que estou a dizer mal da arte e não queria fazer isso. No Natal, uma amiga mandou-me um cartão de boas festas da Unicef com um Anjo da Anunciação de Fra Angelico. Tenho-o em exposição no meu quarto e, quando quero rezar, olho para ele. Mas não sou contemporânea de Fra Angelico. Não posso tomar café e tagarelar com ele nos cafés como posso fazer com a amiga que me enviou o anjo dele pelo Correio. Por isso o Anjo da Anunciação de Fra Angelico, que é tão bonito, pode também ser doloroso. Fra Angelico já morreu. E não é a beleza do anjo de Fra Angelico que me garante que Fra Angelico ressuscitará. Um poema de Rimbaud está cheio de violência. Há muita beleza na expressão dessa violência. E isto é terrível. Preferia que Rimbaud não estivesse ferido a ponto de escrever daquela maneira? Preferia. Mas não posso dizer isto assim. A arte é feita para construir a paz. Não é um esgrimir no vazio. Não pode ser. Olho para o Anjo da Anunciação de Fra Angelico. Parece-me belíssimo. É vermelho e dourado. É verde e azul. Mas, ao escrever assim, parece-me que estou a evocar o poema de Rimbaud intitulado “Vogais”. A arte é um modo de lidar com a ausência. E por isso é tão preciosa e tão perigosa. Nunca é a alegria da presença. Adília Lopes, poetisa in Observatório da Cultura on line (www.ecclesia.pt/cec)


Adília Lopes
Poetisa


(In "Observatório", do "site" da Comissão Episcopal da Cultura)

Semana das vocações de consagração

Nós somos co-responsáveis pela acção da Igreja
Começa hoje a semana de oração pelas vocações de consagração. Será uma semana que nos convida a reflectir sobre a nossa vocação de serviço aos outros, quer como clérigos, quer como leigos. Uns deixando tudo, aceitando o chamamento de Deus para se dedicaram totalmente ao serviço do Reino, outros assumindo em pleno, na vida, as suas condições de baptizados. Os consagrados, aqueles que se dão sem limites - os bispos, os padres, os diáconos e os membros das Ordens e Institutos Religiosos e alguns leigos -, têm esta semana, de forma especial, para se debruçarem sobre até que ponto estão a cumprir o mandato que receberam de Cristo para servir a Igreja e as mulheres e homens seus irmãos, numa doação de entrega total. Os não consagrados, que são a maioria dos leigos, não podem deixar de examinar a sua consciência para descobrirem se o seu empenhamento no apoio aos que estão na linha da frente do serviço é, de facto, positivo. Todos, afinal, têm ainda de meditar sobre o seu envolvimento na descoberta de vocações de consagração, indispensáveis na Igreja, que anseia por chegar aos quatro cantos da Terra, em resposta ao mandato de Cristo. A Igreja precisa de gente consagrada, mas a maioria das vezes pensamos que isso é tarefa para outros, como se não fôssemos membros de pleno direito e com obrigações nas comunidades cristãs. Fingimos ignorar, quantas vezes, as responsabilidades que temos na descoberta de jovens e menos jovens que possam servir a Igreja, olvidando a obrigação que os crentes têm de apoiar os que estão em caminhada vocacional. Penso que esta semana deveria servir para os cristãos pensarem nestas coisas, não delegando em ninguém a tarefa de o fazer. Nós somos, de facto, co-responsáveis pela acção da Igreja. Fernando Martins

Ouvindo Evard Grieg

Evard Grieg
Neste fim-de-semana, foi um prazer muito grande ouvir Evard Grieg, compositor norueguês que viveu entre 1840 e 1907. As Suites nº 1 e nº 2 e o Concerto para piano e orquestra envolveram-me com melodias que mostram uma sensibilidade muito própria. As primeiras obras foram compostas para ilustrar um drama do seu compatriota Ibsen. O herói do drama, Peer Gynt, é uma personagem bastante irreal, cujas aventuras mostram um orgulho egoísta. As Suites são compostas por quatro cenas cada uma, correspondentes a outras tantas melodias, que se interligam com uma simplicidade que encanta, enquanto nos transportam a ambiência facilmente compreensíveis: A Manhã, A Morte de Ase, Dança de Anitra, Na Gruta do Rei das Montanhas, Regresso de Peer Gynt, Canção de Solveig, Lamento de Ingrid e Dança Árabe. O Concerto para piano e orquestra, que esteve muito em voga em França, é uma obra magnífica. O primeiro andamento acorda-nos, se não estivermos concentrados, com uma introdução de piano que todos os melómanos bem conhecem, tal é a sua beleza. Depois vem o segundo andamento em que o piano oferece ornamentos cheios de arabescos inesquecíveis. E o último, uma evocação das danças norueguesas, é uma conclusão majestosa. Ouçam e apreciem, com calma, se puderem, para ficarem a gostar, se é que não conhecem já Evard Grieg. Fernando Martins

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Posted by Hello "Bonito Dia": Foto de Crixtina, pseudónimo artístico da ilhavense Dora Bio

sábado, 9 de abril de 2005

Fotografia de José Carlos Sá em exposição

Foto de José Carlos Sá
Hoje, dia 9 de Abril, foi inaugurada na Casa Municipal da Juventude de Aveiro a exposição "Os Palcos da Bola", com fotografias da autoria de José Carlos Sá, aluno da disciplina de Fotojornalismo, do 4ºano da licenciatura em Comunicação do Instituto Superior das Ciências da Informação e da Administração de Aveiro. A mostra pode ser apreciada até 30 de Abril, de segunda a sexta-feira, entre as 9.30 e as 19 horas, e aos sábados, entre as 10 e as 13 horas e entre as 14 e as 18 horas.
... O plural de Palcos da Bola só tem cinco minutos de distância. Ou uma eternidade. São dois mundos nos antípodas, unidos pela bola mágica.O Estádio Municipal de Aveiro é o palco opulento, garboso nas suas cores novinhas em folha. É bonito, apresenta-se bem, era preciso pôr gravata para receber o 2004. Vão lá jornalistas, até aos treinos, quando muda o treinador dá nas notícias, há VIP's e saídas de emergência, parabólicas que levam a redondinha ao mundo, e ondas nas bancadas porque às vezes vai lá gente que dá para fazer as ondas. Tem apanha-bolas contratados, é enorme de tão grande, tem um painel "Você está aqui". Porque é grande, do tamanho dos sonhos de quem delira com vitórias opulentas, garbosas nas suas cores novinhas em folha... ... Fonte: Blogaveiro (Para ler mais, clique aqui)

Sócrates avança com medida acertada

O primeiro-ministro, José Sócrates, vai avançar com uma medida acertada, medida essa que vai pôr fim aos políticos que se eternizam no poder. Assim, a proposta de José Sócrates, a ser aprovada pelo Governo, limitará a três mandatos os cargos de presidentes de Câmara, das Juntas de Freguesia e líderes regionais, bem como do próprio primeiro-ministro. Os que exercem funções há mais de 12 anos, só poderão recandidatar-se mais uma vez.
Sempre pensei que os cargos políticos devem ser assumidos como um serviço à sociedade. Depois disso, os cidadãos que os desempenham teriam de regressar às suas anteriores profissões. O que acontece é que alguns ficam de tal modo agarrados ao poder que até acabam por ter medo de sair dele. São os tais profissionais da política, que se tornam, muitas vezes, incapazes de singrar noutras áreas profissionais.
Além disso, o poder pode acabar por criar vícios, podendo levar os políticos a caírem em situações de estagnação a vários níveis. A mudança, na política como em qualquer outra área, pode gerar inovação e estimular novos desafios, à partida sempre bons para o progresso das sociedades e bem-estar das populações.
Nunca compreendi a razão por que é que os eleitores contribuem para a manutenção no poder de autarcas, votando muitas vezes nos mesmos. Será que vêem neles pessoas insubstituíveis e únicas? Será que não vislumbram outros políticos, porventura mais dinâmicos e melhores? Será que não acreditam nas vantagens de mudanças e de outras ideias? Será por comodismo? Será por medo de assumirem a responsabilidade de novas experiências? Confesso que não sei.
Fernando Martins
(Achegas, concordantes ou discordantes, podem ser dirigidas para o meu e.mail: rochamartins@hotmail.com)

Testamento do Papa

Testamento de 06.03.1979 e sucessivos acrescentos Totus Tuus ego sum Em nome da Santíssima Trindade. Amen. "Vigiai, pois, porque não sabeis em que dia virá o vosso Senhor" (cf. Mt 24,42) - estas palavras recordam-me o último chamamento, que acontecerá no momento em que o Senhor quiser. Desejo segui-Lo e desejo que tudo aquilo que faz parte da minha vida terrena me prepare para este momento. Não sei quando isso acontecerá, mas, como em tudo, também neste momento me coloco nas mãos da Mãe do meu Mestre: Totus Tuus. Nas mesmas mãos maternas entrego tudo e Todos aqueles com os quais a minha vida e a minha vocação me ligou. Nessas mãos entrego, sobretudo, a Igreja e também a minha Nação e toda a humanidade. Agradeço a todos. A todos peço perdão. Peço também a oração, para que a Misericórdia de Deus se mostre maior do que a minha fraqueza e indignidade. Durante os exercícios espirituais reli o testamento do Santo Padre Paulo VI. Esta leitura impulsionou-me a escrever o presente testamento. Não deixo atrás de mim nenhuma propriedade da qual seja necessário dispor. Quanto às coisas de uso quotidiano de que me sirvo, peço que sejam distribuídas como parecer oportuno. As notas pessoais sejam queimadas. Peço que dom Stanislaw, a quem agradeço pela colaboração e pela ajuda tão prolongada ao longo dos anos e tão compreensiva, vele por isto. Todos os outros agradecimentos, em contrapartida, deixo-os no coração diante do próprio Deus, pois é difícil exprimi-los. No que diz respeito ao funeral, repito as mesmas disposições que o Santo Padre Paulo VI deu (numa nota à margem: a sepultura na terra, não num sarcófago, 13.3.92). "Apud Dominum misericordia et copiosa apud Eum redemptio" João Paulo pp. II Roma, 06.03.1979 (Para uma leitura de todo o texto, clique ECCLESIA)

HORIZONTES DA FÍSICA

Por iniciativa da FISUA - Associação de Física da Universidade de Aveiro, os Horizontes da Física estão a ser alargados a quem gosta de saber mais. Assim, nos próximos dias 14 e 28 de Abril, no Grande Auditório do Centro Cultural e de Congressos, haverá duas conferências para todos, pelas 21.30 horas, seguidas de Concerto. A primeira, a apresentar por José Fernando Mendes, da UA, versará o tema "Das pontes de Konigsberg ao Genoma", e a segundo, a cargo de Carlos Herdeiro e Miguel Costa, da FCUP, sobre "Viagens no tempo". No dia 12 de Maio, no Grande Auditório da Reitoria da UA, à mesma hora, João Lopes dos Santos, da FCUP, falará sobre "Teleportação: magia ou ciência?". Estas três boas oportunidades de podermos abrir os nossos próprios horizontes, no âmbito da ciência, não podem ser desperdiçadas.

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Posted by Hello PESCADOR do artista aveirense Gaspar Albino

sexta-feira, 8 de abril de 2005

O mundo despediu-se de João Paulo II

As imagens e os sons do mundo na hora da despedida do Papa João Paulo II, que partiu para o seio do Pai, ainda ocupam o meu espírito. E hão-de permanecer, tenho a certeza, como momento único e jamais sentido.
Povos de todas as raças e condições, representados pelos seus Reis, Presidentes e Chefes de Governo, diplomatas e governantes, líderes das mais diversas religiões do planeta e gente e mais gente, todos vindos de vários quadrantes da Terra, prestaram a maior e mais expressiva homenagem de todos os tempos a alguém que marcou indelevelmente a História. Responsáveis por isso, unicamente, a vida e o carisma de um homem e a missão de um Papa que, durante quase 27 anos, se deu à proclamação da Boa Nova de Jesus Cristo, numa tentativa de aproximar homens e mulheres em torno de projectos de fraternidade e de amor. Fraternidade e amor que gerassem paz, liberdade e respeito pela dignidade do ser humano. E, consequentemente, que acabassem com a fome, com os marginalizados, com os espoliados e com os perseguidos por causa da sua fé e de sonhos de liberdade. João Paulo II foi o Bom Pastor que incansavelmente nos convidava a levantar e a andar rumo ao Senhor de todos os dons, mas também a permanecer "no amor de Cristo", como sublinhou o decano dos Cardeais, Cardeal Joseph Ratzinger, que presidiu, hoje mesmo, ao funeral do Papa. Um caixão simples, apenas com uma cruz e com o M de Maria, sobre o qual foram colocados os Evangelhos, acolheu os restos mortais da maior personalidade do século XX. Com os restos mortais de João Paulo II humildemente pousados no chão da Praça de São Pedro, Deus recebeu as orações e as homenagens da Igreja e do mundo, as lágrimas e as palmas de uma multidão, como nunca se viu, bem como os agradecimentos e o entusiasmo de uma juventude magnetizada pelo carisma ímpar deste Papa que agora nos deixou. O seu corpo ficará em campa rasa, na terra, "como semente de eternidade", garantindo o futuro e a esperança da Igreja, disse o Cardeal Ratzinger, para logo acrescentar que o Papa "procurou o encontro com todos", enquanto deu a sua vida, até ao último momento, "por Cristo e por nós".
"O Santo Padre foi sacerdote até ao fim, porque ofereceu a sua vida a Deus pelas suas ovelhas e por toda a família humana, numa doação quotidiana ao serviço da Igreja e, sobretudo, nas difíceis provas dos últimos meses", salientou o Cardeal Ratzinger. E acrescentou: "Podemos estar seguros de que o nosso amado Papa, agora na Casa do Pai, nos vê e abençoa." A beleza e a sobriedade da liturgia, os cânticos e o significado profundo dos textos bíblicos escolhidos e proclamados em diversas línguas, como símbolo da universalidade da Igreja, envolveram a cerimónia que as televisões e rádios levaram em directo a todos os recantos da Terra. Os demais órgãos de comunicação social hão-de mostrar, amanhã, a toda a gente que está em sintonia com o mais mediático e mais viajado de todos os Papas, outros pormenores, vistos de vários ângulos. Que tudo sirva para nos convocar a uma reflexão sobre o exemplo do Papa João Paulo II e sobre a mensagem da sua vida de entrega a Cristo e aos homens de boa vontade. Tão-só para construirmos um mundo muito melhor. Fernando Martins

quinta-feira, 7 de abril de 2005

Obra do Apostolado do Mar

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Acolhimento cristão junto dos portos
deve ser dinamizado
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O Director Nacional da Obra do Apostolado do Mar, padre Carlos Augusto Noronha, também pároco de Buarcos, na Figueira da Foz, é um profundo conhecedor das necessidades dos pescadores e marinheiros. E defende, por isso, na linha do que propõe o Papa João Paulo II, que as dioceses ligadas ao mar devem dinamizar o acolhimento cristão a todos os que demandam os portos. Também defende que nas paróquias piscatórias se criem pontos de encontro, os Stella Maris, onde os valores do homem do mar sejam cultivados e defendidos. (O texto completo pode ser lido no SOLIDARIEDADE)

Bispos portugueses apresentam princípios de acção social

Princípios e Orientações da Acção Social e Caritativa da IgrejaPreâmbuloEm Portugal, uma boa parte da acção social e caritativa da Igreja exerce-se através de um amplo e diferenciado leque de instituições sócio-caritativas, designadas oficialmente Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e apoiadas pelo Estado. A institucionalização da acção social proporcionou-lhe estabilidade, contribuiu para melhorar a qualidade dos serviços prestados e tem ajudado a definir o quadro de cooperação entre os parceiros sociais. Porém, em paralelo com os aspectos positivos, também originou alguns inconvenientes que não podemos ignorar.A Conferência Episcopal Portuguesa, atendendo às recentes alterações legais e pretendendo aperfeiçoar os parâmetros de cooperação com o Estado e com outras entidades, considera chegado o momento de definir alguns princípios gerais que ajudem a clarificar a perspectiva eclesial das instituições sócio-caritativas e contribuam para optimizar o estilo de cooperação entre os parceiros sociais.A Igreja, realidade humana de instituição divina, distinta de qualquer outra comunidade humana, identifica-se, manifesta-se e realiza-se quando Cristo se torna presente, no seu seio, pela palavra anunciada e testemunhada, pela celebração da fé e pelo serviço fraterno, três realidades unidas de forma indissolúvel e insustentáveis quando separadas umas das outras. (Ver texto completo na Ecclesia)

Papa: publicações para guardar

Penso que nunca se escreveu tanto sobre um Papa como agora. João Paulo II foi, sem sombra de dúvida, um Papa mediático, como jamais houve na história da Igreja. O seu longo pontificado e as inúmeras viagens apostólicas que fez, a par de um grande interesse por temas sociais, sempre na defesa dos homens sofredores e da denúncia das injustiças, terão contribuído para isso. Os aspectos teológicos, a procura do diálogo ecuménico e inter-religioso, a capacidade de perdoar e de pedir perdão, bem como o seu carisma para atrair os jovens, também ajudaram a que João Paulo II fosse respeitado e amado por todo o mundo. Como legado, deixou-nos imenso para ler e para meditar, que todos haveremos de aproveitar, quando a comoção nos deixar. Penso até que, em torno da sua memória e da herança que nos legou, não deixarão de surgir centros de estudos e de reflexão. Hoje, contudo, gostaria de recomendar aos meus leitores que fossem recolhendo algumas publicações que têm estado a aparecer no mercado, muitas delas de iniciativa dos grandes órgãos de comunicação social. Grandes jornais e revistas fizeram edições especiais, recheadas de elementos históricos ligados a Karol Wojtyla, o Papa que veio de Leste, com toda uma experiência de luta e de sofrimento provocados pelo regime comunista, para incutir um novo ânimo à Igreja. Tenho lido muito do que se tem publicado e permito-me destacar a edição especial da revista SÁBADO, com a indicação de que é "para guardar". A vida de Karol Wojtyla, a relação com Portugal e a devoção a Fátima, a sua influência na queda do comunismo, as melhores fotografias e o sofrimento dos últimos anos são títulos da revista que procura fazer um retrato de João Paulo II, "Um Papa Notável". Nesta revista, há de tudo um pouco: a vida, as visitas, os atentados, as doenças, a influência, a política, as polémicas, os números, as viagens, os poderes e os Papas, entre outros temas. Depois, há os comentários de Francisco Sarsfield Cabral, Vítor Feytor Pinto, Jaime Nogueira Pinto, Aura Miguel, Peter Stilwell e Marcelo Rebelo de Sousa. As fotografias são excelentes. É, de facto, uma revista para guardar. Fernando Martins

quarta-feira, 6 de abril de 2005

O prazer de ler

Desde que foi anunciada a morte do Papa, os órgãos de comunicação social não pararam de mostrar, de dizer e de escrever sobre João Paulo II. Jornalistas, cronistas e convidados têm-se multiplicado em elogios ao Santo Padre, enquanto recordam, pelas formas mais diversas, o que foi a sua vida de pastor universal. E se é verdade que a grande maioria sublinha o muito de bom ele fez, ao longo de um pontificado de mais de 26 anos (o terceiro mais longo da história de Igreja), também é certo que um ou outro destoa. Curiosamente, os que mais destoaram, a meu ver e por aquilo que li, foram dois teólogos, que me dispenso de divulgar por uma questão de princípio, nesta hora de dor para o mundo. Confesso que as leituras que tenho feito sobre o Papa João Paulo II me têm enriquecido sobremaneira. Por me lembrarem a vida de muita fé de um Papa, por me recordarem pormenores que tinham caído no esquecimento, por enaltecerem aspectos doutrinários que havia guardado na gaveta, por me contarem curiosidade sempre agradáveis de saber, por sublinharem a capacidade de amar de alguém que fez da sua vida uma doação aos outros. Dessas muitas leituras comovem-me imenso as que vêm de gente sem fé ou que a perdeu na labuta do dia-a-dia, as que vêm de quem declara não o seguir, as que vêm de quem não se identifica com os valores do cristianismo. Mas também me comovem as que vêm de quem um dia foi "apanhado" pela mensagem acutilante e desafiante de João Paulo II, pelo seu ardor apostólico, pelo seu testemunho de amor a Deus e aos homens e mulheres do nosso tempo, pelo defensor da justiça, da verdade, da paz e da harmonia entre povos e nações. Quando me dirijo para este meu espaço de partilha, quase diário e quantas vezes, como hoje, longe de casa, apetece-me remeter os meus leitores para esses escritos, o que tenho feito quando tal é possível. Acontece que nem todos os órgãos de comunicação social têm as portas abertas para isso, o que se compreende, por os serviços on-line custarem muito dinheiro. Hoje, por exemplo, gostaria de encaminhar os meus leitores para um artigo de Fernando Ilharco, "Nunca mais", publicado no PÚBLICO. Como não é possível, aqui ficam, apenas, três frases: "O Papa João Paulo II uniu o mundo, uniu-o entre tempos, uniu-o entre os homens e uniu-o entre nós e Cristo. Para muitos, João Paulo II foi e é o nosso próprio tempo, a modelação da nossa vida, a vontade divina, ela mesma, nas nossas pequenas mãos"; "Numa época de tantas e tão radicais transformações, nas quase três décadas de pontificado, na sua presença e com seu exemplo até ao fim da vida, João Paulo II mostrou aos homens que a humanidade, os valores cristãos que são o ser que somos, é o caminho para Deus"; "É nesta dimensão humana oferecida por Cristo que se nos abre o futuro possível desta Terra, no qual, todos dias e até mais não ser necessário, ouvindo as palavras tantas vezes ditas por João Paulo II, renovadamente nos vamos ouvindo dizer: nunca mais, nunca mais guerra, nunca mais miséria, nunca mais ódio". Fernando Martins

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