terça-feira, 5 de abril de 2005

Comentários de Marcelo Rebelo de Sousa sobre o Papa

... João Paulo II foi sempre radical
Amorte do Papa está naturalmente a dominar toda a semana. Foi o grande acontecimento da semana. É sobre a morte que eu gostaria de fazer alguns comentários. Primeiro, como é que o mundo católico e não católico reagiu perante este fenómeno? Não falo, naturalmente, do fenómeno. Eu diria que o mundo católico reagiu, como é natural, com um sentimento de orfandade. Eu, católico, e os demais católicos sentimos a perda do pai. A juntar a essa orfandade o facto de ele ter corrido o mundo todo - gostava de dizer na sua autobiografia que se sentia mais Paulo do que Pedro; São Paulo correu o mundo e escreveu cartas em que se via que conhecia cada uma das comunidades. E, ao correr o mundo, quis identificar-se com as pessoas de todo o mundo, praticamente durante todo o pontificado. E isso acentua quer a ideia de orfandade dos católicos quer alguma orfandade, no sentido de uma falta, dos não católicos. Uma segunda reacção, ainda relacionada com os católicos - quem acredita na vida eterna acredita que, para além desta vida terrena, depois da morte, a morte não é o fim, é o começo da parte mais importante da vida. E sobre isso encontrei num artigo lindíssimo de João Bénard da Costa, que é um homem da esquerda, um católico de formação, que tem um artigo num livro chamado Um Papa entre dois séculos sobre os 25 anos de pontificado do Papa em que cita um filósofo não católico, cristão luterano, chamado Kierkegaard, que foi para muitos um precursor do existencialismo, que tem esta frase que é um bocadinho o que nós sentimos "Deus vê no segredo, conhece a aflição, conta as lágrimas e não esquece nada." Quer dizer, neste sentido não acaba aqui, e há uma realidade que Deus acompanha nesta vida, e que prossegue na vida eterna. (Para ler todo o artigo, clique DN)

Artigo de António Ribeiro Ferreira, no DN

... 'Não tenhais medo'
As primeiras palavras de Karol Wojtyla quando foi eleito Papa em 1978 foram, e muito bem, lembradas por várias personalidades na hora da morte do líder da Igreja Católica. Seria bom que esta mensagem, e em especial o exemplo de vida de João Paulo II nos seus 26 anos de Pontificado, não fique perdida na imensa floresta de registos sobre a obra do Santo Padre à frente da Igreja. Particularmente em Portugal, um país que teve o privilégio de ter recebido o Papa três vezes, viu Fátima consagrada como um verdadeiro Altar do Mundo e dois dos pastorinhos de 1917 elevados a beatos da Igreja Católica. (Para ler o artigo todo, clique aqui)

KAROL - o Homem e o Crente

É sabido que a Barca não sossobra. O Mestre estará até ao fim dos tempos. Vai emprestando o leme, de quando em vez adormece, de cansaço, e até parece não notar as tempestades. É preciso que os discípulos lhe gritem que a barca está a afundar-se. “Porque temeis, homens de pouca fé?”Entregou as chaves a Pedro que as foi passando a outro, depois a outro. A Igreja, até Wojtila, foi recebendo e outorgando essas chaves. Naquele primeiro dia, na varanda de Pedro, Karol estava mais nervoso do que parecia. Honrosas e pesadas são estas chaves. Para cúmulo, não aplicáveis a todas as portas. As pequenas comunidades – as Igrejas locais – receberão por sua vez chaves de segredo, adaptadas às singularidades de cada história, continente e cultura. Até porque Ele disse: “Eu sou a porta”.Mesmo na expectação de um novo sucessor de Pedro, vivemos pela emoção, o rasto de luz de Karol Woytila, Papa. As ressonâncias vindas de todos os quadrantes acentuam o sulco que este homem abriu em tantos caminhos onde muitos homens e mulheres se sentiam perdidos, sem pão nem importância, dignidade ou direitos. Ou mesmo inseguros na fé e abalados na esperança. Ele reacendeu a chama de Deus em muitos corações sombreados pela neutralidade, indiferença ou sobrelotação de efemérides e insignificâncias. Na Europa, juntou valores adormecidos do Oriente e do Ocidente. Falou duro e forte a alguns. Com uma convicção próxima da teimosia. Mas com um afecto incontido diante de raças, culturas e crenças e situações. De pessoas. Nada proclamou em abstracto. Inundado pelos media foi repercutido até aos confins da terra nas suas palavras e gestos, mas sobretudo na sua humanidade incontida e a sua fé inabalável.Todos estão desconcertados, sem saber o que merece primeira homenagem: o homem ou o crente. Foi um Homem fascinante e um Crente inquebrantável. Por qualquer ponto se começa bem.
António Rego
Fonte: ECCLESIA

PAPA para a vida de muita gente

A minha geração foi marca indelevelmente pela vida e exemplo do Papa João Paulo II. Durante mais de 26 anos, o nosso dia-a-dia não pôde ignorar a sua intervenção, com apelos que foram moldando os nossos comportamentos e definindo o rumo das nossas atitudes. Os testemunhos disso mesmo estão bem patentes nos inúmeros escritos e declarações vindos de todos os quadrantes. E de tal modo, que me deixam impressionado, pela autenticidade que revelam. Leio-os e escuto-os com indisfarçável comoção. Nos últimos tempos, porém, o carisma do Papa projectou-se no mundo dos crentes e não crentes, sobretudo pela força que imprimia à defesa dos valores em que acreditava. Fragilizado pela idade e pela doença, exausto por uma entrega sem limites à missão que recebeu, sempre sem notarmos no seu semblante ou nas suas palavras qualquer gesto de enfado, de cansaço ou queixa, João Paulo II ensinou ao mundo que os velhos, afinal, têm direito a estar entre nós, com as suas experiências de vida, com os seus dons, com a sua sabedoria. E mostrou isso, precisamente numa altura em que, por esta ou por aquela razão, em especial económicas, se marginalizam pessoas, pelo simples facto de serem velhas. O mundo inteiro continua a curvar-se perante a memória deste Papa que contribuiu para mudanças radicais que se alargaram da Europa a outros continentes, colocando o homem, com toda a dignidade que lhe é devida, no centro do universo. Os regimes totalitários ruíram como castelos de areia, mas nem assim o Papa fez a apologia do capitalismo, como muitos esperavam, antes o condenou pelas injustiças que levavam, também, à exploração do homem pelo homem, transformando-o, em imensas situações, apenas no elo de uma máquina ou cadeia de produção. João Paulo II soube deixar os salões do Vaticano para ir ao encontro do homem todo e de todos os homens, em especial dos que sofrem no corpo e na alma, não para simplesmente os consolar, e já não seria pouco, mas fundamentalmente para clamar por justiça. E fê-lo sem constrangimentos junto dos poderosos, assumindo afirmações nem sempre politicamente correctas, que logo mexiam com o mundo, levando gente de bom senso a pensar e a decidir pela dignificação do ser humano. Outros, foram-se calando, ao sabor dos seus interesses egoistas. A sua morte, perante a qual todos os povos da Terra se curvaram, quantas vezes com lágrimas nos olhos, ainda vai acicatar-nos mais. Estou disso convencido. É que o testamento de João Paulo II ainda tem muito por descobrir. Os seus inúmeros escritos, encíclicas, cartas pastorais, homilias, exortações apostólicas, livros de teologia e de filosofia, poesia e discursos, entre muitos outros, precisam de ser mais lidos. E eu estou mesmo convencido de que tal vai realmente acontecer, porque são um património inestimável que não pode cair no esquecimento. Fernando Martins

"Furos" escolares vão acabar

Toda a gente sabe que as faltas dos professores são uma alegria para os alunos. Os "furos" ou "feriados" oferecem aos estudantes a oportunidade de nada fazerem de útil, normalmente, trazendo aos mesmos atrasos nos estudos e tempos livres indesculpáveis nos tempos de hoje. As escolas deviam, desde há muito anos, organizar-se para responder a este problema, já que legislação nesse sentido não falta. Tem faltado, isso sim, vontade para ocupar os alunos com actividades úteis, quer ao nível dos estudos curriculares, quer ao nível da aquisição de conhecimentos gerais, que são a base da cultura das pessoas. O primeiro-ministro José Sócrates anunciou ontem que essa triste realidade dos "furos" vai acabar, tendo sublinhado que as Escolas vão ter de ultrapassar esse problema, com uma organização adequada. É natural que os professores existentes nas escolas não sejam em número suficiente para dar resposta a todos os "furos", mas a verdade é que o assunto vai ser resolvido. Pelo menos foi essa a impressão que me ficou, depois de ouvir José Sócrates. F.M.

segunda-feira, 4 de abril de 2005

CEP rende homenagem ao Papa de Fátima

Os Bispos portugueses, reunidos em Fátima para a assembleia plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), prestaram hoje homenagem à figura do Papa João Paulo II, falecido no passado sábado.“Foram quase 27 anos em que percorremos os caminhos da Igreja, conduzidos por essa grande figura de Pastor. Aqui em Fátima disse-nos em 1982 que o Pastor é aquele que vai à frente, para identificar os perigos e apontar os novos caminhos da peregrinação do Povo de Deus. Ele foi, para toda a Igreja, esse Pastor, que decididamente, com passada larga, tomou sempre a dianteira, apontando obstáculos a vencer mas, sobretudo, rasgando novos caminhos, alguns nunca andados nem imaginados”, disse o Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, na abertura dos trabalhos da reunião magna do episcopado.“A sua morte provocou uma invulgar unidade da humanidade, de cristãos de todas as confissões, de homens crentes de outras religiões, de Governos e de Instituições, de degelo de posições rígidas, na manifestação do que de melhor está guardado no coração do homem e no âmago das culturas. Esta unidade universal, verdadeiro sinal de uma esperança nova, tornou-se no ‘ex-libris’ deste pontificado”, acrescentou. Considerando que a morte de João Paulo II “foi salvificamente fecunda”, o Patriarca disse que “a nossa comunhão com ele é também uma recolhida acção de graças ao Senhor da Igreja, pelo Pastor que nos deu e uma prece, a ele que já está na comunhão dos Santos, que continue a interceder pela Igreja, que precisa de continuar o seu caminho no tempo, não rejeitando nada da grandeza do drama humano”. (Para ler mais, clique ECCLESIA)

Arcebispo de Braga é o novo presidente da CEP

D. Jorge Ortiga
O Arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, é o novo presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP). Foi eleito hoje, dia 4 de Abril, na Assembleia Plenária da CEP, que está a decorrer em Fátima. O vice-presidente é D. António Montes, Bispo de Bragança e Miranda, e o secretário passou a ser D. Carlos Azevedo, Bispo Auxiliar de Lisboa. O Conselho Permanente é composto por D. José Policarpo, Patriarca de Lisboa (por inerência), D. Albino Cleto, Bispo de Coimbra, D. António Marto, Bispo de Viseu, e D. José Alves, Bispo de Portalegre e Castelo Branco. As eleições para as diversas comissões realizar-se-ão posteriormente. A Assembleia Plenária da CEP prolonga-se até dia 7 de Abril.

Mensagem do Bispo de Aveiro sobre a morte do Papa

D. António Marcelino
JOÃO PAULO II
- UM TESTEMUNHO QUE NOS ENRIQUECEU A TODOS Comecei a escrever estas palavras quando, preso à catadupa de notícias que chegavam ao mundo inteiro, se ia dizendo da gravidade do estado de saúde do Papa, cuja vida, presa por um fio, estava a chegar ao seu termo. Invadiu-me, então, uma forte emoção que não tentei reprimir. Algumas lágrimas, nascidas de um coração sensível, que aceitava, sem reticências, o querer de Deus, marejaram-me os olhos. Lágrimas de sentida gratidão. O Papa é um mortal, como qualquer de nós. A sua fragilidade física, a aumentar cada dia, vinha-me preparando para momentos de inevitável pesar. João Paulo II é um irmão, muito chegado, que me entrou, por inteiro, no coração e na vida, e me permitiu a experiência pessoal, já iniciada com Paulo VI, de tocar de perto e com uma normalidade inesquecível, a possibilidade de uma Igreja hierárquica próxima das pessoas, o calor da comunhão fraterna a estimular, cada dia, o sentido de serviço, a abertura a todos, sem excepção, porque ele sabia que em todos se esconde e se pode encontrar o Deus amor, que de mil modos actua e se revela. Todos os bispos, por força da sua missão, mantêm uma especial relação com o Papa, com encontros pessoais regulares, pelo menos de cinco em cinco anos, em visitas programadas. Para além destes encontros com João Paulo II que, para mim, foram vários, dado os trinta anos de episcopado que estou prestes a completar, muitos outros se proporcionaram pela minha participação em três sínodos dos bispos com a presença diária do Papa, e nos vários simpósios dos bispos da Europa, realizados em Roma. Ainda nas suas vindas a Portugal ou em idas minhas a Roma, por motivo de reuniões e congressos com audiência papal. Sempre encontros gratificantes. Foi também a concelebração eucarística em grupo na capela pessoal do Papa e, meia dúzia de vezes, a refeição à sua mesa de todos os dias. Toda esta proximidade gerou estima, amizade e admiração e até um certo à-vontade. Podíamos, então, fazer perguntas ao Papa e estabelecer uma conversação que nada tinha de formal. João Paulo II favorecia muito esta aproximação, com o seu interesse, bom humor e conhecimento da nossa língua, fazendo questão de falar e querer que falássemos em português. No sábado à noite estava a celebrar a Confirmação numa paróquia da diocese, quando a notícia, por demais esperada, chegou. Convidei o povo a rezar e a agradecer o grande dom à Igreja e ao mundo, que foi João Paulo II e pude, então, aplicar logo por ele a Sagrada Eucaristia. Dei graças a Deus por assim ter sido. Foi para mim o momento mais propício para acolher, para rezar, para agradecer. Eu sei que o Papa continua vivo. O muito que nos deixou é património da Igreja e da humanidade. Não o quero perder. Não o podemos perder. António Marcelino, Bispo de Aveiro

Exéquias pelo Papa na Sé Catedral

Sob a minha presidência, haverá exéquias solenes na quinta-feira, dia 7, na Sé Catedral de Aveiro, às 19 horas. Dado que os Bispos de Portugal se encontram em assembleia plenária em Fátima, de segunda a quinta-feira, só nesse dia posso estar, como é meu desejo e meu dever.
Para esta celebração convido os presbíteros e os diáconos, os consagrados e os leigos, os jovens e os adultos, a diocese e a cidade, representantes das paróquias e dos movimentos apostólicos.
Convido, também, as diversas instituições da comunidade civil e todas as pessoas de boa vontade, porque, para ninguém, João Paulo II é uma pessoa estranha.
Peço a todos os párocos que organizem, nestes dias, celebrações de sufrágio pelo Santo Padre de modo a que todos os paroquianos se possam associar, em oração fervorosa, por João Paulo II e, em serena reflexão, pelo que a sua vida significou e significa para a Igreja, para o mundo, para cada um de nós.
António Marcelino, Bispo de Aveiro

Sé de Aveiro: Exéquias solenes em memória do Papa

Na Sé de Aveiro, D. António Marcelino presidirá, na próxima quinta-feira, pelas 19 horas, às exéquias solenes, em memória do Papa João Paulo II.
Entretanto, o prelado aveirense confessou à Renascença estar muito emocionado com a forma como o mundo está a reagir à morte de João Paulo II, tendo frisado que a abertura demonstrada nos últimos dias pela China para um novo relacionamento com a Igreja Católica já é uma graça do falecimento do Papa.
D. António Marcelino considerou que João Paulo II levou, durante o seu Pontificado, o diálogo ecuménico a um patamar tão elevado, que o próximo Papa não pode deixar de continuar.
Todos as pessoas são convidadas a participar nesta cerimónia, que se realiza no dia anterior ao funeral do Papa João Paulo II.

Papa enfrentou regimes e sistemas

O Papa enfrentou regimes e sistemas, afirmou o Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, no domingo, na missa por alma de João Paulo II
Só na generosidade, solidariedade e no compromisso com os outros, o Homem descobre a sua própria vida. "Foi isso que fez de João Paulo II, não só um grande pastor da Igreja mas um grande símbolo da humanidade", realçou D. José Policarpo, Patriarca de Lisboa, na homilia da celebração de domingo, na Sé de Lisboa. Nesse abraçar "apaixonadamente o destino da humanidade, agigantou-se a energia espiritual de um grande crente", afirmou o Cardeal de Lisboa, que é também o Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa. A força deste homem que o fez percorrer o mundo e "enfrentar as grandes causas da humanidade foi a força da fé". "A sociedade contemporânea, na variedade de religiões e culturas, nas contradições paradoxais entre desejos anunciados e caminhos percorridos, no traumatismo de páginas da história que todos gostaríamos de esquecer, o ateísmo e a descrença assumidos como valores, parece mais antagónica que convergente com este anúncio de esperança cristã", referiu o purpurado. João Paulo II - sublinha D. José Policarpo - foi "um dos que ousaram percorrer corajosamente esses caminhos". Na sua primeira visita a Portugal, recorda o Patriarca de Lisboa, João Paulo II disse-lhe: "bispo é aquele que vai sempre à frente" e que "discerne caminhos novos". Durante o Pontificado deste Papa, "tivemo-lo como pastor corajoso. Sempre à frente com passada rasgada e decidida. Não escondendo o peito das ameaças que pesam sobre a Igreja e sobre o homem. Chocando o mundo e surpreendendo muitos. Galvanizando multidões", disse na homilia o Patriarca de Lisboa. No seu caminho pastoral, João Paulo II enfrentou "regimes e sistemas"; "quebrou tabus" e "abriu as portas do diálogo entre culturas e religiões", sublinhou D. José Policarpo.
Fonte: Agência Ecclesia

João Paulo II será sepultado na Basílica de São Pedro

Funeral do Papa na sexta-feira
O funeral do Papa João Paulo II terá lugar pelas 10 horas (hora local, 9 horas em Lisboa) de 8 de Abril, sexta-feira. A decisão foi tomada na segunda das Congregações Gerais dos Cardeais, concluída há minutos, com a participação de 65 Cardeais. A missa exequial terá lugar na Basílica de São Pedro, sob a presidência do Cardeal Joseph Ratzinger, Decano do Colégio Cardinalício. Posteriormente, o corpo do Papa será sepultado na cripta da Basílica de São Pedro, após as cerimónias de encomendação. O porta-voz do Vaticano, Joaquín Navarro-Valls, negou que João Paulo II tivesse manifestado qualquer vontade ou explicitado qualquer disposição para ser sepultado na Polónia. Hoje, 4 de Abril, o féretro de João Paulo II será trasladado pelas 17 horas da Sala Clementina para a Basílica de São Pedro, seguindo-se uma celebração da Palavra presidida pelo Camerlengo da Santa Igreja Romana, Cardeal Martinez Somalo. Cerca de uma hora depois, os fiéis de todo o mundo poderão prestar a sua última homenagem ao Papa. Tendo em vista o previsível afluxo de peregrinos, a Basílica permanecerá aberta toda a noite, fechando apenas das 2 às 5 horas da manhã, para operações de limpeza. (Para ler o artigo todo, clique ECCLESIA)

domingo, 3 de abril de 2005

Artigo de José Manuel Fernandes, director do "PÚBLICO"

O Papa da liberdade Morreu como sempre viveu: com enorme coragem, a eterna coerência, as convicções inabaláveis, a persistência do lutador que nunca desiste. Sobretudo nunca desiste de ser quem é, de assumir até às últimas consequências a sua liberdade interior, de não se render às circunstâncias, mesmo as mais adversas. As últimas semanas, os últimos meses - os últimos anos? - foram de um grande sofrimento. Karol Wojtyla era um homem tolhido pela doença, diminuído há muito pelo atentado quase fatal de 1981 - agora confirmadamente uma obra do KGB - e que, mesmo assim, não se eximia a qualquer das que acreditava serem as suas obrigações. Num mundo onde a velhice, em especial a degradação do corpo que surge com a doença e a idade, é tantas vezes escondida e motivo de vergonha, João Paulo II assumia-se como era perante todos. Não para exibir a dor ou inspirar piedade, mas porque era um velho doente e queria dizer a todos que um velho doente não deixa por isso de ser o mesmo ser humano, merecedor do mesmo respeito, senhor da sua inalienável dignidade. Num tempo em que tudo fazemos para evitar a dor e fugir ao sofrimento, João Paulo II não deixava de tentar cumprir todos os rituais ligados à sua função mesmo que isso implicasse dor e sofrimento - até porque assumir o sofrimento próprio e entendê-lo como a vontade de Deus faz parte da herança da Cristandade, da crença mais profunda dos fiéis. Acreditar, ter fé, é um dom - e escrevo-o como alguém que conheceu e perdeu a fé. Quando essa fé tem o poder e a intensidade que se percebia em João Paulo II - não é certamente por acaso que D. José Policarpo, patriarca de Lisboa, escreveu que a imagem mais forte que guarda de João Paulo II é do "Papa como um grande crente" - ela determina cada gesto, cada decisão, toda a iniciativa. Admito que é difícil, para todos, mesmo para os católicos, entender o significado integral da entrega de alguém como Karol Wojtyla, sobretudo quando o seu ministério é mais controverso. No entanto julgo que, sobrepondo-se a todas as diferenças de opinião, temos de olhar para o seu legado como algo de que não podemos guardar o que gostamos e esquecer o que não gostamos: temos de o tentar compreender na sua integralidade pois corresponde à imensa coerência e complexidade de alguém que nunca desistiu e sempre lutou pelas suas convicções mais profundas. (Ler o texto na íntegra no "PÚBLICO")

Efeméride: Agostinho da Silva

No domingo de Páscoa de 1994, 3 de Abril, morreu em Lisboa o professor e pensador Agostinho da Silva, depois de uma vida cheia envolta no sonho do 5º império. Do homem que acreditava que o Portugal do século XXI haveria de revelar ao mundo, "sobretudo pelo ser de cada um, o que se vai atingir para além do mundo, com toda a física e metafísica; todas as coisas várias e as mesmas; todos os povos um só e diferentes; todas as características uma e diferentes; todos os ideais diferentes, e um só". Agostinho da Silva nasceu no Porto em 1906 e em 1931 a Universidade da cidade invicta confere-lhe o doutoramento com distinção pela tese que desenvolveu, "O Sentido Histórico das Civilizações Clássicas". Inconformista, procura conhecimentos e culturas em todo o lado, funda Centros de Estudos no País e no estrangeiro, passa por Aveiro onde foi professor do Liceu José Estêvão, em 1933, profere palestras, cria Universidades e lecciona no Brasil e noutros países de vários continentes, escreveu livros. Foi um autêntico andarilho da cultura e da educação pelos quatro cantos do mundo. Eduardo Lourenço diz do pensador que "a encarnação perfeita de uma experiência transparente", que foi um "místico" e até um "excêntrico". Lembra, ainda, que Agostinho da Silva foi "o homem dos sete ofícios, profeta, pedagogo, sábio, naturalista por conta própria", onde "A Natureza e a face misteriosa, terrífica, o símbolo dos pesadelos e das ficções científicas, repousava nas suas mãos como num berço". F.M.

Editorial do "Expresso"

A linha da vida "A terrível batalha jurídica que se desenrolou nos Estados Unidos, com os tribunais a legislarem sobre o corte ou não corte do fio que ligava uma mulher à vida, e a luta que decorre em Portugal a propósito da marcação da data do referendo do aborto, trouxeram de novo à actualidade o debate sobre a vida humana. A questão coloca-se de forma muito simples: uns defendem que não é legítimo intervir sobre a vida de um ser humano, desde o momento da concepção até ao momento da morte, outros consideram que essa intervenção é legítima. Os primeiros condenam, por exemplo, o aborto e a eutanásia. Os segundos aceitam-nos. O Expresso, não sendo um jornal confessional, como é sabido, tem-se mantido intransigentemente contrário à manipulação da vida. Para nós, é necessário que haja uma linha clara, nítida, que separe a vida da morte - e que na transposição dessa linha não exista intervenção de ninguém. Ora os que defendem a eutanásia e o aborto estão a admitir que a linha que protege a vida não é nítida, que o início da vida e o momento da morte são discutíveis, que um ser com menos de 12 semanas não pode ser considerado um ser humano e que um homem ainda vivo pode já 'merecer' estar morto - sendo admissível, por isso, o golpe de misericórdia. Esta aceitação da ideia de que à volta da vida não deve haver uma linha inviolável mas uma nebulosa, e que são legítimas as intervenções nessa zona no sentido de interromper a vida ou apressar a morte, é um passo terrivelmente perigoso. Porque, além da eutanásia e do aborto, abre o campo a outras enormidades como a pena de morte. Ou a pensamentos ainda mais tenebrosos como este: se uma pessoa deixou de trabalhar e de ser produtiva, se se tornou um estorvo para os seus familiares, porquê mantê-la viva? Se a eutanásia é permitida, por que não alargar esse conceito aos velhos que só representam encargos para a sociedade e um peso insuportável para os parentes? Aceitar a manipulação da vida é um risco tremendo. Aqueles que, por razões ideológicas ou porque consideram que isso é 'moderno', defendem 'causas' como a eutanásia e o aborto, deveriam pensar um pouco mais a fundo até onde isso nos poderá levar."
NB: Transcrevo o Editorial do "Expresso" desta semana porque julgo que pode ajudar muita gente a pensar.

A globalização está a dar cabo de nós

No seu espaço habitual do suplemento "Economia & Internacional" do "Expresso", Nicolau Santos afirma que a globalização está a dar cabo de nós, garantindo que "não há milagre de produtividade que consiga reduzir o diferencial do custo de mão-de-obra entre a Europa e a China". E sublinha, a seguir, que o inevitável "é a concentração da riqueza num cada vez menor número de megaempresas e o avanço da pobreza e da insegurança profissional à escala planetária". Depois de contar a história económica do Japão, que passou quase do pleno emprego no pós-guerra para uma situação em que 40 por cento dos japoneses ocupam, presentemente, um posto de trabalho a tempo parcial ou a termo certo, Nicolau Santos afirma que a globalização vai fazer com que "a esmagadora maioria das nossas empresas têxteis desapareça, deixando no desemprego de 75 a 100 mil trabalhadores nos próximos cinco anos". Refere, por outro lado, que o movimento da integração europeia "vai tornar-nos o Alentejo da Europa, desertificado e pouco interessante, com os nossos melhores quadros e os nossos filhos a emigrarem para centros urbanos europeus bem mais compensadores do ponto de vista profissional, social e cultural". No entanto, Nicolau Santos frisa que ainda há soluções para evitar esta catástrofe, soluções essas que passam por algumas empresas nacionais dominarem sectores estratégicos e por haver incentivos a investimentos estrangeiros em investigação e desenvolvimento entre nós. Mais: por estimular o orgulho dos empresários nacionais em manterem as empresas nas suas mãos, por fazer compreender aos sindicatos que não pode estar em jogo os aumentos salariais, mas saber se ainda teremos um emprego daqui a cinco anos. Numa perspectiva positiva, temos de olhar, de facto, para a evolução do mundo económico, matriz do progresso a nível de bem-estar social. A economia, hoje, está na base de tudo, podemos mesmo dizê-lo. Mesmo acima das políticas governamentais, que pouco poderão fazer para além do estímulo e da criação de estruturas de apoio ao desenvolvimento empresarial, sempre no respeito pelo princípio da defesa dos mais frágeis da sociedade, como é próprio de uma democracia solidária. F.M.

sábado, 2 de abril de 2005

Vela que iluminou o mundo extinguiu-se

Hoje, primeiro sábado de Abril de 2005, pelas 20.37 horas de Lisboa, extinguiu-se uma vela que iluminou o mundo. Vela que irradiou luz e calor humano, que deu brilho a gestos de verdade, que inspirou caridade, que valorizou a solidariedade entre todos os homens de boa vontade. Vela que iluminou caminhos de paz e de fraternidade entre povos e nações, que valorizou a harmonia entre as pessoas. Vela que clamou por justiça e que abriu pistas de amor, para um mundo muito melhor. João Paulo II fica na história da Igreja e do mundo como um arauto das causas justas, do entendimento entre cristãos de todas as denominações, do diálogo inter-religioso, do respeito pelos não crentes. Mas fica também como o Papa corajoso que esteve em todas as frentes na luta pela dignificação do homem e da mulher, dos jovens e idosos, dos marginalizados e esquecidos, dos pobres dos pobres. João Paulo II foi, sobretudo, um Papa de fé, de uma fé dinâmica e aberta, determinada e ao mesmo tempo serena, que se apresentou em todos os areópagos mundiais, durante 26 anos, para apelar aos homens que abrissem os seus corações a Cristo, rumo à construção de uma nova ordem social e espiritual, onde todos fossem irmãos. João Paulo II deixou-nos fisicamente, mas continuará connosco, com todos os que viam nele um reflexo visível da mensagem de Cristo, mensagem que ele apresentou, como poucos, a todas gerações e para todos os tempos. João Paulo II, agora que está no seio de Deus, não se esquecerá de nós, como bom pai que foi para todos os que o ouviam e seguiam. Afinal, o peregrino do mundo, o incansável defensor dos oprimidos, o doente sem queixumes, o homem de rosto calmo e de palavra doce, permanecerá no meio de nós. Para sempre. Fernando Martins

MORREU JOÃO PAULO II

O Santo Padre faleceu esta noite, às 20.37 horas (hora de Lisboa), no seu apartamento privado
João Paulo II morreu esta noite, aos 84 anos, na sequência do progressivo agravamento do seu estado de saúde, ao longo dos últimos dias. A notícia foi confirmada oficialmente pelo Vaticano. "O Santo Padre faleceu esta noite às 21. 37 horas (hora local, menos uma em Lisboa), no seu apartamento privado", refere o comunicado difundido pelo porta-voz do Vaticano, Joaquín Navarro-Valls.
"Todas as disposições previstas na Constituição Apostólica 'Universi Dominici Gregis', promulgada por João Paulo II a 22 de Fevereiro de 1996, entraram em vigor", acrescenta. O Papa morre num primeiro sábado do mês, dia particularmente dedicado à figura da Virgem Maria, de quem sempre foi particularmente devoto. "É com emoção e com profundo sentimento que anunciamos a morte João Paulo II, o Papa que durante 26 anos de Pontificado confirmou a Fé e contribuiu para solidificar os fundamentos da fé e da solidariedade entre todas as nações. Recomendamo-lo ao Senhor", anunciou a Rádio Vaticano. O Papa polaco foi uma das figuras mais marcantes da história recente, na Igreja e no mundo, e deixa atrás de si a herança de um longo Pontificado de 26 anos e meio (1978-2005) o terceiro mais longo da história da Igreja. (Pode ler mais na ECCLESIA)

IGREJA acompanha momentos finais do Papa

O Vaticano não esconde que João Paulo II vive os momentos finais, explicando que o Papa se encontra em condições “gravíssimas” e começa a entrar num estado de perda de consciência. De acordo com o último comunicado disponível, as condições gerais cardio-respiratórias e do metabolismo “permanecem substancialmente inalteradas e são, por isso, gravíssimas”.Desde o amanhecer deste sábado, o Papa começou a ter perdas de consciência, embora o porta-voz do Vaticano negue o estado de coma noticiado por várias agências internacionais. “Desde o começo da manhã de hoje foi observado um compromisso inicial do estado de consciência”, disse Navarro-Valls, explicando que o Papa parece “estar a dormir” e que “não está tecnicamente em estado de coma”.Milhares de fiéis acompanham o evoluir da situação na Praça de São Pedro, diante da janela dos aposentos de João Paulo II, cujas luzes se mantiveram acesa durante toda a noite.A noite passada foi marcada pelo silêncio e o recolhimento, num local marcado por milhares de intervenções, muitas das quais históricas, e por momentos de grande intimidade entre o Papa e os peregrinos, ao longo destes 26 anos e meio de Pontificado. (Para ler o texto na íntegra, pode clicar em ECCLESIA)

PAPA continua a piorar

Segundo as últimas notícias, o Santo Padre não está em coma, mas o seu estado de consciência começa a ficar comprometido. Esta informação partiu do porta-voz do Vaticano, Joaquín Navarro-Valls, num comunicado oficial revelado há minutos, divulgou a ECCLESIA :“desde o começo da manhã de hoje foi observado um compromisso inicial do estado de consciência”. Navarro-Valls acrescentou, contudo, que “o Papa não está tecnicamente em estado de coma”. O estado de saúde de João Paulo II permanece "substancialmente inalterada", ou seja, condições "gravíssimas".Um novo comunicado está previsto para o final da tarde.Navarro-Valls assegurou que, na tarde de ontem, João Paulo II terá pronunciado algumas palavras para agradecer a presença dos jovens neste momento delicado da sua vida.

DIA INTERNACIONAL DO LIVRO INFANTIL

Como já informei aqui, celebra-se hoje o DIA INTERNACIONAL DO LIVRO INFANTIL, precisamente no dia em que se recorda a data em que nasceu o escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, há 200 anos. Este Dia Internacional, com os méritos de todos os outros, deve levar-nos a reflectir sobre o que podemos fazer a partir de hoje, concretamente na linha da promoção do livro infantil e do incitamento à leitura, sendo certo que aqueles dois pontos são, sem sombra de dúvidas, um excelente contributo para a formação de mulheres e homens novos. Novos, porque enriquecidos pela cultura, pelo conhecimento, pelo respeito por outras formas de pensar e de viver que as leituras proporcionam. O DIA INTERNACIONAL DO LIVRO INFANTIL é para ser vivido pelas crianças, é verdade, mas também pelos pais e educadores, todos em perfeita sintonia, porque só assim encontrará êxito. E para isso, proponho aos responsáveis pela educação de crianças a leitura de um livro, editado há poucos dias, que é uma boa ajuda para quem tem de saber o que oferecer aos novos leitores. Trata-se de "Dez réis de gente... e de livros", de Sara Reis da Silva, onde a autora nos encaminha para escritores lusófonos, dando informações importantes a quem tem de aconselhar um livro para a infância.
F.M.

Noite de oração pelo Santo Padre

Em todo o mundo católico, a última noite foi de vigília e de oração pela saúde do Papa. E a esse mundo, muito ligado a João Paulo II, juntou-se o mundo de outros cristãos, do Islão e de outras religiões e formas de espiritualidade, bem como o mundo dos não crentes. Foi uma homenagem universal ao homem que durante 26 anos lutou incansavelmente pela paz, pela justiça social, pela harmonia entre povos e nações, mas também pela instauração do Reino de Deus na Terra, no seguimento da Boa Nova de Jesus Cristo. Também estivemos, todo o dia, neste espaço partilhado, em sintonia com todos os que reconhecem a importância do papel desempenhado pelo Santo Padre na defesa dos mais pobres, dos perseguidos, dos marginalizados, dos oprimidos e dos deserdados da sorte, precisamente quando as sociedades passam por eles com olhares indiferentes. A esta hora, pouco ou nada se sabe sobre o estado de saúde do Santo Padre, desde o fim da tarde de ontem. O que sei é que gostaria de receber a notícia de que o Papa teria conseguido resistir à doença. Para ao menos, com o seu olhar terno e bondoso, nos fixar, nem que fosse apenas mais uma vez. F.M.

POSTAL ILUSTRADO

Posted by Hello Aveiro: Canal central visto do Centro Cultural

sexta-feira, 1 de abril de 2005

PAPA WOJTYLA: Biografia de João Paulo II

Foto da ECCLESIA
O Papa polaco é uma das figuras mais marcantes da história recente, na Igreja e no mundo, e tem atrás de si a herança de um longo Pontificado de 26 anos e meio.
Karol Wojtyla nasceu no dia 18 de Maio de 1920 em Wadowice, no sul da Polónia, filho de Karol Wojtyla, um militar do exército austro-húngaro, e Emília Kaczorowsky, uma jovem de origem lituana. Aos 9 anos de idade recebeu um duro golpe, o falecimento de sua mãe ao dar à luz a uma menina que morreu antes de nascer. Três anos mais tarde faleceu o seu irmão Edmund, com 26 anos, e em 1941 morre o seu pai. Em 1938 foi admitido na Universidade Jagieloniana, onde estudou poesia e drama. Durante a II Guerra Mundial (1939- 1945) esteve numa mina em Zakrzowek, trabalhou na fábrica Solvay e manteve uma intensa actividade ligada ao teatro, antes de começar clandestinamente o curso de seminarista. Durante estes anos teve que viver oculto, junto com outros seminaristas, que foram acolhidos pelo Cardeal de Cracóvia. Segundo relata o actual Pontífice, estas experiências ajudaram-no a conhecer de perto o cansaço físico, assim como a simplicidade, a sensatez e o fervor religioso dos trabalhadores e pobres. As marcas no seu corpo começam a aparecer quando em Fevereiro de 1944 é atropelado por um camião alemão e é hospitalizado. Ordenado sacerdote em 1946, vai completar o curso universitário no Instituto Angelicum de Roma e doutora- se em teologia na Universidade Católica de Lublin, onde foi professor de ética. (Para ler toda a biografia, clique aqui)

Estado de saúde do Papa

......... Declaração oficial do Vaticano sobre a saúde do Papa
As condições gerais e cardio-respiratórias do Santo Padre agravaram-se ulteriormente. Regista-se uma baixa da tensão arterial cada vez mais grave, enquanto a respiração se tornou superficial.Instaurou-se um quadro clínico de insuficiência cardio-circulatória e renal. Os parâmetros biológicos estão notavelmente comprometidos.O Santo Padre, com visível participação, associa-se à oração continua daqueles que o assistem.

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