segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Peregrinos de esperança

Crónica de Bento Domingues
no PÚBLICO

Ainda andamos às voltas com o desafio da Igreja sinodal (2021-2023) – que muitas pessoas ainda nem deram conta do que significa e implica – e este Papa acaba de nos lançar para o Jubileu 2025.

1. Este Papa parece que tem horror ao vazio. Ainda andamos às voltas com o desafio da Igreja sinodal (2021-2023) – muitas pessoas ainda nem se deram conta do que isso significa e implica – e, no entanto, acaba de nos lançar para o Jubileu 2025. Talvez não seja inútil apresentar algumas etapas desse percurso.
O Papa Paulo VI instituiu o Sínodo dos Bispos para continuar o Vaticano II, que também tinha sido um Concílio de Bispos. Já teve várias realizações até à chegada do Papa Francisco. Este continuou o modelo que não satisfez o programa que traçara para o seu pontificado – A Alegria do Evangelho.
Resolveu convocar algo diferente – o Sínodo 2021-2023, para uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão. O objectivo e o método são diferentes. Não se trata, apenas, de uma consulta seleccionada para o trabalho dos bispos. Agora, deseja que a configuração deste Sínodo resulte de toda a Igreja. Para isso, contamos com um Documento preparatório e o Vade-mécum que fornecem indicações e sugestões sobre o processo de escuta e discernimento, que as igrejas locais farão de forma criativa, se fizerem, pois são conhecidas muitas resistências.

Tenho de reagir!


Fomos um dia destes a Aveiro para descontrair. Cada um foi para seu lado. A Lita voltada para as modas e eu virado para os livros. Entrei numa livraria e senti que não era o mesmo. Percebi que andava apático, perdido por ali, sem gosto por nada.
Os hábitos de confinamento, agora não tanto por necessidade ou obrigação, mas por razões inexplicáveis, tiraram-me o gosto pelo interesse. Olhava para os livros e nada me atraía. Nem novidades literária, nem conhecidos escritores, poetas, romancistas e cronistas, historiadores, bem conhecidos, uns, e novos na arte de escrever, outros, mas saí como entrei. Algo vai mal pelo meu lado.
Regressei preocupado. Tenho de reagir.
Sinto que tenho de recuperar o ânimo, pondo de lado receios infundados. Afinal, tomei as doses recomendadas das vacinas, não frequento espaços críticos, uso máscara quando saio e mesmo em casa, quando alguém nos visita. Não há à partida razões para receios. E soube agora que a Rainha de Inglaterra, Isabel II, está com Covid-19.

domingo, 20 de fevereiro de 2022

Os primeiros médicos da Gafanha da Nazaré

Médicos que exerciam
uma clínica de proximidade

Dr. José Rito
O primeiro médico com consultório na Gafanha da Nazaré foi o Dr. José Rito, o primeiro gafanhão com um curso de medicina. Foi licenciado pela Universidade de Coimbra em 1918. Casou em Ílhavo (Ver nota 1), foi inspetor de saúde e médico municipal.
Os médicos que montaram consultório na nossa terra e que aqui exerceram clínica toda a vida foram os Drs. Joaquim António Vilão e Maximiano Ribau. O Primeiro de Figueira de Castelo Rodrigo e o segundo da Gafanha da Nazaré. Isto aconteceu em 1940.
Exerceram a sua profissão em espírito de missão, muito próximos dos seus pacientes. No consultório e nas visitas domiciliárias, constantes naqueles primeiros tempos.
As consultas e os primeiros tratamentos, que não se coibiam de aplicar, tão certos estavam das dificuldades das pessoas, que bem conheciam, suscitaram muitas reações de respeito para com estes médicos.
Como era hábito nessa década, os médicos estabeleciam com as famílias uma avença ano após ano. Dinheiros não abundavam e a mais simples forma era receberem, em paga das consultas, produtos da terra.
Dr. Ribau
Na época das colheitas, cada médico convidava uns amigos que percorriam a freguesia para a recolha do que as famílias ligadas por compromisso oral podiam dar. Depois, os clínicos, como é óbvio, teriam de vender os produtos recolhidos.
Paralelamente, davam consultas a não avençados e a funcionários e trabalhadores de instituições ou organizações, como a Casa dos Pescadores, a Aviação e empresas.

sábado, 19 de fevereiro de 2022

Imperdoável: O episódio grotesco

"O episódio foi grotesco. Ainda um dia se encontrarão os culpados. Partidos? Funcionários? Juristas? Burocratas? Quais? Quem? De que ministério? Com que funções? Quem respeitou e quem agiu contra a lei? De tudo isso se saberá um dia, um pouco, talvez nunca…
Sobra a recordação de um episódio raro na história de Portugal, da Europa e da democracia. Foram cento e cinquenta mil votos anulados, cento e cinquenta mil pessoas que se deslocaram para adquirir os meios de votar, que tinham a certeza de ter satisfeito um direito, que sabiam ter cumprido um dever, que sentiam pertencer a um país, que se identificavam com milhões de outros como eles, que esperavam contribuir para a formação de um parlamento, que queriam ter um representante seu e que deram o seu veredicto para formar um governo! Apesar da repetição, o episódio está aí, claro no seu significado, turvo no seu sentido."

António Barreto no PÚBLICO de hoje

A religião vai acabar?

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de  Notícias

A experiência mais profunda e autêntica de Deus, aquela que não engana, é a do amor. Essa foi a revolução de Jesus de Nazaré.

A religião chegou ao fim?
Eis uma daquelas perguntas que voltam sempre de novo. E não faltam as profecias a anunciar o fim da religião. No entanto, a profecia está longe de ver a sua confirmação. Neste tempo de ateísmo, pelo menos 85% da Humanidade continua a afirmar-se religiosa A religiosidade é uma dimensão profunda e constitutiva do Homem, como a música, a estética, a ética...
No longo processo da hominização, quando se deu o salto para a humanidade, apareceu no mundo uma forma de vida inquieta que leva consigo constitutivamente a pergunta pelo sentido último e total e a sua busca. Precisamente esta questão é a raiz do dinamismo cultural e religioso. E o que mostra a história das religiões é que não bastam as realizações culturais como resposta à totalidade da questão do sentido, pois também elas são contingentes e minadas pelo efémero e mortal. Por isso, desde o início, a resposta do "verdadeiramente positivo" é vista em forças supra-humanas, mais tarde, em deuses e Deus. Trata-se sempre de "objectivações" que transcendem o mundo empírico e a história dada. O que constitui a religião, como escreveu Karl-Heinz Ohlig, é a experiência de contingência, a abertura ao sentido e a correspondente esperança num Sentido "transcendente".

O mundo precisa de beleza



"No difícil contexto atual que o mundo conhece, em que a desorientação e a tristeza parecem por vezes prevalecer, a vossa missão revela-se mais do que nunca necessária, porque a beleza é sempre uma fonte de alegria, colocando-nos em contacto com a bondade divina. Se há beleza é porque Deus é bom e dá-a. E isto dá-nos alegria, alenta-nos, faz-nos bem. O contacto com a beleza puxa-nos para cima, sempre, a beleza faz-nos ir mais além."

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Um ciclame para começar o dia


Em dia de férias para poupar os meus cansados  olhos, partilho com gosto um ciclame do nosso quintal.

A grandeza do amor sem limites. Como o de Jesus

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Domingo VII do Tempo Comum

Não deixemos que nos roubem o ideal do amor fraterno!

“Parem de nos matar” pedem jovens em cartaz levado em marcha de protesto contra a violência e o terrorismo. “Deixem-nos viver em paz e construir as nossas vidas em segurança” clamam outros no mesmo desfile. E o sentir destes jovens é emblemático do que todos praticamente vivemos: guerra mundial por zonas que despedaçam povos e criam instabilidade; guerras locais por núcleos que rivalizam em vinganças e retaliações; guerras no interior de cada pessoa que, insatisfeita consigo mesma, entra em conflito com o próximo, os familiares (Papa Francisco). Qual a nossa atitude perante quem nos calunia, persegue, prejudica? O exemplo de Jesus serve-nos de guia para assumirmos uma atitude humana digna. Lc 6, 27-38.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

Forte da Barra com Zona de Proteção Especial

Zona Especial de Proteção 
do Forte da Barra 
em consulta pública

Forte da Barra - Foto do meu arquivo

Está a decorrer o período de consulta pública do processo que visa implementar a Zona de Proteção Especial (ZEP) do Forte da Barra, situado na Gafanha da Nazaré (concelho de Ílhavo), já classificado como imóvel de interesse público. Os elementos relevantes do processo (fundamentação, despacho, restrições a fixar e planta com a delimitação da zona especial de proteção, dos zonamentos e da área de sensibilidade arqueológica a criar) estão disponíveis nas páginas eletrónicas www.patrimoniocultural.gov. pt em (Património/Classificação de Bens Imóveis e Fixação de ZEP/Consultas Públicas/Ano em curso); www.culturacentro.gov.pt e www.cm-ilhavo.pt.

Li no Correio do Vouga 

terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Farol e seu ambiente - 1933

 

Para os que gostam de história, aqui fica o dique de concentração de correntes em 1933. Haverá por aí alguém desse tempo?

In "A Barra e os Portos da Ria de Aveiro"

Etiquetas

A Alegria do Amor A. M. Pires Cabral Abbé Pierre Abel Resende Abraham Lincoln Abu Dhabi Acácio Catarino Adelino Aires Adérito Tomé Adília Lopes Adolfo Roque Adolfo Suárez Adriano Miranda Adriano Moreira Afonso Henrique Afonso Lopes Vieira Afonso Reis Cabral Afonso Rocha Agostinho da Silva Agustina Bessa-Luís Aida Martins Aida Viegas Aires do Nascimento Alan McFadyen Albert Camus Albert Einstein Albert Schweitzer Alberto Caeiro Alberto Martins Alberto Souto Albufeira Alçada Baptista Alcobaça Alda Casqueira Aldeia da Luz Aldeia Global Alentejo Alexander Bell Alexander Von Humboldt Alexandra Lucas Coelho Alexandre Cruz Alexandre Dumas Alexandre Herculano Alexandre Mello Alexandre Nascimento Alexandre O'Neill Alexandre O’Neill Alexandrina Cordeiro Alfred de Vigny Alfredo Ferreira da Silva Algarve Almada Negreiros Almeida Garrett Álvaro de Campos Álvaro Garrido Álvaro Guimarães Álvaro Teixeira Lopes Alves Barbosa Alves Redol Amadeu de Sousa Amadeu Souza Cardoso Amália Rodrigues Amarante Amaro Neves Amazónia Amélia Fernandes América Latina Amorosa Oliveira Ana Arneira Ana Dulce Ana Luísa Amaral Ana Maria Lopes Ana Paula Vitorino Ana Rita Ribau Ana Sullivan Ana Vicente Ana Vidovic Anabela Capucho André Vieira Andrea Riccardi Andrea Wulf Andreia Hall Andrés Torres Queiruga Ângelo Ribau Ângelo Valente Angola Angra de Heroísmo Angra do Heroísmo Aníbal Sarabando Bola Anselmo Borges Antero de Quental Anthony Bourdin Antoni Gaudí Antónia Rodrigues António Francisco António Marcelino António Moiteiro António Alçada Baptista António Aleixo António Amador António Araújo António Arnaut António Arroio António Augusto Afonso António Barreto António Campos Graça António Capão António Carneiro António Christo António Cirino António Colaço António Conceição António Correia d’Oliveira António Correia de Oliveira António Costa António Couto António Damásio António Feijó António Feio António Fernandes António Ferreira Gomes António Francisco António Francisco dos Santos António Franco Alexandre António Gandarinho António Gedeão António Guerreiro António Guterres António José Seguro António Lau António Lobo Antunes António Manuel Couto Viana António Marcelino António Marques da Silva António Marto António Marujo António Mega Ferreira António Moiteiro António Morais António Neves António Nobre António Pascoal António Pinho António Ramos Rosa António Rego António Rodrigues António Santos Antonio Tabucchi António Vieira António Vítor Carvalho António Vitorino Aquilino Ribeiro Arada Ares da Gafanha Ares da Primavera Ares de Festa Ares de Inverno Ares de Moçambique Ares de Outono Ares de Primavera Ares de verão ARES DO INVERNO ARES DO OUTONO Ares do Verão Arestal Arganil Argentina Argus Ariel Álvarez Aristides Sousa Mendes Aristóteles Armando Cravo Armando Ferraz Armando França Armando Grilo Armando Lourenço Martins Armando Regala Armando Tavares da Silva Arménio Pires Dias Arminda Ribau Arrais Ançã Artur Agostinho Artur Ferreira Sardo Artur Portela Ary dos Santos Ascêncio de Freitas Augusto Gil Augusto Lopes Augusto Santos Silva Augusto Semedo Austen Ivereigh Av. José Estêvão Avanca Aveiro B.B. King Babe Babel Baltasar Casqueira Bárbara Cartagena Bárbara Reis Barra Barra de Aveiro Barra de Mira Bartolomeu dos Mártires Basílio de Oliveira Beatriz Martins Beatriz R. Antunes Beijamim Mónica Beira-Mar Belinha Belmiro de Azevedo Belmiro Fernandes Pereira Belmonte Benjamin Franklin Bento Domingues Bento XVI Bernardo Domingues Bernardo Santareno Bertrand Bertrand Russell Bestida Betânia Betty Friedan Bin Laden Bismarck Boassas Boavista Boca da Barra Bocaccio Bocage Braga da Cruz Bragança-Miranda Bratislava Bruce Springsteen Bruto da Costa Bunheiro Bussaco Butão Cabral do Nascimento Camilo Castelo Branco Cândido Teles Cardeal Cardijn Cardoso Ferreira Carla Hilário de Almeida Quevedo Carlos Alberto Pereira Carlos Anastácio Carlos Azevedo Carlos Borrego Carlos Candal Carlos Coelho Carlos Daniel Carlos Drummond de Andrade Carlos Duarte Carlos Fiolhais Carlos Isabel Carlos João Correia Carlos Matos Carlos Mester Carlos Nascimento Carlos Nunes Carlos Paião Carlos Pinto Coelho Carlos Rocha Carlos Roeder Carlos Sarabando Bola Carlos Teixeira Carmelitas Carmelo de Aveiro Carreira da Neves Casimiro Madaíl Castelo da Gafanha Castelo de Pombal Castro de Carvalhelhos Catalunha Catitinha Cavaco Silva Caves Aliança Cecília Sacramento Celso Santos César Fernandes Cesário Verde Chaimite Charles de Gaulle Charles Dickens Charlie Hebdo Charlot Chave Chaves Claudete Albino Cláudia Ribau Conceição Serrão Confraria do Bacalhau Confraria dos Ovos Moles Confraria Gastronómica do Bacalhau Confúcio Congar Conímbriga Coreia do Norte Coreia do Sul Corvo Costa Nova Couto Esteves Cristianísmo Cristiano Ronaldo Cristina Lopes Cristo Cristo Negro Cristo Rei Cristo Ressuscitado D. Afonso Henriques D. António Couto D. António Francisco D. António Francisco dos Santos D. António Marcelino D. António Moiteiro D. Carlos Azevedo D. Carlos I D. Dinis D. Duarte D. Eurico Dias Nogueira D. Hélder Câmara D. João Evangelista D. José Policarpo D. Júlio Tavares Rebimbas D. Manuel Clemente D. Manuel de Almeida Trindade D. Manuel II D. Nuno D. Trump D.Nuno Álvares Pereira Dalai Lama Dalila Balekjian Daniel Faria Daniel Gonçalves Daniel Jonas Daniel Ortega Daniel Rodrigues Daniel Ruivo Daniel Serrão Daniela Leitão Darwin David Lopes Ramos David Marçal David Mourão-Ferreira David Quammen Del Bosque Delacroix Delmar Conde Demóstenes

Arquivo do blogue