Soube há momentos do falecimento do professor Celso Santos, colega de relacionamento cordial com quem privei de perto na então Direção Escolar de Aveiro. Era Adjunto do Diretor Escolar, professor Corujo, estando eu destacado em tarefas de alfabetização e bibliotecas.
Quando eu chegava para resolver qualquer questão, o professor Celso logo se disponibilizava para me ajudar, nunca faltando a troca de impressões sobre assuntos pertinentes relacionadas com a educação e o ensino.
Desde os primeiros contactos, facilmente o identifiquei como homem bom, disponível e afável, com quem era fácil trocar impressões e discutir assuntos profissionais ou outros. O seu sorriso sereno era notório.
Depois enveredou pela política na Câmara de Aveiro e os nossos encontros, por razões compreensíveis, rarearam. Um dia, porém, cruzámo-nos na rua e logo partiu dele o convite para passar pelo seu gabinete na autarquia. — Apareça, não incomoda nada, terei muito gosto em o receber; os amigos precisam de conversar. E lá apareci sem tema de conversa.
A conversa já ia longa, mas ele insistiu para mais uns minutos. Outros encontros ocorreram na cidade, sempre sem pressa. Depois, deixei de o ver. Morreu hoje e não pude deixar de evocar a sua amizade e a sua simpatia. Tinha 81 anos e já está no seio de Deus.
Fernando Martins