quarta-feira, 3 de novembro de 2021

Faleceu o professor Celso Santos

Soube há momentos do falecimento do professor Celso Santos, colega de relacionamento cordial com quem privei de perto na então Direção Escolar de Aveiro. Era Adjunto do Diretor Escolar, professor Corujo, estando eu destacado em tarefas de alfabetização e bibliotecas. 
Quando eu chegava para resolver qualquer questão, o professor Celso logo se disponibilizava para me ajudar, nunca faltando a troca de impressões sobre assuntos pertinentes relacionadas com a educação e o ensino.
Desde os primeiros contactos, facilmente o identifiquei como homem bom, disponível e afável, com quem era fácil trocar impressões e discutir assuntos profissionais ou outros. O seu sorriso sereno era notório.
Depois enveredou pela política na Câmara de Aveiro e os nossos encontros, por razões compreensíveis, rarearam. Um dia, porém, cruzámo-nos na rua e logo partiu dele o convite para passar pelo seu gabinete na autarquia. — Apareça, não incomoda nada, terei muito gosto em o receber; os amigos precisam de conversar. E lá apareci sem tema de conversa.
A conversa já ia longa, mas ele insistiu para mais uns minutos. Outros  encontros ocorreram na cidade, sempre sem pressa. Depois, deixei de o ver.  Morreu hoje e não pude deixar de evocar a sua amizade e a  sua simpatia. Tinha 81 anos e já está no seio de Deus.

Fernando Martins

1 comentário:

  1. É com saudade do professor que associo os meus primeiros tempos de aprendizagem do Jornalismo, que recordo as oportunidades em que lhe pedi para gravar declarações para a Rádio terra Nova, nas várias conferências de imprensa em que pude presenciar o trato afável e sempre disponível. Quando o mais provável era furtar-se a responder a questões vinda de um amador, o Vereador (ali nos idos de 1986-1990) opinava, sempre com um sorriso tranquilo, acerca das iniciativas da FARAV; da excelente mostra do mundo rural que era a AGROVOUGA; de uma exposição na Galeria da Biblioteca ou ali mesmo ao lado da Misericórdia; a abertura da FEIRA DE MARÇO; ... entre outras.
    Perguntava simplesmente pelo órgão informativo com quem estava a falar e logo aceitava o(s) desafio(s) que tinha para partilhar com ele, depois de exclamar: «-Ah! Para vocês da Terra Nova. Vamos lá!».
    Claro das respostas e raciocínios, e com os registos captados, voltava a casa ou aos estúdios e preparava as peças para os noticiários, no entusiasmo próprio do que tinha conseguido. Eram conversas que inspiravam, porque as grandes pessoas são mesmo assim: disponíveis e encorajadoras.

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