sábado, 22 de maio de 2021

Há dez anos o FCP foi supercampeão

Há dez anos o FCP foi supercampeão. Como sou um verdadeiro desportista, felicitei o portista cá de casa, o meu filho Fernando Martins. Tem o meu nome porque foi o meu primeiro filho. Só que, por artes que ainda não descortinei, é adepto do Porto, contrariando a tendência paterna, seguida pelos outros filhos. Coisas difíceis de entender, mas aceitáveis, ou não vivêssemos nós numa democracia, em que o respeitinho pelas opções de cada um é norma a seguir. Curiosamente, a Lita, que é benfiquista, ri-se com as nossas piadas desportivas. E alinha sempre pelas vitórias para agradar a todos.
Será que o Fernando felicitou os sportinguistas da família? Não me recordo. Se o não fez, ainda está a tempo.

FM

NB: 
No que escrevi, logo no dia seguinte, o saudoso amigo Torrão Sacramento deixou este comentário:

«Pois, uma "grande" pessoa sempre tinha de ter algum "defeito" - ser do FCP. Mesmo assim, gosta-se do Fernando... porque se gosta!...
Abraço amigo dum Benfiquista de "asa" caída!...» 

Torrão Sacramento 

Tudo e todos interligados. 1

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias

Se algo se nos impôs de modo claro, com esta terrível pandemia, é que tudo e todos estamos interligados.

1. Constatámos que nos contagiamos uns aos outros, de tal modo que até foi e, por vezes, ainda é (por quanto tempo?), necessário desviarmo-nos uns dos outros, usar máscara, ficar confinados. Percebemos que precisamos de nos proteger uns aos outros: ou nos salvamos juntos ou podemos perder-nos todos. Aí está o exemplo das vacinas: basta um pouco de egoísmo esclarecido, para se perceber que elas têm de ser distribuídas por todos, pois enquanto houver alguém não vacinado no mundo a ameaça continua e tanto mais grave quanto irão surgindo variantes do vírus...

2. Cada uma de nós, cada um de nós é ela, é ele, único, única (cada uma, cada um diz "eu" como mais ninguém pode ou pôde alguma vez dizer). O enigma, o milagre espantoso do eu, ser autoconsciente, consciente de si, alguém como nunca houve outro ou outra!
Será que deste modo se está a afirmar o individualismo? De modo nenhum. Porque cada um de nós é um eu único, mas sempre na relação constituinte. Uma das características essenciais que nos distinguem dos outros animais é a neotenia (nascemos prematuros), que faz com que, vindos ao mundo por fazer, tenhamos de fazer-nos. O que andamos a fazer na vida? A fazer-nos, a partir de outros e uns com os outros. Quando olhamos para a neotenia, temos de concluir: ou a natureza foi madrasta para nós e não nos deu o que devia dar, como fez com os outros animais, ou esta é a condição de possibilidade de sermos o que somos: humanos, tendo de receber por cultura e produzindo cultura o que a natura nos não deu, sendo inventivos, criando o novo.

AVEIRO: Os primeiros Diáconos Permanentes

Ilustração de Jeremias Bandarra

Pelicano
No dia 22 de Maio de 1988, os primeiros diáconos permanentes de Aveiro foram ordenados na Sé, por D. António Marcelino, estando presente D. Manuel de Almeida Trindade, Bispo Emérito. Completam-se hoje, portanto, 33 anos. Foram eles José Joaquim Pedroso Simões, da Gafanha da Nazaré; Daniel Rodrigues, da Glória; João Afonso Casal, da Glória; Manuel Fernando da Rocha Martins, da Gafanha da Nazaré; Luís Gonçalves Nunes Pelicano, da Palhaça; Fernando Reis Duarte de Almeida, de Óis da Ribeira; Afonso Henriques Campos Oliveira, de Recardães; Augusto Manuel Gomes Semedo, de Águeda; e Carlos Merendeiro da Rocha, da Gafanha da Nazaré. 



Afonso
Destes, já partiram para o seio de Deus, ficando nós com muitas saudades dos seus exemplos de amor e dedicação à Igreja: Daniel Rodrigues, João Afonso Casal, Fernando Reis Duarte Almeida, Augusto Manuel Gomes Semedo e Carlos Merendeiro da Rocha.
Recordo, com a serenidade possível, o tempo de preparação e estudo, os convívios e conversas, as orações partilhadas e os entusiasmos com que enfrentámos as tarefas que nos foram atribuídas, numa Igreja ainda não habituada a perceber a função dos diáconos permanentes na vida das comunidades. Mas tudo se compôs e novas ordenações de diáconos permanentes foram surgindo, para servir, segundo o exemplo dos diáconos da Igreja nascente.

Simões
Evoco, com que saudade!, os que já regressaram ao aconchego maternal de Deus: Daniel Rodrigues, João Afonso do Casal, Fernando Reis Duarte de Almeida, Augusto Manuel Gomes Semedo e Carlos Merendeiro da Rocha.
Evoco, também, os Bispos que assumiram a nossa escolha e ordenação, D. Manuel de Almeida Trindade e D. António Marcelino, bem como os que contribuíram para a nossa formação, cujos nomes não cito para não correr o risco de deixar no esquecimento alguns. Cabe aqui uma palavra sentida por D. António Francisco, um bispo próximo e compreensivo, que Deus chamou a si tão cedo. E outra ainda para o atual Bispo de Aveiro, D. António Moiteiro, cujo dinamismo e serenidade aprecio.

Fernando 
Saúdo os diáconos permanentes do meu grupo que permanecem ativos, cada um à sua maneira, numa Igreja que aposta em servir os homens e mulheres, jovens e crianças, de todas as idades, e com quem me encontro com alguma frequência. Mas ainda os que constituem o corpo diaconal da Diocese de Aveiro, que prestam um inestimável serviço ao povo de Deus neste recanto do nosso país, procurando  todos vivenciar, no dia a dia, nos ambientes de trabalho, sociais, culturais e outros, os ensinamentos de Jesus.

Fernando Martins

sexta-feira, 21 de maio de 2021

A guerra no Médio Oriente


A guerra entre Israel e o Hamas parece não ter fim. Por mais promessas de paz que surjam nos horizontes, a devastação e a morte continuam no palco do Médio Oriente. Israel e Hamas não conseguem entender-se. Cessaram as armas pela pressão ocidental, mas tenho para mim que os ódios se mantêm. Oxalá me engane. Como não sou analista, socorro-me de leituras que vou fazendo, na esperança de perceber, minimamente, o que se passa, a partir do que se passou. Hoje recorro ao embaixador Francisco Seixas da Costa.

Salicórnia

Para recordar


Um vídeo antigo  sobre a salicórnia. 

O espírito que Jesus nos dá

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Domingo VIII do Tempo Comum 

Vem Espírito e faz de nós agentes de transformação, profetas da civilização da justiça e do amor, mensageiros da alegria jubilosa e revigorante.

O acontecimento do Pentecostes, que celebramos no domingo VIII do Tempo Pascal, manifesta como o Senhor Jesus coopera com os seus enviados: enche-os do seu Espírito e traça-lhes, mais uma vez, os horizontes da missão. De outro modo, como seria possível àquele grupo ir por todo o mundo, anunciar o Evangelho de forma acessível em todas as línguas, semear a paz em gestos de perdão, garantir um futuro melhor, abrir as portas do amor misericordioso, criar condições para que todos se reconheçam como irmãos porque filhos do mesmo Deus Pai?! Linguagem entusiasmante e expressiva de um um projecto em realização. No imediato, era humanamente, impossível. O grupo estava ainda traumatizado pelas atrocidades da paixão, temeroso pelo que podia suceder-lhe, debilitado em forças e reduzido em número. Jo 20, 19-23.
Jesus, mais uma vez, faz do “pequeno enfraquecido” um protagonista vigoroso, um arauto destemido, um mensageiro ousado. E os discípulos “escancaram” as portas do coração e da casa onde se encontram e vêm para a rua, cheios de alegria e confiança, percorrem os caminhos do mundo, organizam comunidades e garantem a sucessão, confirmando os seus responsáveis.

quinta-feira, 20 de maio de 2021

Agrupamento de Escolas da Gafanha da Nazaré tem nova imagem

O Agrupamento de Escolas da Gafanha da Nazaré (AEGN) tem novo logótipo, da autoria da professora e ilustradora Helena Zália. A imagem foi aprovada pelo Conselho Geral do AEGN no dia 29 de abril.
Professora de Educação Visual na Gafanha da Nazaré, Helena Zália, que é natural de Guimarães, explicou na página do Facebook do AEGN o que significa o logótipo: “A forma estrutural do logótipo simboliza a horizontalidade física da Gafanha da Nazaré, onde se insere o Agrupamento de Escolas. Esta horizontalidade é acentuada pela existência de um linha imaginária — linha do horizonte — que cria dois ambientes, um inferior e outro superior”.
O “ambiente inferior”, em tons de azul, reporta-se ao enquadramento da Gafanha da Nazaré, “rodeada pela Ria de Aveiro e pelo Oceano Atlântico”, e à importância da pesca, da transformação do pescado e do porto para o desenvolvimento da terra. O “ambiente superior” tem a ver com os trabalhos agrícolas e os “jardins que salpicam esta terra e a área florestal da mata”.

Para recordar

 No PÚBLICO de hoje

1277 Morre, com 62 anos, Pedro Hispano, português, eleito Papa com o nome de João XXI
1498 Vasco da Gama chega a Calcutá, no final da viagem de descoberta do caminho marítimo para a Índia 1506 Morre o navegador Cristóvão Colombo
1974 Américo Thomaz e Marcello Caetano partem para o exílio no Brasil
1987 Otelo Saraiva de Carvalho é condenado a 15 de anos de prisão, por crime de organização terrorista 2002 Proclamada a independência de Timor-Leste
2002 Morre, aos 60 anos, o paleontólogo Stephen Jay Gould
2013 Morre, com 74 anos, Ray Manzarek,fundador dos The Doors
2019 Morre, aos 70, Niki Lauda, tricampeão mundial de F1

NB - Gosto destas sínteses diárias do jornal PÚBLICO. Ajudam-me a recordar pessoas e vivências que foram notícia ao longo do tempo. 

quarta-feira, 19 de maio de 2021

Aprender a viver

“Temos de aprender a viver todos como irmãos 
ou morreremos todos como loucos” 

Martin Luther King 
(1929-1968), 
Nobel da Paz


Fonte: PÚBLICO de hoje

Escravatura imperdoável e revoltante


Tenho andado a pensar na forma como o Governo de Portugal e muitos portugueses estão a reagir à situação incrível dos imigrantes que trabalham no nosso país. E ao lado deles, como trabalham e vivem muitos contemporâneos nossos em pleno século XXI. É uma desgraça carregada de injustiças. É uma escravatura imperdoável e revoltante.
Também me lembro bem dos tempos em que os portugueses iam a salto para França. Viviam em bairros da lata e comiam o pão que o diabo amassou. Fugiam da miséria e metiam-se noutra, imensas vezes.
Somos um país democrático e socialista, mas não passamos da cepa torta a nível dos respeitos humanos. E não há revolução de mentalidades e atitudes  que leve à prática a justiça social, com pão para todos.  Fala-se muito, mas faz-se pouco. Expliquem-me que eu não consigo compreender.
No mundo há dinheiro para tudo, até para ir à lua e dar um salto a Marte. No entanto, olhamos para as ondas de imigrantes que fogem da fome e nada fazemos, como sociedade, para os tratarmos como gente.

FM

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