quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

REDISTRIBUIR RIQUEZA PARA GARANTIR A PAZ





O presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz, Alfredo Bruto da Costa, reconduzido no cargo pela Conferência Episcopal Portuguesa, considera que o apelo à emigração feito pelo Governo aos desempregados “é uma estratégia de quem desistiu e declara a sua derrota”. O responsável, convidado pela Agência ECCLESIA a analisar alguns passos da mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial da Paz de 2012, considera que a ação do Executivo se opõe à “redistribuição da riqueza” defendida pelo Papa, ao não taxar todos os rendimentos.
O especialista em questões de pobreza diz também que o Governo, mesmo que queira, pouco pode fazer para adequar as suas políticas à Doutrina Social da Igreja enquanto o lucro for o objetivo principal da economia mundial.
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PEDRO MEXIA "SEGUE COM MUITA ESPERANÇA" OS PASSOS DADOS PELA PASTORAL DA CULTURA



O escritor Pedro Mexia considera que a Pastoral da Cultura da Igreja Católica em Portugal tem boas perspetivas de futuro, depois de anos em que «o empenho cultural foi dado como perdido ou inútil» desde que «a sociedade se laicizou».
«Não tem de ser assim», como Bento XVI tem mostrado: «Ganhou-se uma consciência renovada, que está a dar alguns frutos», sublinhou o crítico literário, que esta sexta-feira apresentou em Lisboa o mais recente livro do padre José Tolentino Mendonça, “Pai-nosso que estais na terra”.
Como promover a relação da Igreja com a cultura? Recorrer a um «diálogo» que não seja apenas uma «junção de monólogos» mas um «dar e receber» e fazer com que a teologia «possa existir autonomamente no campo cultural».«Como católico tenho seguido com muita esperança os passos que têm sido dados» na Pastoral da Cultura. «Estou a sentir, nos últimos anos, o que não tinha sentido antes», acrescentou.
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Uma estória de Natal



Sem o pão da consoada 
Fernando Martins

A tarde de inverno, de nuvens carregadas a ameaçarem chuva, era propícia a recordações. À memória do Jorge Torpedo veio o filme de uma vida em bolandas, depois de se afastar da família por razões que nunca soube nem procurou explicar. Trabalhou nas marinhas do sal em Alcácer, foi estivador em Lisboa, tratou de animais num circo em Itália, labutou de sol a sol nas colheitas em França e Espanha e estava há uns anitos no Alentejo, numa herdade com horizontes a perder de vista. Ao seu redor e à sua guarda, gado e mais gado, tratores e outras máquinas agrícolas, que sabia manobrar e cuidar. Para o gado tinha atenções redobradas, não fosse aparecer por ali, como quem não quer a coisa, um qualquer ladrão, disposto, com a sua trupe, a carregar depressa qualquer animal que lhe surgisse mais à mão. 
Jorge Torpedo, conhecido pela sua força descomunal, de onde lhe veio o apelido, já conhecera muitos patrões, uns de encontros quase diários e outros de nome. Alguns foram suficientemente espertos para explorar a sua qualidade de homem valente, bem apoiado em músculos possantes que pareciam rebentar-lhe a camisa. Mas o Jorge não fazia gala da fama e do proveito da sua valentia, antes parecia e era pessoa capaz de se deixar vencer por uma qualquer ternura ou olhar amigo. Por índole, não fazia mal a uma mosca e nem sequer pressentia qualquer maldade nas pessoas com quem lidava e com quem se cruzava. 
Nesse dia de nuvens carregadas, caiu em nostalgias e pôs-se a rever a sua vida de saltimbanco, sem família próxima e sem amigos íntimos. Sonhava com mulher e filhos que nunca teve, com festas familiares da infância e juventude, com brincadeiras de escola e da rua, com carinhos que nunca experimentou. Agora, com outros colegas de camarata, qual deles o mais isolado e fugidio, o Torpedo por ali andava sem rumo que pudesse aliviar a solidão que o envolvia.

Poesia para este tempo: Poema inédito de Jorge Sousa Braga

(Clicar na imagem para ampliar)


Das Boas Festas do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Concerto de Natal do Coral Juvenil da Gafanha da Nazaré




O Grupo Coral Juvenil da Paróquia da Gafanha da Nazaré convida toda a comunidade a assistir ao Concerto de Natal que irá ter lugar no próximo dia 22 de Dezembro (quinta-feira), pelas 21h00, na igreja matriz. Neste espetáculo serão apresentadas composições de âmbito religioso, natalício e, ainda, de música ligeira. Entrada livre.

O AMOR FAZ MILAGRES TODOS OS DIAS


O maior e o mais importante 
jornal de Portugal
António Marcelino

Não sei se este grande jornal chega aos ministérios e aos serviços do Estado, mormente aos sociais. Era bom que chegasse e, em cada dia, o trabalho se iniciasse com uns minutos breves do que nele se diz. Tudo seria diferente. Os ministérios não fazem milagres, mas o amor fá-los todos os dias. Matar ou desconhecer o amor é, de todas as pobrezas, a maior.

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 268


DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM – 51 


FIGURAS DO MEU PRESÉPIO 

NATAL – 2011 

Os pastores vieram a toda a pressa 
e encontraram Maria, José 
e o Menino deitado no Presépio
Lc 2, 16 



Caríssima/o: 

Cada Natal que se aproxima é mais um desafio que nos enche a alma e lembra o montar do Presépio, sempre com as mesmas figuras mas renovado com as que vamos descobrir nos barristas da Terra. 
Forçoso é irmos por elas que o tempo se esgota e as pressas nunca deram bom resultado. Como o ano ficou cheio de bicicletas, alonguemos a nossa vista e em cada curva divisemos um novo figurante na pessoa do ciclista que aí vem... 

Primeiro é o grupo que vai para Aveiro, para o Liceu e para a Escola... Companheiros e Amigos... Todos bons ciclistas e cada um com a sua bicicleta, ou seja, olhando para a bicicleta sabe-se quem é o dono! Todos concordarão que o lugar pertence ao Manel Rito; sem desprimor para ninguém, era ele o mais animado e o mais fogoso, sempre pronto para mais um esforço e uma nova figura em cima do selim – depois que a altura permitiu que o colocasse no sítio.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Bom Natal para todos




No meio da pobreza, ainda há quem seja capaz de sorrir e de nos desejar bom ano. Eu prometo que vou tentar viver com alegria e otimismo, dentro do possível e do desejável, para alimentar a esperança em dias melhores.

Um poema de Natal de Tolentino Mendonça




Somos a autobiografia de Deus

Quando despontarem as primeiras luzes do Seu cortejo
ainda nos faltará tudo:
o azeite na almotolia,
um alfabeto que descreva com outra firmeza o azul,
formas indivisíveis para este amor,
que só em fragmentos
e numa gramática imprecisa
conseguimos viver.

Quando despontarem as primeiras luzes
estaremos talvez longe:
à altura dos olhos continuaremos a trazer a mesma indisfarçável solidão
as mesmas mediações ilegíveis  através do tempo
as mesmas demoras tatuadas.

O Seu advento encontra-nos sempre impreparados
e, contudo, este é o momento em que
por puro dom se nasce.

A Sua vinda testemunha o que não sabíamos ainda:
a nossa frágil humanidade é narração
da autobiografia de Deus.

José Tolentino Mendonça

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