TEXTO DE MARIA DONZÍLIA ALMEIDA
O Dia da Mãe é uma data comemorativa, que em Portugal, se celebra no primeiro domingo do mês de Maio.
Chegou a ser celebrado a 8 de Dezembro, mas passou para o 1º Domingo de Maio, em homenagem à Virgem Maria, mãe de Cristo. A data é uma homenagem a todas as mães e serve para reforçar e demonstrar o amor dos filhos pelas suas mães.
Neste dia, os filhos costumam organizar e oferecer surpresas às suas mães, para lhes demonstrarem o quanto gostam delas e para agradecer todo o empenho e dedicação destas ao longo dos anos.
Remonta às comemorações primaveris da Grécia Antiga, em honra de Rhea, mulher de Cronos e Mãe dos Deuses. Em Roma, as festas do Dia da Mãe eram dedicadas a Cybele, a Mãe dos Deuses romanos, e as cerimónias em sua homenagem começaram por volta de 250 anos antes do nascimento de Cristo.
No século XVII, celebrava-se no 4º domingo de quaresma, um dia chamado “Domingo da Mãe”, que homenageava todas as mães inglesas.
Nos Estados Unidos, em 1904, quando Anna Jarvis, perdeu a sua mãe, ficou muito triste. As suas amigas decidiram organizar uma festa em memória à sua mãe e Anna quis que a festa fosse festejada para todas as mães, vivas ou mortas. Em 1914, a data foi oficializada pelo presidente Woodrow Wilson e passou e ser celebrada no primeiro domingo de Maio.
Desde os meus frescos 15 anos, que elegi este soneto, para fazer a homenagem às mães portuguesas. Reporta-se à época dos descobrimentos, em que o papel da mulher/mãe, ficou na história, como baluarte da resistência e da abnegação. Faço minhas as palavras do poeta!
MATER DOLOROSA
Quando se fez ao largo a nave escura,
Na praia essa mulher ficou chorando,
No doloroso aspecto figurando
A lacrimosa estátua da amargura.
Dos céus a curva era tranquila e pura;
Das gementes alcíones o bando
Via-se ao longe, em círculos, voando
Dos mares sobre a cérula planura.
Nas ondas se atufara o Sol radioso,
E a Lua sucedera, astro mavioso,
De alvor banhando os alcantis das fragas...
E aquela pobre mãe, não dando conta
Que o Sol morrera, e que o luar desponta,
A vista embebe na amplidão das vagas...
Gonçalves Crespo
Rio de Janeiro, 11 de Março de 1846 — Lisboa, 11 de Junho de 1883
poeta e jurista de influência parnasiana,
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