Um novo estudo sobre o Santo Sudário afirma que o pano é muito mais antigo do que foi sugerido por testes com carbono-14, realizados em 1988. A nova pesquisa foi publicada na revista especializada "Termochimica Acta" e afirma que sudário tem entre 1.300 a 3.000 anos, considerando "inválidos" os teste anteriormente referidos por causa do fenómeno denominado "intromissão de material".
O Santo Sudário, uma das relíquias mais famosas do Cristianismo, é o pano de linho puro, que alguns afirmam ter sido utilizado para envolver o corpo de Jesus Cristo após sua crucificação. Mede 4 metros e 36 centímetros de comprimento por 1 metro e 10 centímetros de largura. Há notícia dele desde 1353, quando um pano que supostamente serviu de mortalha para Cristo apareceu em Lirey (França), levado pelas expedições que estiveram na Terra Santa.
Um século depois, chegou às mãos dos duques de Savóia, que o guardaram em Chambéry. Em 1532, foi danificado num incêndio e, em 1694, foi transferido para a capela do Duomo (Catedral) de Turim. Os testes para provar se realmente envolveu o corpo de Cristo começaram em 1898, depois de um fotógrafo de Turim ter feito uma foto do manto e, na revelação, descoberto que os negativos mostravam o corpo e o rosto de um homem crucificado.
Em 1989, o Sudário foi submetido ao teste do carbono-14 em três laboratórios da Suíça, Estados Unidos e Reino Unido. Os resultados dos testes datavam o tecido como sendo do período 1260 a 1390. Vários especialistas criticaram os testes, considerando que foi mal feito: os três pedaços do tecido que foram cortados, naquela ocasião, para servir de amostra para o teste, eram das pontas, ou seja, a parte pela qual o manto foi suspenso nas inúmeras ocasiões em que foi apresentado aos fiéis ao longo dos séculos.
Em Abril de 1997, um incêndio destruiu a capela Guarini, onde o Santo Sudário é guardado, mas a relíquia foi resgatada sem sofrer danos. Meses mais tardes, foi estendida e não enrolada como até então, numa caixa à prova de incêndios e atentados. A impressão no lençol de Turim deu-se por uma radiação luminosa-térmica: há vestígios de uma anormal produção de energia, que se pode comparar a uma explosão atómica, controlada e em relevo, segundo a profundidade da queimadura.
A NASA confirmou que a impressão está de acordo ponto por ponto, com a distância do corpo que "explodiu atomicamente": a impressão, tridimensional (caso único de entre todos os objectos analisados pela NASA até hoje) do Sudário, deu-se por radiação de um milionésimo de segundo. A impressão é uniforme e dependendo da distância, maior ou menor, do corpo. Não há contacto nem marcas de decomposição.
Octávio Carmo
Fonte: Ecclesia