Iraquianos derrubam estátua de Saddam |
Mais de oito milhões dos 14 milhões de iraquianos inscritos votaram pela primeira vez depois do derrube do regime da Saddam, sendo estas as primeiras eleições multipartidárias em mais de meio século. Sessenta por cento dos iraquianos saíram à rua para exercerem o seu direito de voto, apesar das ameaças terroristas e dos ataques dos extremistas, que nada querem com a democracia. Esta resposta dos iraquianos, como recusa firme a voltar aos tempos de Saddam, provou à saciedade que os homens, quando em liberdade, são capazes de aderir a projectos justos e com futuro. Em regimes tirânicos, nada disso é possível.
Independentemente dos resultados eleitorais, o que importa sublinhar é que o Iraque está a caminhar para adquirir o estatuto de país livre e unido, mas também com capacidade para assumir o seu futuro. Obviamente, com a indispensável colaboração das nações democráticas do mundo, que não podem deixar aquele povo sem ajuda, até à consolidação da democracia. Importa, ainda, que as diversas etnias e grupos islâmicos saibam dar as mãos para, em conjunto, reconstruírem o seu país, devastado por uma ditadura férrea e pela guerra que os donos do mundo não souberam ou não quiseram evitar.
F.M.