quarta-feira, 20 de julho de 2011

FÉRIAS




Picasso: paisagem, paz

Vá para fora por dentro!
Margarida Alvim

Tempo de férias, tempo de paragem. Tempo de passear, de ler, de fazer o que se quiser. Ir à praia, fazer uma viagem, ir visitar os amigos, encontrar alguém da família. Também pode ser um tempo para ficar simplesmente em casa, de arrumar tudo o que se foi acumulando ao longo do ano, de fazer limpezas a fundo, de pôr as coisas de novo em ordem. Talvez este ano seja mesmo um tempo em que muitos ficarão mais por casa.
“Vá para fora cá dentro!”, ouvimos nos anúncios de promoção do turismo em Portugal. Em tempo de crise, esta é capaz de ser mesmo uma grande oportunidade de passear mais no nosso país, de descobrir toda a sua beleza, por vezes ali mesmo ao virar da esquina. Oportunidade para valorizar a serenidade de dias com tempo, sem pressas.
Férias são sobretudo um tempo de descanso, de reparação, de ganhar forças. Por isso, talvez fosse bom encarar estes dias não com a urgência de conseguir encaixar tudo o que se ansiou e sonhou ao longo do ano de trabalho, mas com a expectativa do que nos pode trazer cada dia, deixando-nos levar sem pressas. Em que é que descansamos? O que é que nos descansa de verdade? Pensava como por vezes estamos tão cansados interiormente, tão dispersos, com tanto ruído, com tantas preocupações que nos consomem e tiram ânimo, liberdade, lucidez. Nada que uns dias na praia não resolvam, pensamos nós. Sim, é verdade, os dias na praia com certeza que ajudam a acalmar. Mas o verdadeiro descanso precisa também de uma paragem e de um reencontro interior.

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terça-feira, 19 de julho de 2011

Schoenstatt na mata da Gafanha


Schoenstatt (Foto do meu arquivo)

Recanto de tranquilidade

Neste mundo de problemas, mais ou menos participados por todos nós, não há como uma fuga para um recanto de tranquilidade, que ainda é possível encontrar, por aqui e por ali, sem ser preciso pagar nada. Na Colónia Agrícola da Gafanha, no meio da mata, há um desses recantos, bafejado pela espiritualidade de Schoenstatt, nascido em 18 de outubro de 1914.
No santuário, cópia fiel do santuário original, em Schoenstatt, na Alemanha, pode sentar-se um bocadinho, depois de olhar o jardim cuidado, verdejante e florido, e experimentar como é bom estar ali. Depois, quando sair, sentirá que valeu a pena. Se não sentir nada da paz que por lá se respira, tente mais umas vezes. E mais uma. Até descobrir o que o impede de ser feliz.

Schoenstatt Tem Talento!



As Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ) são um evento internacional, organizado pela Igreja Católica, que reúne jovens de todo o mundo e é presidido pelo Santo Padre. Vão dar-nos a oportunidade de sonhar com um mundo novo, cheio de paz e unidade, e contribuir para a Igreja do Novo Milénio, uma igreja que está viva!
Assim, a Juventude Apostólica de Schoenstatt está a organizar um novo espectáculo, com intuito de angariar fundos para a viagem rumo Madrid, onde terão lugar em Agosto as JMJ.
“Schoenstatt Tem Talento” é um espectáculo cheio de vida, com muita dança, música e teatro. A organização desta actividade permitiu fortalecer laços de amizade, ganhar sentido de organização e responsabilidade para com o grupo e para com a sociedade e a cultura.
Este evento terá lugar no dia 28 de Julho de 2011, pelas 21h no Centro Cultural da Gafanha da Nazaré. Informações para aquisição de bilhetes, contactar: 91 908 1760 ou 91 741 57 66.
Contamos com a presença de cada um para podermos partilhar esta alegria e vida!

Joana Santos

Macário Correia ao sabor da maré!



«Depois de ter sido um feroz opositor da introdução de portagens na Via do Infante no âmbito do programa de alteração do projecto, Macário Correia afirmou hoje, em declarações à TSF, que compreende o ponto de vista do Governo e que as portagens naquela via que cruza o Algarve são “inevitáveis”.»

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NOTA: Confesso que tinha uma certa simpatia pelo político Macário Correia, mas hoje cheguei à conclusão de que, afinal, não passa de um indivíduo que anda ao sabor da maré. Antes, no tempo do Governo PS, era um aguerrido inimigo das portagens na Via do Infante; agora, com o PSD/CDS no executivo nacional, já concorda com elas. Como explicação, adiantou que a conjuntura, com o país em crise, a isto o levou. Pois é. Há poucos meses, com o país a querer evitar a bancarrota, na douta opinião de Macário, não havia razões para portagens. Sempre há cada  sem-vergonha!

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Mandela Day



67 minutos 
para ajudar os outros

«Assinala-se hoje o Mandela Day, o dia internacional dedicado ao líder sul-africano que conseguiu, através do diálogo e da integração, mudar o futuro da África do Sul, no dia em que o estadista completa 93 anos. Neste dia, a Fundação Nelson Mandela pede a todos os cidadãos que dêem 67 minutos do seu tempo a ajudar os outros.»

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***

Tão pouco de cada um, multiplicado por milhões, seria (ou será) uma revolução capaz de virar o mundo para melhor. O problema está nos nossos comodismos que nos impedem de dar seja o que for. Viver a solidariedade e experimentar  a caridade podem fazer  a diferença nas sociedades que temos e que desejamos mais abertas a quem precisa. 

Novo Bispo de Bragança-Miranda




Manuel Monteiro de Castro 
é o mais novo bispo português



Nasceu em Luanda em 29 Maio de 1967 e em 1975 entrou no seminário menor da Diocese de Bragança-Miranda. Prosseguiu os seus estudos na Universidade Católica no Porto, onde concluiu a licenciatura em teologia, antes de ser ordenado Padre, a 16 de Junho de 1991. Foi reitor do Colégio Português em Roma.
Sobre a crise por que estamos a passar, disse: “Os momentos de crise, eu creio que são sempre momentos de purificação, de confronto, de renovação. Eu acredito no presente e no futuro de Portugal. Não ficarmos passivos à espera que as coisas aconteçam, que os problemas se resolvam por si. Eu acho que todos nós temos algo a dar, como contributo para a resolução dos problemas, em ordem à construção de uma civilização nova.”

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GAFANHA em 1915




Na “Ilustração Portuguesa”, em 1915, 18 de outubro, António Maria Lopes escreveu um texto muito bonito e ilustrado sobre a Gafanha. Vale a pena lê-lo e apreciá-lo aqui.
Para despertar o interesse dos meus amigos, transcrevo três bocadinhos:

A Gafanha é uma «terra pacífica, meiga e alegre como um beijo de mãe, caído nos lábios d’um filho, forma como que uma pequena pátria n’nesta grande pátria nacional.»

A Gafanha «é uma povoação moderna, de tipos fortes, loiros, requeimados pelo sol, vendendo saúde.»

«o ativo e forte gafanhão não emprega o seu tempo apenas no amanho do veludo macio das suas areias, dando-lhes a consistência precisa para a cultura por meio do moliço.»

domingo, 17 de julho de 2011

Aldeias Históricas de Portugal

Piódão

Sortelha

Alma cheia e espírito renovado 

Maria Donzília Almeida 

Quem conheceu as Gafanhas em meados do século passado e compara com o aspeto que têm hoje, pode dizer, à boca cheia, sem margem para engano: — Qualquer semelhança é pura coincidência! 
Na verdade, a Gafanha foi, outrora, um aglomerado rural e piscatório. A agricultura de subsistência praticava-se, paralelamente, com alguma atividade piscatória e ambas constituíam o sustento da população. Esta vivia em condições precárias e tinha um padrão de vida muito humilde. 
Gradualmente a aldeia foi-se descaracterizando, podendo-se dizer, hoje, que nem é peixe nem carne! O tecido social perdeu a sua homogeneidade e integrou gentes de várias origens e múltiplas formações. A característica principal deste povo laborioso e persistente perdeu-se neste mar de gente que povoa as nossas escolas numa massificação problemática. 
Fica uma palavra de apreço ao nosso presidente da Junta de Freguesia, que tem posto o seu dinamismo e energia ao serviço da comunidade que serve. Bem-haja! 
Foi neste pano de fundo que surgiu a ideia do passeio escolar às Aldeias Históricas, habitual todos os anos. 
Na madrugada de 13 de julho, rumou a terras de Aguiar da Beira o autocarro cheio de docentes e “paradocentes”, em ambiente de descontraída confraternização. 
Seguindo pela A25, passámos por Viseu e a primeira aldeia que visitámos foi Linhares, situada na vertente ocidental da Serra da Estrela, de origem medieval. Com um passado rico em história é um autêntico museu ao ar livre. As pedras das ruas contam histórias fantásticas, e são um repositório da importância que teve no passado.

PÚBLICO: crónica de Bento Domingues


(Clicar na imagem para ampliar)

Poema para este domingo



Figueira da Foz: Torre do Relógio


AQUELE MAR

Aquele mar da minha infância,
bom camarada e meu irmão
a sua voz, o seu olor, sua fragrância
tanto os ouvi e respirei
que trago em mim o seu largo ritmo,
seu ritmo forte,
como se as praias onde espuma
quase me fossem
praias sem fim dentro de mim
ocultas praias, largas praias
do tumultuoso coração…
Aquele mar
meu confidente de horas idas
tudo escutava e adivinhava
do meu pueril e ingénuo anseio.
Nada sonhei que o não dissesse
– frémito de alma, grito ou prece –,
às madrugadas e aos poentes,
ao sol, às nuvens, ao luar,
ora nascendo, ora morrendo
nos longos, longos horizontes
em que se perdia o meu olhar…
Aquele mar
na calma azul, no temporal,
nunca mentia: era um só beijo,
hálito puro, largo harpejo
que me entendia e respondia
no seu inquieto marulhar…
Moço e menino, solitário,
rochas, falésias, areais
eu coroava-os de alegria
nos meus passeios matinais.
Ou nalgum barco pescador,
velas abrindo a todo o pano,
do oceano então era senhor,
largava a escota, navegava,
no vão desejo de aventuras,
que não chegava a realizar…
Mas era meu, e eu pertencia-lhe,
àquele mar,
era seu filho, escravo e dono,
sorria à sua Primavera,
amava a luz do seu Outono,
o vivo lume dos estios
a violência dos Invernos
longos clamores de temporais.
Aflito voo das gaivotas
junto das negras penedias,
também como ele me perdias,
nas tardes tristes e sombrias,
na bruma gélida das noites…
E a eternidade então ouvia
humano sonho sempre esquecido
na eterna voz que fala o mar.

João de Barros

NOTA: Edição de “Mar Alto” – Figueira da Foz,
1 de Junho de 1969, no dia da Festa da Cidade ao poeta.

Festas


Lá vêm outra vez as festas

Não me deixam indiferente as despesas exageradas das festas em nome de santos. Não digo, de propósito, em louvor dos santos, porque não estou convencido que seja isso que pretendam a maior parte das festas populares.
O problema tem agora menos sentido ainda, ao vermos as dificuldades de muitas famílias a recorrer às instituições de solidariedade social para enfrentar o seu dia a dia. É verdade que não se podem resolver todos os problemas, mas há que dar alguma atenção ao testemunho, ainda por cima à sombra da Igreja, de esbanjar como supérfluo o que para outros, muitas vezes a mesma terra, seria ajuda. Que ao menos as comissões de festa se limitem nas despesas e considerem os mais necessitados da paróquia ou mesmo de fora como alínea que pode dar valor humano e solidário à festa. Esbanjar parece ser para alguns a regra. Nenhum santo se pode sentir honrado sempre qual aconteça. As festas não podem servir para alienação do povo, quando existem para união do mesmo. Seio bem das dificuldades dos párocos em evangelizar esta actividade e as pessoas que nela intervêm. Mas há que aproveitar os sinais incómodos e não desistir.

António Marcelino

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 246



DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM – 29



BICICLETAS E PADRES...
Caríssima/o:

Certamente ainda se recordam do ano em que se realizou a primeira Volta à França em bicicleta. Para mim foi curioso ler este apontamento:

«De repente, começaram a chegar bicicletas do estrangeiro - para os endinheirados.
Contestação ou remoque encontraram, contudo, nas primeiras vezes em que se atreveram à estrada. Por exemplo, Guerra Junqueiro escreveu que “a bicicleta era o único veículo em que a besta puxava sentada” - e, em 1896, a polícia de Lisboa entrava na roda da chacota quando via transeuntes a insultar quem se atrevia a pedalar pelas ruas.
O Diário de Notícias lançou petição contra as bicicletas, achando que se “tornava cada vez mais perigoso o trânsito na cidade devido à velocidade dos pedalantes”.
E um industrial têxtil do Linhó, nos arredores de Sintra, foi selvaticamente agredido por ter cruzado a localidade de “byciclo” durante uma festa religiosa, porque os fiéis julgaram que... «ia montado num carro do Diabo».
Contudo, cinco anos depois, em 1903, o Patriarcado decidiu comprar bicicletas aos padres que as quisessem para melhor se deslocarem nas suas missões!»

Este pedacinho da história da bicicleta aguça o apetite para desenvolver um pouco o último tema aí mencionado.
Sim, porque, embora para alguns custe a acreditar, a minha geração ainda viveu os tempos em que o transporte dos senhores priores, reitores ou abades era... andar a pé!
Quem conheceu outro ao Prior Guerra?
Ou, no Bunheiro, quem se recorda  das viagens que o Reitor Domingos fazia entre a sua paróquia e a vizinha Pardilhó, sua terra natal?

Mas de bicicleta aí temos dois documentos a atestar o uso frequente e quase exclusivo para visitas a fregueses desses dois saudosos padres: Manuel José Costeira e Manuel Ribau Lopes Lé.
O primeiro nunca teve outro meio de transporte.
O segundo, embora usasse para viagens longas outros (teve o seu carro... e as suas motas!), não dispensava a bicicleta nas voltas mais caseiras.

E quantos mais se podiam recordar!...

Concluindo, vem a propósito o  provérbio:
"O mais eloquente de todos os sermões é o exemplo".

                                   Manuel  

Tolerância




DEIXAI-OS CRESCER ATÉ À CEIFA

Georgino Rocha

Sábia sentença que revela o coração do dono do campo onde, a par do bom trigo, cresce o joio daninho. E põe igualmente a descoberto o coração de todos os humanos. A vida é um bem precioso que não se pode beliscar e, menos ainda, eliminar. O crescimento é resultado da seiva vigorosa e das condições envolventes favoráveis. Se não houver atropelos, a vida desenvolve-se com naturalidade em todas as dimensões.

Além do reconhecimento do valor da vida, o proprietário desvenda outras atitudes que tornam mais humanas as relações familiares, laborais e sociais: espírito empreendedor, confiança num bom resultado, aceitação do ritmo dos factos, paciência nas turbulências, e contrariedades, diálogo concertado com os trabalhadores que o questionam, capacidade de tomar decisões arriscadas, respeito pelas leis do tempo, definição do método de avaliação, sensatez pedagógica em todo o processo.

sábado, 16 de julho de 2011

Regata dos Portos do Centro



Para unir Aveiro e Figueira da Foz


A 4.ª Edição da Regata dos Portos do Centro vai voltar este ano a Aveiro e à Figueira da Foz, nos dias 23, 30 e 31 de Julho. Duas dezenas de embarcações de cruzeiro e mais de uma centena de velejadores são esperados nesta prova que se vai disputar em três classes – ANC1; ANC2 e classe de cruzeiros.
A prova será apresentada a 20 de Julho, às 15 horas, pelo Presidente dos Conselhos de Administração do Porto da Figueira da Foz (APFF) e do Porto de Aveiro (APA), José Luís Cacho; apresentação em parceria com o Presidente da BP Portugal, Francisco Vieira, e o Director do Casino da Figueira da Foz, Domingos Silva.

Poesia para este sábado



Feliz Dia para Quem É

Feliz dia para quem é
O igual do dia,
E no exterior azul que vê
Simples confia!

Azul do céu faz pena a quem
Não pode ser
Na alma um azul do céu também
Com que viver

Ah, e se o verde com que estão
Os montes quedos
Pudesse haver no coração
E em seus segredos!

Mas vejo quem devia estar
Igual do dia
Insciente e sem querer passar.
Ah, a ironia

De só sentir a terra e o céu
Tão belo ser
Quem de si sente que perdeu
A alma p’ra os ter!

Fernando Pessoa,
in "Cancioneiro"

Citador

Crise de valores


“Don’t worry, be happy!” 

Maria Donzília Almeida 

Com o espírito mais liberto e o tempo menos espartilhado entre mil e uma tarefas, até a música tem outro encanto. A melodia citada em epígrafe, desde os tempos remotos, de 1988, em que apareceu, está aí de novo, sempre repetida e tão sentida. O cantor Bobby McFerrin readquiriu a força que o lançou e o refrão da canção anda aí, na boca de toda a gente. 
Cada um atribui à canção o sentido que a sua vida lhe permite. A mim, evoca uma cena sui generis, que ficará nos anais de uma Mulher! 
Fui solicitada a acompanhar uma amiga, à última morada. Não ao cemitério, mas a um tribunal, onde iria ser lida a sentença que poria termo à sua família. Uma morte anunciada, havia muito tempo. 
Merece-me, aqui, fazer umas breves considerações acerca da efemeridade das famílias atuais, que parece estar a acentuar-se, a olhos vistos. As estatísticas falam por si e apresentam um panorama muito negativo. As relações pessoais são precárias, as pressões da sociedade são muitas e há uma crise de valores como não há memória.

Vaticano II: discriminação deve ser eliminada




Sobre a ordenação de mulheres

Anselmo Borges



Nas últimas duas semanas, a ordenação de mulheres alcançou grande relevo nos media. Por causa de declarações inesperadas do cardeal-patriarca de Lisboa, D. José Policarpo. Numa entrevista publicada no Boletim da Ordem dos Advogados declarara que "teologicamente não há nenhum obstáculo fundamental" à ordenação de mulheres. A recusa está baseada apenas na tradição.
A declaração teve eco em importantes órgãos de informação estrangeiros. Tanto mais quanto aparecia pouco tempo depois de um bispo australiano ter sido demitido devido à mesma abordagem do tema, e o vaticanista Andrea Tornelli fez notar que a declaração ia contra a doutrina afirmada por João Paulo II e Bento XVI.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Português e Matemática




A comunicação social noticia que os exames de Português e Matemática, do 12.º ano,  denunciaram a má preparação dos alunos. Os resultados foram negativos, sendo de sublinhar que na disciplina de Português não se viam notas destas há 14 anos. A Matemática, já nem se fala, pois os nossos alunos, na sua grande maioria, continuam a olhar para os números com horror.
Estou longe de saber de quem será a culpa. Normalmente, atribui-se aos alunos a responsabilidade das más notas em Matemática; os professores ficam à margem, como se fossem todos pedagogos notáveis. Ora, eu acho que os professores deviam fazer um exame de consciência, no sentido de descobrirem se da parte deles haverá capacidade e arte para motivar alunos. O mesmo poderá ser dito aos professores de qualquer área.
A nível do Português, também não me espanta a situação. Pelo que tenho sabido, os nossos jovens leem pouco; muitos fogem dos livros como o diabo da cruz. E sem leituras, na área das Línguas como noutras, não se vai a lado nenhum.

Uma pequena estória

Alçada Baptista era um bom contador de estórias. Incisivas e com graça. Como esta:

«O meu querido Raul Solnado quis ser simpático com o filho de um amigo, um rapaz de 23 anos. Achou que se devia interessar pelas suas preocupações. Disse-lhe:
— Então, rapaz, tens lido alguma coisa? Gostas de ler?
Ele pensou só um bocadinho e respondeu:
— Evito.»

Figueira da Foz: Abadias à vista


No CAE (Centro de Artes e Espectáculos), Figueira da Foz,  no bar interior, os olhos de quem saboreia um café ficam inundados de luz, que se torna desafio para passear. O Parque das Abadias, verdejante e acolhedor, é sempre um bom princípio para quem reconhece a importância da caminhada frequente, compassada e lenta para os mais idosos, frenética para os mais jovens.

Anglicanos



Responsável teme fim da Igreja em 20 anos

«A Igreja Anglicana poderá deixar de existir, como uma estrutura funcional, dentro de 20 anos, a manter-se a actual tendência. Reunidos em Sínodo Geral, os representantes da Igreja ouviram graves avisos sobre o futuro. O reverendo Patrick Richmond, da Diocese de Norwich, alertou para a avançada idade da maior parte dos fiéis e a continuada perda de jovens nas celebrações dominicais.
“A tempestade perfeita que vemos aproximar-se no horizonte são as comunidades envelhecidas. A média de idades é agora de 61 anos, com muitos acima disso”, disse Richmond, referindo 2020 como o ano a partir do qual se vai sentir a queda no número de fiéis.»

Em RR

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Semana Jovem Ílhavo 2011




Entre 15 e 23 de julho, vai realizar-se, no município de Ílhavo, mais uma edição da Semana Jovem, destinada a rapazes e raparigas de todas as idades. Nela estão envolvidas associações e voluntários que aceitaram o desafio de viver uma semana de jovens e para jovens.
Haverá concertos, atividades noturnas, teatro, animação de rua, desporto, praia, dança e fotografia, entre outras iniciativas.
Ver programa aqui.

Foi identificado novo quadro de Leonardo da Vinci

"Salvator Mundi"


«Um quadro que se julgava perdido de Leonardo da Vinci foi identificado numa colecção privada norte-americana e vai ser exposto em Londres, na National Gallery, já em Novembro. A recente descoberta da obra de arte, intitulada “Salvator Mundi”, datada de meados de 1500, representa a figura de Cristo. A última vez que um quadro foi atribuído a Leonardo da Vinci foi em 1909 com a obra de arte “Benois Madonna”, exposta, actualmente, no Museu Hermitage em São Petersburgo, na Rússia.»


Ler no PÚBLICO

Sabores na Figueira da Foz


Na Figueira da Foz, numa zona, junto ao casino, que atrai turistas e veraneantes, não faltam  pevides, tremoços, amendoins e doces de chupar e de comer, estes últimos vedados a diabéticos. Pacientemente, os vendedores esperam os gulosos e os que gostam de roer sabores sempre agradáveis. Dizem que os tremoços não fazem mal, porque  não terão açúcar nem gorduras. Até me afiançaram que os podemos comer à vontade porque o nosso organismo os rejeita completamente. Então, vamos a isso, sem abusos.

Ainda o exemplo de Maria José Nogueira Pinto



Não me recordo da morte de alguém ter suscitado tantos testemunhos de apreço como aconteceu por estes dias com Maria José Nogueira Pinto. De todas as áreas políticas vieram elogios ao seu testemunho, à sua coerência e ao seu exemplo de mulher de fé. Vasco da Graça Moura, ateu ou agnóstico confesso, também não escondeu como apreciou a vida intensa de Maria José. Contudo, uma simples frase de José Pacheco Pereira, hoje na "Sábado", interpelou-me mais do que muito do que tem sido dito. Diz assim: «Ela [Maria José Nogueira Pinto] fez mais pela fé em que acreditava do que uma Igreja inteira.» É verdade, penso eu.
Há muitos anos li um livro que deve estar no meio de outros das minhas estantes, cujo título e teor (estou a citar de cor),  "Cristo desceu à rua", me interpelaram bastante na altura. Da leitura ainda recordo uma ideia que me ficou para a vida, e que era mais ou menos assim:  quando muitos passam fome (guerra?), há uns que vão rezar para a igreja, pedindo a Deus que os ajude, enquanto outros vão dar-lhes de comer. É isso. Se a oração é importante, os testemunhos concretos na vida são-no muito mais.
Pacheco Pereira, na sequência da frase que me serviu de mote a estas considerações, salienta: «o valor da propaganda pelo exemplo, uma expressão de origem anarquista, é o mais poderoso de todos.»

NOTA: Como estou de férias, não poderei confirmar, com rigor, a ideia que me ficou do livro que li. Não poderei precisar se se tratava de fome ou guerra. No fundo, seria uma situação complicada que necessitaria de  intervenção humana imediata. 


Toda a gente tem opinião acerca de tudo


Um mundo de interrogações 
incómodas mas necessárias 

António Marcelino

É inevitável, no agir do dia-a-dia de cada pessoa, o confronto entre os tempos já vividos e os que se vivem agora com o futuro no horizonte. Só no presente podemos ter memória do que se vivemos antes e abertura realista para projectos novos. O presente, porém, aparece-nos cada vez mais confuso e inquietante. Há menos memória, mas mais possibilidades para muitas coisas e mais problemas a enfrentar. São mais difíceis as relações e a comunicação pessoal atenta, pela abundância dos canais massificadores e porque o mundo de muitas pessoas e os valores em causa não coincidem em aspectos essenciais. Toda a gente tem opinião acerca de tudo, do que conhece e do que não conhece. E, quanto menos se conhece, mais se é dogmático nas afirmações e menos respeitador das opiniões alheias. Constroem-se mais muros que pontes, no dia a dia, na política, nas opções desportivas, que só no aspecto religioso se vai notando o contrário. Há mais diplomas de escola, mais festas e passeios de finalistas, mas menos conhecimento de coisas essenciais da vida. Por sistema, alguns vão apagando o passado e pensam, como ideal, um presente de imediatos, sem horizontes, sem projectos que se justifiquem a longo prazo.

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