quinta-feira, 8 de março de 2007

RTP celebra meio século de vida

FESTA CHEIA DE EMOÇÕES Ontem, a RTP celebrou meio século de vida, com um dia cheio de emoções para os seus muitos trabalhadores e também para os seus muitos telespectadores. Mas também para os que, como eu, assistiram ao seu nascimento e longa existência. A gala que ontem foi oferecida ao mundo português foi, para mim e decerto para muitos outros, uma festa carregada de emoções. Memórias, programas e pessoas, do mundo das artes e da televisão, activaram o meu baú das recordações, fazendo sobressair momentos inesquecíveis dos meus 50 anos de contacto quase diário com a RTP. Com que satisfação e com que emoções vi ontem, na gala bem animada, a ritmo estonteante, apresentadores, locutores, jornalistas, artistas e tantas outras personalidades da televisão e do mundo dos espectáculos, que povoaram, ao longo destes anos, a minha memória, a minha imaginação, a minha sensibilidade. Foi mesmo muito agradável ver gente simpática, que entrava nas nossas casas com delicadeza, com sorrisos que nunca nos deixaram, com timbres de voz que nos foram familiares. Não quero distinguir ninguém, porque todos foram amigos do dia-a-dia, desde os tempos da minha juventude. Acompanharam-me sempre, mesmo quando apenas a correr abria a televisão, para a sentir como companheira amiga que ali estava sem me incomodar.

Fernando Martins

Dia Internacional da Mulher


OCASIÃO PARA LEMBRAR
PROBLEMAS QUE AFECTAM
AS MULHERES
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Diversos sectores eclesiais manifestaram nestes dias, no contexto do Dia Internacional da Mulher, celebrado hoje, sua visão sobre a situação da mulher.
As mulheres trabalhadoras cristãs da Acção Católica (AC) expressam que se sentem “ofendidas perante a falta de respeito que se está a gerar desde um sector da sociedade para com os nossos símbolos e costumes religiosos, que fazem parte de nosso património cultural e espiritual”.
De forma paralela, as mulheres da AC valorizaram “os avanços que se vão produzindo no reconhecimento dos valores e dignidade da mulher”, onde se encontra “a criação de leis que defendem a mulher face à violência que sofrem por parte de alguns de seus parceiros”.
Desta forma, consideram positivo que algumas empresas comecem “a prolongar mais o período licença de maternidade” e a gratificá-lo economicamente. Também observam que “cada dia é mais valioso o papel educador da mulher como pilar da família”.
Contudo, as mulheres acreditam que persistem alguns problemas por resolver, como “a incompatibilidade do horário de trabalho e o escolar” que se traduz numa “má atenção aos filhos” ou “as faltas de ajudas económicas para incentivar a maternidade e o crescimento demográfico”.
Finalmente, pedem “a criação de leis que favoreçam e facilitem unir a vida familiar ao trabalho” e “uma educação para nossos filhos baseada em valores e que respeite as crenças”.
Por outro lado, a Organização Mãos Unidas também se pronunciou por ocasião do Dia Internacional da Mulher, para denunciar que “70% do 1,2 bilhão de pessoas que vivem no mundo em situação extrema de pobreza, são mulheres”.
Mãos Unidas recorda que «a separação dos sexos aumenta fortemente na maioria das nações em desenvolvimento e afecta todos os campos da vida diária».
Esta ONG católica, que através dos seus projectos educativos presta especial atenção à mulher, entende que “a luta contra a desigualdade deve começar na idade jovem, na família e na escola, e que privar as meninas da educação põe em risco as possibilidades de desenvolvimento, porque o analfabetismo das mulheres e a falta de educação prejudicam directamente os filhos, e com eles a família, as comunidades e a sociedade em geral”.
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Leia mais em Ecclesia

Um artigo de João Gaspar, no Correio do Vouga

Dia Internacional da Mulher



HOMENAGEM
A ALGUMAS MULHERES DE AVEIRO



Celebra-se anualmente, em 8 de Março, o Dia Internacional da Mulher, instituído pela Organização das Nações Unidas em 1975, mas já com raízes nos meados do século XIX. Neste dia, quase espontaneamente e de modo particular, evoco a minha saudosa mãe, Margarida Teresa – verdadeira educadora, que me transmitiu o conhecimento e o amor de Deus, me ensinou as primeiras orações, me estimulou no afecto pelos meus irmãos e me despertou no respeito por toda a gente. Também lembro neste dia, com afectuosa amizade, as minhas avós Maria Engrácia e Maria Teresa, as minhas três irmãs Maria, Iria e Arminda, as minhas duas cunhadas Maria e Rosa e as minhas muitas sobrinhas, de diversos graus; a todas, que me estimam sem condições, sou devedor de imensa gratidão. E, como elas, adivinho as incontáveis heroínas anónimas que, na penumbra da plateia, são muito mais numerosas do que os heróis aclamados na luz do palco. É nosso dever trazê-las à claridade resplandecente da ribalta.
Tantas mulheres que, sem darem nas vistas nem ficarem gravadas em páginas da história, colaboraram decididamente na construção da comunidade humana. Quantas esposas que, com a sua cooperação, o seu trabalho e o seu sacrifício, ajudaram os maridos a granjearem realce na sociedade!… Quantas mães que, com persistência e com amor, formaram heróis e santos!… Quantas filhas que, com carinho e com afeição, ajudaram os pais e as mães!… Quantas irmãs que, numa vida escondida, tornaram possível o trabalho de familiares!… Quantas e quantas mulheres que, com abnegação desmedida, velaram bebés, acolheram crianças, formaram consciências, semearam valores, encorajaram vacilantes, curaram enfermos, assistiram moribundos, ampararam velhinhos!...
Sem pretender ser exaustivo (longe de mim!), lembro apenas algumas aveirenses cujos nomes se encontram registados na memória colectiva, na história local, na toponímia urbana ou até no bronze esculturado.
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Leia todo o artigo no CV

Um artigo de António Rego

Dia Internacional da Mulher

MULHER

Tudo começou numa fábrica de tecidos em Nova Iorque no ano de 1857. Numa greve, a exigir para as mulheres melhores condições de trabalho e “salário igual para trabalho igual”. Só cinquenta anos depois esse dia se estabeleceu como Dia Mundial da Mulher. Mas a ONU, apenas em 1975 – quando por cá andávamos entretidos em pequenas revoluções – o tornou dia oficial.
É assim que se faz a história e importa reconhecer neste caso que o acontecimento foi muito mais que simbólico. Desceu ao terreno do real na vida familiar, social e cultural. A mulher deixou de ser considerada um elemento menor da história, muitas vezes ganhando significado apenas quando associada ao homem ou como sombra de prestígio do universo masculino. É sabido que estamos muito longe da conquista real da igualdade. E curiosamente aqueles que aparentemente mais esgrimem a proclamação de direitos e “libertação” da mulher, são os que mais a escravizam no seu pater-nalismo redutor, com distância infinita entre os pregões teóricos e a prática pessoal e social. Recorde-se o tráfico de mulheres imigrantes, artistas, modelos, disfarces de trabalhadoras, para não falar de empresários marialvas que trocam a mais velha por duas mais novas com uma displicência glaciar. Cento e cinquenta anos depois da revolta de Nova Iorque a mulher continua a ser usada e abusada na publicidade, na exploração mercantil, no papel humilhante de objecto de grandes teóricos do feminismo e empresários do machismo. Tropeçamos a cada passo com este género híbrido de homens e mulheres. Sem a mais pequena noção do significado de libertação, com uns poucos de chavões encaixados nas situações políticas ou sociais mais convenientes, com uma literatura de fronteira e uma libertinagem proclamada aos quatro ventos, por vezes não longe do animalesco e esclavagista.
Nem por isso deixa de ter significado o Dia Mundial da Mulher. Pelo contrário, impõe-se como um grito de dignidade e libertação dos slogans de circunstância que geram novas escravaturas na vida social e familiar. Quando se lhe rouba ou diminui o significado da sua maior nobreza – a maternidade – toda a gritaria feminista soa a falso e circunstancial.

Dia Internacional da Mulher


UMA FLOR PARA CADA MULHER
Para todas as que riem e para todas as que choram...
Para todas as que trabalham e para as desempregadas…
Para todas as que foram mães e para as que o não puderam ser…
Para todas as que sofrem injustiças e para todas as justas…
Para todas as perseguidas e ofendidas…

Para todas as que amam e para as não amadas...
Para todas as artistas que fazem o mundo mais belo…
Para todas as que rezam pelos que não rezam...
Para todas as que sofrem com o sofrimento dos outros…
Para todas as que partilham alegrias com os tristes...
Para todas as que lutam por um mundo melhor…
Para todas as MULHERES…

quarta-feira, 7 de março de 2007

50 anos da RTP

CAVACO SILVA LEMBRA A IMPORTÂNCIA DO RIGOR, DA IMPARCIALIDADE E DA QUALIDADE DA PROGRAMAÇÃO
Ao falar na cerimónia comemorativa dos 50 anos das emissões regulares da RTP, o Presidente da República, Cavaco Silva, lembrou que a prestação do serviço público de televisão é uma tarefa que traz, para os seus trabalhadores, “especiais exigências de rigor, de imparcialidade e de qualidade da programação". Sendo certo, a meu ver, que a RTP tem melhorado significativamente com a actual administração, liderada por Almerindo Marques, será bom recordar que esse facto não a dispensa de continuar a garantir a qualidades dos programas, sem entrar nas guerras de audiências, que podem levar a enveredar por caminhos da banalidade e de baixo nível artístico.
Importa, no entanto, sublinhar que também está nas nossas mãos contribuir para que isso aconteça, avançando com as nossas sugestões e propostas, mas ainda com as nossas críticas construtivas.

Um artigo de D. António Marcelino


Modernidade e conservadorismo,
direitas e esquerdas

Um dos direitos assumidos pelo laicismo no campo da política é ter tornado esta uma instância sem apelo, com o direito de se assumir como a mais lúcida classificadora da realidade social. Fá-lo à revelia da sua missão de um serviço a todos, construindo muros que dificultam a comunicação entre eles e abrindo valas que tornam difícil uma expressão livre de pluralismo e de uma legítima diversidade de critérios e valores.
Desta frenética actividade classificativa surgiu a nomenclatura de direitas e de esquerdas, acantonando-se pessoas e instituições nestes redutos arbitrários. Dada a matrícula original do laicismo, a Igreja foi arrumada nas direitas, também apodadas de conservadoras. Progressivo, aberto, moderno têm lugar cativo no palco das esquerdas.
Foi, assim, sintomática a reacção eufórica do primeiro-ministro, na noite em que se contaram os votos do referendo, ao proclamar que “Portugal opta entre a modernidade e o conservadorismo”. A apoiar as palavras do chefe, surgiram declarações em catadupa: a Igreja foi a grande derrotada, a sua influência no povo português tinha terminado, o norte conservador votara “não” e o sul progressista votara “sim”… Algumas destas afirmações, por descabidas, tiveram que se engolir logo no dia seguinte. Não faltaram comentadores de renome, serenos e lúcidos, a mostrar como emoções não são sempre razões. Ninguém da Igreja se defendera. Desta, só alguém insofrido não consegue conter-se e as afirmações feitas não justificavam nem comentários, nem resposta.
A Igreja, com maior sabedoria do tempo e mais reflexão com conteúdo, nunca alinhou e ainda menos usou a classificação de direitas e esquerdas, típicas dos partidos políticos, que, à falta de ideias que os identifiquem, vão-se arrumando em espaços anódinos. Cores não traduzem valores, e até se descoloram quando os espaços conquistados não são respeitados e a identificação de cada um se torna tarefa inconsistente, dúbia e atrevida.Se esquerda quer dizer abertura ao social e não só, vemos em partidos, ditos de esquerda, atitudes e posições reaccionárias, que pararam no tempo, e já só sustentadas por mentes encarquilhadas. Se esquerda quer dizer ajuda séria a pessoas em dificuldade, esta ajuda aparece mais vezes de circunstância e de favor e a cobrar créditos, que gesto de motivada e bem explicada solidariedade. Se por esquerda se entende abertura a caminhos novos, por onde se pode caminhar agora e no futuro, não faltam, vindos dessas bandas, atalhos mal amanhados, a servir para o cortejo festivo de notáveis, que nunca mais voltarão a passar por aí, porque a lama disfarçada num dia, continua lá, e gente importante e instalada em interesses não suja, de bom grado, os pés na lama.
Nada mais inconsistente que a classificação arbitrária de direitas e esquerdas, de modernos e conservadores. A Igreja, porque é para todos e, apesar dos limites e falhas dos seus membros, ontem e hoje, sabe naquilo que acredita e o que defende, não se dobra a conveniências pagas com emoções nem a ameaças, nem teme os epítetos que lhe atiram para cima, destituídos de cola e que depressa caem envergonhados.
Quem quiser servir a comunidade e não os seus interesses pessoais, partidários e de grupo, tem de respeitar, acolher, integrar no conjunto, pessoas, valores, formas de participação legítima. Tem de se esclarecer culturalmente. De contrário, faz apenas de pirotécnico de fogo de vista, em arraial nocturno e concorrido. Os atrasos de que padecemos têm, na sua causa, muitos culpados, por acção e omissão. Porque não é nem será de direita ou de esquerda, a Igreja não se furta aos juízos da história. Nem sempre soube aproveitar o terreno aberto, tendo à mão boa semente. Mas reconhece-o, di-lo e procura caminhos de conversão. Coisa que os políticos, mormente os do poder, sempre com razão, impolutos e infalíveis, jamais andarão por caminhos de pecadores.

Barra de Aveiro


BICENTENÁRIO DA BARRA DE AVEIRO

Comemorações iniciam-se a 3 de Abril com conferência ibérica "Qualidade Global dos Portos" é o tema em debate no pontapé de saída de um vasto programa de comemorações que se estende por ano e meio, até Setembro de 2008. Portos de Gijón e Barcelona integram painel de oradores e Ana Paula Vitorino, Secretária de Estado dos Transportes, preside à sessão de encerramento da conferência.

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Ver programa



Bíblia na Internet

www.capuchinhos.org





CAPUCHINHOS LANÇAM A WIKIBÍBLIA

Os Capuchinhos apresentam na sua página oficial na Internet (www.capuchinhos.org) a WikiBíblia, que disponibiliza aos visitantes o texto completo do Novo Testamento e vários comentários à Escritura. Em breve, estará disponível o texto do Antigo Testamento
"Com a publicação da WikiBíblia, Bíblia Sagrada na Internet, acreditamos estar a dar mais um passo para que a Palavra de Deus esteja acessível a todos", referem os Capuchinhos, responsáveis por boa parte da dinamização bíblica no país, com destaque para o trabalho feito desde 1955, com a fundação da Difusora Bíblica e da revista Bíblica.
Embora os textos da Bíblia Sagrada e respectivas notas e introduções não possam ser alterados, no futuro, poderão, eventualmente, ser enriquecidos com imagens, mapas, esquemas ou mesmo artigos de apoio e estudo feitos individual ou colectivamente por pessoas convidadas.

50 anos da RTP



CAIXA MÁGICA QUE ALIMENTA SONHOS

A RTP faz hoje 50 anos. Foram e ainda são 50 anos de magia que nos alimentaram sonhos lindos.
Com ela, vimos novos mundos, antes talvez nunca imaginados, cal-correámos caminhos nunca andados, conhecemos pessoas encantadoras, assistimos a acontecimentos únicos no sossego dos nossos sofás.
Com ela, participámos em espectáculos deslumbrantes, vimos artistas que nunca poderíamos ver ao vivo, conhecemos outros de vários quadrantes que enriqueceram a vida de todos nós, vibrámos com jogos de todo o mundo, de todos os clubes, de todas as modalidades desportivas.
Culturas, artes, gentes e paisagens, teatro e cinema, música e bailado, ginástica artística e desportiva, e outras artes, sensibilidades, colóquios e debates para minorias e maiorias, cerimónias religiosas, e tantas magias que nos ensinaram e que valorizaram a nossa maneira de pensar e de agir, num mundo cada vez mais globalizado.
Com ela, porém, também vimos guerras em directo, entre povos e países, lutas políticas em que pessoas se ofendiam em vez de dialogarem. Ainda espectáculos degradantes e ofensivos da dignidade humana, coisas sem pés nem cabeça, engraçadas umas e ridículas outras. O balanço, no fundo, é muito positivo.
Enfim, nestes 50 anos, a RTP fez parte integrante das nossas vidas. E vai continuar porque dia a dia sentimos que está no caminho certo, sem ter que se preocupar com guerras de audiências, sem compadrios políticos ou outros. Independente de poderes, sejam eles quais forem.
Parabéns à RTP e a todos os seus trabalhadores.

Fernando Martins

terça-feira, 6 de março de 2007

Tabaco faz mal à saúde


OMS alerta para efeitos
“devastadores” do tabaco

A Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou hoje um alerta para as consequências “devastadoras” do tabagismo na saúde pública europeia, apesar dos progressos registados desde 2002 nas políticas de controlo do consumo de tabaco na região.
Num relatório sobre a evolução do combate ao tabagismo na Europa nos últimos quatro anos, a OMS assinala que em países como Portugal e a Roménia ainda está a aumentar a taxa de mortalidade por cancro da traqueia, brônquios e pulmão, tanto em homens como em mulheres. Nestes países, “a exposição da população ao fumo ou ainda está a aumentar, ou só baixou muito recentemente”, indica o documento.
O relatório refere estimativas de 2000, que apontavam para custos directos e indirectos na União Europeia entre 97,7 e 130,3 mil milhões de euros, correspondentes a entre 1,04 e 1,39% do PIB. No entanto, dados mais recentes mostram custos ainda mais elevados nos novos Estados-membros, onde é mais elevada percentagem das doenças e mortes resultantes do tabaco.
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Fonte: Rádio Renascença

Páscoa em Aveiro




"VIVER AVEIRO
-PROGRAMA DE PÁSCOA 2007"

Com a finalidade de assinalar a Páscoa em Aveiro, a Câmara Municipal de Aveiro propõe um programa de acções culturais e religiosas que tem como sensibilizar a população para a música sacra que, enquadrada nesta época; promover e divulgar o artesanato da região de Aveiro num momento em que se encontram em Aveiro inúmeros turistas; dar a conhecer aos cidadãos o sal e os vários locais produtores nacionais e internacionais, assim como, os Antigos Centros Produtores, agora inactivos; e sensibilizar para uma maior consciencialização para a preservação do património.
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Padres na RTP



A RTP está a celebrar
50 anos de vida
e a presença do religioso
habita naquela casa
desde o nascimento


O nascimento da televisão em Portugal, da RTP, não se pode contar sem o contributo de Monsenhor Lopes da Cruz. Pároco da Igreja dos Mártires e fundador da Rádio Renascença, Lopes da Cruz foi o Primeiro Presidente da Assembleia-geral da RTP. E ao longo dos seus 50 anos, a RTP sempre incluiu a dimensão religiosa nos seus programas e na informação que emite. Foram muitos os padres que passaram pela televisão, na celebração da Eucaristia Dominical, em programas religiosos e mesmo naqueles programas que justificaram o aparecimento de serviço público televisivo, na Europa e também em Portugal.
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Dia Nacional da Cáritas: III Domingo da Quaresma



«A prática da caridade e a promoção da justiça são uma exigência da maturidade da fé e um dever da Igreja». Apelos para a Semana Cáritas, que decorre até ao próximo Domingo



Mensagem do Presidente
da Cáritas Portuguesa

No III Domingo da Quaresma, por decisão da Conferência Episcopal Portu-guesa, celebra-se, em todo o país, o Dia Nacional da Cáritas que, nos últimos anos, tem vindo a ser preparado por cada Cáritas Diocesana, desenvolvendo, durante a semana que o antecede, um vasto e criativo conjunto de iniciativas.
“Pela dignidade, igual oportunidade” é o tema que a Cáritas propõe à reflexão de todos os portugueses e de outros nossos irmãos que escolheram o nosso país para encontrar um futuro mais digno para si e para suas famílias. Este tema está em sintonia com o lema escolhido para assinalar o Ano Europeu da Igualdade de Oportunidades para Todos – Para uma Sociedade Justa. A União Europeia pretende, assim, sensibilizar os cidadãos para os benefícios de uma sociedade justa e solidária e para reforçar e exaltar a importância da igualdade de tratamento entre as pessoas, sem distinção de origem racial ou étnica… Destas preocupações nunca poderá estar alienado qualquer cristão. Pelo contrário para cada um deles, “cujo coração de Cristo conquistou com o seu amor, despertando nele o amor ao próximo”1 , tudo tem de ser claro, sem ambiguidades e preconceitos. Tudo em busca da verdade. É que continuamos a viver numa sociedade que não atribui iguais oportunidades a todos os seus cidadãos. E esse é o terreno fértil necessário para não se atingir o patamar mínimo da dignidade contrária a todos os princípios que norteiam o cristianismo. Podemos fazer de conta que não sabemos, mas os dados aí estão, com toda a crueza.

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Citação

"Muitas vezes, o desacordo honesto é um bom sinal de progresso"
Mahatma Gandhi,
líder nacionalista indiano (1869-1948)
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In "PÚBLICO" de hoje

Efeméride

6 de Março de 1802


Boca da Barra, vista do Forte da Barra


BARRA NOVA



Faz hoje anos que o Engenheiro Reinaldo Oudinot enviou ao Governo o seu projecto para a abertura da barra nova, actual Barra do Porto de Aveiro, localizada na Gafanha da Nazaré, concelho de Ílhavo.
Assinalando o facto, aqui dizemos que este empreendimento, logo que se concretizou, veio dar um extraordinário impulso ao desenvolvimento da região, a começar pela Gafanha da Nazaré. Quando se comemora tudo e mais alguma coisa, sinto pena que datas marcantes da nossa história local e até regional caiam no esquecimento

Um poema de Sophia



MADRUGADA

Um leve tremor precede a madrugada
Quando mar e céu na mesma cor se azulam
E são mais claras as luzes dos barcos pescadores
E para além de insânias e rumores
A nossa vida se vê extasiada

In “ILHAS”,
de Sophia de Mello Breyner Andresen

Com um dia de pausa…

Com um dia de pausa, cá estou de novo. Como desde há muito, dedicando uns minutos livres ao meu blogue, sem descurar, obviamente, outros trabalhos que tenho em mãos. Sempre ao sabor das liberdades dadas pela saúde e pelo gosto de estar no mundo para partilhar sentimentos e emoções. Uma pausa de quando em vez faz bem… e quando regresso até me sinto renovado. O tempo, porém, chuvoso e frio, também ventoso por estas Gafanhas, não me permite contemplar a natureza mais bela, que a natureza triste também merece e precisa de ser olhada, com a esperança de que a mais bonita está à porta para entrar. A todos, muito bom dia, dentro do possível. Fernando Martins

domingo, 4 de março de 2007

Um texto de Jorge Pires Ferreira

Cientistas pouco esclarecidos

Poderá um cientista ou divulgador de ciência ignorar a História da Ciência ou ter dela visões sectárias? Aparentemente, não. Mas na prática, sim. É o que acontece muitas vezes. Em dois encontros públicos recentes, em Aveiro, com pessoas de elevada craveira, notei tomadas de posição que de alguma forma rebaixam ou desprezam a fé cristã no diálogo com as ciências naturais. Crentes como eu haveria com certeza na assembleia. Mas é feio desautorizar os convidados. Pelo que eu e os outros optamos pelo silêncio, com o risco de a asneira, à força de tanto ser repetida, ganhar aparência de verdade.

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Leia mais em RELIGAR

Um poema de António Gedeão

REFLEXÃO TOTAL


Recolhi as tuas lágrimas
na palma da minha mão,
e mal que se evaporaram
todas as aves cantaram
e em bandos esvoaçaram
em tomo da minha mão.
Em jogos de luz e cor
tuas lágrimas deixaram
os cristais do teu amor,
faces talhadas em dor
na palma da minha mão.


in "366 poemas de amor",
antologia organizada por Vasco Graça Moura

Museu de Ílhavo: Exposição de Fotografia


"HERÓIS DO MAR"
Durante o mês de Março, os amantes de fotografia artística e todos os outros ainda poderão apreciar, no Museu Marítimo de Ílhavo, uma exposição de Bill Perlmutter, cedida pelo Centro Português de Fotografia.
O norte-americano e fotógrafo artista registou, em 1958, com a sua objectiva, no nosso País, quadros da vida de gente ligada ao mar. São fotografias a preto e branco, que precisam de ser apreciadas.

Santa Maria Manuela

Ílhavo: Nova vida para o navio Santa Maria Manuela
O navio Santa Maria Manuela voltará a navegar e será o epicentro de várias iniciativas ligadas à cultura, ao turismo e à investigação. A fundação responsável pela embarcação anunciou ontem a sua venda a uma empresa de Ílhavo, que está já a preparar o seu projecto de recuperação :
O navio Santa Maria Manuela, embarcação gémea do Creoula, será alvo de um novo projecto de recuperação. A Fundação Santa Maria Manuela, criada em 1994 com a intenção de refazer a embarcação de acordo com o desenho original, anunciou ontem a venda do navio a uma empresa local.
A proposta da Pascoal & Filhos para a compra e recuperação da embarcação foi aceite pela Fundação que, deixando de possuir património, será extinta. De acordo com o presidente do conselho de fundadores, Vasco Lagarto, trata-se de «recuperar e manter à tona da água algo que faz de nós aquilo que somos como sociedade». Para este responsável, «um projecto deste tipo precisa de ter uma base empresarial», e terá sido essa a principal razão para que a proposta tenha sido aceite prontamente. :
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Leia o trabalho de Soraia Amaro no DA

Um artigo de Anselmo Borges, no DN


A religião do mercado:
Deus e a Mamona


Nos anos 80 do século passado, em contraposição ao socialismo democrático e à teologia da libertação, assistiu-se ao aparecimento e revitalização de uma nova teologia política: a neoconservadora. Os seus representantes mais conhecidos foram sociólogos e politólogos, provenientes de destacadas universidades americanas: M. Novak (católico), R. Neuhaus e R. Benne (luteranos), etc.
O seu objectivo fundamental é o de apresentar o capitalismo, tal como eles o entendem, como o sistema mais humano, racional e justo, sublinhando a afinidade que existiria entre esse sistema e a tradição judaico-cristã. Embora os indivíduos persigam os seus interesses próprios, no final, mediante um secreto desígnio divino e uma espécie de harmonia preestabelecida, precisamente do livre jogo de interesses individuais resulta a ordem social. E o mercado aparece com uma missão quase divina. O mercado é um pouco como Deus: Providência para todos. Se para alguns é causa de sofrimento e até morte, Ele saberá a razão pela qual isso acontece: será uma provação ou castigo; de qualquer modo, um sofrimento passageiro, que terá uma redenção final.
Temos aqui uma espécie de "mercadodiceia", como substituto da antiga teodiceia, portanto, o mercado como chave de solução dos problemas humanos e da felicidade.
No quadro do seu estudo crítico sobre os fundamentalismos, o teólogo Juan José Tamayo sublinha a importância do fundamentalismo económico neoliberal, com características de uma religião e uma teologia própria: precisamente a teologia do mercado.
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Leia mais em DN

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS-13


AINDA O POVOAMENTO DA GAFANHA

Caríssima/o:

Brumas do tempo!
Brumas da Ria!
Quem é destas terras e aqui tem as suas raízes, conhece bem os nevoeiros da vida e da Ria. Ainda mais quem algum dia penetrou profundamente pelos canais e neles deambulou perdido por nada ver à sua frente!...
João Pereira de Lemos escreveu um livro: «Os Gafos da Ilha de Sama». No preâmbulo afirma:”Quase todos os factos foram passados, dando-lhes no entanto interpretação pessoal, contrariando algumas vezes autores consagrados, considerados e credíveis.”
Como que em sub-título acrescenta:”Narrativa quase verdadeira do que se passou na vila de Aveiro, entre 1525 e 1581, porque o mais se não acha pois está no guarda-roupa del-Rei”.

Transcrevo das páginas 161 e 162:

“Um dia, quando sentado no beiral de areia do lado poente, admirava o sol rubro que se encaminhava para o ocaso, [Pedro] pensou que talvez o areal em frente onde não se via vegetação, fosse a chave para a solução do excesso de pessoas na ilha de Sama. Virou-se para Filipa que estava a seu lado e disse:
- Parece que encontrei a chave para os nossos problemas aqui na ilha. Vou convidar alguns daqueles em quem mais confio e vamos estabelecer-nos no outro lado. Pedirei a Yssuf para descarregar lá tábuas e troncos e outros utensílios e procuramos um lugar para nos instalarmos.
Em Sama ninguém era tratado pelo nome ou pelo apelido, todos eram iguais e, por isso, usavam alcunhas. Pedro de Lemos o “Samarrão”, alcunha que advinha de à noite andar com uma grande samarra – vestimenta pastoril de pele de ovelha com lã, e que os médicos aconselham a não usar sobre a epiderme, pois julgam ser a causa de epidemias -, passou palavra ao Jorge “Fidalgo” porque assim o era, ao André “Cravo” porque parecia ter muitos cravos na cara, ao Belchior “Sardo” porque pareciam sardas as pústulas já secas, ao Simão “Gafanhão” porque ele era forte, ao Sebastião “Lázaro” porque era lazarento do corpo e alma sofredora diga-se, ao Pedro “Vaz” diminutivo apressado de Alvaraz, Gaspar “Casqueira” porque passava o tempo a fazer barcos das cascas que encontrava e pedia a toda a gente para lhas arranjar, e o António “Conde” porque se dizia como tal e todos sabiam que assim não era e não passava dum pobre diabo!
Combinaram, em segredo, no dia 16 de Julho de 1545, dia de N.ª S.ª do Carmo, e à noite, fazerem a travessia num barco que Yssuf e Hamed trouxeram.
Subiram o areal transportando o mais que puderam e ao avistar um braço de água que entrava pelo areal e percorridos aí três mil e oitocentos côvados, decidiram instalar-se ali. Tratava-se dum istmo entre o canal Caveira a poente, e o canal do Boco a sul. Por sugestão de Filipa e recordando a conversa com Pedro, o local passou a chamar-se Chave. Construíram habitações exíguas que cobriram com junco que crescia em tufos ao longo do braço de água. Abriram vários poços, semearam couves, nabos e milho, este uma novidade recente. Também algumas árvores, sobretudo figueiras. Yssuf foi trazendo animais domésticos e, um dia, trouxe um burro para não dar nas vistas, pois é convicção de que os animais domésticos também podem ser contagiados!
Os frades logo souberam e visitaram os gafos exilados. Sugeriram que se construísse uma ermida, e desde que não estivesse muita corrente ou ondulação, faziam uma visita regular.
Os da governação, ao saberem, não se incomodaram e até admitiram entre si que assim estavam mais longe e isolados.”

Logo na página 165 acrescenta:

“O tempo foi passando, e já havia curas completas muito embora com marcas irreversíveis. A comunidade da Chave tinha sido aumentada com algumas crianças todas sadias, e mais um novo casal cujo homem foi baptizado de “Gandarinho”! Um dia, alguns andavam distantes à procura de madeira arrolada e viram uma espiral de fumo muito para Sul. A curiosidade levou-os até lá onde deparam com um casal e um filho com o ar mais faminto e andrajoso possível. Indagaram quem eram, e o homem contou que já caminhavam há muitos dias, tantos que lhe tinham perdido a conta. Que vinha dumas terras a que chamavam Gândara, e que eram tão pobres que resolveram procurar outras terras. Não sabiam onde estavam. Convidaram-nos a vir viver para a Chave. O nosso homem era tão pequeno e frágil que ficou com a alcunha de “Gandarinho”.
O único defeito da Chave se é que é, é que fica muito longe do enfiamento do canal de Aveiro, e os frades fazem notar isso, pois os criados tinham de remar muito. Cinco casais resolveram estabelecer-se no dito enfiamento, tanto mais que o terreno lhes parecia menos arenoso. Baptizaram o local de Cale, pois bordejava a Ria. Os outros já estavam apegados à terra onde conseguiram curar-se e sobreviver, resolvendo ficar ali para sempre.
Passou-se um ano, e os comerciantes de Aveiro já se atrevem a trazer e levar produtos à terra dos gafanhos, como dizem. Passado pouco tempo já dizem que vamos à “Gafanha” e assim fica...”

E mais não transcrevo. O que aí vos deixo aponta na direcção de outra fonte de fantasia: o nome da Gafanha.

Então, até...



Manuel

sábado, 3 de março de 2007

Portugal no mundo

ALDEIA DE MIL INDIANOS QUE FALAM PORTUGUÊS
Todos sabemos que se fala Português pelos quatro cantos do mundo. Vestígios, palpáveis, das nossas andanças e aventuras, nas descobertas e nas conquistas, mas também na emigração. Quando falo com marítimos, pescadores ou outros, oiço frequentemente estórias de encontros e desencontros com portugueses e seus descendentes, mas ainda de comunidades que perduram, ao longo de séculos, com raízes lusas. E é muito enternecedor, sobretudo para mim, que devo ter alguma costela romântica ou coisa parecida, verificar que a marca dos nossos antepassados se mantém acesa um pouco (ou muito?) por toda a parte.
Hoje li no "PÚBLICO", mais concretamente no segundo caderno, agora chamado P2, uma reportagem feita pela jornalista Alexandra Lucas Coelho numa aldeia dos mil indianos que falam Português. Korlai, assim se chama a aldeia, tem, de facto, raízes lusitanas. Diz a jornalista que é um caso único em toda a Índia. A aldeia, que ela visitou, é formada por descendentes de nove portugueses, que guardam, há séculos, uma língua academicamente reconhecida como português de Korlai. Trata-se de uma comunidade católica que se orgulha da língua que muitos falam, passando de pais para filhos. Na aldeia, os apelidos dizem tudo: Pena, Rosário, Viegas, Sousa, Martins, Rocha e Rodrigues, entre outros.
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Fernando Martins

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