terça-feira, 11 de novembro de 2014

UM APELO

João Martins Júnior 
foi um sobrevivente 
do "Maria da Glória"

Um escritor meu amigo está a preparar um livro sobre o naufrágio do Maria da Glória. Precisa de colher dados sobre um dos sobreviventes, José Martins Júnior, natural da Cale da Vila, Gafanha da Nazaré, onde nasceu a 13 de junho de 1918. Era filho de João Martins e de Olívia de Jesus Imaginário. Deseja saber o que fez ele depois do naufrágio.Terá estado, na altura, como outros, na América. Depois, terá regressado a Portugal.

S. MARTINHO: 11 DE NOVEMBRO

Crónica de Maria Donzília Almeida
 


O dia amanheceu cinzento. Do plúmbeo céu bátegas grossas caíram a anunciar a continuidade das condições meteorológicas dos dias anteriores.
Ah... mas hoje não é dia de S. Martinho? Ocorreu-me, num relance, à memória a crença popular na esperança/promessa de um dia de sol. Mas este ainda há pouco se foi embora, presenteando-nos com dias estivais, num Outono já consumado. Em Outubro, as temperaturas estiveram acima dos valores habituais para a época fazendo lembrar os convidativos/relaxantes dias de férias.
Será que a tradição já não é o que era, ou o santo está zangado com as tropelias que o homem tem feito, nomeadamente no que concerne ao ambiente? Neste campo, muitos estragos têm sido cometidos, em nome da civilização, do avanço tecnológico, da luta desenfreada pelo poder.
Longe vão os tempos em que as estações ocorriam de acordo com o calendário e uma pequena trégua em meados de Novembro sabia sempre bem.

HÁ MUITA GENTE QUE ADOECE...

"Quando o homem rejeita a verdade, adoece"

(Romano Guardini, 1885 - 1968)

Nota: Percebe-se por que razão há tanta gente doente, sobretudo em classes sociais que tinham a obrigação de assumir, em todas as circunstâncias, posturas de verdade.


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MONUMENTOS: Faina Maior


Para não ficarem esquecidos e para os nossos emigrantes ou filhos de emigrantes os fiquem a conhecer

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

STELLA MARIS DE AVEIRO

1985:10  de novembro

D. Manuel assina a ata da cerimónia
«Na freguesia da Gafanha da Nazaré, a Obra do Apostolado do Mar inaugurou a primeira fase do edifício do Clube «Stella Maris», para acolhimento dos marítimos que demandam o porto de Aveiro ou nele se ocupam em quaisquer profissões (Correio do Vouga, 8 e 15-11-1985) – J.»

Calendário Histórico de Aveiro, 
de António Christo  e João Gonçalves Gaspar


Stella Maris está hoje desativado


Em 10 de novembro de 1985, foram inauguradas por D. Manuel de Almeida Trindade, Bispo de Aveiro, as novas instalações do Clube Stella Maris, da Obra do Apostolado do Mar. Tratava-se da primeira fase das obras programadas, que importou em 13 mil contos. Esta primeira fase foi constituída por sala de refeições, bar, cozinha, escritório, receção, armazém, 15 quartos com casas de banho e um salão para reuniões. Houve um subsídio, em 1982, do Secretário de Estado dos Assuntos Sociais, Bagão Félix, e apoios das Câmaras Municipais de Aveiro e Ílhavo. 
A direção era presidida por Carlos Sarabando Bola. 
Diga-se ainda que o Stella Maris se traduziu, na altura e durante muito tempo, num significativo apoio aos homens do mar e suas famílias. Hoje está desativado, esperando-se o aproveitamento daquele espaço,

HAWKING E FRANCISCO

Crónica de Anselmo Borges 
no DN de sábado



1 Que disse o cientista inglês Stephen Hawking? "Antes de termos entendido a ciência, o lógico era crer que Deus criou o universo, mas agora a ciência oferece uma explicação mais convincente. Não há Deus. Sou ateu. A religião crê nos milagres, mas estes não são compatíveis com a ciência."
Pensa que o homem acabará por entender a origem e a estrutura do universo. "De facto, já estamos perto de conseguir este objectivo. Na minha opinião, não há nenhum aspecto da realidade fora do alcance da mente humana." Por isso, julga que a exploração espacial deve continuar e os grandes avanços científicos e tecnológicos neste domínio poderão "evitar o desaparecimento da Humanidade, graças à colonização de outros planetas".

domingo, 9 de novembro de 2014

A GAFANHA ERA UM LENÇOL DESOLADOR DE AREIA BRANCA



«[A Gafanha] Era um lençol desolador de areia branca, de dúzias de quilómetros quadrados, que os braços da laguna debruavam a norte, a leste e a poente, isolando do contacto da vida a solidão árida do deserto.
Lá dentro, longe das vistas, bailavam as dunas, ao capricho dos ventos, a dança infindável da mobilidade selvagem dos elementos em liberdade.
Brisas do mar e brisas da terra, ventos duráveis do norte em dias de estabilidade barométrica, e rajadas violentas de sudoeste a remoinharem no céu enfarruscado de noites tempestuosas, eram quem governava o perfil das areias movediças cavadas em sulcos e erguidas em dunas de ladeiras socalcadas a miudinho.
Era assim a Gafanha do tempo dos nossos bisavós: deserto enorme de areia solta, a bailar, ao capricho dos ventos, o cancan selvagem de uma liberdade sem limites.
Um dia, não longe ainda, um homem atravessou a fita isoladora da Ria e pôs pé na areia indomável. Não sabe a gente se o arrastava a coragem do aventureiro, se o desespero do foragido. De qualquer modo, ele fez no areal a sua cabana, à beira da água, e principiou a luta de gigantes do Gafanhão contra a areia.»

Joaquim Matias,
in Arquivo do Distrito de Aveiro,
vol IX, página 317

QUADRO DE SÃO GONÇALINHO ARREBATA FIÉIS E COLECIONADORES

Texto de Sandra Simões e Foto da Paulo Ramos,



«Júlio Pires foi o pintor convidado pela Mordomia São Gonçalinho 2015/2016 para pintar a obra em honra do Santo. Ausente no Brasil, numa residência artística, nem a distância inibiu o artista ilhavense de aceitar o desafio e dar largas à imaginação e ao talento artístico, que já lhe fez conquistar vários prémios de pintura.
Dados os ingredientes principais: a história do santo, a sua religiosidade, a tradição das cavacas, o empenho das Mordomias, o lado pagão das festas, a fé que passa de geração em geração... coube depois ao artista pôr tudo isto e mais alguma coisa numa tela e o resultado foi ontem apresentado publicamente. A sessão decorreu no bairro da Beira Mar (Bar Bombordo), acompanhada, essencialmente, por coleccionadores das litografias de São Gonçalinho, ávidos por conhecer a deste ano.»

ESTE PAPA É INCORRIGÍVEL

Crónica de Frei Bento Domingues 


“Digamos juntos, de coração: 
nenhuma família sem casa, nenhum camponês sem terra, 
nenhum trabalhador sem direitos, 
nenhuma pessoa sem a dignidade que o trabalho dá”




1. Eu deveria observar algum tempo de jejum em relação ao estilo, aos temas e aos conteúdos das intervenções pastorais de Mario Bergoglio, mas não me apetece nada precipitar a Quaresma.
Não é, todavia, para o defender ou ceder à desnecessária apologia de alguém que precisa mais de seguidores do que de admiradores. Conheço a oração, “Senhor, ilumina-o ou elimina-o”, as acusações de ser “comunista” e de usar os métodos do “prec” na reforma da cúria, de abusar da noção de hierarquia das verdades e de estar a perder, por palavras, gestos e atitudes, a tradicional dignidade de um “verdadeiro” Santo Padre. Há quem discuta a legitimidade da sua eleição e não só.

UM DIA DE CHUVA


 Com Miles Davis em fundo

Hoje, domingo, 9 de novembro, desejo sentir-me com a tranquilidade necessária para refletir. Sem movimento cá por casa, que todos os filhos e netos têm as suas ocupações, será bom partilhar com a Lita sonhos ainda por realizar, sonhos esses que alimentam os nossos quotidianos.
Desde muito jovem que me dei bem com a chuva, menos quando ela é torrencial. Chuva que cai de mansinho, sem vento que a empurre, que bate nas vidraças levemente, é lenitivo para momentos de recordações agradáveis que ao longo da vida experimentei. O menos agradável fica lá fora.
Também gosto de ler embalado por essa chuva. Ler o que me faz pensar e sonhar. Ler o que me leva a viajar. Ler o que me educa. Ler o que me diverte. Ler o que me informa e forma. Ler o que me abre novas portas a mundos desconhecidos. Ler o que me serena o espírito. Ler o que desperta para novos horizontes. Ler o que me acorda para caminhos de esperança. Ler o que me mostra a ternura de Deus.
Um domingo assim será um domingo abençoado.

Fernando Martins



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Basílica de São João de Latrão

Uma reflexão para este domingo




«“Durante cerca de duzentos e cinquenta anos, o Império Romano perseguiu os cristãos com grande dureza e crueldade. O édito de Milão, assinado por Licínio e Constantino em 313, concede-lhes a liberdade de culto. Puderam escancarar as portas das casas onde até aí celebravam a Eucaristia em segredo. Puderam fazer Igrejas. O imperador Constantino mandou construir para os cristãos um templo semelhante aos grandes edifícios públicos do Estado, as basílicas.»

Pode ler mais aqui 


sábado, 8 de novembro de 2014

A PACIÊNCIA



Nós devíamos todos aprender com os pescadores a ter paciência. Iscar, atirar a linha da cana de pesca à água e esperar, esperar e voltar a esperar que o peixe se distraia e caia na tentação de morder o isco, que pode ser morte certa. Mas às vezes as horas passam e nada. Nem um peixito para amostra. Um dia destes, um pescador, cansado de nada apanhar, disse para quem o quis ouvir, com um sorriso nos lábios, que ia telefonar para o restaurante para saber se havia leitão. Eu, que estava junto dele, sorri e disse: 
— Então eu pensava que o senhor só gostava de peixe e vai comer leitão? 
E ele de pronto atalhou: 
— Só gosto de peixe às vezes!

HAWKING E FRANCISCO

Da crónica de Anselmo Borges
no DN de hoje



Afinal, Deus continua a ser notícia. O que é facto é que os media mundiais não deixaram de fazer ampla referência às declarações recentes do famoso físico Hawking e do Papa Francisco sobre a fé em Deus.
1. Que disse o cientista inglês Stephen Hawking? "Antes de termos entendido a ciência, o lógico era crer que Deus criou o universo, mas agora a ciência oferece uma explicação mais convincente. Não há Deus. Sou ateu. A religião crê nos milagres, mas estes não são compatíveis com a ciência."
(...)

Nota: Leitura no DN só para assinantes. Provavelmente, talvez na segunda-feira, no meu blogue.

LAVRADORES DE VILAR

Um livro de Francisco Gamelas


SER FELIZ

Crónica de Maria Donzília Almeida


“Being happy” – Ser feliz

Quantas vezes a gente, em busca da ventura,
Procede tal e qual o avozinho infeliz:
Em vão, por toda parte, os óculos procura
Quando os tem, ali ... na ponta do nariz!

Mário Quintana
                                


É o título de um livro que me saltou à vista, quando deambulava por uma zona comercial, na capital londrina. Despertou a minha curiosidade, tanto pelo significado, como pela informação adicional de que se tratava de um bestseller.
Esta cena ocorreu nos idos tempos de finais do século passado, 1995 e influenciou, profundamente, a minha mundividência, a partir de então.
É um tema muito pertinente, já que é um desiderato de todos sem exceção e também, simultaneamente uma frustração para tantos que a perseguem e nunca a alcançam. Mas.....será que há fórmulas para se atingir na vida aquele estado de supremo bem estar a que se apelida de felicidade?

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