quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

Cinema em Aveiro


Já perdi a conta aos anos que não entro numa sala clássica de cinema. Vejo filmes em casa na televisão, nos canais normais ou nos específicos, mas não é a mesma coisa. E tenho saudades.
Há tempos, vi numa grande superfície a informação de que as salas de cinema vão voltar e fiquei satisfeito com a novidade. Julguei que tais salas teriam ficado no limbo do esquecimento, assumindo a derrota imposta pelos diversos canais televisivos, mas ainda bem que vão renascer em Aveiro para os amantes dos filmes de qualidade, logicamente selecionados, para gáudio dos apreciadores.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Políticas Públicas no envelhecimento

COSTA NOVA
Cais Criativo 
11 de fevereiro

O 2.º Encontro de Políticas Públicas na área do Envelhecimento, promovido pela Câmara Municipal de Ílhavo, irá decorrer no dia 11 de fevereiro, no Cais Criativo da Costa Nova, com o objetivo de “partilhar e aumentar o conhecimento sobre o envelhecimento”.
O evento promoverá debate sobre temas como boas práticas no envelhecimento, a mobilidade dos idosos na cidade, a violência sobre idosos ou as tecnologias em casa dos idosos.

terça-feira, 25 de janeiro de 2022

Era preciso sanear a região para salvar o homem

Gosto de recordar o passado
para pensar o futuro

Foto deste século

Nos finais do século XVII, sublinha o Comandante Silvério Ribeiro da Rocha e Cunha, no seu trabalho “AVEIRO – Soluções para o seu problema marítimo, a partir do século XVII”, que «A desordem económica gera a desordem dos espíritos. Cada um cobiça o pedaço de pão negro do vizinho, ou a magra caldeirada que, de quando em quando, pôde tirar da água lodosa da laguna; os povos limítrofes disputam, espancam-se brutalmente, e continuam a morrer de fome.
Das dezasseis casas nobres, que tinha havido na vila [Aveiro], restavam duas, e no caos de misérias só ficaram de pé as ordens religiosas por disciplina e obediência à sua finalidade».
Foi nesta altura e neste ambiente que os avós dos primeiros gafanhões se estabeleceram nos areais inóspitos que constituem as Gafanhas dos nossos dias.
Mais adiante, refere que no último quartel do século XVIII o problema se apresentava como necessidade «de salvação pública», condicionada «por dificuldades severíssimas. E acrescenta: «Era preciso sanear a região para defender a vida do homem, e pôr à disposição da sua actividade as riquezas latentes para lhe garantir a subsistência.»

F. M.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

Gafanha da Nazaré - Retalhos para a história dos mercados

Uma verdadeira flotilha
de barcos moliceiros no cais da cidade

Venda de produtos junto da igreja, na rua, e depois no largo lateral 

Recorrendo à memória de algumas pessoas mais idosas e a poucos registos, sabe-se que os antigos gafanhões, agricultores, viviam, fundamentalmente, do que a terra produzia. O remanescente era vendido nos mercados de Aveiro. Leite de Vasconcelos refere, a este propósito, que «a venda de batatas e géneros conexos» se processava na praça de Aveiro. Citando o Padre Resende, acrescenta: «Aos domingos vê-se uma verdadeira flotilha de barcos moliceiros no cais da cidade, que no sábado à tarde ali chegam das margens de todas as Gafanhas». Diz ainda que, «com o produto da venda acode-se a despesas miúdas de primeira necessidade (comestíveis, etc.). Em casos de maior vulto (compra de adubos, lenhas, transacções de gado, etc.), recorre-se à venda por atacado dos mesmos géneros a negociantes revendedores».

Pela década de 50 do século passado, os nossos pais e avós começaram a vender os seus produtos aos domingos de manhã, na actual Avenida José Estêvão, frente à igreja matriz. De um lado e doutro da rua, alinhavam-se os vendedores. Depois das missas, os compradores enchiam o espaço. No Verão, sobretudo, tudo se complicava, com a intensificação do trânsito rumo às praias da Barra e da Costa Nova. Havia que deslocar o mercado para outro sítio. O escolhido e mais à mão foi o espaço em frente ao cemitério.
Mais amplo e sem movimento automóvel, os vendedores foram-se multiplicando, vindos da região. E dos géneros oferecidos pela terra, depressa surgiram outras mercadorias, desde roupas, calçado, utensílios domésticos até alfaias agrícolas. Os vendedores da “banha da cobra” e de produtos similares e milagrosos aproveitavam novos mercados. Cedo se reconheceu a necessidade de criar um mercado de raiz, com mais condições para compradores e vendedores, mas ainda com mais higiene.

F, M, 

Nota: Reedição 

domingo, 23 de janeiro de 2022

Dia Mundial da Liberdade


O Dia Mundial da Liberdade celebra-se a 23 de janeiro, por determinação da ONU, sendo posteriormente  proclamado pela UNESCO. A liberdade é um direito de todos os seres humanos, no sentido de cada um poder fazer as suas escolhas e determinar as suas opções de vida, sem ferir as liberdades dos demais. Contudo, em Portugal, o Dia da Liberdade é festejado no dia 25 de abril, no respeito pela revolução que nos ofereceu a liberdade política, mas não só.
Importa sublinhar que a liberdade precisa de ser celebrada não apenas neste dia, mas todos os dias da nossa vida.

Dia da Escrita à Mão


Hoje, 23 de janeiro, celebra-se o Dia da Escrita à Mão. Não fazia a mínima ideia, mas o Google não pode errar nestas e noutras informações que diariamente nos faculta.
Tanto quanto sei, o hábito ou a regra de escrever à mão está a cair em desuso. Talvez nas escolas ainda se use, mas no dia a dia o computador e os simples telemóveis ocupam o espaço de cadernos de apontamentos, cartas e postais. No entanto, acredito que haja quem ainda cultive o prazer de escrever à mão.
Quem já leu “Leva-me contigo”, um livro de Afonso Reis Cabral, sabe que o jovem escritor escreveu o diário da sua viagem a pé, de Chaves a Faro, pela Estrada Nacional 2, no seu telemóvel.
As novas tecnologias, contudo, não deixarão de ditar as suas leis e mais dia, menos dia, a escrita à mão cairá nos braços dos museus.

F. M.

sábado, 22 de janeiro de 2022

São Vicente - Patrono dos Diáconos Permanentes de Aveito

Em ambiente de confinamento,
mais uma vez

São Vicente

Celebra-se hoje, 22 de janeiro, o dia de São Vicente, padroeiro de Lisboa e, decerto, de muitas outras terras ou comunidades. Em Aveiro é patrono dos Diáconos Permanentes, cujo primeiro grupo foi ordenado em 22 de maio de 1988, na Sé de Aveiro, em cerimónia presidida por D. António Baltasar Marcelino. A propósito desta data, que nunca esquecerei por pertencer àquele grupo, recebi hoje algumas notas e palavras de quem está atento à vida da Diocese de Aveiro, em que evocam o Dia do Diácono na Igreja Aveirense vivido num domingo próximo do padroeiro da capital portuguesa.
Contando com a participação dos diáconos disponíveis e suas esposas, bem como do presbítero assistente, o encontro é sempre um dia de reflexão, de celebração eucarística e de convívio, preciosos contributos para alimentar o espírito fraterno indispensável na vida e na missão evangelizadora da Igreja.

O Outono no Inverno

 


O Outono no Inverno sabe bem. É quente e sóbrio.  E encanta-me  neste dia de vento e frio. Bom fim de semana para todos.

Tudo profano, tudo sagrado

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias 

O ser humano é tão religioso quando reza como quando estuda ou realiza qualquer outra dimensão do seu ser

Embora simplificando muito, pode-se dizer que ao longo da história da humanidade reflexiva se impuseram três concepções fundamentais de mundo. Assim: uma concepção dualista: na raiz, há dois princípios - o princípio do bem e o princípio do mal; uma concepção monista: em última análise, há só a matéria, ou Deus e a Natureza fazem uma só realidade; o monoteísmo: o Deus transcendente e pessoal, absolutamente perfeito em si mesmo, criou o mundo a partir do nada.
Porque é que Deus criou e continuamente cria? Apresentou-se permanentemente como razão da criação a maior glória de Deus. Mas um Deus que criasse para a sua maior glória seria um Deus carente e egoísta, portanto, um Deus contraditório, um Deus que não é Deus. Assim, Deus não criou pelo seu interesse, mas apenas para o bem e a felicidade das criaturas. O único interesse na criação é o bem-estar e a realização plena das criaturas.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

D. Júlio Tavares Rebimbas: Exposição e fotobiografia

No Centro de Religiosidade Marítima
até 15 de agosto, com visita gratuita

Cem anos após o nascimento de D. Júlio Tavares Rebimbas, o Centro de Religiosidade Marítima, polo museológico do Museu Marítimo de Ílhavo, inaugura uma exposição foto biográfica, na qual se realçam as qualidades de padre exemplar, nos 16 anos empenhados como prior em Ílhavo, e de um Bispo e Arcebispo com dons de eleição, nas Dioceses do Algarve (1965), Lisboa (1972), Viana do Castelo (1977) e Porto (1982).
A exposição “D. Júlio Tavares Rebimbas: centenário, exposição e fotobiografia” reúne memórias e objetos do sacerdote querido dos ilhavenses, permanecendo no Centro de Religiosidade Marítima até 15 de agosto, com visita gratuita.

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