Reflexão de Georgino Rocha
para o Domingo XIV do Tempo Comum
“Não se deve renunciar ao sonho de um mundo sem guerras. Que todos os povos da terra possam gozar da alegria da paz”
Papa Francisco
Jesus deixa Cafarnaum e faz uma visita a Nazaré, terra em que reside durante muitos anos e onde é bem conhecido. Ao sábado, vai ao culto na sinagoga, como bom judeu. Observa as práticas rituais e, quando chega a vez da intervenção dos presentes, toma a palavra e faz um ensinamento que provoca assombro na assembleia. A reacção é imediata, pois o seu estatuto social não condizia com tanta sabedoria. A vida quotidiana da sua família era tão normal que ninguém notava algo de estranho. A inserção na comunidade local e nas práticas cultuais identificava-o como verdadeiro nazareno. Mc 6, 1-6.
A Bíblia Pastoral comenta esta passagem observando: “Os conterrâneos de Jesus escandalizam-se: não querem admitir que alguém como eles possa ter sabedoria superior à dos profissionais e realize acções que indiquem uma presença de Deus. Para eles, o empecilho para a fé é a encarnação: Deus feito homem, situado num contexto social”.