sexta-feira, 24 de dezembro de 2004

Sagrada Família


Que a Sagrada Família nos ajude a transmitir, sobretudo aos mais novos, sentimentos de paz e de amor a todos os que nos cercam. 

SANTO NATAL

Formulo votos de Santo Natal a todos quantos me lerem, ao mesmo tempo que manifesto o desejo de que saibamos transmitir, aos que enchem os nossos corações e as nossas vidas, e a quantos nos cercam no dia-a-dia, as heranças de paz, amor e harmonia que recebemos dos que mais nos amaram. Fernando Martins

quinta-feira, 23 de dezembro de 2004

NATAL - 7

Origens do Natal 

Os primeiros dados históricos relativos à festa do nascimento de Jesus Cristo remontam ao ano 336, em Roma. A eles estão ligados dois acontecimentos determinantes: o Édito de Milão, em 313, pelo qual o imperador romano Constantino deu liberdade de culto aos cristãos, e a existência de uma festa pagã, iniciado por Aureliano, no ano de 274, a 25 de Dezembro, em que, por ocasião do solstício de Inverno, se divinizava o sol, comemorando-se o seu “nascimento”.
Na Igreja do Oriente, o Natal, como manifestação ou “Epifania” de Jesus, celebra-se no dia 6 de Janeiro. A solenidade da Epifania passou para o ocidente nos finais do séc. IV, pretendendo-se celebrar a vinda dos magos, a consequente manifestação de Jesus Cristo como senhor de todos os povos, luz do mundo.Os textos biblicos não especificam o dia ou mês do nascimento de Jesus. Segundo a tradição captada por São Lucas (2,4-7), o nascimento de Jesus aconteceu em Belém de Judá, a terra do rei David, de cuja linhagem era José, o esposo de Maria.
O nascimento terá ocorrido no ano 6 ou 7 a.C. O início da era cristã, fixado por Dionísio, o Exíguo (c. sécs. V-VI), foi mal calculado, pois o rei Herodes morreu no ano 4 a.C. Com São Leão Magno, o Papa do concílio de Calcedónia, deu-se a essa solenidade o fundamento teológico, definindo-a como "sacramentum nativitatis Christi" para indicar seu valor salvífico.
Liturgicamente, a Solenidade é caracterizada por três missas: a da Meia-Noite ou do Galo ("ad noctem" ou "ad galli cantum"), que remonta, parece, ao papa Sisto III, por ocasião da reconstrução da basílica liberiana no Esquilino (Santa Maria Maior), depois do concílio de Éfeso, em 431; a da Aurora ("in aurora"), originariamente em honra de Santa Anastácia, que tinha um culto celebrado com solenidade em Roma no século VI e, na liturgia actual, conserva ainda uma oração de comemoração; a do Dia ("in die"), a que primeiro foi instituída, no séc. IV.
A reforma litúrgica do Concílio Vaticano II confirma a estrutura desse tempo, que vai das primeiras Vésperas do Natal até o Domingo que se segue à Epifania. Enriqueceram-se os textos litúrgicos das celebrações e inseriu-se a missa vespertina da vigília; solenizou-se a maternidade divina de Maria, bem como o baptismo de Jesus.
O tempo de Natal celebra a vinda de Jesus, o Filho de Deus, e a sua manifestação aos homens. Com o seu centro no Natal (25 de Dezembro), compreende as festas da Sagrada Família (Domingo após o Natal, ou, se este não ocorrer, a 30 de Dezembro); a de Santa Maria, Mãe de Deus, a 1 de janeiro; a Solenidade da Epifania do Senhor, a 6 de Janeiro, ou no Domingo que ocorre entre os dias 2 e 8 de Janeiro. 
O tempo de Natal termina com a festa do Baptismo do Senhor, no Domingo após a Epifania, ou, se esta coincide com o dia 7 ou 8 de Janeiro, na segunda-feira seguinte.Têm também lugar a celebração das festas de S. Estêvão, S. João evangelista e dos Santos Inocentes respectivamente a 26, 27 e 28 de Dezembro, dentro da oitava do Natal, que vai do dia 26 até 1 de Janeiro, Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, dia mundial da paz.Em redor da liturgia de Natal formou-se, ao longo dos séculos, uma série de costumes populares que contribuíram para criar um ambiente festivo na intimidade das famílias e nas ruas das aldeias e cidades...

 In Agência Ecclesia

quarta-feira, 22 de dezembro de 2004

JOVENS DE TAIZÉ EM LISBOA

Jovens de Taizé em encontro europeu

Em Lisboa, de 28 de Dezembro a 1 de Janeiro, vai ter lugar o 27º Encontro Europeu de Jovens de Taizé. Serão três dias de oração, reflexão, partilha e debate de temas de importância para a construção de uma sociedade mais humana. Neste encontro, participam jovens de toda a Europa, esperando-se a presença empenhada de cerca de 50 mil, fundamentalmente cristãos de várias denominações. Os jovens vão ser, na sua grande maioria, acolhidos por famílias de Lisboa e arredores, num verdadeiro espírito ecuménico. Os momentos de oração serão seguidos de encontros abertos a todos os interessados, versando temas sobre religião, cultura, economia, entre outros, ao mesmo tempo que oferecem uma boa oportunidade aos participantes para fortalecerem a sua personalidade, com vista a um futuro melhor. Para mais informações: 

www.taize.fr/pt

NATAL - 6

Miguel Torga 




  ESTRELA DO OCIDENTE 

Por teus olhos acesos de inocência 
Me vou guiando agora, que anoitece. 
Rei Mago que procura e desconhece 
O caminho. 
Sigo aquele que adivinho 
Anunciado 
Nessa luz só de luz adivinhada,
Infância humana, humana madrugada. 
Presépio é qualquer berço 
Onde a nudez do mundo tem calor 
E o amor 
Recomeça.
Leva-me, pois, depressa, 
Através do deserto desta vida, 
À Belém prometida... 
Ou és tu a promessa?

terça-feira, 21 de dezembro de 2004

PRESTIGIAR A POLÍTICA


Prestigiar a política, uma urgência de hoje. António Marcelino Ouve-se, a torto e a direito, que a política entre nós está pelas ruas da amargura. De mistura com tal modo de dizer e de pensar, vêm os comentários, poucas vezes abonatórios, aos que se dedicam à acção política, sem o cuidado de não generalizar uma crítica negativa, pois ainda há gente séria e capaz que aceita estar em primeiro plano, por dedicação à causa pública. 
Não raras vezes o faz, com prejuízo da vida pessoal, familiar e profissional e sujeitando-se, sem necessidade, a ser vítima de arma de arremesso, gesto fácil de muitos que apenas olham aos seus interesses.
Esta situação traz desafios a quem preza a sua condição de cidadão consciente e não quer ficar em lamentações e protestos, dado que a política, como a entende, se deve considerar uma actividade necessária e, por isso mesmo, indispensável e nas mãos de gente digna, com valores e princípios. 
O que se pede é que todos contribuam para a dignificação da acção política, estimulando o empenhamento dos que a podem realizar, com dedicação e competência, olhando o bem de todos e denunciando os que, dentro ou fora, contribuem para a sua degradação. 
Há que agir, por isso, ponderadamente, na hora da escolha dos candidatos e intervenientes, provocando debate sobre as pessoas e as coisas essenciais, não se quedando a ver o que acontece, mas contribuindo para que aconteça o melhor. Melhor será sempre o que tiver no horizonte das preocupações e das decisões o bem de todos, traduzido na promoção e satisfação dos direitos humanos fundamentais; no respeito pela dignidade da pessoa, da família e da natureza criada; no reconhecimento dos valores éticos e morais; na estima pela cultura e pela legítima e sã tradição; na defesa activa da vida humana, da saúde, da liberdade, da justiça, da paz e da igualdade de direitos e deveres; no respeito pela democracia, suas exigências e construção harmónica e pelas legítimas e possíveis aspirações das pessoas e das populações; no diálogo sereno e aberto com todos; na liberdade interior, em relação a pessoas e grupos, que permita decidir e agir a favor do bem comum, sem prisão a interesses nem pressões de clientelas. É possível expressar tudo isto, com seriedade e sem demagogias, em projectos políticos concretos, e realizá-lo, com tempo e persistência, de modo programado e sem atropelos evitáveis.
O povo, se tem o dever de não se omitir na participação que lhe compete, tem também direito a que se lhe fale claro, sem subterfúgios nem palavras que emocionam, mas pouco ou nada esclarecem. “Forcemos os partidos a porem o acento da sua intervenção na qualidade das propostas, na competência e dignidade das pessoas e não apenas nos discursos que o ambiente de campanha habitualmente inflama”, assim dizem os bispos portugueses. É esta uma palavra responsável que pode, desde agora, ajudar a dignificar a política já na próxima campanha eleitoral. 


Texto do Bispo de Aveiro, publicado no Correio do Vouga

VIDA HUMANA

A vertigem na investigação do início da vida humana Em artigo publicado na ECCLESIA, intitulado “A vertigem na investigação do início da vida humana”, o Doutor Alexandre Laureano Santos, Consultor da Comissão Episcopal das Comunicações Sociais, afirma que “Os progressos da investigação científica e as suas aplicações práticas devem privilegiar o respeito pelo ser humano relativamente aos objectivos e às motivações da ciência e da sociedade, segundo o princípio do primado ético do ser humano em todas as circunstâncias, sobretudo naquelas em que a própria vida pode estar em questão. 
Quando os interesses de uns e outros colidam, deve existir inequivocamente o primado da vida humana sobre todos os valores e interesses. Assim, todo o embrião humano tem o direito às condições do seu desenvolvimento. Os embriões originados in vitro, não obstante as eventuais reservas e limitações que possam colocar-se quanto às circunstâncias e mesmo à legitimidade da sua criação, deverão integrar-se num projecto parental e poder fazer parte de uma família. Em circunstância alguma poderão criar-se embriões humanos destinados à investigação”. 
Um artigo a ler, pela sua pertinência.

Natal


Bom momento para que saibamos e queiramos oferecer
o MENINO-DEUS aos nossos filhos e netos.

Votos de Natal

Voto de Natal 

Acenda-se de novo o Presépio no Mundo! 
Acenda-se Jesus nos olhos dos meninos! 
Como quem na corrida entrega o testemunho,
passo agora o Natal para as mãos dos meus filhos. 

E a corrida que siga, o facho não se apague! 
Eu aperto no peito uma rosa de cinza. 
Dai-me o brando calor da vossa ingenuidade,
para sentir no peito a rosa reflorida!

Filhos, as vossas mãos! E a solidão estremece, 
como a casca do ovo ao latejar-lhe vida... 
Mas a noite infinita enfrenta a vida breve: 
dentro de mim não sei qual é que se eterniza. 

Extinga-se o rumor, dissipem-se os fantasmas! 
Ó calor destas mãos nos meus dedos tão frios! 
Acende-se de novo o presépio nas almas. 
Acende-se Jesus nos olhos dos meus filhos. 

David Mourão-Ferreira

In Cancioneiro de Natal

AVEIRO DIGITAL

Partilha pela Internet Ontem, no Parque de Feiras e Exposições de Aveiro, foram aprovados 32 novos projectos, no âmbito do Programa Aveiro Digital. Trata-se de um investimento de 3,74 milhões de euros. Com estes projectos, são já 78 os que servem a área da AMRia, suporte da Aveiro Digital, o que corresponde a um investimento de 22 milhões de euros. Todos os projecto abrangem sectores tão diversos como a cultura, a educação e o ensino, o lazer, a formação, o social e a solidariedade, servindo populações, escolas de vários graus de ensino, em especial a comunidade Universitária, serviços de Saúde, autarquias, empresas, instituições de cultura e recreio, Misericórdias e IPSS (Institituições Particulares de Solidariedade Social). No fundo, vão proporcionar a aproximação de pessoas e instituições, vão dinamizar a partilha de saberes e bens, vão favorecer a troca de experiências, vão tornar público o que temos e o que nos faz falta e vão servir de estímulo a novas iniciativas, tudo para enriquecimento das nossas comunidades e pessoas, que ficam mais abertas ao mundo. Urge, porém, que não fiquemos apenas a ouvir falar destas novas tecnologias, mas que as saibamos aproveitar, utilizando-as com regularidade.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2004

Natal



O grande desafio do Natal está 
em o prolongarmos por todos os dias do ano. 

NATAL



NATIVIDADE DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO 

"Cinco mil cento e noventa anos depois da criação do mundo, ao tempo em que Deus tirou do nada o céu e a terra; Dois mil novecentos e cinquenta e sete anos depois do dilúvio; Dois mil e quinze anos depois do nascimento de Abraão; Mil quinhentos e dez anos depois de Moisés e do povo de Israel fugirem do Egipto; Mil e trinta e dois anos depois da sagração do rei David; No sexagésimo quinto dos anos preditos pelo profeta Daniel; Na centésima nonagésima quarta Olimpíada; No centésimo quinquagésimo segundo ano da fundação de Roma; E no ano quadragésimo segundo do Império de Octávio Augusto. Gozando todo o universo de Paz, na sexta idade do mundo, JESUS CRISTO, Deus Eterno e Filho do Pai Eterno, querendo santificar o mundo com a Sua vinda misericordiosa, foi concebido pelo Espírito Santo, e, depois de passarem nove meses sobre a sua concepção, NASCEU EM BELÉM DE JUDÁ FEITO HOMEM DA VIRGEM MARIA.

Do Martirológio Romano

O melhor dia



O melhor dia poderá começar com a ternura com que apreciamos uma flor.

PARA PENSAR

Perguntas com respostas 

 O dia mais belo? Hoje. 
O maior obstáculo? O medo.
A coisa mais difícil? Equivocar-se. 
A raiz de todos os males? O egoísmo. 
A pior derrota? O desalento. 
O maior mistério? A morte. 
O pior defeito? O mau humor. 
A pessoa mais perigosa? A mentirosa. 
O pior sentimento? O rancor.
O presente mais belo? O perdão. 
A força mais poderosa do mundo? A fé. 
A coisa mais bela do mundo? 
O AMOR. 

 (Revista Síntese)

domingo, 19 de dezembro de 2004

Para fugir ao stresse

Boca da Barra de Aveiro


Para fugir ao stresse: Se estiver metido em casa, com a carga às costas do stresse do dia-a-dia, o melhor é procurar as paisagens purificadoras que o mar nos oferece. No Forte da Barra, as vistas são deslumbrantes e esperam por si...

Casa do Gaiato



Na Casa do Gaiato, a educação passa pelo estudo, pelo convívio com "irmãos" de diversas idades, pelo lazer sadio, pela respeito pela liberdade de cada um, pelo trabalho no dia-a-dia da família. Isto tudo, tendo em conta as dificuldades próprias de quem veio da Rua, sem hábitos de trabalho e de educação, sem noções de solidariedade e de vida organizada. 

CASA DO GAIATO

O importante é sabermos dar as mãos 

Uma auditoria da Segurança Social denunciou eventuais situações menos agradáveis na Casa do Gaiato, a célebre Obra da Rua que o saudoso padre Américo criou para acolher crianças e rapazes marginalizados. 
A auditoria foi implacável e chegou ao extremo de propor a retirada imediata das crianças e jovens para outras instituições. Os protestos não se fizeram esperar e daí à mobilização de gente para apoiar a Casa do Gaiato, que cuida, presentemente, nas diversas casas do País, cerca de 500 jovens, foi um ápice. 
Segundo diz o diário PÚBLICO (http://jornal.publico.pt/2004/12/19/Sociedade/S20.html), na sua edição de hoje, Zita Seabra, representante da futura Liga dos Amigos daquela instituição, frisou, em visita que fez àquela Obra: “Não incomodem e não estraguem a Casa do Gaiato.” 
Um grupo de personalidades, nomeadamente Agustina Bessa-Luís, Rosa Mota, Maria João Avillez, Marcelo Rebelo de Sousa, Carlos Queiroz, Nuno Grande e a própria Zita Seabra, deram já a cara pela Casa do Gaiato, no sentido de mobilizarem boas vontades para que a Obra do Pai Américo seja respeitada e dignificada, melhorando o que for de melhorar, para que continue a ser, como sempre foi, uma casa aberta para acolher quem precisa e para deixar sair quem prefere a rua e a marginalidade. Neste caso, como noutros, de nada valem as críticas, se não dermos passos, pela positiva, para ajudar os que precisam. No Natal e fora dele.

sábado, 18 de dezembro de 2004

Porto de Pesca de Aveiro



O Estudo de Impacte Ambiental relativo à construção da ligação ferroviária à área portuária já foi aprovado. Isto significa que há luz verde para a concretização do projecto, que passará a ser uma mais-valia para o desenvolvimento do Porto de Aveiro.

Presépio


NATAL - 3

José Régio Litania de Natal A noite fora longa, escura, fria. Ai noites de Natal que dáveis luz, Que sombra dessa luz nos alumia? Vim a mim dum mau sono, e disse: “Meu Jesus...” Sem bem saber, sequer, por que o dizia. E o Anjo do Senhor: “Ave, Maria!” Na cama em que jazia, De joelhos me pus E as mãos erguia. Comigo repetia: “Meu Jesus...” Que então me recordei do santo dia. E o Anjo do Senhor: “Ave, Maria!” Ai dias de Natal a transbordar de luz, Onde a vossa alegria? Todo o dia eu gemia: “Meu Jesus...” E a tarde descaiu, lenta e sombria. E o Anjo do Senhor: “Ave, Maria!” De novo a noite, longa, escura e fria, Sobre a terra caiu, como um capuz Que a engolia. Deitando-me de novo, eu disse: “Meu Jesus...” E assim, mais uma vez, Jesus nascia.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2004

ELEIÇÕES À PORTA

No dia 20 de Fevereiro, os portugueses vão ser chamados, mais uma vez, a votar para as Legislativas, por força da dissolução da Assembleia da República pelo Presidente Jorge Sampaio. Com a dissolução da Assembleia, caiu logicamente o Governo e é preciso restabelecer o regular funcionamento das instituições democráticas, quanto antes, para se evitar o caos. Não vale a pena ficarmos a lamentar ou a aplaudir o que aconteceu, acusando o Governo ou aceitando a decisão do Presidente da República, porque o mais importante é entrarmos na campanha eleitoral que se avizinha, ou já começou, fundamentalmente para estruturarmos a nossa opção em favor de um ou de outro Partido Político. E isso não se faz com comodismos, tão ao nosso jeito, nem com o respeito cego por qualquer Partido. Se olharmos para os programas eleitorais que já começaram a ser delineados, é certo e sabido que encontramos em todos eles muitos pontos positivos que estariam na base da recuperação da nossa depauperada economia, da erradicação da pobreza, da diminuição do desemprego, enfim, da estabilidade social. Urge, sobretudo, por isso, tentar conseguir descortinar, do sem-número de propostas quer vão ser anunciadas com grandes parangonas, onde está a verdade e onde começa a demagogia enganadora. Não podemos cair no erro de votar por votar, por simples simpatia partidária, porque Portugal não pode andar eternamente ao sabor da maré e dos gostos insensatos de muitos políticos profissionais. Há que ver bem quem são os candidatos que se perfilam e tentar perceber se são gente com princípios ou meros funcionários dos Partidos, fazendo só o que os chefes ordenam. Ouvir o que se diz e como se diz, ler analistas ponderados e conversar com gente sensata poderá ser o ponto de partida para começarmos a estruturar as nossas opções. Do nosso voto, livre e responsável, poderá depender um Governo que nos governe, tendo em conta, sempre, os portugueses mais desprotegidos.

Mensagem de Natal do Bispo de Aveiro

Natal de Cristo, Natal de todos e de cada dia! Senhor, quero participar da alegria do Teu Natal, do amor enternecido da Tua Mãe, do cuidado extremoso de José, da alegria esfusiante dos anjos,da admiração jubilosa e simples dos pastores, da procura ansiosa dos magos! Senhor, quero alegrar-me, profundamente, com todos os que, de qualquer modo, festejam o Teu Natal; com todas as famílias que se reúnem, porque Te recordam; com todos os que, ao longe, doídos de saudade, cantam os hinos e saboreiam os mimos do Natal da sua terra; com as crianças, os doentes, os presos, os idosos, os sem casa nem família, agora todos mais recordados, porque Tu nascestes e estás connosco! Senhor, acredito, com serenidade, que a força do mistério que Tu encerras, o fascínio irresistível que despertas, a paz interior que suscitas, a pureza de sentimentos que inspiras, a certeza profunda que enraízas nos corações, um dia serão determinantes, para que o Teu Natal, longe do consumismo que anestesia e massifica, seja, na nossa sociedade, Natal de todos, para todos, todos os dias. Natal de contemplação e gratidão, mais que de barulho dispersivo, de amor diário, mútuo e partilhado, mais que de gestos vazios e fugazes! O Teu Natal, Senhor, é o abraço definitivo, histórico e universal, caloroso e confiante, que dás aos homens e mulheres de cada tempo! É a certeza, nunca desmentida, de que, para Ti, todos somos iguais! A notícia jubilosa de que o amor e a paz um dia vencerão, e “sermos irmãos” não é sonho, nem fantasia, mas realidade a construir, projecto final e único, dos que Te conhecem e Te seguem. Natal do Filho de Deus! Natal de todos e Natal de cada dia! Alegria profunda de me sentir, também eu, um irmão universal! É esse o Natal que me alegra e quero ajudar a construir! Porque acredito, Senhor, que é esse, e só esse, o Teu Natal! Natal de 2004 António Marcelino, Bispo de Aveiro

quinta-feira, 16 de dezembro de 2004

Mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz

João Paulo II contra a violência e a favor dos mais pobres Na sua Mensagem para o Dia Mundial da Paz, que se celebra no primeiro de Janeiro, o Papa João Paulo II condena o recurso à violência para solucionar os conflitos internacionais e chama a atenção para os dramas do terrorismo, para as guerras em África e para a situação na Palestina, ao mesmo tempo que lança um apelo a favor de uma mobilização global em prol dos mais pobres. A Mensagem, publicada hoje sob o tema “Não te deixes vencer pelo mal, vence antes o mal com o bem”, sublinha que, “para conseguir o bem da paz é necessário afirmar, com consciente lucidez, que a violência é um mal inaceitável e que nunca resolve os problemas”. Ao analisar a situação do mundo, o Papa aponta o dedo a “numerosas manifestações sociais e políticas” do mal, nomeadamente a desordem social, a anarquia, a guerra, a injustiça e a violência contra o outro. “Como não pensar no amado Continente Africano, onde perduram conflitos que ceifaram e continuam a ceifar milhões de vítimas? Como não evocar a perigosa situação da Palestina, a Terra de Jesus, onde não se conseguem enlaçar, na verdade e na justiça, os fios da mútua compreensão rompidos por um conflito que, de dia para dia, atentados e vinganças alimentam de maneira preocupante? E que dizer do trágico fenómeno da violência terrorista que parece impelir o mundo inteiro para um futuro de medo e de angústia? Enfim, como não constatar com amargura que o drama iraquiano se prolonga, infelizmente, em situações de incerteza e de insegurança para todos?”, interroga-se João Paulo II. O Papa frisa que o “O drama da pobreza está estreitamente ligado também com a questão da dívida externa dos países pobres. Não obstante os significativos progressos alcançados até agora, a questão ainda não encontrou uma solução adequada”, lamenta. E acrescenta: “Torna-se imperiosamente necessária uma mobilização moral e económica que seja, por um lado, respeitadora dos acordos assumidos em prol dos países pobres, mas, por outro, disposta a rever os acordos que a experiência tenha demonstrado excessivamente onerosos para certos países.”

UM LIVRO DE VEZ EM QUANDO

Um livro de Anselmo Borges 
“Religião — Opressão ou Libertação?” 

Acabei de ler um livro de Anselmo Borges — Religião – Opressão ou Libertação? — que me deliciou. Veio na sequência de um outro de sua autoria — Janela do (in)visível — que Frei Bento Domingues havia classificado no PÚBLICO como “a obra portuguesa de reflexão filosófica, teológica e espiritual mais estimulante e original dos últimos anos”. 
Escusado será dizer que o li num ápice, por tão oportunas e elevadas serem as considerações e partilhas do autor, que é também um padre da Sociedade Missionária e docente de Filosofia (Antropologia Filosófica e Filosofia da Religião) na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. 
Os textos, que fazem parte destes dois livros de Anselmo Borges, resultam da sua colaboração no programa “Como se visse o invisível”, da TSF. Cada tema não excede duas simples páginas e é, quase sempre, um manancial de informação e de sugestões de outras leituras.
O primeiro capítulo aborda assuntos “Sobre o homem, a ética e a morte” e o segundo “Sobre a esperança, a religião e Deus”. São, no fundo, textos de que todos falamos e que procuram ajudar-nos a descobrir respostas para muitas inquietações humanas, sem deixarem de propor caminhos de vida com sentido positivo.
Para Frei Bento Domingues, conhecido teólogo e colunista do PÚBLICO, que prefacia a obra, este livro de Anselmo Borges tem a vocação de “Iniciar-nos na arte difícil de ver o que se vê. Ajudar-nos a descobrir, no coração da realidade multifacetada, nos fragmentos da experiência humana, no deslumbramento do mundo, os fios que nos ligam à Fonte da alegria e, no meio do sofrimento e perante o abismo da morte, a escutar o apelo da vida”.

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