sábado, 22 de fevereiro de 2014

Com D. António Francisco

Um testemunho do Padre Georgino Rocha

D. António Francisco e Padre Georgino Rocha
(Foto FM)

COM DOM ANTÓNIO FRANCISCO

Desde a sua chegada, surpreendeu-me o seu modo de olhar as nossas "coisas". Era um olhar diferente, transparente, assertivo. Depois, esse olhar fez-se proximidade, amizade. ajuda e serviço que mobilizava energias um pouco adormecidas. Veio a seguir a visão do futuro próximo da diocese, do seu seminário, da Casa Sacerdotal, do seu plano de pastoral e da missão jubilar que coroava a festa dos 75 anos da restauração. Via-se claramente que a adesão ia crescendo e os dinamismos surgidos germinavam e exigiam continuidade e novo suporte. A reorganização das estruturas, a actualização das normas pastorais e a renovação de procedimentos... surgiam como garantia do espírito novo. Acompanhei e participei, também pela rede virtual, esta onda crescente.
A Dom António devo uma atenção especial pela sua compreensão, carinho e presença insistente e paciente. Gostei sinceramente de colaborar com Ele de modo habitual e nas tarefas específicas que me pediu. Guardo no coração a pedagogia vivida: chegar como quem aprende, observar como quem se maravilha, acompanhar como quem aceita ritmos diferentes, ponderar como quem quer tomar decisões acertadas, situar-se à frente, no meio ou atrás como quem preza sobretudo a comunhão, rasgar horizontes como quem sonha com o futuro emergente no quotidiano e no modo como é vivido.
Com Dom António Francisco. o presente faz-se um hoje que importa apreciar e viver. Bem-haja. E que continue a ser Bispo que entre nós se manifestou de forma tão qualificada. Um abraço amigo!

D. António Francisco e as portas da fé

Novo Bispo do Porto acredita 
que diálogo entre Igreja e sociedade
passa pelos «umbrais da arte»




«O diálogo entre a Igreja e a Sociedade passa, mais vezes do que imaginamos, pelos umbrais da arte e aí se abrem as portas da fé, porque a arte e a cultura transportam em si um ministério profético», sublinhou o prelado em 2013 no texto de apresentação da exposição “Diocese de Aveiro – Presente e Memória”.

Para o até agora bispo de Aveiro, uma das poucas dioceses portuguesas com um setor da Pastoral da Cultura formalmente instituído, a relação dos católicos com outras perspetivas atravessa «necessariamente» os «caminhos abertos da Cultura, em que a Igreja soube tantas vezes ser pioneira».

«Estejamos também nós disponíveis para fazer deste diálogo franco um serviço e um tesouro sem esquecer nunca que a arte transporta em si um ministério profético», apelou então D. António Francisco dos Santos.

Ler o texto de Rui Jorge Martins aqui 

O que pensam os católicos sobre a Igreja?

Crónica de Anselmo Borges 



1- A Bendixen & Amandi realizou, entre Dezembro de 2013 e Janeiro de 2014, com 12 038 fiéis adultos de 12 países maioritariamente católicos dos cinco continentes, para a Univisión, a principal televisão em espanhol dos Estados Unidos, uma sondagem sobre temas importantes na e para a Igreja. Fiabilidade: 95%.

Alguns resultados, com dissonâncias entre a doutrina e a opinião e vivência dos fiéis. a) Anticonceptivos: 78% a favor; 19% contra; 3% não responderam. b) Ordenação sacerdotal das mulheres: 45% a favor; 51% contra; 4% não responderam. c) Casamento dos padres: 50% sim; 47% não; 3% não responderam. d) Aborto: 8% deve permitir-se sempre; 65% nalguns casos; 33% nunca; 2% não responderam. e) Quanto ao casamento homossexual, há acordo com a doutrina: 66% contra; 30% a favor; não responderam 4%. f) Como avalia o trabalho do Papa Francisco? 41% excelente; 46% bom; 5% medíocre; 1% mau; 7% não responderam.

VIVE O AMOR PERFEITO

Uma reflexão de Georgino Rocha




O padrão de felicidade proposto por Jesus aos seus discípulos adquire novas facetas que dão rosto humano às bem-aventuranças. O ensinamento feito na montanha vai mostrando, por contrastes, a beleza e a elevação a que todos nós estamos chamados. A disponibilidade pronta e radical para ir mais longe e chegar ao fundo do coração é especialmente apreciada e destacada. E, vigoroso e atraente, brota o apelo/convite a viver, sempre, o amor perfeito que dá um novo sentido a situações consideradas positivas sob o ponto de vista legal e saneia completamente as negativas.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Joana Gramata da Gafanha da Encarnação

Crónica de um professor, 
por Maria Donzília Almeida

Joana Gramata

Está no imaginário de quase todos os habitantes da Gafanha da Encarnação, este gentílico, nomeadamente nos mais antigos, os que emergem do século passado. Integra até um topónimo, que me traz gratas recordações, pois foi lá que nasci e passei os verdes anos da minha meninice e adolescência. Perdeu o sentido, quando dali partiu o patriarca, deixando a casa que habitou, cheia de recordações e amargura! 
A Gafanha da Gramata, ou Gafanha da Maluca começou a designar-se por Gafanha da Encarnação, só em 1848, um século anterior ao meu aparecimento neste mundo. Joana Maluca e o seu segundo marido tinham mandado erigir, nesse ano, a primeira capela dedicada a Nossa Senhora da Encarnação, neste lugar.
A designação de Gramata, proveio de uma planta marinha existente na zona. A atual vila da Gafanha da Encarnação tomou aquele nome, não só pela existência da tal planta, mas pela necessidade de a distinguir da Gafanha da Nazaré.

D. António Francisco: um bispo próximo e acolhedor

Uma evocação pessoal 



Jamais esquecerei o dia 8 de Dezembro de 2006, data em que D. António Francisco dos Santos entrou solenemente na Sé de Aveiro para ocupar a cadeira de Bispo Residencial. Dia da Imaculada Conceição, Padroeira de Portugal e Mãe da Igreja. À mesma hora em que se dirigia ao Povo de Deus que lhe havia sido confiado pelo Santo Padre, recolhia eu ao hospital com um incómodo de saúde. E se não pude ouvir a sua voz e refletir a sua mensagem, senti a sensibilidade do novo Bispo de Aveiro, no dia seguinte, provavelmente na primeira visita que fez, na diocese, a um doente internado. Estou-lhe muito grato por isso.
Foi assim que conheci, pessoalmente, D. António Francisco, que entrou na cadeia apostólica, entre nós, tendo na retaguarda prelados tão distintos, como homens e como pastores, todos empenhados, cada um à sua maneira, no crescimento do Reino de Deus em terras de Aveiro.
Natural de Tendais, Cinfães, foi nomeado Bispo de Aveiro pelo Papa Bento XVI, em 21 de Setembro de 2006. E na saudação que dirigiu à diocese garantiu que todos teriam lugar no seu coração de bispo. «Que ninguém se sinta sozinho, esquecido, excluído ou à margem do meu desvelo de servir, independentemente da sua condição social, convicção de fé, cor ou cultura.»
Com estes propósitos, D. António Francisco recordou, na tomada de posse: «Sou uma diocese nova, recém-restaurada. Mas o caminho percorrido é grande e belo, com etapas marcantes de dois Sínodos diocesanos a cujos dinamismos me vinculo. É meu dever assumi-los. É meu desejo continuá-los. Há vidas doadas a Deus, à Igreja e ao Seu Povo, que hoje e sempre devemos recordar, agradecer e merecer.»
Num olhar atento, percebe-se que D. António Francisco é, essencialmente, um bispo com uma capacidade rara para ouvir, sem pressas. Atento ao mundo e à diocese, o seu espaço de intervenção pessoal, direta e próxima, o nosso Bispo privilegia a pessoa, com todos os seus problemas e anseios, mas ainda com as suas limitações e dificuldades.
Pessoalmente, não posso deixar de apreciar a sua serenidade, a sua humildade no contacto com todos, a sua fé esclarecida e atuante, o seu desejo de inovar e a procura das melhores soluções, para implantar e dinamizar o Reino de Deus entre nós.

Fernando Martins

Mensagem de D. António Francisco à Diocese de Aveiro

FOI À VOZ DE DEUS QUE SEMPRE PARTI



Caros Diocesanos,

Nesta hora, não encontro outras palavras senão estas ditas, por Deus quando chamou Abraão: “Deixa a tua terra, a tua família e vai para a terra que eu te indicar” (Gén 12, 1).
Foi à voz de Deus e seguindo o Seu chamamento que sempre parti. Desde a minha primeira missão, como jovem diácono, nos confins do Alto Douro.
Em todos os lugares permaneci e trabalhei, por pouco ou muito tempo, com alegria. Sempre me senti livre para daí partir no dia seguinte, se necessário fosse. Sempre, de igual modo, me senti disponível para aí permanecer.
De todos os lugares fiz minha terra até ao fim. De todas as pessoas sempre me senti irmão. Em todos os lugares onde vivi e nos diferentes múnus que a Igreja me confiou eram previsíveis as mudanças. Menos aqui!
Aveiro era para mim lugar, desígnio e missão até ao fim. Nunca aqui fui estranho nem me senti estrangeiro. Mas, hoje, compreendo, melhor do que nunca, que também aqui era simplesmente peregrino. Só Deus basta e só Cristo permanece.

Etiquetas

A Alegria do Amor A. M. Pires Cabral Abbé Pierre Abel Resende Abraham Lincoln Abu Dhabi Acácio Catarino Adelino Aires Adérito Tomé Adília Lopes Adolfo Roque Adolfo Suárez Adriano Miranda Adriano Moreira Afonso Henrique Afonso Lopes Vieira Afonso Reis Cabral Afonso Rocha Agostinho da Silva Agustina Bessa-Luís Aida Martins Aida Viegas Aires do Nascimento Alan McFadyen Albert Camus Albert Einstein Albert Schweitzer Alberto Caeiro Alberto Martins Alberto Souto Albufeira Alçada Baptista Alcobaça Alda Casqueira Aldeia da Luz Aldeia Global Alentejo Alexander Bell Alexander Von Humboldt Alexandra Lucas Coelho Alexandre Cruz Alexandre Dumas Alexandre Herculano Alexandre Mello Alexandre Nascimento Alexandre O'Neill Alexandre O’Neill Alexandrina Cordeiro Alfred de Vigny Alfredo Ferreira da Silva Algarve Almada Negreiros Almeida Garrett Álvaro de Campos Álvaro Garrido Álvaro Guimarães Álvaro Teixeira Lopes Alves Barbosa Alves Redol Amadeu de Sousa Amadeu Souza Cardoso Amália Rodrigues Amarante Amaro Neves Amazónia Amélia Fernandes América Latina Amorosa Oliveira Ana Arneira Ana Dulce Ana Luísa Amaral Ana Maria Lopes Ana Paula Vitorino Ana Rita Ribau Ana Sullivan Ana Vicente Ana Vidovic Anabela Capucho André Vieira Andrea Riccardi Andrea Wulf Andreia Hall Andrés Torres Queiruga Ângelo Ribau Ângelo Valente Angola Angra de Heroísmo Angra do Heroísmo Aníbal Sarabando Bola Anselmo Borges Antero de Quental Anthony Bourdin Antoni Gaudí Antónia Rodrigues António Francisco António Marcelino António Moiteiro António Alçada Baptista António Aleixo António Amador António Araújo António Arnaut António Arroio António Augusto Afonso António Barreto António Campos Graça António Capão António Carneiro António Christo António Cirino António Colaço António Conceição António Correia d’Oliveira António Correia de Oliveira António Costa António Couto António Damásio António Feijó António Feio António Fernandes António Ferreira Gomes António Francisco António Francisco dos Santos António Franco Alexandre António Gandarinho António Gedeão António Guerreiro António Guterres António José Seguro António Lau António Lobo Antunes António Manuel Couto Viana António Marcelino António Marques da Silva António Marto António Marujo António Mega Ferreira António Moiteiro António Morais António Neves António Nobre António Pascoal António Pinho António Ramos Rosa António Rego António Rodrigues António Santos Antonio Tabucchi António Vieira António Vítor Carvalho António Vitorino Aquilino Ribeiro Arada Ares da Gafanha Ares da Primavera Ares de Festa Ares de Inverno Ares de Moçambique Ares de Outono Ares de Primavera Ares de verão ARES DO INVERNO ARES DO OUTONO Ares do Verão Arestal Arganil Argentina Argus Ariel Álvarez Aristides Sousa Mendes Aristóteles Armando Cravo Armando Ferraz Armando França Armando Grilo Armando Lourenço Martins Armando Regala Armando Tavares da Silva Arménio Pires Dias Arminda Ribau Arrais Ançã Artur Agostinho Artur Ferreira Sardo Artur Portela Ary dos Santos Ascêncio de Freitas Augusto Gil Augusto Lopes Augusto Santos Silva Augusto Semedo Austen Ivereigh Av. José Estêvão Avanca Aveiro B.B. King Babe Babel Baltasar Casqueira Bárbara Cartagena Bárbara Reis Barra Barra de Aveiro Barra de Mira Bartolomeu dos Mártires Basílio de Oliveira Beatriz Martins Beatriz R. Antunes Beijamim Mónica Beira-Mar Belinha Belmiro de Azevedo Belmiro Fernandes Pereira Belmonte Benjamin Franklin Bento Domingues Bento XVI Bernardo Domingues Bernardo Santareno Bertrand Bertrand Russell Bestida Betânia Betty Friedan Bin Laden Bismarck Boassas Boavista Boca da Barra Bocaccio Bocage Braga da Cruz Bragança-Miranda Bratislava Bruce Springsteen Bruto da Costa Bunheiro Bussaco Butão Cabral do Nascimento Camilo Castelo Branco Cândido Teles Cardeal Cardijn Cardoso Ferreira Carla Hilário de Almeida Quevedo Carlos Alberto Pereira Carlos Anastácio Carlos Azevedo Carlos Borrego Carlos Candal Carlos Coelho Carlos Daniel Carlos Drummond de Andrade Carlos Duarte Carlos Fiolhais Carlos Isabel Carlos João Correia Carlos Matos Carlos Mester Carlos Nascimento Carlos Nunes Carlos Paião Carlos Pinto Coelho Carlos Rocha Carlos Roeder Carlos Sarabando Bola Carlos Teixeira Carmelitas Carmelo de Aveiro Carreira da Neves Casimiro Madaíl Castelo da Gafanha Castelo de Pombal Castro de Carvalhelhos Catalunha Catitinha Cavaco Silva Caves Aliança Cecília Sacramento Celso Santos César Fernandes Cesário Verde Chaimite Charles de Gaulle Charles Dickens Charlie Hebdo Charlot Chave Chaves Claudete Albino Cláudia Ribau Conceição Serrão Confraria do Bacalhau Confraria dos Ovos Moles Confraria Gastronómica do Bacalhau Confúcio Congar Conímbriga Coreia do Norte Coreia do Sul Corvo Costa Nova Couto Esteves Cristianísmo Cristiano Ronaldo Cristina Lopes Cristo Cristo Negro Cristo Rei Cristo Ressuscitado D. Afonso Henriques D. António Couto D. António Francisco D. António Francisco dos Santos D. António Marcelino D. António Moiteiro D. Carlos Azevedo D. Carlos I D. Dinis D. Duarte D. Eurico Dias Nogueira D. Hélder Câmara D. João Evangelista D. José Policarpo D. Júlio Tavares Rebimbas D. Manuel Clemente D. Manuel de Almeida Trindade D. Manuel II D. Nuno D. Trump D.Nuno Álvares Pereira Dalai Lama Dalila Balekjian Daniel Faria Daniel Gonçalves Daniel Jonas Daniel Ortega Daniel Rodrigues Daniel Ruivo Daniel Serrão Daniela Leitão Darwin David Lopes Ramos David Marçal David Mourão-Ferreira David Quammen Del Bosque Delacroix Delmar Conde Demóstenes

Arquivo do blogue