quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Na Linha Da Utopia

Lorosae!

1. Na terra de Timor Lorosae José Ramos-Horta desperta do pesadelo de 11 de Fevereiro. O pó vai acalmando, nem que seja pelo decretar vigilante do “estado de emergência” do governo timorense, agora solicitado como prolongamento para mais 30 dias. A mulher de Xanana Gusmão foi com os filhos agradecer à GNR. É confirmado, pela investigação minuciosa da Missão das Nações Unidas no território, se é que dúvidas existissem, que os dois ataques «estavam relacionados, foram feitos pelo mesmo grupo». Ramos-Horta, gravemente ferido e resgatado pela GNR, foi evacuado para o vizinho Royal Hospital de Darwin. Xanana conseguiu fugir. O rebelde Alfredo Reinado, líder dos ex-militares revoltosos, foi morto no dia dos acontecimentos. Mas, terá sido morta a raiz de todos os problemas desta jovem nação?
2. É difícil falar de Timor. Se o é para quem lá esteve anos e calcorreou as montanhas, muito mais o é para quem não pisou esse chão do sol nascente. Não é só o problema da distância física, dos milhares de quilómetros que nos separam, é bem mais o lugar que Timor ocupa no coração dos portugueses. Por muitas razões da história passada e pelas contínuas pontes de todos os dias com Timor, terra independente desde 2002. Talvez, como se diz, seja mesmo necessário colocar “o coração ao largo” para ver com olhos de ver o que acontece. Timor é (mesmo) dos timorenses. Será que todos os timorenses já se aperceberam disto no esforçado trabalho a realizar todos os dias? Todas as solidariedades não podem substituir todas as responsabilidades. Aliando-se a cooperação do “ensinar a pescar”, será mesmo necessário voltar a pergunta (na teoria, que seja) para o povo de Timor: “Que querem os timorenses de Timor?” (É fácil escrever esta questão, e sabemos do seu simplismo de quem está deste lado do mundo… Mas, por que lado envolver e comprometer?!)
3. Após a independência, como depois de todas as independências seja de que género for, os anos seguintes são decisivos. É o tempo da consolidação e da estruturação das instituições participativas e democráticas. Em Abril-Junho de 2006 ocorreu uma enorme vaga de violência, verificando-se o aprofundar de incompatibilidades de grupos que pensam de forma diferente sobre vários assuntos. Estes ataques de Fevereiro de 2008, diante de problemas sociais em que todas as instâncias e cidadãos têm de ser parte das soluções de forma democrática, acabam por demonstrar que o objectivo era derrubar os poderes presidenciais e governativos… Nestas conjunturas, e diante do incerto futuro, “ter pena” de Timor também não ajuda nada (pelo contrário é não aceitar corajosamente que Timor é dos timorenses). Talvez, simbolicamente, nesta “entrega de Timor aos cidadãos de Timor”, na busca de soluções (sem ociosidade e) pelo trabalho concreto de todos os dias possa residir uma chave do futuro. Mas, o que é SER cidadão e TER o poder em Timor?
4. Custa a compreender, pese embora todas as naturais formas diferentes de pensar sobre isto ou aquilo, que já quase tenha sido perdida a memória colectiva como coesão das lutas pela independência. Ou esta terá sido mais pela emoção e nem tanto com a razão e o compromisso de todos?! Muitos timorenses estão em Portugal nas suas formações pessoais e profissionais. Diante da apreensão do necessário regresso irá também na bagagem a confiança para construir um país Timor onde o sol da paz e do desenvolvimento brilhem cada dia. (Quanto a nós, sabemos que tudo o que dissemos não é nada comparado com a complexa realidade a trans-formar…)

Alexandre Cruz

O paraíso de Fidel Castro

"Mas, em vez dessa felicidade que a propaganda vendia a rodos, em vez desse povo em festa permanente nas ruas, imagem de cartaz e de postal, encontrei miséria em todos os cantos e recantos da Ilha. Miséria disfarçada e escondida numa paz podre feita de policias que controlavam policias e outros policias para controlar os restantes. Miséria descarada nos racionamentos, nos professores universitários que acumulavam empregos para poder comprar um frango. Miséria humilhada na prostituição dentro dos hotéis e à porta das “lojas de turistas”. Miséria travestida de artesanato barato, charutos aldrabados e “paisagem típica” que não passava de degradação e sujidade."
Férias de Pedro Rolo Duarte em Cuba

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

GAFANHA DA NAZARÉ: Centro de Estágio




Fotos da zona do futuro Centro de Estágio


A Câmara de Ílhavo vai avançar com um centro de estágio, concretamente, na zona do Complexo Desportivo da Gafanha da Nazaré. A ideia nasceu com a finalidade de aproveitar as estruturas já existentes naquele espaço, em especial o campo de futebol e a piscina. Depois, surgirá um pavilhão, um edifício de acolhimento e um outro de restauração e bar, segundo o PÚBLICO de hoje.

RIA DE AVEIRO: Candidata às Sete Maravilhas Naturais do Mundo



A RIA DE AVEIRO é candidata às Sete Maravilhas Naturais do Mundo. Além da nossa RIA, de Portugal também concorrem o Parque Nacional Peneda-Gerês, o Douro Vinhateiro e as Ilhas Selvagens.
Para votar na RIA DE AVEIRO, tem aqui o endereço: http://www.new7wonders.com/nature/en/nominees/europe/c/RiadeAveiro/
Não se esqueça de votar.

O Carnaval do Inverno

Em tempos idos fomos descobridores, inovadores e construtivos, gente que ensinou a outros novos caminhos de vida. Agora, não pouco se passa de copiadores acríticos nas mãos de publicitários interesseiros, que encontram com facilidade quem lhes faça a vontade e sirva os seus projectos. Na Mealhada, em Estarreja ou em Ovar, em Torres Vedras, em Sintra ou em Loulé, o Carnaval de Inverno não passa de uma imitação paupérrima do Carnaval do Verão, no Rio ou noutras cidades do Brasil. Chova ou faça neve, o que atrai gente são as meninas descascadas, as piadas brejeiras, o clima de “vale tudo porque é Entrudo”. Quanto recordo a alegria sã das nossas aldeias, os entremezes e um teatro popular que divertia, barato e sem apetências de exploração e ganhos... Porque o móbil verdadeiro não é o povo, então, para recuperar encargos e ganhos, se o tempo de chuva não o permitiu, prolonga-se o Carnaval na Quaresma, apagando ou menosprezando dados que enriqueceram e deixaram marcas culturais profundas. Há tempo para tudo, sem atropelar nem desrespeitar cada tempo. No campo lúdico, o futuro não promete ser melhor. Já vemos como os jovens, que terminaram cursos superiores, que o país lhes pagou, a não ter mais imaginação para celebrar a sua festa de fim de curso, que a generosidade das cervejeiras, com o consequente espectáculo de bebedeiras que levam dezenas aos hospitais, bem como um programado clima permissivo que despoleta desgraças que vão destruindo a gente nova. Diz-nos um estudo-sondagem recente, feito em Coimbra, que 30% das jovens universitárias estão contagiadas com HIV. Não há efeitos sem causas. António Marcelino
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Fonte CV

Jacinta esperada em Aveiro, em Maio



A tournée nacional de «Convexo», o mais recente trabalho discográfico de Jacinta, já tem data marcada. Durante os próximos três meses, a cantora vai percorrer as salas do país a cantar Zeca Afonso. Por cá, espera-se uma passagem pelo Teatro Aveirense, no dia 11 de Maio, num concerto que ainda não está confirmado.
Fonte: Em Aveiro

Na Linha Da Utopia


Cuba livre?

1. A pergunta provoca e interpela mas corresponde ao desígnio humano que se situa bem acima desta ou daquela “parcela” político-ideológica. A resposta nunca pode ser dada no entusiasmo, precisa de tempo, mas, simultaneamente, nada será como dantes. Fidel vinha de um tempo e, no contrapeso das políticas e tendo sempre um alvo (americano) a abater, cristalizou nesse tempo, puxando os galões do que melhor conseguia para se afirmar diante desse “inimigo”. O testemunho passa para o irmão. Um continuador esforçado que resistirá até poder, num mundo global em que, quer se queira quer não, para o bem ou para o mal, as forças da comunicação vão abrindo os livres caminhos do futuro.
2. Claro que ao dizermos no título «Cuba livre?» não nos pretendemos referir a uma liberdade qualquer, onde muitos dos liberalismos sem fronteiras proporcionam as maiores injustiças e indignidades. Falamos da liberdade humana, de pensar, sentir, falar, agir, em todas as concepções de ler a vida e as sociedades humanas. Nesta liberdade que salientamos, a meta final só se cumprirá quando houver liberdade de expressão para a multidão de “presos” políticos (do regime cubano). A “entrega” do poder do líder cubano, não representando tudo significa “alguma coisa”, e, na maturidade de dignidade humana, todos aqueles que alguma vez foram vítimas de alguma limitação da sua liberdade deverão estar esperançados no futuro próximo.
3. Volta e meia, na menoridade humana da “adoração” dos sistemas sócio-políticos, as liberdades vão sendo “cortadas”, ora de um lado, de outro ou mesmo do “vazio”. Para aqueles a quem a referência fundamental é a dignidade da pessoa humana, sempre que se vislumbram as portas da liberdade de expressão será dia novo, mas ainda maior na responsabilidade. Quantos domínios ditadores dos povos, após a conquista da liberdade, dão lugar a desgraças maiores. A história já tem lições que chegue para embandeirar em arco com o que quer que seja. Só quando a liberdade (de expressão) humana se encontrar com a responsabilidade cuidadosa na promoção da dignidade humana/social e da procura da Verdade, então poderemos descansar.
4. O caminho (ainda) é muito longo. De Cuba e das “cubas” fechadas (à integralidade da pessoa humana em sociedade) que existem e persistem pelo mundo fora. Também continua longo para o exacerbado modo de viver de muito do liberalismo consumista ocidental. Por vezes, parece que, na aventura humana, estamos sempre no princípio. Afinal, sejam os “princípios” dignificantes a base de todas as desejadas liberdades! Só aí (re)pousaremos em paz.

Alexandre Cruz

Fidel Castro não será absolvido pela História




Quando Fidel Castro tomou o poder em Cuba, em 1959, o Presidente americano era o general Dwight Eisenhower. Essa coincidência com um personagem que a memória comum remete para tempos tão antigos - anteriores até a John Kennedy... - basta para mostrar, só por ela, quanto Fidel demorou no poder mais do que devia.
Há um mês, enfraquecido pela doença, o líder cubano resignava-se a não poder participar muito na vida política: "Faço o que posso: escrevo." Fazia o que não permitiu durante décadas a muitos dos seus concidadãos. Só num julgamento em 4 de Abril de 2003, foram condenados 34 escritores, jornalistas e livreiros a vários anos de prisão.
O balanço factual do meio século da sua liderança - do descalabro da economia denunciado pelos adversários aos sucessos na saúde e educação propagados pelo regime - far-se-á quando os dados forem fidedignos e não só forjados pelo Governo cubano.
Mas sobre uma realidade já se pode dar a sentença: a História não absolverá Fidel, o liberticida. Os cubanos não podem falar nem escrever o que pensam e não podem partir para onde querem - isto é, podem tentar, mas com risco da sua liberdade. Em 1953, quando o rebelde Fidel foi julgado por atacar o quartel Moncada, o tribunal do ditador Fulgêncio Batista permitiu-lhe o célebre discurso La História me Absolverá - teve tempo de dizer um texto de 150 mil caracteres, o equivalente a um livro médio. No julgamento dos escritores que acima se refere, num tribunal de Fidel, não houve discursos. E foi à porta fechada.
NOTA: Qualquer ditadura, tanto de esquerda como de direita, será sempre de condenar. A de Fidel também. Não está em causa a legitimidade revolucionária de pôr fim a uma ditadura de direita, a de Fulgêncio Baptista, tanto mais que ela era subjugada pelo capitalismo americano, com prejuízo para o povo cubano. Mas se isso é legítimo, à luz da justiça social e do respeito pelos direitos dos oprimidos, já não será correcto manter um regime que se tornou opressor, como tem sido o regime de Fidel. Ali, na ilha que muitos consideram um paraíso na terra, onde todos são tratados, supostamente, como iguais, não há liberdades elementares, ao jeito do que estamos habituados. Povo sem liberdade de expressão e de acção não pode ser um povo feliz. A não ser que desconheça o que é a vida fora da sua ilha.
Sei que nas sociedades ocidentais, onde há liberdades, nem sempre, também, vivemos felizes. Há uns que tudo dominam e tudo têm, quantas vezes à custa da exploração do povo trabalhador. De qualquer forma, aqui podemos protestar e lutar, pelas vias democráticas, reivindicando o que é de direito. Mas em Cuba, quem ousar protestar, já sabe o que o espera. As cadeias têm estado cheias de presos políticos. Pode ser que a situação mude agora. Haja esperança!
FM

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

"Porto de Aveiro – Entre a Terra e o Mar"

Inês Amorim

Farol da Barra de Aveiro


«A história do Porto de Aveiro é, do meu ponto de vista, a história da manutenção da barra – que é um processo difícil de se fazer. Desde 1808, a barra manteve-se no local em que se encontra actualmente, mas a partir das obras de abertura, desenvolveu-se um outro processo para tentar manter esta barra e corrigir alguns aspectos que não foram conseguidos, porque o processo de assoreamento continuou a existir», argumenta a investigadora. «É um processo muito rico, do ponto de vista das relações entre os poderes locais, a população local e os interesses nacionais. Por isso, a história da barra é uma história muito dinâmica», defende Inês Amorim.
Após as investigações realizadas, Inês Amorim garante que a abertura da barra teve «um impacte felicíssimo. Os seis anos, de 1802 a 1808, foram tempos duríssimos e, ao mesmo tempo, períodos de paixões, em que as pessoas ora adoravam o engenheiro responsável pela obra, ora o ameaçavam, porque não se podia fazer sal, nem produzir pão, nem navegar. Não se podia fazer praticamente nada». A autora do livro classifica aquela época como «terrível», cheia de dificuldades, mas ao mesmo tempo extremamente rica. Em plenas invasões francesas, em 1808, o Porto de Aveiro tornou-se num ponto estratégico, passando, por isso, a existir apoio por parte do poder central no sentido de prosseguir com a obra. Tal como conta a historiadora, Luís Gomes de Carvalho, engenheiro, chegava a referir-se à abertura da barra como a um segundo dia da «criação».

Inês Amorim,
autora do livro «Porto de Aveiro – Entre a Terra e o Mar», a ser lançado nas comemorações do 3 de Abril de 2008, bicentenário da abertura da Barra de Aveiro.
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Fonte: Texto e fotos do portal Porto de Aveiro

Semana Cáritas 2008 - até 24 de Fevereiro


ACOLHER A DIVERSIDADE EXIGE A EDUCAÇÃO DO OLHAR

"Os empobrecidos pelo nosso moderno 'estilo de vida nacional' - sempre menos sóbrio, poupado e simples - pululam a olhos vistos nas nossas cidades e vilas. Esses nossos irmãos e irmãs, em situação de vulnerabilidade, são denúncia pública de um sistema económico, laboral e político que, por mais europeu e rico que se queira proclamar ao mundo, se apresenta sempre mais exclusivista, selectivo, competitivo e desigual."
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NOTA: Antes de ler a Mensagem de Eugénio José da Cruz Fonseca, Presidente da Cáritas Portuguesa, para a Semana Cáritas, que está em curso até 24 de Fevereiro, permita-me uma sugestão: Se puder ajude alguém que esteja a passar momentos difíceis, individualmente ou através da Cáritas da sua área de residência. A Cáritas é uma organização da Igreja Católica, vocacionada para apoiar quem mais precisa. Onde houver fome e carências de outra ordem, onde houver catástrofes naturais e perseguições, onde houver deslocados e refugiados, onde houver pessoas a necessitarem de promoção social aí está a Cáritas Internacional. Mas a Cáritas Dioceana e a Cáritas Paroquial também estão, em espírito de proximidade, junto de quem sofre, porventura à nossa porta, sem propaganda e sem alardes.

Na Linha Da Utopia

Maus-tratos, animais!

1. Ainda bem que os novos poderes da comunicação têm a força de acordar para determinados problemas. Desta forma, quantos alertas, ora com excesso ou com defeito, já foram passando à consciência colectiva na defesa dos oceanos, dos rios, das florestas e da Vida. O que sai na televisão ou anda na internet, (nem sempre sendo verdade) em determinadas causas, ganha uma força libertadora com impactos determinantes, mesmo em casos de justiça que envolvem pessoas e cidadãos, na procura despertadora de uma maior consciência respeitadora. É pena, mas é verdade: tantas vezes só desta forma e pelas comunicações sociais alguns problemas obtêm a luz ao fundo do túnel. Quem a este respeito não se lembra de Fernando Pessa (já lá vão uns anos), que na sua “peregrinação” por Lisboa detectava os problemas de tal forma da praça pública que os mesmos obtinham solução imediata. Também hoje assim continua.
2. O caso destes dias que destacamos refere-se aos maus-tratos dados por humanos a animais. A espécie (humana) considerada superior tem os comportamentos mais inferiores... Infelizmente, nada de novo; mas desta vez com impactos novos. Nos Estados Unidos, um vídeo filmado por uma organização dos direitos dos animais denuncia a barbaridade para com animais bovinos em matadouro (que dizer quando se espeta a empilhadora brutamente contra animais vivos?! E muito mais…). As imagens percorrem o mundo. A brutalidade desses humanos é escandalosa. Graças à visibilidade, os efeitos estão aí: a maior retirada de carne de vaca de sempre dos EUA (total de 65 mil toneladas) desta empresa que servia muita escolas e instituições sociais.
3. Além das consequências para a saúde pública, este facto relança o alerta sobre os maus-tratos para com todos os seres vivos, e especialmente os animais. Crueldade exercida com seres indefesos (seja a própria floresta, os mares, os animais…) manifesta bem alto como continuamos de humanidade, pois as acções sempre foram e são o espelho do ser. Uma renovada ordem da racionalidade transversal afirma-se hoje como imperativo ético, na relação do ser humano com todas as realidades existentes. As perspectivas do desenvolvimento sustentável e da biodiversidade também obrigam ao progresso de todos os conhecimentos que promovam as dignidades situadas de cada ser vivo. Neste quadro, o lugar especial dos humanos só pode ser actuar em conformidade com a “razão” que, porque conhece, respeita condignamente. Afinal, não será isto que ainda caracteriza o Homem?!

Alexandre Cruz

Por que razão acreditam as pessoas em Deus?

Um grupo de cientistas da Universidade de Oxford, Reino Unido, vai gastar dois milhões e meio de euros para descobrir por que é que as pessoas acreditam em Deus. Esta é uma interessante notícia publicada no SOL on-line. Já agora, vou (vamos) ficar com curiosidade de saber a que conclusões chegam eles, depois de tanto dinheiro gasto. Cá para mim, vamos ficar a saber o mesmo: sem fé, mesmo que embrionária, não haverá Deus para ninguém.

OS FILHOTES DO KOSOVO QUE VÊM AÍ

Pandora era sedutora, seduziu Epitemeu, e era curiosa, abriu a caixa que o amante tinha escondida. Maldição, estavam lá todos os males. Isso foi no tempo dos gregos. Agora, países da União Europeia reconheceram a Caixa de Pandora. Destapado o Kosovo, porque não Miranda do Douro? Respondo: porque aquele senhor de boina que escreve quinzenalmente no Público em mirandês é um homem atilado, e não exige a independência do Menino Jesus da Cartolinha. Senão... Infelizmente, os albano-kosovares, quando usam boina, não usam nada debaixo e lá temos o Kosovo independente. Já agora, porque não o Gora/Dragashi? Estão a ver o mapa do Kosovo? É aquela pontinha à esquerda, a mais a sul. Vivem lá os gora, muçulmanos como os albano-kosovares, mas sérvios de etnia. O suficiente para os independentistas de hoje os expulsarem dos empregos e das escolas. Os gora fugiram para a montanha. Eu visitei-os. Na montanha eles são maioritários. Não há um país que os reconheça? Ferreira Fernandes, in Diário de Notícias
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NOTA: A independência do Kosovo, território com uma área de pouco mais de dez mil quilómetros quadrados, traz-me à ideia a hipótese de os nossos arquipélagos da Madeira e dos Açores também reclamarem a sua independência. Como aconteceu com Cabo Verde e São Tomé e Príncipe. Alberto João Jardim já avisou, mais ou menos claramente, que isso pode vir a ser discutido. Os meus amigos já imaginaram o que aconteceria se isso fosse por diante? Depois, não poderia acontecer o mesmo com o Algarve, com uns milhares de ingleses, que por ali se fixassem, a lutarem pela criação de um pequeno país, qual paraíso turístico, cheio de estrangeiros reformados? Deus nos livre disso. Seria o fim. Lá ia Portugal à vela. Estou a brincar, mas já começo a acreditar em tudo...
FM

Aveiro: cidade vista de outros ângulos






Mais algumas imagens dos canais da Ria de Aveiro. Chamo a atenção dos meus amigos para a foto tirada dentro do olho da cidade. As fotos têm, naturalmente, um objectivo: mostrar que há sempre algo a ver em Aveiro, por mais que calcorreemos as suas ruas e ruelas...

Sensibilizar, tarefa dos sentidos, da razão e do coração!

Quando o tempo é de expectativa, como aquele que vivemos, os sentidos têm a obrigação de estar e de actuar mais despertos. E não apenas por instinto de defesa ou justa e devida preservação. Só assim os sinais que iluminam a nossa vida, pessoal e comunitária, podem ter em nós, através de tais janelas, outro acolhimento. Em vista do que esperamos, mas ainda não vislumbramos, quantas coisas perdem importância na bolsa das preocupações? De quantos sacrifícios não somos capazes? Aligeirados na carga, ficamos mais disponíveis para dar vez ao ouvido do coração. A este cabe, com efeito, ministrar-nos outro horizonte, muito para lá do bulício de cada dia. No caminho de tão fundo propósito, aguçamos o engenho, redobramos a atenção, isto é, sensibiliza-mo-nos, à procura do mínimo sinal que rastreie a nossa esperança e nos conduza ao destino. E, para que a sequência se estreite e fecunde: damos conta que também as palavras se somem, ou podem sumir, em desprendimento; e que é de olhos fechados, a mais das vezes, que vemos a transparência de tantas vidas que passam como sinais pela nossa. A ascese dos sentidos foi, pelos nossos pais, comparada à preparação do atleta. Todos percebemos a razão. Mas são tempos como este, quaresmal, que nos ajudam a sentir com mais vibrante intensidade o que os nossos maiores nos quiseram transmitir. Com efeito, o jejum, a oração e a esmola - autêntica escola dos sentidos - preparam-nos para a corrida com os olhos postos na vitória. Mas nem tal certame é clássico, nem obedece a regulamentos estabelecidos por autoridade de ofício. Corremos em comunidade e fazemo-lo sabendo que a vitória nos pertence n'Aquele que é o seu verdadeiro protagonista... Confessar Jesus Cristo na expectativa da mãe de todas as noites e fazê-lo, como importa, em comunidade, é também agarrar a pauta deste tempo, para que, de novo sensibilizados, possamos descobrir os rostos que iluminam as nossas vidas, sinais que nos endireitam os sonhos e os caminhos, muito para lá da nossa medida. João Soalheiro

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Maria Elisa de volta à RTP



Gostei ontem de ver que Maria Elisa está de volta à RTP, com um programa ao seu jeito. “Depois do Adeus” é um espaço de debate, com Maria Elisa como maestrina de uma orquestra bem afinada, onde os participantes puderam intervir na hora própria. Este primeiro programa da série (quem havia de dizer?) focou catástrofes naturais em Lisboa e arredores, nomeadamente, as grandes cheias do século passado. Senti os dramas vividos por alguns convidados e o pesadelo que ainda suportam na alma. E quem diria que, horas depois, o drama provocado por chuvas torrenciais iria repetir-se, dramaticamente, na capital e concelhos limítrofes. Ironia do destino ou desleixo dos homens?

FM

CHUVAS CAUSAM ESTRAGOS EM LISBOA E ARREDORES

Dramas em Lisboa. Foto de o SOL


A comunicação social tem dado conta, hoje, dos dramas provocados por chuvas torrenciais, em Lisboa e noutras regiões do País. Ainda há dias se dizia que Portugal estava a viver uma seca preocupante, mas logo a seguir as chuvas se apresentaram com uma carrada de dramas. E o mais doloroso é sabermos que nunca se aprende de uns anos para outros. Em Lisboa e arredores, mas também noutras zonas.
O arquitecto Ribeiro Teles e diversas organizações ambientalistas bem alertam para a necessidade urgente de recuperar toda a circulação de água com base natural, não construindo sobre leitos de ribeiros e rios, mantendo limpos os canais de escoamento de águas pluviais e outras, mas a verdade é que os responsáveis fazem ouvidos de mercador. Uma chuvada mais forte e aí temos inundações com prejuízos incalculáveis para todos os moradores nas zonas alagadas.
Estava a ouvir estas notícias e logo me lembrei do que acontece na Gafanha da Nazaré. Sem alarmismos, julgo que é preciso pensar no que poderá acontecer-nos, se chover muito, de repente. A Gafanha da Nazaré é atravessada por diversas valas, a que antigamente chamavam valas-mestras. Quando chovia, eram autênticos ribeiros que cruzavam a nossa terra, às vezes com violência. Com estradas e ruas, mais prédios e casas, algumas dessas valas nem se vêem. Foram substituídas por manilhas, por onde é suposto correrem as águas, e por cima delas há diversas edificações. Não sei se há possibilidades de as limpar, se estão todas operacionais, se substituem, com vantagens, as valas a céu aberto. Essas valas estavam ligadas, naturalmente, à ria. Quando a maré estava alta, as águas das chuvas alagavam tudo. E aí se mantinham até que a maré baixasse, persistindo, no entanto, durante algum tempo, nos quintais e zonas mais baixas.
Penso que estes dramas nos devem fazer pensar um pouco. Aqui fica a sugestão de se reflectir sobre o assunto, antes que seja tarde.

FM

Na Linha Da Utopia


As bases do que conta

1. Se a meta final de tudo é uma edificação humana (pessoal e social) gratificante, então a chave de leitura do que conta terá de corresponder a esse mesmo ideal a construir. Há realidades que valem mesmo a pena apostar, outras nem tanto. É certo que muitas vezes a história se constrói à revelia e que é preciso errar primeiro para acertar depois. Mas, aos tempos que vivemos não bastam as boas intenções, e mesmo, talvez, a forma mais justa de avaliar e considerar uma determinada aposta deva ser sempre a resposta à pergunta fundamental: isto ou aquilo, “em que servirá a comunidade?” Não havendo tempo e lugar para esta questão, perder-se-á o horizonte das finalidades últimas.
2. É premente a necessidade de construir a partir das bases. Do que realmente se procura realizar ao serviço das pessoas concretas. As linhas sociais e políticas não podem desgarrar os princípios da sua aplicação humana e dignificante. Tantas vezes, dramaticamente, parece que as pessoas contam pouco para os sistemas que vivem das médias e números. Sem dúvida, todos os passos do rigor, qualidade, exigência, avaliação, visão programática são fundamentais a uma sociedade que procure aperfeiçoar-se com justiça. Mas quando esta procura não dá lugar à visão de conjunto e à participação abrangente em ordem ao consenso máximo possível, verificar-se-á, no momento seguinte, uma desidentificação que acaba por comprometer quase tudo…
3. Entre o que conta nos mega critérios das super-estruturas e o que deve contar efectivamente como essencial proximidade de relação, talvez possamos olhar para uma “freguesia média” de Portugal e a partir dela estabelecer o possível paralelismo para com a complexa gestão governativa nacional. Talvez as freguesias portuguesas, no esforço de proximidade serviçal para com as populações e nos múltiplos relacionamentos abertos e cooperantes tanto nas situações difíceis como nas festivas, tenham muito a dizer aos poderes centrais que, muitas vezes, preferem o sítio do gabinete informático que distancia as ideias da sociedade diária concreta das pessoas.
4. Se o que tem de contar tem de ser a “bitola” das comunidades concretas, então terão de ser mesmo valorizados e reconhecidos os esforços (como serviços às populações) que procuram recriar esta vivência diária de um povo que traz consigo a “alma” das gentes e terras seculares. Às vezes há tanta distância dos poderes às bases, desconhecimento este que se detecta cabalmente quando determinadas “ordens” teóricas deitam por terra o “resto” de pertenças que existem. A única via é mesmo o envolvimento naquilo que a todos pertence, e, acima de todos os ventos, modas e marés, sentir-se que “servir” é mesmo o que conta.

Alexandre Cruz

A bondade


E quais são os seus princípios?

“São altamente subjectivos e difíceis de definir, mas acho que têm alguma coisa a ver com querer entender os outros entendendo-me a mim próprio. Procurar o meu lugar na medida em que ele faz parte de alguma coisa que é a Humanidade. Crescer, aprender e ficar mais próximo do bem. Não agredir. Não violentar. Há palavras que estão fora de moda, mas que são essenciais. Uma delas é aquilo que procuro mais: a bondade. É uma palavra fora de moda, mas tão bonita! A todos os níveis.”

José Luís Peixoto, escritor

In “Expresso Actual”

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Na Linha Da Utopia


Fidelidade e coesão social

1. Talvez possa parecer que uma coisa não tem nada a ver com a outra. Que tem a fidelidade conjugal a ver com a coesão social? Será entrar na esfera privada tirando ilações precipitadas para o terreno do que é público? Em última análise, a pergunta é: que tem a família como comunidade informal a ver com a sociedade em geral? Que fronteiras, implicações, possibilidade de laços (no respeito devido pelas autonomias) na compreensão justa daquilo que é a liberdade pessoal e o compromisso da vida em sociedade? As perguntas poderiam nunca mais acabar, em terreno de não fácil abordagem, onde não se quer nem que outrem entre pela casa dentro a impor uma qualquer lei, nem que cada pessoa e família vivam de tal modo afastados da sociedade que se tornem indiferentes àquilo que é o bem comum.
2. No recente dia dos namorados, que a propaganda foi inventando, exaltando, “impondo”, em Inglaterra foi publicado, no jornal The Guardian, um interessante estudo sobre a fidelidade e a evolução do homem. Johnjoe McFaden, professor de genética molecular, defende a sua tese de que foi a «fidelidade que permitiu aos nossos antepassados desenvolver a inteligência social e a coesão social», tendo os humanos a sorte de pertencer a espécie que se comporta de forma predominantemente monogâmica, revela o estudo. Também, destaque-se que alguns trabalhos recentes de investigação nesta área «sugerem que as exigências cognitivas requeridas para formar casais estáveis podem estar entre os factores para o desenvolvimento dos instrumentos de inteligência social que tornaram possíveis as nossas sociedades» (Público, 15 Fev.: 54).
3. Talvez nos possamos colocar no filme da história do processo da evolução do ser humano, mesmo desde os tempos pré-suméria, e concluir que as sociedades humanas na sua procura crescente de capacidade de coexistência em sociedade terão tido como modelo de referência a vivência familiar. Nada de novo, afinal esta é a comunidade primordial. Tal facto significará que a busca de coesão social, pela família, foi derrubando os muros do individualismo, do particularismo, do pensar só em si. Olhando para os tempos da actualidade, uma pergunta vai-se impondo: as sociedades ao esquecerem a família na sua realidade ancestral (chame-se: homem, mulher e filhos) perderão as capacidades de coesão social?...
4. Seja dito o que se vai dizendo (como constatação e preocupação): do ano 2000 para cá, já metade dos casamentos terminaram em divórcio. Muita da educação (possível) é monoparental. As raízes de pertença vão ficando cada vez mais superficiais, vivendo-se pouco ligado a alguma realidade de comunidade viva (?)... Neste cenário, e na pressuposta liberdade de tudo, quem se preocupa com o que acontece? Há quem a sério se preocupa e procura apontar caminhos… E há pais e educadores que descobriram o segredo das pertenças a um grupo / comunidade como alavanca para os valores fundamentais. Afinal, sendo tudo questionável, uma coisa não o é: quanto mais o valor Família semearmos, mais aconchego um dia colheremos! Quando não, será solidão…

Alexandre Cruz

Os nossos bacalhoeiros mereciam mais



Desgosta-me ver mau gosto nos arranjos urbanísticos da minha cidade. Digo cidade, porque tal estatuto, que lhe foi atribuído por merecimento, devia ser sempre considerado, quando se projecta qualquer obra, tanto particular como estatal.
Sem querer agora fazer qualquer análise ao que a Gafanha da Nazaré tem de bom e de mau, não posso deixar de dar, de quando em vez, algumas achegas, que levem os nossos responsáveis autárquicos a olhar para certos recantos com mais preocupação estética. Isto sem pretender magoar quem quer que seja.
Hoje, por exemplo, trago ao meu blogue o Largo St. Johns, na Cale da Vila. Passei por lá, na minha caminhada higiénica, e fiquei triste. Os nossos bacalhoeiros ainda não foram homenageados condignamente, nesta terra que tão ligada ao mar está.
Quantos deram a vida à pesca do bacalhau, e suas famílias, não podem aceitar aquele dóri, ali abandonado, sem mais. O largo, dedicado à cidade portuária que toda a gente da Gafanha e arredores trazia na boca e na lembrança, com as histórias contadas pelos nossos bacalhoeiros, precisa, sem dúvida, de um monumento que lembre tudo isso. Peço aos meus amigos que passem e olhem. Digam-me, sinceramente, se aquilo é alguma coisa. A cidade da Gafanha da Nazaré e os seus bacalhoeiros não podem concordar com o que ali está. Por favor, dêem um ar moderno e belo àquele largo, com um expressivo monumento a lembrar a gesta dos nossos bravos lobos-do-mar. Até poderiam abrir um simples concurso de ideias, porque na terra há gente com capacidade para isso. Façam isso, por favor, para não se perder a nossa história. Se alguém me provar que o largo está bonito, tal como está, não terei dificuldades em dar a mão à palmatória.

FM

Aveiro: cidade vista de outros ângulos





Como prometi, aqui ofereço mais fotos de Aveiro, concretamente, dos canais e suas margens. Mas há mais. Pretendo, com elas, alertar para a existência de uma ria que se passeia pela cidade, qual desafio para que não esqueçamos as nossas origens lagunares.

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 65


CRIAÇÃO DE ESCOLAS NA GAFANHA

Caríssima/o:

Deixando a imagem escura, sombria e quase trágica da instrução/educação que se projectava sobre a península da Gafanha, vejamos como, muito lentamente (durante mais de cinquenta anos!...), se vão espalhando os espaços que nos trarão a luz da civilização. Mais uma vez recorremos à “Monografia da Gafanha”, agora à página 209:

«Arquivemos aqui, com a data da sua criação, o número de Escolas que até ao ano de 1938 têm funcionado em toda a Gafanha.
Por Decreto de 7 de Julho de 1880 foi criada uma Escola masculina na Gafanha da Nazaré.(Diário do Governo n.º 153, de 10 de Julho de 1880).
Em sessão da Câmara de 24 de Dezembro de 1881 foi criada a Escola feminina na Gafanha da Nazaré. Foi nela criado o 2.º lugar em 1909. Quando da separação dos sexos desdobrou-se a escola em masculina e feminina.
Por Decreto de 31 de Dezembro de 1908, foi criada uma Escola mista na Boa-Hora, da Gafanha de Vagos. (Diário do Governo n.º 11, de Janeiro de 1909). Foi convertida em feminina e criada a masculina por Decreto de 25 de Janeiro de 1932. (Diário do Governo n.º 27, de 2 de Fevereiro de 1932).
Em 14 de Dezembro de 1909 é inaugurada a Escola mista da Gafanha da Encarnação. Não consta na Inspecção Escolar a data da sua criação. Foi desdobrada nos dois sexos por Decreto de 5 de Março de 1924. (Diário do Governo n.º 59, de 13 de Março de 1924).
Por Decreto de 19 de Dezembro de 1914, foi criada a Escola mista da Gafanha de Aquém. (Diário do Governo n.º 299, de 23 de Dezembro de 1914). Foi convertida em feminina e criada a masculina por Despacho de 30 de Novembro de 1931. (Diário do Governo n.º 281, de 5 de Dezembro de 1931).
Por Decreto de 24 de Setembro de 1915, foi criada a Escola feminina na Gafanha do Carmo. (Diário do Governo n.º 225, de 28 de Setembro de 1915).
Por Decreto de 28 de Agosto de 1923, foi criada a Escola mista da Chave, Gafanba da Nazaré. (Diário do Governo n.º 202, de 31 de Agosto de 1923). Foi convertida em feminina e criada a masculina por Decreto de 24 de Fevereiro de 1931. (Diário do Governo n.º 50, de 3 de Março de 1931).
Por Decreto de 21 de Novembro de 1925, foi criada a Escola masculina da Gafanha do Carmo. (Diário do Governo n.º 285 de 4 de Dezembro de 1925).
Por Decreto de 31 de Novembro de 1927, foi criada a Escola masculina na Cambeia, Gafanha da Nazaré. (Diário do Governo n.º 8, de 11 de Janeiro de 1928).
Por Decreto de 10 de Março de 1934, foi criada uma Escola na Marinha Velha, Gafanha da Nazaré. (Diário do Govêrno n.º 75, de 2 de Abril de 1934).
Por Portaria de 25 de Junho de 1935, foi criado o Posto de Ensino na Costa-Nova. (Diário do Govêrno n.º 149, de 29 de Junho de 1935).
Em 1941 foi criado o Posto de Ensino na Gafanha da Boa-Hora. »

Era esta, com mais ou menos desdobramentos e separações, e uma ou outra conversão, a rede escolar quando, em 1947, o Olívio foi à escola pela primeira vez.
De então para cá quanta modificação! E, passeando na “Avenida do Fala-Só” no meu quintal, já me tenho espantado:
- Em breve será instalado, na Gafanha, um Pólo da Universidade de Aveiro!?

Manuel

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Carlos do Carmo: Fado da Saudade

Carlos do Carmo, um senhor do Fado, canção nacional, venceu o Prémio Goya, com o "Fado da Saudade". Aqui o ponho à disposição dos meus leitores/ouvintes.

Jardim Oudinot: Obras já em curso



As prometidas obras urbanísticas do Jardim Oudinot começaram. Pelo menos, ontem já vi sinais de que se mexe por ali. Bancos e mesas foram arrancados e atirados para um canto, em jeito de quem anda a preparar o terreno para que os arranjos, bonitos, ajudem a dar vida àquele espaço privilegiado, com a ria por pano de fundo. Quem um dia lá for, em momentos de lazer, poderá deliciar-se com o ar fresco da laguna e com os barcos de pesca em busca de descanso no porto, ali ao lado.

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