terça-feira, 29 de janeiro de 2008

MAR SEM SAL


MAR SEM SAL é um blogue que me chegou a casa por mão amiga. Trazia a recomendação de que é preciso estar atento. Já o vi. Está a começar e promete opinião com personalidade. Junto ao cabeçalho está um ponto de partida que vale a pena meditar: “Quando descobrimos aquilo de que somos feitos e a maneira como somos construídos, descobrimos um processo incessante de construção e destruição e apercebemo-nos de que a vida está à mercê desse processo interminável. Tal como os castelos de areia das praias da nossa infância, a vida pode ser levada pela maré.” António Damásio, O Sentimento de Si (1999).
A dona deste blogue assina e apresenta-se de forma original: SAL. Talvez por a sua cultura e a sua personalidade andarem muito na crista das ondas que dominaram os seus horizontes, desde tenra infância. E diz mais: "Sou cantora, professora do ensino especializado de música e investigadora. Sou uma pessoa que se recusa a ter um papel passivo nesta sociedade."
Com os meus parabéns, ficarei atento. Mas sei, à partida, que SAL não será levado pela maré, porque tem de cumprir a sua missão de temperar e dar sabor à vida.

Fernando Martins

Na Linha Da Utopia



Cultura como desenvolvimento


1. São muitas as teorias e ideias sobre a cultura, mas na realidade as propostas de cultura apresentam-se sempre como um esforço repleto de fronteiras e incertezas. Como criar dinâmicas de tal forma interessantes e estimulantes em que as liberdades, o passado, presente e futuro, se juntem a celebrar a cultura e a vida? É a pergunta que percorre o tempo da história na expectativa de uma vivência cultural de tal forma intensa como se quase não precisássemos de apelar à cultura (cívica) da participação.
2. As coordenadas do tempo (passado, presente e futuro) não podem estar fora desse palco cultural. A própria visão cultural não pode ser em círculo fechado. Um horizonte cultural rasgado colocará no mapa da vida das sociedades a cultura no primeiro plano e não do último, como se de um acessório se tratasse. É também aqui, sem saudosismos mas como factor de “pertença”, que os séculos que nos precederam terão sabido erguer um património artístico e cultural ligado umbilicalmente à vida das gentes, numa convivência natural enraizada de tal forma que os laços de geração em geração conseguiram passar essas “tradições”. Algumas admiráveis, outras, como sabemos, nem tanto.
3. Às perguntas essenciais sobre o lugar da cultura no futuro das sociedades, poderemos responder com o que pensarão aqueles que serão o “amanhã” (os jovens de hoje) sobre o assunto. Há dias um professor especializado nestas áreas dizia que de forma crescente os jovens respondem ao jeito dos “links” (ficheiros, sectores) do computador, faltando uma visão de unidade geral de toda a informação que se “descarrega”. Nestas visões crescentes “espartilhadas” que lugar para a cultura, como elo de unidade do que somos com tudo o que antes de nós foi caminho humano? Haverá futuro sem consciência do passado?
4. É neste sentido que a cultura em Portugal terá de deixar de ser um acessório num palco de cumprir calendários. Talvez deva ser vista como factor essencial de desenvolvimento social. As gentes precisam de se sentir identificadas com as suas raízes para redescobrir as dinâmicas de participação comunitária. Quanto mais existir esse reconhecimento da “tradição” (mesmo folclórica, de bandas de música, colectividades que fazem continuamente um trabalho heróico), tanto mais haverá aptidão e curiosidade no apreço do fascinante futuro. Talvez esse “elo de unidade” possa reerguer a cultura portuguesa como factor de desenvolvimento humano e social. Mais (mais aberto) e melhor!


Alexandre Cruz

Reflexo


O (des)encanto da repetição

Ano após ano, temos celebrações que se repetem no nosso calendário e que, talvez por isso, nem sempre despertem o encanto da novidade que arrebata e surpreende. A Quaresma que proximamente se inicia pode não gerar o impacto mediático de outras celebrações do ano litúrgico nem mesmo o do Carnaval, a ela umbilicalmente ligado, numa sublime ironia, mas apresenta-se em 2008 com muitos caminhos de purificação prontos a percorrer, individual e colectivamente, em Portugal e no mundo.
À carnavalesca folia colectiva segue-se a discrição árida do tempo quaresmal, numa transição que parece humanamente impossível no quadro de apenas algumas horas. Não deixam, contudo, de ser momentos profundamente humanos, de buscas interiores e exteriores, de quadros desenhados numa dinâmica comum a milhões de pessoas.
A verdade é que, todos os anos, a Quaresma surge com os seus apelos de simplicidade, de solidariedade – menos “folclórica” do que o Natal, é certo -, de silêncio, interioridade e conversão. Palavras alheias ao frenesim do consumo e, admitamos, dos media, mais interessados naquilo que julgam não se virá a repetir.
Pensadores de todos os tempos pasmaram diante deste jogo de atracção e repulsa pelo “eterno retorno”, pela sequência dos momentos que vemos surgirem diante de nós com uma familiaridade invulgar, para serem vividos e transformados, uma e outra vez.
Há uma estranha tendência da humanidade de repetir a sua história no que ela tem de pio: assistimos hoje a várias tragédias humanas, mas o olhar crente não pode deixar de ficar impressionado com uma nova fuga para o Egipto por causa da fome, situação que já no início da Bíblia se via retratada no livro do Génesis.
Desta vez, cabe aos palestinianos de Gaza fazerem o percurso encetado por Abraão, José, Jacob e seus descendentes para um local associado à escravidão do povo, mas que acaba por ser um último refúgio em tempos de crise.
Terrível destino, este o da humanidade, se não parar de repetir a sua história. A Quaresma aí está, uma e outra vez, com o seu sereno convite a mudar de vida...


Octávio Carmo

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

2008 Ano Vieirino




Padre António Vieira:
Religioso, Escritor, Diplomata,
Pregador, Teólogo, Profeta

O ano de 2008, em que passam quatrocentos anos sobre o nascimento do Padre António Vieira, S.I., será ano vieirino ; ano de evocação da vida e da obra de uma figura ímpar da Cultura Portuguesa e Brasileira; ano de celebração de um homem de todos os tempos.
Ao longo da sua longa vida (1608-1697), repartida entre Portugal e o Brasil, com passagens por França, Holanda, Inglaterra e Itália, sempre este Jesuíta se assumiu como Actor no grande teatro do mundo, desdobrando-se em desempenhos tão fascinantes pela diversidade como pela genialidade da representação. Religioso, Escritor, Diplomata, Pregador, Teólogo, Profeta…, conheceu o triunfo e os aplausos, mas também o insucesso, a censura, o descrédito, a que quis e soube resistir.
Nele impressiona uma imensa energia, manifestada na acção e no discurso, aliás indissociáveis: para Vieira, dizer é fazer. A sua extensa e variada obra, reflectindo a sua extensa e variada vida, molda uma imagem viva do autor. Hoje, ler Vieira não é apenas entrar no grande teatro do mundo barroco: é descobrir, com maravilha, o infinito universo da palavra, prodígios, subtilezas e meandros da língua.


Na Linha Da Utopia


O mal necessário?

1. Um rasto continua da recente crise de um grande banco português: infelizmente, a desconfiança é um contra-valor que tem lugar cativo. No antes, no durante a gestão do processo, e nos “depois” que parecem sempre indecisos na neblina da dúvida. Neste caso, pouco interessam os nomes e as coisas concretas; interessa bem mais compreender esta postura que depois traz para a casuística das situações uma mentalidade aprisionada pouco liberta/libertadora.
2. Mais ainda, dir-se-á que os apelos reclamantes do “outro lado” da moeda têm sido de contínua solicitação de mais inspecções, mais investigações, mais “judiciarismo”, como se à partida não acreditássemos que será possível fazer-se um caminho na confiança da liberdade responsável. De forças partidárias que há tempos reclamavam a distribuição de lugares, até à sempre recorrida justiça inspeccionadora, a que se pode juntar a realidade e os frutos da própria autoridade de inspecção alimentar, será que precisamos sempre de um “polícia” para ser feito o bem necessário? Perguntar é procurar razões…
3. Mesmo sem os pessimismos, afinal, pelos séculos fora, o que fez do chico-espertismo do escape ao sistema uma verdadeira autoridade silenciosa minadora do rigor da liberdade? O que trouxe para alguma da mentalidade uma certa necessidade de haver sempre quem inspeccione para obter uma perfeição crescente? Porque diante de situações de demonstrada corrupção a primeira palavra de ordem é o reclamar da justiça penitenciária em vez de “vamos mudar a mentalidade” estabelecendo naturalmente a justiça como valor positivo e não meramente numa óptica criminal?... Perguntas todas e muitas mais bem antigas.
4. Uma pedagogia das minuciosas e sensíveis responsabilidades pela positiva está sempre a ver se vem à tona da água. Felizmente, em tantos quadrantes sociais ela vai aperfeiçoando o seu percurso renovador sem uma necessidade inspeccionadora; noutras ainda se prefere a lógica vigilante à aceitação livre das mudanças boas para cada um e para todos. Outros séculos foram propostas à sociedade formas pedagógicas e mesmo novelísticas de afirmar as vantagens da prática da justiça. Uma cultura diária pela positiva virá destronar a sensação do “mal necessário” de que, inseguros, precisamos cada vez mais e mais de inspecções para tudo… Qual “big brother”?! Enquanto for assim, continuamos longe; a mentalidade de fazer todo o bem pelo bem, como serviço, será o sinal do tempo novo.

Alexandre Cruz

Kinas Internacional




Nova Associação Juvenil
na Gafanha da Nazaré

Na Gafanha da Nazaré, foi criada mais uma associação juvenil, denominada Kinas Internacional. Trata-se de uma associação sem fins lucrativos e que tem por objectivos revelar novos talentos. Segundo Manuel Pinho, presidente da direcção, esta nova instituição vai apostar na juventude e no desporto, mas tem em agenda desenvolver programas nas mais diversas áreas. Assim, pretende organizar encontros, colóquios e seminários para jovens, mas ainda vai implementar a formação profissional e cooperar em intercâmbios com outras instituições de Portugal e do estrangeiro.
Além disso, vai fomentar actividades de tempos livres, facultar o acesso a bibliografia sobre desporto e animar projectos na área do ensino do Português para estrangeiros.
Tudo isto li no semanário “Ponto Final”, jornal que é distribuído gratuitamente em Aveiro, às sextas-feiras.
Achei interessante o projecto, ou não estivesse ele virado para a juventude, tão carente de oportunidades válidas. Na Gafanha da Nazaré há outras iniciativas semelhantes, mas nunca é de mais criar novas oportunidades.

FM

S. Gonçalinho









Exposição de fotografia nos Paços do Concelho

Até 3 de Fevereiro ainda pode ver, na Galeria dos Paços do Concelho, em Aveiro, uma exposição de fotografia alusiva a S. Gonçalinho.
São trabalhos de Ricardo Tavares, Sandra Silva, José Esteves, António Matias e Carlos Marques. Passei por lá um dia destes e gostei. As fotografias mostram a sensibilidade de quem as tirou. Mas também as expressões do nosso povo, tanto em torno de S. Gonçalinho como das cavacas que, em sua honra, são atiradas do cimo da Igreja, em obediência a promessas feitas ao santo.
'"S. Gonçalinho muda a vida de quem lá vai: a mim calhou-me um galo na testa”, disse um visitante bem atento da primeira vez que lá foi. É uma festa única, a do santo rapioqueiro, daquelas que parece impossível haver… mas há”, lê-se no desdobrável que apresenta a exposição.

FM

domingo, 27 de janeiro de 2008

Na Linha Da Utopia



Aprende a rezar…

1. Gonçalo M. Tavares esteve recentemente em Aveiro, na Livraria dos Serviços de Acção Social da Universidade, a apresentar o seu último romance «Aprender a rezar na era da técnica». Autor já de renome no panorama literário internacional, oriundo das terras de Aveiro, foi com gosto e curiosidade que sua “aula” foi apreendida. Possuidor de um imaginário de interpretação plural, como gosta de sublinhar, nele vão sendo enfrentadas, especialmente na forma romanceada, algumas das grandes questões do (nosso) tempo. Neste romance, posterior ao «Jerusalém», entra em cena a medicina, a política, o poder, a doença, os conflitos de família, a cidade, o crime, a força, a tecnologia, a natureza, a fraqueza, a decadência. O que é a realidade das pessoas, das relações e sociedades senão toda a conjugação sempre incerta destes factores?
2. De suas próprias palavras, somos transportados para um imaginário que se propõe reinterpretar a condição humana neste novo tempo e na relação com as “coisas” tecnológicas que estão continuamente ao nosso redor. Diríamos que elas quase que nos vão “formatando”. Simultaneamente, a inquietude surpreendente de “como” e “se” as reflexões mais ancestrais (da oração, meditação, espiritualidade) conseguem resistir a toda a envolvência técnica condicionante dos humanos (?). Eis uma questão de fundo que toca o “simbólico” da existência de sermos pessoas, onde o sentimento, a emoção, poesia nos transportam para patamares acima da ordem do “exacto”, que afinal é sempre relativo. O título da obra desperta para a compatibilidade entre duas esferas que não são contraditórias, antes pertencem à totalidade da experiência humana: o “rezar” e a “técnica”, e espírito (invisível) e a matéria (tocável).
3. Segundo múltiplos comentários, é dito que «Aprender a rezar na era da técnica» mantém o olhar sombrio sobre a condição humana. Não seguimos essa interpretação. Nada de sombrio quando se “procura”. Pelo contrário, o não interrogar, o não arriscar, o não tentar conjugar contemporâneo da pluralidade (rezar + técnica) é o que surge como mais sombrio. Talvez do título o verbo “aprender” nos coloque, verdadeiramente, em caminho. No fundo, nas fronteiras da procura do sentido, espelhadas em todas as metáforas que criam proximidades com o indizível, todas as indiferenças esbatem-se e os próprios agnosticismos ou ateísmos perdem a sua “razão”… Talvez, tantas vezes, o pior de tudo seja uma questão de linguagem desalinhada… Enquanto formos humanos continuaremos a procurar uma unidade existencial entre o que “sentimos” e as “coisas” que usamos. Afinal, “rezar”, na essência, significa esse “diálogo” (sempre criativo) da intemporalidade humana. Tão diferente de palavras clonadas... É bom “aprender” da dinâmica (cerebral) aberta a Todo o diálogo de todas as coisas.

Alexandre Cruz

ARES DO INVERNO









FIGUEIRA DA FOZ: PARQUE DAS ABADIAS
Com um terço do Inverno já passado, foi agradável usufruir deste sol luminoso que o dia ofereceu. Por lá andei, descontraído, olhando a serenidade que as árvores ofereciam com a falta de vento e chuva. Árvores nuas, ou não estivessem elas a dormir o sono do Inverno, dando a quem passa imagens muito belas. Aqui as deixo para contemplação de quem gosta, com o sabor, para muitos, da nostalgia que por vezes nos invade.

Energias renováveis na Secundária da Gafanha da Nazaré

Secundária da Gafanha da Nazaré tem «Energias Renováveis em Acção»: Escola produz energia capaz de alimentar uma habitação “Um kW/hora daria para alimentar uma pequena habitação familiar. Para a Escola Secundária da Gafanha da Nazaré, que consome à EDP cerca de três mil euros mensais, trata-se apenas de um contributo, mas Sérgio Magueta recorda que «os micro-geradores, ou micro-produtores de que se fala bastante agora, que permitem que possamos instalar equipamento deste nas nossas casas e vender à EDP», podem ser bastante vantajosos para particulares. Um investimento em equipamento deste tipo numa vivenda permitirá ganhos relevantes. «Compramos cada kW a cerca de 10 cêntimos e vendemos à EDP, proveniente de fontes renováveis, a 65 cêntimos», adianta o docente. «Se eu tivesse um equipamento desses em casa, por hora estaria a injectar 65 cêntimos para a EDP. Se tivesse equipamentos ligados em casa, que normalmente será o equivalente a um kW ou menos, estaria a pagar à EDP 10 cêntimos», calcula.” Ver mais no Diário de Aveiro

Baú da Física e da Química

Miniatura da Máquina a Vapor

Alunos escutam explicações

Mais instrumentos em exposição


Instrumentos antigos de Física e Química

Na antiga Capitania, está patente ao público, em geral, e aos alunos, em especial, a exposição “Baú da Física e da Química”, que inclui um diversificado conjunto de instrumentos antigos de Física e Química de escolas secundárias de Portugal. A exposição pode ser visitada até 10 de Fevereiro, das 14 às 19 horas.
Fui lá em dia normal, com um bom grupo de alunos, acompanhados pelos seus professores, atentos às explicações que lhes eram dadas. Também ouvi algumas, naturalmente. E tal como os alunos, não deixei de ler as legendas, uma excelente ajuda para quem quer saber o que está exposto.
A galeria da antiga Capitania, de porta aberta para a Av. Dr. Lourenço Peixinho, está ali bem junto ao Olho da Cidade, à vista de todos, como desafio a quem passa para que entre e aprecie. Entro regularmente, porque é sempre bom aprender ou recordar.
Vale a pena lembrar que o ensino experimental das ciências Físico-Químicas, em Portugal, começou em meados do século XIX, nos primeiros Liceus.
Para saber mais, consulte http://baudafisica.web.ua.pt/

FM

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 62


DAS MATRÍCULAS

Caríssima/o:

Como foi parar àquela Escola o Olívio não o sabe: chegado o dia 7 de Outubro a Mãe disse-lhe que era para ir e lá foi.
Mas, com o decorrer dos anos, apercebeu-se de que os Professores iam perguntando aos alunos mais velhos se não tinham irmãos ou se não conheciam vizinhos que completassem os 7 anos; registavam as suas anotações. Na altura própria, pediam as cédulas e começavam o processo de integração dos novos alunos. Reparava também no cuidado que os Professores punham no respeito das moradas destes novos, chegando mesmo a rejeitar pedidos de mães para aceitarem os seus filhos: «que não, estavam fora da área que pertencia à Escola!»
Aconteciam situações caricatas e que as mentes infantis retinham. Apenas dois exemplos, sem nomes ou criando nomes fictícios.

Foi uma risota geral quando se ouviu a resposta à pergunta do Professor:
- Píncaro, tens algum irmão com idade de vir para a Escola?
- Ó senhor Professor, o meu irmão tem seis anos e vai fazer cinco!

A outra não foi presenciada, mas ouvida – contudo a sua autenticidade foi garantida...
Um Professor muito conceituado percorria o seu caminho a pé e conversava naturalmente com quem se cruzava. Palavra puxava palavra e era inevitável falar sobre a vida da Escola.
- Sabe, senhor Professor, prò ano lá vai ter o nosso João na primeira classe!?
- Já?! Então já fez os sete anos?
- É verdade, e está espigadote, o rapaz!
O Professor puxava da caixa de fósforos e aí anotava os dados necessários para a matrícula do João...

Manuel

A APOSTA DE PASCAL E A EXISTÊNCIA SOLIDÁRIA



"No quadro do saber científico, não se pode demonstrar nem que Deus existe nem que Deus não existe. Também o descrente não pode provar a não existência de Deus. Pense-se, por exemplo, no famoso biólogo Richard Dawkins, que escreveu um best-seller, The God Delusion, traduzido agora para português: A Desilusão de Deus. Darwinista convicto, vê na selecção natural a chave de explicação da evolução, querendo acabar com a ilusão de um Deus pessoal criador e de um "desígnio inteligente" e manifestando a convicção de tornar ateus todos os seus leitores religiosos. Entrevistado recentemente sobre o grau de certeza da não existência de Deus, numa escala de 1 a 7, a resposta foi 6 e não 7."

sábado, 26 de janeiro de 2008

A Aviação em S. Jacinto

A fotografia de Ângelo Ribau, recentemente divulgada no blogue, teve o condão de me fazer tirar dois livros da estante que reli com satisfação e me transportaram ao tempo das avionetas. Trata-se de “HIDRO-AVIÕES NOS CÉUS DE AVEIRO” e “A MÍSTICA DE AVEIRO NA AVIAÇÃO NAVAL”, ambos escritos por Joaquim Nunes Duarte. Claro que ao falar de Aveiro e de aviões, a Gafanha e as suas gentes não poderiam ser excluídos por estarem estreitamente ligados ao assunto como descreve o autor com muito afinco e sensibilidade. Estes apontamentos estão pejados de histórias pitorescas da época e da interligação havida entre o pessoal dos aviões e as populações envolventes.
:
Saberá a geração actual que aquela a quem ainda chamamos “Base de S. Jacinto”, começou por ser em 1917 um centro de luta anti-submarina instalado e usado por aviadores navais franceses que se retiraram em 1918 com o fim da guerra? Nesse ano foi aí instalada a Aviação Marítima Portuguesa começando por utilizar o equipamento cedido pelos franceses. Em 1920 foram aqui preparados os hidroaviões com que Gago Coutinho e Sacadura Cabral fizeram a primeira travessia aérea do Atlântico Sul. Em 1952 é extinta a Aviação Naval e com ela a Escola de Aviação Naval Almirante Gago Coutinho. (A Marinha só voltaria a voar em 1993 com a aquisição de helicópteros para as fragatas da classe “Vasco da Gama”). A Aviação Naval é junta com a Aeronáutica Militar (do Exército) dando origem à Força Aérea Portuguesa. A área de S. Jacinto passa a ser a Base Aérea nº 7 nela funcionando agora a Escola de Aviação Gago Coutinho até 1976. Nesse ano a Força Aérea instalava em S. Jacinto a Base Operacional de Tropas Pára-quedistas. Em 1994 é a vez do Exército iniciar o seu ciclo de ocupação com a Brigada Aerotransportada, formada pela junção dos Páras e Comandos e o aeródromo passa de militar a civil.


A foto acima é de 1941, obtida logo após a inauguração do hangar em primeiro plano, construído pelos Estaleiros Navais de S. Jacinto criados no ano anterior. Os hangares eram virados para a ria para possibilitar o acesso dos hidroaviões. À esquerda vê-se a messe de oficiais, por trás do hangar as oficinas, as messes dos sargentos e o alojamento das praças. O hangar mais pequeno servia para montagem de aviões.



Nos primórdios da Aviação Naval o comando estava instalado no Forte da Barra. Depois muita coisa foi melhorada, sendo ainda no tempo da Marinha construída a pista de aterragem com 1400 metros de comprimento – a primeira do país a ser iluminada – novos hangares e a Torre de Controlo.
A passagem a aeródromo civil trouxe novas asas e novas perspectivas.
Por aqui passou a volta a Portugal de avião em Agosto de 1994. Novos voos se seguirão.

João Marçal

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Escândalos no BCP

ZANGAM-SE AS COMADRES...
Com as guerras internas no seio do BCP, as comadres zangaram-se. Quando assim é, descobrem-se as verdades. E as verdades, pelo que se lê e ouve, geraram escândalos. Tudo está em investigação, pelo que, até ao lavar dos cestos, todos são presumíveis inocentes. Não podemos ser juízes, é certo, mas dá para perceber que, na alta finança, os grandes investidores protegem-se uns aos outros, proporcionando, entre eles, a “partilha” de fabulosos lucros, enquanto, pela calada, se vão perdoando grandes empréstimos. Digo isto, assim friamente, porque é público. E que eu saiba, até agora, ninguém foi verdadeiramente incomodado. Um pobre qualquer já teria respondido por dívidas não pagas nos prazos legais ou por desrespeito às leis em vigor. Poderia até estar preso, não fosse ele fugir. Na alta finança, tudo é diferente. Investiga-se… investiga-se, e no fim, tudo se resolve a contento de todos, para bem do bom nome do principal banco privado português, para bem do bom nome da banca portuguesa. Já agora, tudo estará bem nos outros bancos? E assim corre (lindamente) a vida de alguns… FM

Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré em Palermo

Grupo Etnográfico na Polónia

Settimana Europea a Palermo

Um honroso convite, dirigido ao Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, veio de Palermo, Itália, muito recentemente. A “Settimana Europea a Palermo”, que decorrerá entre 10 e 13 de Maio, integrada nas celebrações dos 200 anos da paróquia de S. Eugenio, padroeiro de Palermo, e em honra de Nossa Senhora de Nazione, vai contar com uma representação daquela instituição gafanhoa. A comitiva do Grupo Etnográfico, constituída por cerca de 30 pessoas, tem já lugar marcado no festival internacional, mas também participará na eucaristia solene, interpretando um ou dois cânticos religiosos, da tradição portuguesa, concretamente, da região das Gafanhas.
Esta é a segunda deslocação a Itália do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, o que prova, à evidência, quanto é apreciado o seu trabalho, nesta área da etnografia e folclore.
O Grupo, que reconhece o prestígio de que goza, saberá dignificar a nossa terra e suas gentes, como já tantas vezes o tem feito, no País e no estrangeiro. E, por isso, com mais responsabilidades ficará para continuar a trabalhar, tanto na busca das nossas tradições como no estudo e divulgação das mesmas, com a dignidade a que nos habituou há muito.
Deste meu recanto, formulo votos de uma boa preparação da viagem e de uma excelente apresentação dos nossos cantares e danças, com trajos a rigor. No regresso, terei muito gosto em contar, aqui, como tudo decorreu.

FM

Mensagem do Papa para o Dia Mundial das Comunicações Sociais





"É preciso evitar que os media se tornem o megafone do materialismo económico e do relativismo ético, verdadeiras pragas do nosso tempo. Pelo contrário, eles podem e devem contribuir para dar a conhecer a verdade sobre o homem, defendendo-a face àqueles que tendem a negá-la ou a destruí-la. Pode-se mesmo afirmar que a busca e a apresentação da verdade sobre o homem constituem a vocação mais sublime da comunicação social. Usar para tal fim as linguagens todas e cada vez mais belas e primorosas de que dispõem os media é uma tarefa grandiosa, confiada em primeiro lugar aos responsáveis e operadores do sector. Mas tal tarefa, de algum modo, diz respeito a todos nós, porque todos, nesta época da globalização, somos utentes e operadores de comunicações sociais. Os novos media, sobretudo telefonia e internet, estão a modificar a própria fisionomia da comunicação, e talvez esta seja uma ocasião preciosa para a redesenhar, ou seja, para tornar mais visíveis, como disse o meu venerado predecessor João Paulo II, os traços essenciais e irrenunciáveis da verdade sobre a pessoa humana (cf. Carta apostólica O rápido desenvolvimento, 10)."
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Eusébio



A Pantera Negra, o Rei

Eusébio faz hoje 66 anos. Jogador de futebol dos mais famosos do mundo, de todos os tempos, personifica a arte de tratar a bola por tu. Modesto, mas futebolista que ostenta, entre nós, e não só, o título de Rei. Muitas e muitas alegrias deu a todos os portugueses, por esse mundo fora, sobretudo quando envergava a camisola da selecção das quinas e mesmo quando representava o seu Benfica.
Veio de Moçambique, depois de treinar nas ruas de terra batida com a bola de trapos. Mas a sua arte, a sua gana de chegar e de rematar à baliza, as suas “arrancadas” para ultrapassar os adversários, os seus golos imparáveis e a sua incontida alegria contagiante, com as vitórias, ainda permanecem na nossa memória.
A Pantera Negra, nome com que ficou para a história, também sofria e nos fazia sofrer com as derrotas da nossa selecção, sobretudo quando chorava por não ter conseguido, sozinho que fosse, levar o nosso País à vitória.
Presentemente, como nosso embaixador pelo mundo do Futebol, Eusébio continua a receber o carinho de todos os portugueses. E continua a emocionar-se e a emocionar-nos com as nossas vitórias.
Parabéns, Eusébio!

FM

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

S. Jacinto: Escola de Aviação Naval


Hoje apareceu-me esta foto que anexo. É a Escola de Aviação Naval Gago Coutinho. Não a conhecemos como a da foto. A informação foi-me dada há muitos anos pela minha mãe, e a foto foi "tirada" pelo meu tio Josué.
Ângelo Ribau
Nota: O tio do Ângelo, Josué Ribau, era formado em Matemática e faleceu jovem. Na Gafanha da Nazaré há uma rua com o seu nome.
FM

Na Linha Da Utopia



O recuo da liberdade

1. Claro está que a liberdade não recua por si pois é sempre sinal de “relação”, e não se dizer esta afirmação sem a sua devida comprovação. A tese é demonstrada por factos concretos no relatório anual da Freedom House, sobre a situação da liberdade e democracia no mundo. Esta entidade foi fundada há 60 anos por Eleanor Roosevelt, a par de outros membros, no aprofundamento dos inúmeros tratados de paz e da democracia. Este relatório começa com a ideia de que «o ano de 2007 foi marcado por um recuo assinalável da liberdade global» (Público, 23 Janeiro). Nomeando países e situações concretas, dando especial destaque à Rússia e à China, o relatório chega à conclusão de que é a primeira vez que nos últimos 15 anos se verifica o segundo ano consecutivo de perca nos índices da liberdade global.
2. Desde a liberdade de imprensa às novas tecnologias da comunicação, das situações mais variadas na sociedade civil às corrupções de estados, o estudo elaborado mostra-nos as tendências do futuro da liberdade. Como sabemos, após a queda do muro de Berlim (1989) pensava-se que, corrigidas as fronteiras do liberalismo económico, entraríamos finalmente numa era global de desenvolvimento justo e pacífico em que a liberdade e a democracia, propostos como valores ocidentais, teriam a sua abertura exponencial a todo o planeta. Tal facto não se concretizou, havendo hoje claramente retrocessos que questionam os modelos futuros, provindo uma fatia desta perca de credibilidade democrática dos simbólicos unilateralismos da última (quase) década norte americana.
3. A conclusão, parece, vai-se tornando clara. Com o emergir em força fulgurante dos impérios orientais da China (com Japão e Índia), os designados valores do Ocidente que se pensava virem a ser hegemónicos, vão perdendo a força capaz de modelar a globalização em curso. Vai sendo um facto de “perda” que também se pode observar no emergir de novas autoridades (e mesmo autoritarismos) diante da indiferença democrática em libertinagem… Que força de impressão sócio-política virão a ter no mundo os paradigmas orientais (na sua visão do trabalho, da sociedade, da pessoa e dignidade humana)? Eis a questão do futuro! Nesse novo cenário é…por um lado, uma riqueza pois temos sempre tanto a aprender dos outros; por outro lado, a (dúvida) certeza que começa mesmo a revestir-se de significado essencial o sabermos que “identidade” de valores assumimos como referenciais comuns. As obras sobre as raízes do ocidente continuam a proliferar; na encruzilhada, saberemos melhor para onde vamos!

Alexandre Cruz

Memória de Maria de Lourdes Pintasilgo na Internet



Maria de Lourdes Pintasilgo, primeira mulher a ser primeira-ministra em Portugal, foi recordada por Frei Bento Domingues como uma pioneira e uma "figura do catolicismo" português, na apresentação dos seus arquivos, que a partir de ontem estão acessíveis na Internet.
O projecto, "Memória na Internet de Maria de Lourdes Pintasilgo", foi lançado pela "Fundação Cuidar o Futuro", criada pela ex-primeira-ministra, em 2001, numa cerimónia na Fundação Gulbenkian, em Lisboa.
Bento Domingues desafiou os historiadores a fazerem um estudo sobre os católicos que tiveram um papel político durante as últimas décadas, desde o Estado Novo até à democracia.
A partir de agora, mais de dez mil documentos (parte do espólio de Lourdes Pintasilgo já tratado pelo centro de documentação da fundação) estarão acessíveis no "site" www.arquivopintasilgo.pt, desde a prova da terceira classe da futura engenheira até ao discurso de apresentação da candidatura presidencial de 1986.
Maria de Lourdes Ruivo da Silva Pintasilgo nasceu em Abrantes, a 18 de Janeiro de 1930, e morreu a 10 de Julho de 2004, em Lisboa.
Fonte: Ecclesia

Aceda já a Maria de Lourdes Pintasilgo

Erro político gravíssimo



"Não podem fechar-se serviços públicos por atacado sem explicar e, sobretudo, sem criar alternativas. É um erro político gravíssimo".


Manuel Alegre,
"Visão", 24-01-2008


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NOTA: A afirmação acima, da Manuel Alegre, não é de um político da oposição. Manuel Alegre é membro fundador do PS. É um socialista histórico. E é um político que pensa pela sua própria cabeça. Concorde-se ou não com as suas ideias, temos de convir que tem, hoje, o estatuto de um homem corajoso.

Em minha opinião, Manuel Alegre tem razão. Todos sabemos que as reformas que o Governo está a implementar são inadiáveis, mas tem de haver bom senso. Por aquilo que tenho visto, os nossos políticos, uma vez na cadeira do poder, não gostam muito de explicar ao povo o que tem de ser feito e o modo como vai ser feito. Alguns governantes, olhando do alto do seu palanque, olham cá para baixo como se as pessoas ainda estivessem na fase da menoridade. Explicar, explicar, explicar é fundamental. E depois agir, mesmo sabendo-se que às vezes é preciso parar para reflectir, só ou acompanhado. Veja-se o que aconteceu com o aeroporto. Se não fosse alguém a dizer, serenamente, que era necessário pensar muito bem porque o empreendimento era muito complexo, talvez o Governo embarcasse num erro colossal.


FM

Perspectivas de um novo ano em Igreja



"A Igreja não é varandim cómodo para olhar e julgar os que andam na rua. Ela própria tem de andar na rua, não de cruz alçada ou em cortejo de honras, mas para sentir, como próprias, as alegrias e as dores de todos, as injustiças, como desafios, a mentira, como acicate, os problemas que impedem as pessoas de viver com dignidade, como seus problemas, o compromisso dos que aí lutam, como a sua frente de luta permanente."

Leia todo o texto em Correio do Vouga

Bicentenário da abertura da Barra de Aveiro



“Histórias do Mar e da Ria”


A 3 de Abril de 1808 foi reaberto o canal de ligação entre a Ria de Aveiro e o Mar. Com esta acção, abriram-se novas perspectivas de desenvolvimento e criação de riqueza para toda a região de Aveiro.
Pela importância do evento e pelo seu impacto no desenvolvimento sócio-económico da região da Ria de Aveiro, a Rádio Terra Nova, em cooperação estreita com a Comissão das Comemorações do Bicentenário da abertura da Barra de Aveiro, lançou um pequeno desafio a toda a comunidade escolar da região da Ria, através de um concurso literário que visa não só chamar a atenção para o evento, como também criar uma oportunidade para recordar e reflectir sobre o passado para melhor preparar o nosso futuro.
“Histórias do Mar e da Ria” cria a oportunidade para reflectir sobre a nossa própria identidade, valorizando o passado sempre com os olhos postos no futuro. Este concurso não tem propriamente prémios para os autores mas sim para os estabelecimentos de ensino e turmas a que os autores pertencem.
Os professores e responsáveis escolares que, porventura, ainda não conheçam as condições de participação no concurso, podem consultar o Regulamento
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NB: Clicar na imagem para ver melhor
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Fonte: Porto de Aveiro

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Na Linha Da Utopia



E os petiscos regionais?

1. Naturalmente que nada está em causa numa intervenção que procura melhorar as condições de higiene e de qualidade alimentar. Essa garantia de protecção da saúde é sempre bem-vinda, no esforço da melhoria de um serviço para o bem de todos, evitando os maus hábitos do típico improviso português, também à mesa. Mas que essa intervenção oriente para uma uniformidade de procedimentos à mesa é algo que deita a perder séculos de riquezas regionais tão enaltecedoras da nossa história e tradição. Haverá uma fronteira, sempre a discernir, entre uma qualidade necessária a garantir em termos de higiene e o apreço pelas nossas origens e riquezas tradicionais, estas que são a fonte de apreço em sectores como o turismo e a gastronomia.
2. Sendo certo que quando não há condições mínimas não haverá outra solução, todavia, são manifestamente insuficientes as leis (feitas por quem conhece as “raízes” do país?) que num instante mandam fechar, como se não existissem pessoas e outros valores envolvidos. Mesmo para além da certificação de produtos regionais, sempre conducentes a uma industrialização da qualidade relativa, vemos muita gente a pedir um equilíbrio de procedimentos que consiga preservar no bom senso aquilo que são, que somos, mesmo como “petiscos regionais”. Se assim não for, uma uniformização à mesa conduzirá, a médio prazo, ao “plastificado” dos mesmos produtos em série, tudo igual, de norte a sul. Se Portugal não tivesse uma gastronomia riquíssima em zonas regionais que espelham a ancestralidade típica e se não tivéssemos no turismo uma tábua de salvação, talvez se pudesse compreender a opção.
3. Neste momento a “batata quente” (talvez não seja batata doce!) anda entre a autoridade competente e os legisladores. Nestes processos talvez tudo tenha sido falado, menos a urgente e essencial preservação daquilo que patrimonialmente à mesa nos caracteriza (?). Muito acima das questões de higiene e segurança alimentar (valores fundamentais sempre a preservar como “qualidade”), o que acontece é reflexo das tendências uniformizadoras dos tempos da globalização que vivemos. Como garantir a qualidade necessária diante da premente preservação da nossa identidade cultural, daquilo que nos caracteriza à mesa? Eis a questão fundamental (não apressada) para não vermos um país futuro de norte a sul com a mesma mesa, onde tenham desaparecido aqueles “petiscos regionais” que nos falam da nossa história e do paladar da nossa cultura.

Alexandre Cruz

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